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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Covid: 3 dados-chave que ainda não sabemos depois de 2 anos de pandemia

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À medida em que especialistas aprendem mais sobre o coronavírus, novas perguntas surgem sobre o tema.
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TOPO
Por BBC

Postado em 11 de janeiro de 2022 às 21h15m

Post.- N.\ 10.163

Dois anos após o início da pandemia, diversas questões sobre o vírus Sars-Cov-2 permanecem sem resposta — Foto: Getty Images via BBC
Dois anos após o início da pandemia, diversas questões sobre o vírus Sars-Cov-2 permanecem sem resposta — Foto: Getty Images via BBC

"Quanto mais perguntas respondemos, mais perguntas novas surgem". A frase é de Seema Lakdawala, professora de microbiologia e genética molecular da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

Lakdawala refere-se à intensa corrida empreendida por cientistas como ela para decifrar o Sars-Cov-2 desde dezembro de 2019, quando o vírus começou a se espalhar.

Pouco mais de dois anos depois, os pesquisadores conseguiram grandes avanços, que permitiram o desenvolvimento de vacinas e tratamentos para combater a covid-19.

Mas a especialista indica que ainda existem dados fundamentais que permanecem desconhecidos. Resolver esses mistérios permitiria fortalecer a luta contra a pandemia.

Existem três questões fundamentais sobre o Sars-Cov-2 que ainda não têm resposta definitiva.

1. A origem exata do vírus

A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido indica no seu site que "a fonte do surto original ainda não foi determinada".

Em fevereiro de 2021, uma equipe da OMS encarregada de pesquisar as origens da covid-19 viajou à China e concluiu que o vírus provavelmente surgiu nos morcegos, mas que seria necessário realizar mais pesquisas a respeito.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que as pesquisas enfrentaram obstáculos causados pela falta de dados e transparência da China.

Uma das conclusões da investigação da OMS foi que é "extremamente improvável" que o vírus tenha chegado aos seres humanos devido a um incidente em laboratório.

Mas Adhanom ressaltou em seguida que essa conclusão era "prematura" e, em um editorial publicado em outubro pela revista Science, ele afirmou que "não se pode descartar um acidente de laboratório até que haja evidências suficientes".

Naquele mesmo mês, a OMS nomeou uma equipe de especialistas para o seu Grupo Consultivo Científico sobre a Origem de Novos Patógenos (Sago, na sigla em inglês), cuja missão é investigar se o vírus passou de animais para os seres humanos nos mercados de Wuhan ou se escapou em um acidente de laboratório.

O grupo teve sua primeira reunião em novembro de 2021. Adhanom explicou que as descobertas de grupos como o Sago podem ser úteis para desenvolver políticas destinadas a reduzir a possibilidade de que vírus de animais infectem seres humanos.

No final de outubro de 2021, as agências de inteligência dos Estados Unidos publicaram um relatório que afirma ser possível que a origem do vírus Sars-Cov-2 nunca venha a ser identificada.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, determinou a criação de um grupo consultivo para descobrir a origem do Sars-Cov-2 — Foto: Getty Images via BBC
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, determinou a criação de um grupo consultivo para descobrir a origem do Sars-Cov-2 — Foto: Getty Images via BBC

O documento descarta que o vírus tenha sido criado como arma biológica e conclui que as hipóteses mais plausíveis são a transmissão dos animais para os seres humanos e uma fuga de laboratório. Mas o relatório adverte que não se chegou a nenhuma conclusão definitiva.

A China negou categoricamente a teoria de que o vírus teria escapado em um acidente de laboratório.

Em um artigo publicado em novembro de 2021 no portal da internet Stat News, o professor de microbiologia e imunologia da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, John P. Moore afirma que "talvez nunca saibamos a origem da covid-19".

Moore acrescenta que surgiram outras teorias "mais extravagantes" que podem ser descartadas e que hoje o debate se concentra na transmissão natural do vírus e na fuga de um laboratório.

2. A dose infecciosa do vírus

Dose infecciosa é a quantidade de vírus necessária para que ocorra uma infecção.

No caso do Sars-CoV-2, essa dose não é conhecida - ou seja, não está claro qual a quantidade de partículas de vírus inaladas por uma pessoa que é suficiente para o contágio.

"A dose infecciosa de Sars-CoV-2 necessária para transmitir a infecção não foi determinada", segundo indicam os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

Os CDC também afirmam que estudos em animais e pesquisas epidemiológicas demonstram que inalar o vírus pode causar a infecção, mas a contribuição da inalação do vírus ou seu contato com membranas mucosas (como os olhos) "permanece sem quantificação e dificilmente será determinada".

"A dose infecciosa de Sars-CoV-2 em seres humanos é muito difícil de ser medida sem infectar seres humanos experimentalmente", segundo declarou à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Seema Lakdawala, que é especialista em vírus respiratórios com potencial pandêmico.

Com alguns vírus como os da influenza, por exemplo, basta que a pessoa se exponha a 10 partículas de vírus para ser infectada. Já para outros vírus, como o Mers, é preciso ter milhares de partículas para causar o contágio.

No caso do Sars-CoV-2, essa quantidade é desconhecida. Lakdawala explica que o conhecimento mais próximo provém do vírus 229e, um tipo de coronavírus que causa um resfriado comum e possui dose infecciosa similar à da influenza. "Mas não está claro se o mesmo ocorre com o Sars-CoV-2", ressalta a especialista.

"No caso da variante ômicron, não está claro se ela é mais infecciosa porque são necessárias menos partículas para a infecção. Não sabemos se são necessárias 100, mil ou 10 mil partículas para o contágio", afirma ela.

Claramente, a covid-19 é muito contagiosa, mas isso tanto pode ocorrer porque são necessárias poucas partículas para a infecção (a dose infecciosa é baixa) ou porque as pessoas infectadas liberam grandes quantidades de vírus ao seu redor, segundo Lakdawala.

Atualmente, grande parte das informações sobre o potencial infeccioso de uma pessoa e as medidas de isolamento é baseada em quanto tempo a pessoa continua liberando o vírus.

Por isso, Lakdawala explica que saber mais sobre a dose infecciosa do vírus poderia servir para avaliar melhor os riscos em espaços como escolas ou restaurantes, conforme o tempo que as pessoas passam em determinados lugares.

"Neste momento, estamos apenas sendo cautelosos e tratando de evitar a transmissão, mas saber a quantidade de vírus necessária poderia ajudar a melhorar algumas medidas", segundo ela. E conclui que, embora não se conheça a dose infecciosa, "com as vacinas, a quantidade de vírus necessária para a infecção provavelmente é mais alta".

"Com a vacina, você precisa respirar mais vírus para iniciar a infecção", segundo Lakdawala.

Atualmente, estão em desenvolvimento diversos estudos em que os voluntários são expostos a diferentes doses do vírus em ambientes controlados. Espera-se que esses estudos forneçam mais informações sobre a dose infecciosa.

3. O nível de anticorpos necessário para evitar a infecção

Atualmente, não se sabe qual quantidade de anticorpos deve ter uma pessoa para ser considerada protegida contra a covid-19.

Essa quantidade é conhecida como "correlato de proteção", pois é um indicador de que o corpo humano está protegido contra a enfermidade ou a infecção. Diversos especialistas concordam que essa quantidade de anticorpos necessária para que alguém seja considerado protegido é um dado fundamental na luta contra a covid-19.

"O correlato de proteção para as vacinas contra o Sars-Cov-2 é uma necessidade urgente", segundo Florian Krammer, professor do Departamento de Microbiologia da Escola de Medicina Icahn do Hospital Monte Sinai, em Nova York, nos Estados Unidos.

Em seu artigo publicado pela revista Science em julho de 2021, Krammer explica a importância de determinar o nível de anticorpos correspondente ao correlato de proteção, ou seja, identificar a quantidade mínima de anticorpos que oferece proteção.

Um motivo é a possibilidade de acelerar a aprovação de novas vacinas com base na leitura do nível de imunidade oferecido, sem necessidade de longos testes de fase 3, segundo ele.

Krammer explica ainda que conhecer o correlato de proteção também permitiria a vacinação mais eficiente de pessoas imunodeprimidas, por exemplo, aplicando doses de reforço quando se observar que não foi gerada quantidade suficiente de anticorpos.

O especialista também destaca que o correlato de proteção poderia ser um indicador a ser utilizado pelas autoridades sanitárias para determinar qual porcentagem da sua população está protegida.

Ele adverte que é pouco provável que se chegue a identificar um correlato que possa ser aplicado a todas as vacinas, variantes e populações - mas que, mesmo assim, seria "extremamente útil" na luta contra a covid-19.

No caso da variante ômicron, por exemplo, as vacinas geram menos anticorpos neutralizadores do vírus, segundo Lakdawala, "mas isso não significa que não estejamos protegidos", esclarece ela. "Os dados demonstram de forma consistente que as vacinas previnem os casos graves de enfermidade em comparação com os não vacinados".

A especialista acrescenta que o surgimento de novas variantes pode fazer com que os dados de dose infecciosa e correlato de proteção sejam alterados.

"Cada vez que o vírus é transmitido, ele pode sofrer mutações - e cada mutação pode alterar essas variáveis, de forma que é preciso evitar a transmissão", afirma Lakdawala.

Para isso, enquanto os pesquisadores tentam responder estas e outras questões, recomenda-se continuar a manter as medidas de "bom senso": usar máscaras, vacinar-se e manter distância das pessoas.

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IPCA: inflação oficial fecha 2021 em 10,06%, maior alta desde 2015

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Foi a primeira vez desde 2015 que o índice estourou o limite do sistema de metas. Gasolina, item de maior peso no IPCA, acumulou alta de 47,49% ano ano, e o etanol, 62,23%. Veja lista dos vilões da inflação.
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Por Darlan Alvarenga, g1

Postado em 11 de janeiro de 2022 às 14h25m

Post.- N.\ 10.162

Inflação de 2021 fica em 10,06%, quase três vezes a meta para o anoInflação de 2021 fica em 10,06%, quase três vezes a meta para o ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do Brasil – fechou 2021 em 10,06%, sob forte influência dos preços dos combustíveis, segundo divulgou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Essa é a maior taxa acumulada no ano desde 2015, quando foi de 10,67%", destacou o IBGE.

Em 2020, o IPCA foi de 4,52%. Foi também a primeira vez desde 2015 que a inflação ficou acima de 10%.

Em dezembro, porém, o IPCA desacelerou para 0,73%, após ter registrado taxa de 0,95% em novembro.

Quase o dobro do teto da meta

Mesmo tendo desacelerado em dezembro, a inflação de 10,06% no acumulado no ano ficou bem cima do teto da meta para 2021, que era de 5,25%. Quando isso acontece, o Banco Central tem de escrever uma carta pública explicando as razões. Pelo sistema vigente, o IPCA poderia ficar entre 2,5% e 5,25% para a meta ser oficialmente cumprida. O objetivo central oficial era de 3,75%.

Os analistas do mercado financeiro estimavam uma inflação de 9,99% em 2021, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

A gasolina, subitem de maior peso no IPCA, subiu 47,49%, e o etanol, 62,23%.  — Foto: Economia g1
A gasolina, subitem de maior peso no IPCA, subiu 47,49%, e o etanol, 62,23%. — Foto: Economia g1

Inflação em 2021 para cada um dos 9 grupos

  • Alimentação e bebidas: 7,94%
  • Habitação: 13,05%
  • Artigos de residência: 12,07%
  • Vestuário: 10,31%
  • Transportes: 21,03%
  • Saúde e cuidados pessoais: 3,70%
  • Despesas pessoais: 4,73%
  • Educação: 2,81%
  • Comunicação: 1,38%
Vilões do ano

A inflação de dois dígitos em 2021 foi puxada principalmente pelo grupo "Transportes", que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no IPCA do ano. Na sequência vieram "Habitação" (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e "Alimentação e bebidas" (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.

O grupo dos Transportes foi afetado principalmente pelos combustíveis, explicou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov. Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar.

Outros destaques de alta no grupo foram automóveis novos (16,16%), usados (15,05%), passagens aéreas (17,59%e transportes por aplicativo (33,75%).

O maior vilão no bolso dos consumidores em 2021 foi o grupo transportes, cujos preços dispararam 21,03%, em razão da alta dos combustíveis. — Foto: Reprodução/RBS TV
O maior vilão no bolso dos consumidores em 2021 foi o grupo transportes, cujos preços dispararam 21,03%, em razão da alta dos combustíveis. — Foto: Reprodução/RBS TV

A disparada da inflação em 2021 também é explicada pela alta de commodities, desvalorização do real frente ao dólar e crise hídrica, que fez disparar o preço das contas de luz.

A inflação castigou de maneira mais intensa a população pobre. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que abrange as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos ficou em 10,16%, acima da inflação oficial

10 itens com maior impacto na inflação do ano:

  • Gasolina: 47,49% (impacto de 2,34 pontos percentuais)
  • Energia elétrica: 21,21% (impacto de 0,98 p.p)
  • Automóvel novo: 16,16% (impacto de 0.48 p.p.)
  • Gás de botijão: 36,99% (0,41 p.p.)
  • Etanol: 62,23% (0,41 p.p.)
  • Refeição: 7,82% (0,29 p.p.)
  • Automóvel usado: 15,05% (0,28 p.p.)
  • Aluguel residencial: 6,96% (0,26 p.p.)
  • Carnes: 8,45% (0,25 p.p.)
  • Produtos farmacêuticos: 6,18% (0,20 p.p)

Nas despesas com habitação, a maior pressão veio da energia elétrica (21,21%)Já o gás de botijão disparou 36,99%.

Nos alimentos, a variação de 7,94% foi menos intensa que a do ano anterior (14,09%), quando esta classe de despesas representou o maior impacto entre os grupos pesquisados. Entre as maiores altas no ano, destaque para café moído (50,24%) e açúcar refinado (47,87%).

O grupo dos vestuários, que tinha sido o único com queda no ano passado, fechou 2021 com a quarta maior variação (10,31%).

Já a inflação de serviços registrou alta de 4,75% em 2021, após variação de 1,73% em 2020, em meio a um cenário de corrosão da renda das famílias e de fraqueza da atividade econômica.

Entenda como a inflação é calculadaEntenda como a inflação é calculada

Índices regionais

A região metropolitana de Curitiba (12,73%) foi a que teve a maior alta em 2021, enquanto que a menor inflação ocorreu na região metropolitana de Belém (8,10%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas foram de 9,59% e 8,58%, respectivamente.

Resultado de dezembro acima do esperado

IPCA de 0,73% em dezembro ficou acima do esperado. A mediana das projeções de 35 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data era de um avanço de 0,65%.

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro, com destaque para vestuário (2,06%), que acelerou em relação a novembro (0,95%).

Já o maior impacto (0,17 p.p) no IPCA do mês veio de "Alimentação e bebidas" (0,84%). O IBGE destacou as altas nos preços do café moído (8,24%), das frutas (8,60%) e das carnes, que subiram 1,38% em dezembro após uma queda de 1,38% em novembro.

Já no grupo "Transportes" houve desaceleração (de 3,35% para 0,58%), explicada principalmente pelo recuo no preço dos combustíveis (-0,94%).

Previsão de estouro da meta também em 2022

BC já tinha admitido em setembro, que a meta de inflação não seria cumprida em 2021. Com o estouro da meta, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá que escrever uma carta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, explicando os motivos de o objetivo não ter sido cumprido.

A última vez em que isso aconteceu foi em 2017, porém naquela ocasião, O BC teve de explicar por que a inflação terminou o ano abaixo do piso da meta, e não acima.

previsão do mercado para a inflação em 2022 está em 5,03%. Com isso, a expectativa é de estouro do teto do sistema de metas pelo segundo ano seguido. A meta central para o IPCA deste ano é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Atualmente, a taxa Selic está em 9,25% ao ano, maior patamar em mais de quatro anos. E a perspectiva do mercado é que ela termine o ano em 11,75% ao ano.

Para o economista-chefe do Opportunity Total, Marcelo Fonseca, o resultado de dezembro acima do esperado reforça o cenário extremamente desafiador para o Banco Central garantir a convergência da inflação de volta às metas em 2022 e sinaliza a necessidade de novas altas na Selic. "Acreditamos que o BC deverá elevar a taxa Selic novamente em 1,25pp na reunião do mês de fevereiro, encerrando o ano por volta de 12%", destacou.

Em 2023, o objetivo central é de 3,25%, com um piso de 1,75% e um teto de 4,75% por conta do intervalo de tolerância existente.

Brasil tem a 3ª pior inflação do G20

Choques de custos em meio à pandemia afetaram a cadeia de oferta global e provocaram alta dos preços em todo o mundo. A inflação foi um problema global em 2021, mas a taxa do Brasil ficou entre as mais altas do mundo.

Relatório publicado nesta terça-feira pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que entre os países do G20, o Brasil teve a terceira maior inflação no acumulado em 12 meses até novembro, atrás somente da Argentina (51,2%) e da Turquia (21,3%).

Na média dos países do G20 (grupo que reúne os 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia), a inflação ficou em 5,9% no acumulado em 12 meses até novembro.

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Maya Angelou: mulher negra estampa pela 1ª vez moeda de dólar nos EUA

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Poeta e ativista afro-americana Maya Angelou aparece na nova geração das 'quarters', as moedas de 25 centavos de dólar, que são as mais utilizadas no país.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 11 de janeirode 2022 às 13h40m

Post.- N.\ 10.161

EUA cunham primeiras moedas com imagem da poeta negra Maya Angelou
EUA cunham primeiras moedas com imagem da poeta negra Maya Angelou

A efígie da poeta e ativista afro-americana Maya Angelou se tornou a primeira mulher negra a estampar moedas de dólar nos Estados Unidos.

Angelou estampará o verso da nova geração das "quarters", as moedas de 25 centavos de dólar, que são as mais utilizadas do país.

Verso do 'quarter' (moeda de 25 centavos de dólar) em homenagem a Maya Angelou, poeta e ativista que é a primeira afro-americana a estampar uma moeda nos Estados Unidos — Foto: Departamento do Tesouro dos EUA via AFP
Verso do 'quarter' (moeda de 25 centavos de dólar) em homenagem a Maya Angelou, poeta e ativista que é a primeira afro-americana a estampar uma moeda nos Estados Unidos — Foto: Departamento do Tesouro dos EUA via AFP

Desde 1932, a moeda de 25 centavos só foi cunhada duas vezes com versões alternativas: a série de 50 moedas representativas de cada estado, na década de 2000, e a série de parques nacionais, entre 2010 e 2021.

Os primeiros exemplares já foram cunhados pela Casa da Moeda americana e exibidos pelo Departamento do Tesouro (veja no vídeo acima).

As "quarters" estão sendo cunhadas em grandes volumes para uso diário nas cidades de Filadélfia e Denver e entrarão em circulação em breve, segundo nota publicada na segunda-feira (10).

A homenagem é o resultado de um projeto de lei aprovado no fim de 2020 de autoria de Barbara Lee, congressista democrata do estado da Califórnia.

Verso do 'quarter' (moeda de 25 centavos de dólar) em homenagem a Maya Angelou, poeta e ativista que é a primeira afro-americana a estampar uma moeda nos EUA — Foto: Reuters
Verso do 'quarter' (moeda de 25 centavos de dólar) em homenagem a Maya Angelou, poeta e ativista que é a primeira afro-americana a estampar uma moeda nos EUA — Foto: Reuters

Homenagem a mulheres

A moeda de Maya Angelou é o primeiro exemplar de uma série denominada "Prominent American Women" ("mulheres americanas proeminentes", em tradução livre), que homenageará várias mulheres ilustres.

Entre elas estão Sally Ride, astronauta e física; Wilma Mankiller, primeira nativa americana líder da Nação Cherokee; Nina Otero-Warren, política e ativista latina; e Anna May Wong, atriz aclamada como a primeira estrela de ascendência asiática.

Maya Angelou

Conhecida por suas memórias e poesia, Maya Angelou é considerada uma das autoras mais emblemáticas sobre as condições das comunidades negras nos EUA.

Maya Angelou sorri em evento em Washington em foto de 21 de novembro de 2008. Poetisa se tornou em 10 de janeiro de 2022 a primeira mulher negra a estampar uma moeda de dólar. — Foto: Gerald Herbert/AP
Maya Angelou sorri em evento em Washington em foto de 21 de novembro de 2008. Poetisa se tornou em 10 de janeiro de 2022 a primeira mulher negra a estampar uma moeda de dólar. — Foto: Gerald Herbert/AP

A poeta escreveu amplamente sobre a vida no sul do país, região onde nasceu que historicamente é marcada pela segregação racial.

Amiga do ativista e líder religioso negro Malcolm X e militante no movimento do líder e pastor Martin Luther King, Marguerite Johnson, seu nome de batismo era Marguerite Johnson.

Angelou morreu em 2014, aos 86 anos.

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Etanol liderou alta de preços em 2021; veja itens que mais subiram no ano

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Combustíveis foram os principais 'vilões' da inflação no ano.
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Por g1

Postado em 11 de janeiro de 2022 às 11h50m

Post.- N.\ 10.160

A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a taxa oficial do país, fechou 2021 em 10,06%, segundo divulgou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para surpresa de poucos, os combustíveis ficaram entre os principais vilões da inflação no ano passado. Na liderança, com a maior alta de preços entre todos os itens pesquisados pelo IBGE, aparece o etanol, que ficou 62,23% mais caro. Já a gasolina subiu 47,49%, enquanto o óleo diesel teve alta de 46,04%.

Com isso, os combustíveis para veículos subiram, em média, 49,02% no ano. Foram eles, por sinal, os principais responsáveis pela alta média de 21,03% nos custos com transportes em 2021.

Dentro de casa, pesaram nas contas as altas de alguns alimentos, como café (+50,24%) e açúcar (+47,87%). Mas o grande baque veio mesmo dos preços do gás de botijão, que disparou 36,99%, e da conta de luz, com alta de 21,21%.

Maiores altas em 2021 no IPCA — Foto: Economia g1
Maiores altas em 2021 no IPCA — Foto: Economia g1

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