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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Astrônomos juntam mais de 1 milhão de imagens para traçar atlas de 'berçários estelares'

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Pesquisadores do Observatório Europeu do Sul revelaram nesta quinta (11) um vasto mosaico infravermelho de cinco regiões de nascimento de estrelas, localizadas a menos de 1500 anos-luz de distância da Terra.
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Por g1

Postado em 11 de maio de 2023 às 10h45m

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Imagem em infravermelho de uma região na constelação de Ofiúco.  — Foto: ESO/DIVULGAÇÃO
Imagem em infravermelho de uma região na constelação de Ofiúco. — Foto: ESO/DIVULGAÇÃO

Cientistas revelaram nesta quinta-feira (11) um vasto atlas em infravermelho de cinco "berçários estelares", regiões do espaço cercadas de imensas nuvens de gás e poeira.

O achado inédito é fruto de observações do telescópio VISTA, montado no Observatório do Paranal e operado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile.

Na pesquisa, os cientistas observaram regiões de formação estelar nas constelações de Orion, Ofiúco, Camaleão, Coroa Austral e Lupus, que cobrem uma enorme área no céu e estão localizadas a menos de 1500 anos-luz de distância da Terra.

Para mapear estas regiões tão vastas, a equipe obteve mais de um milhão de imagens durante um período de cinco anos.

Por causa desse número hercúleo, um link foi divulgado para que astrônomos e o público possam explorar em detalhes o conjunto de dados, dando zoom nas imagens da constelação do Ofiúco, Lupus, Camaleão e Coroa Austral.

As fotos individuais foram então usadas para construir os grandes mosaicos, que trazem uma visão única do Universo, revelando manchas escuras de poeira, nuvens brilhantes e estrelas recém-nascidas até então escondidas.

"A poeira obscurece estas estrelas jovens, tornando-as virtualmente invisíveis aos nossos olhos. Só nos comprimentos de onda do infravermelho é que conseguimos observar o interior destas nuvens e estudar as estrelas em formação", explica Alena Rottensteiner, estudante de doutorado da Universidade de Viena e coautora do estudo.

Imagem em infravermelho de região na constelação de Camaleão.  — Foto: ESO/Meingast et al
Imagem em infravermelho de região na constelação de Camaleão. — Foto: ESO/Meingast et al.

Imagem em infravermelho de uma região na constelação de Camaleão.  — Foto: ESO/Meingast et al.
Imagem em infravermelho de uma região na constelação de Camaleão. — Foto: ESO/Meingast et al.

Imagem em infravermelho de uma região na constelação da Coroa Austral.  — Foto: ESO/Meingast et al.
Imagem em infravermelho de uma região na constelação da Coroa Austral. — Foto: ESO/Meingast et al.

Uma vez que as mesmas áreas foram observadas repetidamente, esses dados irão permitir agora que os pesquisadores estudem o modo como essas jovens estrelas se movem.

"Nestas imagens podemos detectar até as fontes de luz mais tênues, tais como estrelas com muito menos massa que o nosso Sol, revelando assim objetos que nunca tinham sido observados anteriormente", diz Stefan Meingast, astrônomo na Universidade de Viena, Áustria, e autor principal do novo estudo, publicado hoje na revista Astronomy & Astrophysics.

Além disso, todo esse atlas espacial ainda vai manter os astrônomos ocupados durante muitos anos, visto que o Observatório Europeu do Sul tem planos ainda mais ambiciosos para a sua próxima geração de telescópios e instrumentos, como o futuro Extremely Large Telescope (ELT), poderosa instalação que está sendo construída a cerca de 20km do VLT (Very Large Telescope, em inglês), um dos mais importantes do mundo.

Existe um enorme valor duradouro para a comunidade astronômica aqui", diz Monika Petr-Gotzens, astrônoma do ESO em Garching, na Alemanha, e coautora do estudo. E o ELT nos permitirá ampliar regiões específicas com detalhes sem precedentes, dando-nos uma visão nunca antes vista de perto de estrelas individuais que estão se formando nesses locais".

Entenda no vídeo abaixo por que o James Webb é de fato um supertelescópio.

Compare as fotos do supertelescópio James Webb com seu antecessorCompare as fotos do supertelescópio James Webb com seu antecessor

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