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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Baleias azuis engolem 10 milhões de pedaços de microplástico por dia

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Elas estão ingerindo enormes quantidades de plástico devido ao volume alarmante de minúsculas partículas de poluição que sufocam os oceanos.
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TOPO
Por Will Dunham, Reuters

Postado em 02 de novembro de 2022 às 11h05m

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As baleias azuis estão ingerindo enormes quantidades de plástico, segundo cientistas, devido ao volume alarmante de minúsculas partículas de poluição que sufocam os oceanos. — Foto: Thinkstock
As baleias azuis estão ingerindo enormes quantidades de plástico, segundo cientistas, devido ao volume alarmante de minúsculas partículas de poluição que sufocam os oceanos. — Foto: Thinkstock

Como os maiores animais da Terra, as baleias azuis são grandes consumidores de comida, engolindo toneladas de alimento todos os dias. Elas também estão ingerindo enormes quantidades de plástico, segundo cientistas, devido ao volume alarmante de minúsculas partículas de poluição que sufocam os oceanos.

Pesquisadores apresentaram nesta terça-feira (1º) uma estimativa da quantidade de microplásticos ingeridos por três espécies de baleias - a azul, a comum e a jubarte - na costa do Oceano Pacífico dos EUA, detalhando um problema que apresenta problemas de saúde incertos para esses mamíferos marinhos.

Como baleias de barbatanas, essas espécies são filtradoras. Elas coam alimentos - crustáceos semelhantes a camarões chamados krill e outras pequenas presas - da água do mar usando placas na boca feitas de queratina, a mesma substância encontrada nas unhas e cabelos das pessoas.

As baleias azuis, de acordo com o estudo, podem engolir cerca de 10 milhões de peças de microplástico diariamente, ou até cerca de 43,5 quilos de plástico. Para as baleias comuns, cuja principal presa também é o krill, a contagem diária estimada é de cerca de 6 milhões de peças de microplástico.

Algumas baleias jubarte se especializam em krill e outras preferem comer pequenos cardumes de peixes. As jubartes que preferem o krill, de acordo com o estudo, podem ingerir cerca de 4 milhões de peças de microplástico diariamente, enquanto as que preferem peixes podem ingerir uma quantidade muito menor, cerca de 200 mil peças.

Nas águas moderadamente poluídas da costa oeste dos EUA, as baleias ainda podem estar ingerindo milhões de microplásticos e microfibras por dia, disse o biólogo marinho da Universidade de Stanford Matthew Savoca, coautor do estudo publicado na revista Nature Communications .

"Também descobrimos que a grande maioria - 99% - é através de suas presas que ingeriram plástico anteriormente e não da água que filtram", acrescentou Savoca.

O estudo ilustrou como as baleias comuns podem estar em risco elevado de ingestão de microplásticos como resultado de seu modo de alimentação, a quantidade de sua ingestão de alimentos e seu habitat se sobrepondo a áreas poluídas, como a Corrente da Califórnia, que flui para o sul ao longo do oeste da América do Norte.

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Nível de emissões de gases de efeito estufa no Brasil em 2021 tem a maior alta desde 2003, aponta relatório

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Dados da 10ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima apontam que o crescimento no ano passado atingiu 12,2% e foi puxado por desmatamento, energia e agropecuária. 
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Por g1

Postado em 02 de novembro de 2022 às 07h40m

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Fogo consome terras recentemente desmatadas e queimadas por pecuaristas perto de Novo Progresso, no Pará, em 23 de agosto de 2020. Incêndio e desmatamento na Amazônia, na região Norte do Brasil. — Foto: Andre Penner/AP
Fogo consome terras recentemente desmatadas e queimadas por pecuaristas perto de Novo Progresso, no Pará, em 23 de agosto de 2020. Incêndio e desmatamento na Amazônia, na região Norte do Brasil. — Foto: Andre Penner/AP

O Brasil emitiu 2,42 bilhões de toneladas brutas de gás carbônico (CO2) equivalente, um aumento de 12,2% em relação a 2020. Isso representa a maior alta em quase duas décadas. É o que aponta a mais recente edição do "Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima", o SEEG, divulgado nesta terça-feira (1º).

Segundo o relatório, a maior alta só foi verificada em 2003, ano em que o país atingiu o recorde histórico de emissões.

"Naquele ano, a alta foi de 20%, puxada pela explosão do desmatamento na Amazônia".

"Está muito claro que nós temos um governo que se revelou uma verdadeira bomba climática, máquina de gerar aquecimento global e jogar carbono para a atmosfera no planeta. Temos um governo que negou a agenda de clima e fez tudo o que podia para destruir a governança ambiental do país, especialmente na Amazônia", disse Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, durante a apresentação dos dados.

Veja alguns pontos do relatório:

  • O crescimento em 2021 ocorreu em quase todos os setores da economia e foi puxado por desmatamento, energia e agropecuária.
  • O setor de energia emitiu 435 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente em 2021 contra 387 milhões em 2020. A maior alta em 50 anos.
  • A agropecuária teve as maiores emissões da série histórica: 601 milhões de toneladas, contra 579 milhões em 2020.
  • O setor de resíduos foi o único que não teve aumento - 91,1 milhões de toneladas contra 91,2 milhões em 2020.
  • O setor de mudança de uso da terra, representado em sua maior parte pelo desmatamento da Amazônia e no Cerrado, foi o grande vilão das emissões. "O aumento das emissões brutas do setor, de 18,5%, só é superado na série histórica pelo ano de 2003", diz o documento.
Emissões brasileiras de gases de efeito estufa em 2021 — Foto: SEEG/Observatório do Clima
Emissões brasileiras de gases de efeito estufa em 2021 — Foto: SEEG/Observatório do Clima

Para Tasso Azevedo, coordenador do SEEG, o balanço de dez anos do Sistema, mostra que o Brasil teve uma década perdida para controlar sua poluição climática.

Desde a regulamentação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, em 2010, nós estamos patinando. Não apenas não conseguimos reduzir nossas emissões de maneira consistente, como as aumentamos nos últimos anos, e de forma expressiva, destaca.

O Brasil tem as ferramentas de política pública, a tecnologia e os recursos para mudar sua trajetória, mas é preciso que o governo e a sociedade entendam que isso é fundamental para dar segurança à população em tempos de eventos extremos acelerados e também para alavancar a economia", finaliza o coordenador do SEEG.

Estimativa de Emissões de gases de efeito estufa no Brasil — Foto: SEEG/Observatório do Clima
Estimativa de Emissões de gases de efeito estufa no Brasil — Foto: SEEG/Observatório do Clima

O coordenador do SEEG explica que o gráfico acima aponta três padrões. "Entre 1900 e 2003 tivemos um período de aumento das emissões. A partir de 2004 até 2010 temos uma forte redução das emissões no Brasil, puxada pela redução do desmatamento. Desde então, a gente vem num processo de sobe e desce, com tendência de subida até chegar a 2021".

Setor de mudança de uso da terra: o grande vilão

O setor de mudança de uso da terra, representado em sua maior parte pelo desmatamento da Amazônia e no Cerrado, foi a principal fonte de emissão de gases do Brasil em 2021. Segundo o relatório do SEEG, o desmatamento na Amazônia respondeu por 77% das emissões por mudanças de uso da terra em 2021.

O Brasil vem batendo recordes de desmatamento nos últimos anos.A taxa de desmatamento em 2021 na Amazônia Legal foi de 13.038 km², a maior desde 2006, quando o desmatamento estava em franco decréscimo desde os 27.772 km² vistos em 2004. Isso demonstra que o aumento das emissões atualmente está refletindo esse retrocesso nos padrões de desmatamento, comenta Bárbara Zimbres, pesquisadora do Ipam.

No Cerrado, as emissões foram de 117 milhões de toneladas, com aumento de 4%. Também houve aumento de 65% no carbono emitido pelo desmatamento da Mata Atlântica.

Estimativa de emissões de gases de efeito estufa por estado em 2021 — Foto: SEEG/Observatório do Clima
Estimativa de emissões de gases de efeito estufa por estado em 2021 — Foto: SEEG/Observatório do Clima

Agropecuária

"Se fosse um país, o agro brasileiro seria o 16º maior emissor do planeta, à frente da África do Sul", comparam os pesquisadores. A agropecuária teve as maiores emissões da série histórica: 601 milhões de toneladas. A pecuária é a principal fonte desse aumento. Na agricultura, pesaram a alta no consumo de fertilizantes nitrogenados e o volume de calcário nas lavouras.

O mais preocupante é que, mesmo com os compromissos assumidos pelo país em sua NDC (a meta no Acordo de Paris), no Compromisso Global do Metano e no Plano ABC, que tem mais de dez anos, em 2021, tivemos o recorde de emissões para a pecuária e a agricultura do Brasil, salienta Renata Potenza, coordenadora de Clima e Cadeias Agropecuárias do Imaflora.

Considerando as metas de redução de emissões assumidas na NDC do país para 2025 e 2030, o patamar atual torna o alcance dessas metas cada vez mais distante", completa Potenza.

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