Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Presidente brasileiro alinhava no combate à desigualdade os desafios da ONU, como reforma do Conselho de Segurança, paz e emergência climática. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Sandra Cohen Postado em 19 de setembro de 2023 às 13h30m #.*Post. - N.\ 10.954*.#
Visão geral do discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU — Foto: Mike Segar/Reuters
Veterano no púlpito das Nações Unidas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu demandas antigas, ao retornar à Assembleia Geral, em Nova York, após um intervalo de 14 anos.
Num discurso forte e estruturado, ele centrou na desigualdade a origem das mazelas que desafiam a ONU
e recebeu aplausos sete vezes, sobretudo quando anunciou, mais uma vez,
a sua volta e a do Brasil a um palco internacional de debates.
“Estabilidade e segurança não serão alcançadas onde há exclusão social e
desigualdade”, advertiu o presidente brasileiro, que soma oito
discursos na Assembleia Geral nas duas últimas décadas.
A fome, a pobreza, a ameaça da extrema direita, a defesa pela reforma
do Conselho de Segurança, por soluções à emergência climática e a
cobrança de recursos das nações desenvolvidas permearam o discurso desta
terça-feira, sempre com a desigualdade como pano de fundo. "Não haverá sustentabilidade nem prosperidade sem paz”, insistiu.
Lula discursa na Assembleia Geral da ONU
Na abertura dos debates, Lula cresceu e tirou proveito do vazio deixado no cenário internacional por seu antecessor, Jair Bolsonaro,
para delinear aos representantes de mais de 140 países a sua agenda
social. Celebrou bandeiras como o combate ao racismo, à xenofobia, à
intolerância, e ao feminicídio; ressaltou a importância da preservação
da liberdade de imprensa, dos direitos dos grupos LGBTQ+.
“O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo.”
Críticas à paralisia da ONU e à perda de credibilidade do Conselho de
Segurança entraram no discurso para justificar uma bandeira antiga,
proferida todas as vezes que subiu à tribuna: a necessidade da reforma do órgão como parte da solução dos problemas. O Brasil pleiteia um assento permanente, juntamente com Alemanha, Japão e Índia, integrantes do chamado G-4.
“Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros
permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão
territorial ou de mudança de regime. A guerra na Ucrânia escancara a nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer o propósito e os princípios da Carta da ONU.”
Dessa forma, Lula corrigiu deslizes anteriores — como o de equiparar a
responsabilidade do conflito aos dois países — e deixou a tribuna como
estadista.
'Houve muita sintonia entre os discursos de Biden e Lula', diz Guga Chacra
Temperatura está 5ºC acima da média em alguns estados neste fim de inverno: Criciúma bateu 40,7°C. País está sob efeito de fenômeno que impede o avanço das massas de ar frio, o que causa mais chuva no RS. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Júlia Putini, Mariana Garcia, g1 19/09/2023 00h00 Atualizado há 03 horas Postado em 19 de setembro de 2023 às 06h10m #.*Post. - N.\ 10.953*.#
Rio Grande do Sul tem previsão de mais chuva nesta terça-feira
Bolha de ar quente ou "cúpula" são formas simplificadas de nomear o
fenômeno que faz estados do Centro-Sul do Brasil sofrerem com uma onda de calor. Ela já causa efeitos e vai se agravar até o fim de semana.
Tecnicamente, os meteorologistas dizem que há um "bloqueio atmosférico"
em atuação: uma área de alta pressão no centro do país que está
ganhando força e que impede a entrada das massas de ar frio. O calorão
de agora é diferente do visto na terceira semana de agosto, que foi logo sucedido por uma frente fria.
Sem novas frentes frias fortes o suficiente para quebrar o bloqueio, as
temperaturas nestes últimos dias do inverno já estão cinco graus acima
da média climatológica em alguns estados e esse número pode subir para
10°C a partir de sexta (área em vermelho no mapa abaixo).
Final do inverno pode ter recordes de temperatura no país — Foto: Arte g1
Fatores que ampliam o calorão
Mas bloqueios atmosféricos são comuns. O que faz o atual virar motivo de preocupação são os fatores listados abaixo:
El Niño atípico:
o fenômeno que está mais intenso neste ano: ele aquece as águas do
Oceano Pacífico e freia a atuação de frentes frias no Brasil; ele dá
força para o bloqueio atmosférico;
Aquecimento global:
especialistas afirmam que a queima de combustíveis fósseis torna
eventos extremos (ciclones, enchentes e etc.) mais prováveis, e que
ondas de calor recentes na Europa teriam sido praticamente impossíveis
sem as mudanças climáticas;
Setembro: é
naturalmente um mês de altas temperaturas no centro do Brasil devido à
combinação do final do período seco e ao aumento da radiação solar.
1 - O El Niño atípico
De acordo Cesar Soares, meteorologista da Climatempo, as ondas de calor
vistas neste ano no Brasil são sim potencializadas pelo fenômeno
climático El Niño. "Ele faz com que poucas massas de ar de origem polar
consigam avançar pelo Brasil, dessa forma esquenta bastante", afirma
Soares.
O meteorologista do Cemaden Giovani Dolif afirma que o atual cenário de
El Niño (e aquecimento global) sinaliza que podemos ter temperaturas
acima da média tanto na primavera quanto no verão. "A previsão de pico
do El Niño é no final do ano. Ele só deve perder força no meio do
semestre do ano que vem", afirma Dolif.
"Temos a combinação de duas coisas: o El Niño e a mudança climática
global. O planeta está bem quente, julho bateu o recorde do mês mais
quente já registrado na Terra, os oceanos estão mais quentes", resume o
meteorologista Giovani Dolif.
Eventos extremos do clima sempre existiram e existirão, mas os
cientistas da área afirmam que a influência da atividade humana no clima
é responsável por aumentar a probabilidade de suas ocorrências e já
cravam que, sem o aquecimento global, algumas ondas de calor seriam
improváveis.
Entre muitos cientistas que analisam o tema, a World Weather
Attribution (WWA) conduz análises de atribuição de eventos
meteorológicos globais. A WWA já aponta que a correlação entre extremos
de temperatura e o aquecimento global é mais direta do que no caso das
grandes tempestades ou acumulados de chuva.
Sem o aquecimento global, os recentes recordes de 40 ºC no Reino Unidoseriam
praticamente impossíveis, assim como a onda de calor de 2021 na América
do Norte, indicam as análises da WWA. A mudança climática tornou 30
vezes mais prováveis as ondas de calor mortal precoces do ano corrente,
na Índia e no Paquistão, de acordo com a WWA.
3 - Setembro: seco e com mais sol
O especialista Giovani Dolif, do Cemaden, lembra que setembro é um mês
onde tipicamente as temperaturas são mais altas em boa parte do centro
do país, uma combinação de final de período seco e aumento da radiação
solar.
"O mínimo que recebemos do sol é no final de junho, quando começa o
inverno, quando temos a menor energia do sol. Já o pico máximo é no
final de dezembro. Em setembro começamos a sentir o sol com mais
intensidade e como é o final da estação seca, não temos umidade", afirma
Dolif.
Cesar Soares lembra que, desde o domingo, as temperaturas em parte do
Sul, Sudeste e Centro-Oeste estão bem elevadas, mais de 5 graus acima da
média climatológica. "Isso faz com que a gente configure uma condição
de onda de calor, afinal a previsão indica que tais temperaturas devem
permanecer até pelo menos o fim dessa semana", afirma.
Próximos dias
O panorama previsto pelos meteorologistas do Inmet
aponta uma possível piora da situação a partir de sexta-feira (22). As
temperaturas máximas devem passar dos 40°C em áreas das regiões
Centro-Oeste e Norte, além do interior de São Paulo. Na capital paulista
são esperadas temperaturas máximas acima dos 35°C a partir de sexta.
Cesar
Soares, meteorologista da Climatempo, diz que, novamente, as nuvens
carregadas com chuva estão todas voltadas para o Rio Grande do Sul,
estado que tem previsão de novos temporais nesta semana.
Marcelo Martins, meteorologista do Cemaden, diz que, na região, o calor
dá uma pequena trégua a partir desta terça-feira (19), com cobertura de
nuvens, chuva, vento o risco de temporais. Na de quinta-feira (21)
volta esquentar.
Em Criciúma, na segunda-feira, os termômetros bateram 40,7°C. O segundo
recorde de calor para a região foi em Joinville, em agosto, com 38,7°C.