Barack Obama apresentou plano para redução do déficit público

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O Globo, com agências 

||*-$%$-*|| WASHINGTON - O presidente americano Barack Obama anunciou nesta segunda-feira o plano para a redução do déficit público dos EUA com um corte de gastos de US$ 1,5 trilhão, "o maior corte já feito na história dos EUA".


- Se não agirmos, esse problema irá cair no colo de nossas crianças. Nós temos que cortar no que podemos, para não prejudicar setores de importância básica. Nós não podemos equilibrar isso nas costas de nossas crianças e nas pessoas de classes pobres. Grandes corporações têm que pagar a parte delas.


A proposta inclui US$ 250 bilhões em redução no gasto de benefícios da saúde pública e economia de US$ 1 trilhão por conta da redução das tropas no Iraque e Afeganistão. O projeto, no entanto, não inclui mudanças no sistema do Seguro Social .


Uma das propostas de Obama cria um imposto mínimo para os contribuintes com renda superior a US$ 1 milhão. A medida, chamada por Obama de "imposto Buffet" em homenagem ao bilionário Warren Buffett que se queixou repetidas vezes dizendo que os ricos americanos pagam um valor proporcional menor de sua renda em impostos, em comparação aos trabalhadores menos abastados. Buffet chegou a dizer que pagava cerca de 17% de sua renda anual em impostos, enquanto seus empregados eram taxados em 35%.


O alvo total do plano do presidente Obama é uma redução do déficit público de mais de US$ 3 trilhões ao longo de dez anos.


A arrecadação de US$ 1,5 trilhão vai abranger US$ 800 bilhões no período de dez anos, equivalente a uma inversão da carga tributária aplicada durante dez anos da era Bush a casais que recebem mais de US$ 250 mil.


Em nota divulgada no domingo, autoridades de Washington deixaram claro que Obama vetará qualquer corte nos benefícios de saúde que não inclua aumento de impostos para os mais ricos.


Os líderes republicanos nos Estados Unidos criticaram neste domingo a proposta do presidente Barack Obama para um novo imposto a ser cobrado de milionários, o que classificaram como uma "guerra de classes" e que deve enfrentar forte oposição no Congresso.


Paul Ryan, o presidente do Comitê de Orçamento da Câmara dos Deputados, e Mitch McConnell, líder republicano no Senado, disseram que a proposta iria limitar o crescimento e prejudicar os investimentos corporativos em uma economia já estagnada. 
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