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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Reinfecção por coronavírus mais do que dobra risco de morte, diz estudo nos EUA com grupo na faixa dos 60 anos

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Pesquisa feita com mais de 480 mil pessoas demonstrou que o risco é cumulativo e quanto mais infecções, mais chances de desenvolver sequelas ou morrer.
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Por Júlia Putini, g1

Postado em 11 de novembro de 2022 às 17h40m

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Variante da ômicron descoberta no Brasil — Foto: NIAD-NATIONAL INSTITUTE OF ALLERGY AND INFECTIOUS
Variante da ômicron descoberta no Brasil — Foto: NIAD-NATIONAL INSTITUTE OF ALLERGY AND INFECTIOUS

Um estudo publicado na revista científica "Nature" na quinta-feira (10) demonstrou que reinfecções por Covid-19 aumentam o risco de morte, hospitalização e desenvolvimento de sequelas em múltiplos sistemas de órgãos.

Embora amplo, o público pesquisado é formado por pacientes mais velhos, na faixa dos 60 anos, e geralmente homens, o que não reflete a população em geral (veja mais abaixo).

De acordo com a pesquisa liderada por Ziyad Al-Aly e uma equipe da Universidade de Washington, quando comparadas com um grupo de não infectados, as pessoas que tiveram várias infecções apresentam um risco cumulativo para a saúde. Ou seja, quanto mais infecções, mais chances de desenvolver Covid longa.

Entre as sequelas apontadas estão problemas pulmonares, cardiovasculares, gastrointestinais, renais, psicológicos e neurológicos, além de diabetes. De acordo com os pesquisadores, "os riscos foram evidentes independentemente do estado vacinal".

O estudo comparou 443.588 pessoas com uma única infecção com 40.947 que tiveram reinfecções. Dos reinfectados, 37.997 tiveram duas infecções, 2.572 tiveram três infecções e 378 sofreram quatro ou mais infecções. Todos foram acompanhados durante seis meses depois da última infecção ou reinfecção.

Para aqueles que contraíram a doença apenas uma vez, a taxa de mortalidade é de 16,77 a cada 1.000 pessoas. Já para os reinfectados, a taxa saltou para 36,10 a cada 1.000 pessoas, ou seja, mais do que dobrou. A chamada fase aguda, que compreende os 30 dias após a infeção, é o período mais crítico. No caso das hospitalizações, a taxa triplicou entre os reinfectados.

Eles também tiveram riscos elevados para problemas nos pulmões, coração, sangue, rins, ossos e músculos, além de diabetes, questões de saúde mental e desordens neurológicas.

"Mesmo se a pessoa tiver tido uma infecção prévia e sido vacinada, o que significa que tem uma dupla imunidade da infecção anterior e mais as vacinas, ela ainda está suscetível a resultados adversos ao se reinfectar", disse Al-Aly. 
Limitações do estudo

Apesar de a amostragem de pacientes ser considerada expressiva, que contou com os bancos de dados de saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos dos EUA, os pesquisadores reconhecem que a maioria das pessoas eram homens brancos e na faixa etária de 60 anos, o que é apenas um recorte específico e não representa toda a complexidade da realidade.

Especialistas não envolvidos no estudo ponderam ainda que, entre os veteranos, geralmente, tem mais idosos e pessoas doentes do que na população geral.

Além disso, outra conclusão dos pesquisadores é que para reduzir a carga geral de morte e doença pelo SARS-CoV-2 será necessário desenvolver estratégias para prevenção de reinfecções.

Covid longa

Um estudo holandês publicado em agosto apontou que um em cada oito adultos infectados com o vírus Sars-CoV-2 experimenta sintomas de Covid longa, que é quando um ou mais sintomas persistem quatro semanas após a infecção.

A pesquisa descobriu que vários sintomas eram novos ou mais graves três a cinco meses depois de a pessoa ter tido Covid-19, em comparação com os sintomas antes da infecção e grupo controle (que não positivou para o vírus). Os principais sintomas registrados foram:

  • Dor no peito
  • Dificuldade respiratória
  • Dor ao respirar
  • Dor nos músculos
  • Perda do tato/cheiro
  • Formigamento das mãos/pés
  • Nódulo na garganta
  • Sensação alternada de frio/calor
  • Braços e pernas cansados
  • Cansaço geral

Outro estudo, baseado em dados de pesquisas e registros eletrônicos de saúde no Reino Unido, revelou que ser mulher, apresentar problemas de saúde em geral antes da pandemia, ter entre 50 e 60 anos, sofrer de asma e ter sobrepeso ou obesidade são fatores de risco para o desenvolvimento da Covid longa.

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Como Gautam Adani, homem mais rico da Ásia, conseguiu aumentar espetacularmente sua fortuna

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Conexões políticas e alta do petróleo após invasão da Ucrânia fizeram o magnata indiano subir no ranking dos mais ricos do mundo.
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TOPO
Por BBC

Postado em 11 de novembro de 2022 às 15h00m

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Adani subiu rapidamente no ranking dos mais ricos do mundo — Foto: Getty Images via BBC
Adani subiu rapidamente no ranking dos mais ricos do mundo — Foto: Getty Images via BBC

Homens, brancos, dos Estados Unidos ou de algum país europeu. Assim era formado até pouco tempo o exclusivo clube das 5 pessoas mais ricas do mundo.

Mas isso mudou há apenas algumas semanas, quando o empresário indiano Gautam Adani desbancou Bill Gates, fundador da Microsoft, da quarta posição e tirou o megainvestidor Warren Buffett do grupo, segundo os índices de bilionários elaborados pela revista Forbes e pela agência de notícias Bloomberg.

O magnata indiano entrou no seleto círculo porque sua fortuna teve um aumento significativo nos últimos anos e, em particular, nos últimos 12 meses. Hoje, estima-se que as empresas e bens de Adani ultrapassem US$ 125 bilhões, que é o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) do Uruguai de 2021.

Só no ano passado, a riqueza do empresário aumentou em US$ 48,7 bilhões, fazendo dele o homem mais rico de toda a Ásia.

Em contrapartida, os outros membros do clube (Elon Musk, fundador da Tesla e novo dono do Twitter; Bernard Arnault, dono da Louis Vuitton; Jeff Bezos, fundador da Amazon; e Bill Gates) sofreram perdas significativas, devido às turbulências que os mercados vêm sofrendo, especialmente após a invasão russa da Ucrânia.

Um sobrevivente

Adani é fundador de um conglomerado de empresas chamado Adani Group, que tem negócios em setores que vão desde infraestrutura e logística até energia.

Mas como esse império começou?

Adani não ficou milionário por herança. Ele nasceu em junho de 1962 em uma família de classe média em Ahmedabad, no Estado de Gujarat, perto de Mumbai. Seu pai era um pequeno comerciante têxtil. Depois de terminar o colégio, ele começou a estudar negócios na Universidade de Gujarat, mas desistiu no segundo ano.

Em 1981, seu irmão mais velho comprou uma fábrica de plásticos em Ahmedabad e o convidou para fazer parte do negócio. Adani se dedicava à importação de PVC, mas anos depois expandiu para outros produtos – e começou a exportar tecidos, produtos agrícolas e pedras preciosas (diamantes).

A sorte sorriu para ele. Foi assim que, em 1995 ele passou a operar seu primeiro porto na Índia, e hoje opera vários em todo o país.

Mas a prosperidade atraiu a atenção de grupos criminosos – e um deles o sequestrou em 1997, quando estava saindo de um clube exclusivo. Ele foi liberado horas mais tarde, mas depois de pagar US$ 1,5 milhão, segundo a imprensa local.

Anos depois, em 26 de novembro de 2008, quando Adani estava no luxuoso Taj Mahal Palace Hotel em Mumbai, o mesmo foi atacado por extremistas islâmicos. O empresário estava jantando com colegas, mas saiu ileso, pois conseguiu se esconder no porão do prédio até que as tropas indianas conseguiram liquidar os terroristas.

"Vi a morte a 4 metros", declarou mais tarde. 
Conexões com o poder

Dos portos e da distribuição de mercadorias, Adani saltou para o setor de energia. Assim, hoje ele não só possui usinas geradoras de energia elétrica, como também empresas que a distribuem e comercializam diretamente para os lares indianos.

Relação de Adani com o premiê Modi é, para muitos, a explicação para o surpreendente sucesso do empresário — Foto: Getty Images via BBC
Relação de Adani com o premiê Modi é, para muitos, a explicação para o surpreendente sucesso do empresário — Foto: Getty Images via BBC

Também é dono do controverso projeto Carmichael, na Austrália, uma mina de carvão a céu aberto que abastece usinas de energia, pelo qual recebeu duras críticas de ambientalistas e até processos judiciais.

No entanto, em seu país ele tem fábricas que desenvolvem painéis solares e também centros de processamento de dados.

Além do faro e da visão para os negócios, na Índia há quem acredite que existem outros motivos que explicam o sucesso de Adani. Uma dessas razões é sua relação com o atual primeiro-ministro do país, o nacionalista hindu Narendra Moodi, com quem mantém uma relação próxima desde a época em que era governador do Estado de Gujarat (2001-2014), onde Adani nasceu e onde estão as sedes de suas empresas.

"Ele obteve tratamento preferencial do Estado", disse o pesquisador Hemidra Hazari à rede americana CNBC.

Em 2019, Adani ganhou o contrato para administrar seis aeroportos no país, apesar de não ter experiência nesta área.

"Na Índia, está ocorrendo algo parecido com o que aconteceu com os oligarcas russos, após a dissolução da União Soviética, que enriqueceram com a privatização de antigas propriedades soviéticas enormes, conglomerados e monopólios setoriais, graças a seu acesso aos líderes", acrescentou Hazari.

Além disso, Adani tem sido um importante financiador do Bharatiya Janata, o partido de Moodi. E prova disso é que, quando o primeiro-ministro chegou ao poder em 2014, ele usou o avião do magnata para voar de Gujarat a Nova Déli, a capital do país, para assumir o cargo, informou o jornal britânico Financial Times em novembro de 2020.

Com o aval do governo, Adani agora quer se aventurar em outra área: as comunicações. Em agosto, fez uma oferta para adquirir 26% da New Delhi Television (NDTV), a principal emissora de notícias do país. Alguns no país veem isso como mais um passo que favorece as chances de Moodi, face as eleições gerais de 2024.

As conexões de Adani com o poder político indiano também parecem tê-lo protegido das turbulências financeiras que a invasão russa da Ucrânia causou. A razão? O governo Moodi se recusou a impor sanções a Moscou e, em resposta, o Kremlin decidiu vender à Índia seu petróleo e gás com desconto.

Essa política explicaria por que Adani é um dos poucos bilionários que viu o valor de suas empresas subir nos últimos meses.

Neste ano, o preço das ações da Aldani Power, a divisão de energia do grupo, subiu 293%, enquanto da Adani Gas aumentou 146%, de acordo com os relatórios da Bloomberg.

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63584455

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