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domingo, 29 de novembro de 2020

Ciência, inteligência artificial, políticas públicas: a longevidade nos livros

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Autores chamam a atenção de governos e empreendedores para necessidades não atendidas dos mais velhos  
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TOPO
Por Mariza Tavares -- Rio de Janeiro  
Jornalista, mestre em comunicação pela UFRJ e professora da PUC-RIO, Mariza escreve sobre como buscar uma maturidade prazerosa e cheia de vitalidade.
29/11/2020 06h00 Atualizado há 7 hora
Postado em 29 de novembro de 2020 às 13h00


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Livros sobre o envelhecimento saindo do forno. Ou ainda em pré-venda, com lançamento previsto para o começo do ano que vem – um bom sinal de que o assunto está em alta. O painel Longevity: read all about it (Longevidade: leia tudo sobre o tema) era parte do seminário on-line, realizado de 9 a 13, que foi objeto da coluna do dia 19. O moderador foi Andrew Scott, professor de economia da London Business School e ele próprio autor de uma obra que estará disponível em dezembro: The new long life (A nova vida longa). Anna Dixon, presidente do Centro para Envelhecer Melhor, no Reino Unido, lançou The age of ageing better? – a manifesto for our future(A era para envelhecer melhor – um manifesto para nosso futuro) em junho. O livro, segundo a autora, pretende desafiar a narrativa negativa sobre a velhice, dando ênfase às ações que visem a transformar o envelhecimento numa fase na qual possamos viver prazerosamente. Na sua opinião, a sociedade terá falhado se não se mobilizar para atender às mudanças do perfil demográfico da população: os governos têm que focar em políticas públicas que possibilitem que idosos longevos vivam decentemente.

Andrew Steele: “com as terapias gênicas, será possível curar uma doença mudando uma única letrinha do DNA”  — Foto: Divulgação
Andrew Steele: “com as terapias gênicas, será possível curar uma doença mudando uma única letrinha do DNA” — Foto: Divulgação

Físico e especialista em biologia computacional, que usa tecnologia para resolver problemas da biologia, Andrew Steele escreveu Ageless – the new science of getting older without getting older (Sem idade: a nova ciência de envelhecer sem ficar velho), previsto para março de 2021. Diz que, como cientista, se entusiasma com o potencial desse campo de conhecimento. Não há uma data para a cura de senescência, mas são muitas frentes de pesquisa. Com as terapias gênicas, será possível curar uma doença mudando uma única letrinha do DNA utilizando o CRISPR (um sistema de edição genética). É algo para daqui a cinco, dez anos, muitos dos idosos estarão vivos para se beneficiar, afirma. Para ele, a principal barreira é financiamento: a biogerontologia, ou seja, a biologia do envelhecimento, ainda tem pouca visibilidade. Os investimentos se concentram no câncer. No entanto, é o envelhecimento que leva ao câncer, às doenças coronarianas, às demências. Deveria interessar aos governos, empreendedores e filantropos, acrescentou.

A empreendedora social Tina Woods, autora de Live longer with AI (Viva mais com a inteligência artificial), publicado em setembro, é uma defensora da tecnologia para trazer qualidade de vida aos idosos: a inteligência artificial está em todos os lugares e será usada maciçamente nos cuidados de saúde. Pode ser a peça chave para mudanças no estilo de vida. Além disso, drogas poderão ser personalizadas. A indústria de seguros deveria estar interessada em investir para que as pessoas tenham ferramentas para manter a saúde pelo maior tempo possível. Por último, Andrew Scott também falou sobre seu livro, em nova parceria com Lynda Gratton. Os dois abordam as muitas questões relacionadas à longevidade: como manter a saúde; se preparar para a aposentadoria; e o que fazer com o bônus de uma existência estendida.

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