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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Maior iceberg do mundo avança sobre ilha e ameaça área de preservação ambiental

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A68 se descolou da Antártida há três anos e existe grande risco de que possa acabar ancorando na costa de paraíso de vida selvagem. 
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TOPO
Por BBC 
04/11/2020 16h13 Atualizado há 3 horas
Postado em 04 de novembro de 2020 às 19h20m



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Icebergs encalham ao redor de Geórgia do Sul com frequência — Foto: BAS/Pete Bucktrout
Icebergs encalham ao redor de Geórgia do Sul com frequência — Foto: BAS/Pete Bucktrout

O maior iceberg do mundo, conhecido como A68, está em rota de colisão com o território ultramarino britânico da Geórgia do Sul.

O gigante de gelo que se descolou da Antártida há três anos tem tamanho semelhante ao da ilha do Atlântico Sul, e há uma grande possibilidade de que o iceberg possa acabar encalhando na costa desse paraíso de vida selvagem.

Se isso acontecer, será uma grave ameaça para a fauna local, especialmente pinguins e focas.

Isso porque as rotas normais de forrageamento dos animais podem ser bloqueadas, impedindo-os de alimentar seus filhotes adequadamente.

E nem é preciso dizer que todas as criaturas que vivem no fundo do mar acabariam mortas no local onde o A68 "atracar" — algo que levaria muito tempo para ser revertido.

"Os ecossistemas podem e irão se recuperar, é claro, mas há o perigo de que, se esse iceberg ficar preso, possa permanecer lá por 10 anos", diz o professor Geraint Tarling do British Antarctic Survey (BAS), órgão responsável pelos assuntos relativos aos interesses do Reino Unido na Antártica.

"E isso faria uma grande diferença, não apenas para o ecossistema da Geórgia do Sul, mas também para sua economia", acrescenta.

O A68 é muito extenso, mas tem apenas 200 metros de espessura (relativamente fino para um iceberg) — Foto: Nasa/John Sonntag via BBC
O A68 é muito extenso, mas tem apenas 200 metros de espessura (relativamente fino para um iceberg) — Foto: Nasa/John Sonntag via BBC

O território ultramarino britânico é uma espécie de cemitério dos maiores icebergs da Antártica.

Esses gigantes se descolam vez ou outra do continente gelado em fortes correntes, e acabam na parte rasa da plataforma continental que circunda a ilha remota.

O A68 — que tem a aparência de uma mão com um dedo para cima — tem andado neste "beco do iceberg" desde que se descolou da Antártica em meados de 2017. Agora está a apenas algumas centenas de quilômetros a sudoeste do território da Geórgia do Sul.

Morte de animais

Com uma área equivalente a quase três vezes a cidade de São Paulo, o iceberg pesa centenas de bilhões de toneladas. Mas sua espessura relativa (uma profundidade submersa de talvez 200 metros ou menos) significa que tem o potencial de flutuar até a costa da Geórgia do Sul antes de encalhar.

"Um iceberg tem implicações enormes para onde predadores terrestres podem ser capazes de forragear", explica Tarling.

"Quando falamos sobre pinguins e focas durante o período que é realmente crucial para esses animais — a criação de filhotes — a distância real que eles têm que percorrer para encontrar comida (peixe e krill) realmente importa. Se eles têm que fazer um grande desvio, significa que não vão voltar para seus filhos a tempo de evitar que morram de fome nesse ínterim."

Quando o colosso A38 aterrissou na Geórgia do Sul em 2004, inúmeros filhotes de pinguins e filhotes de foca mortos foram encontrados nas praias locais.

Com calado de cerca de 200m, o A68 tem potencial para se prender na plataforma rasa ao redor da ilha

O pesquisador do BAS está tentando organizar recursos para estudar A68 na Geórgia do Sul, caso o pior cenário se confirme e o iceberg alcance uma das principais áreas produtivas para a vida selvagem e a indústria pesqueira local.

Os impactos potenciais são diversos — e nem todos negativos, enfatiza.

Por exemplo, os icebergs trazem consigo enormes quantidades de poeira que fertilizarão o plâncton oceânico ao seu redor, e esse benefício irá então se espalhar pela cadeia alimentar.

Embora as imagens de satélite sugiram que o A68 está em rota de colisão com a Geórgia do Sul, isso pode não acontecer. Tudo é possível, diz Peter Fretwell, especialista em mapeamento e sensoriamento remoto da BAS.

"As correntes devem dar uma volta pelo que parece ser um estranho loop ao redor da extremidade sul da Geórgia do Sul, antes de girar ao longo da borda da plataforma continental e voltar para o noroeste. Mas é muito difícil dizer exatamente o que vai acontecer", acrescenta ele à BBC News.

Colega de Fretwell na BAS, Andrew Fleming diz que uma solicitação foi feita à Agência Espacial Europeia para obter mais imagens de satélite, particularmente do sistema de radar Sentinel-1.

Esses satélites trabalham em comprimentos de onda que lhes permitem ver através das nuvens, o que significa que podem rastrear o iceberg independentemente das condições climáticas.

"O A68 é espetacular", diz Fleming. "A ideia de que ainda está em um grande pedaço é realmente notável, especialmente dadas as enormes fraturas que vemos passando por ele nas imagens de radar. Esperava que ele já tivesse se rompido agora", acrescenta.

"Se ele girar em torno da Geórgia do Sul e seguir em direção ao norte, deve começar a se fragmentar. Ele entrará muito rapidamente em águas mais quentes e, especialmente, a ação das ondas começará a derretê-lo."

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Produção industrial cresce 2,6% em setembro e recupera patamar pré-pandemia, diz IBGE

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Atividade industrial no país agora se encontra 0,2% acima do nível de fevereiro. No acumulado no ano, porém, setor ainda acumula perda de 7,2%.  
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Por Darlan Alvarenga e Daniel SIlveira, G1 — São Paulo e Rio de Janeiro  
04/11/2020 09h00 Atualizado há 2 horas
Postado em 04 de novembro de 2020 às 11h00m


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Fábrica de papelão ondulado para embalagens no interior de São Paulo; produção industrial cresce 2,6% em setembro e recupera patamar pré-pandemia, segundo IBGE — Foto: Fabio Tito/G1
Fábrica de papelão ondulado para embalagens no interior de São Paulo; produção industrial cresce 2,6% em setembro e recupera patamar pré-pandemia, segundo IBGE — Foto: Fabio Tito/G1

produção industrial brasileira cresceu 2,6% em setembro, na comparação com agosto, com o setor cravando a quinta alta seguida, segundo divulgou nesta quarta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já na comparação com setembro do ano passado, o setor cresceu 3,4%, interrompendo uma sequência de 10 quedas seguidas nesta base de análise.

Com o resultado de setembro, a indústria acumulou em 5 meses um ganho de 37,5%, eliminando completamente as perdas registradas entre março e abril (-27,1%). Com isso, superou em 0,2% o patamar de fevereiro, quando a pandemia de coronavírus ainda não havia afetado a produção do país.

Embora tenha recuperado o patamar pré-pandemia, o setor ainda se encontra 15,9% abaixo do seu patamar mais alto, alcançado em agosto de 2018. Isso nos dá a dimensão do tamanho da perda que a indústria já vinha acumulando, enfatizou o gerente da pesquisa, André Macedo.

No acumulado no ano, a indústria ainda registra, porém, queda de 7,2%. Em 12 meses, a baixa acumulada é de 5,5%, indicando uma desaceleração frente ao mês anterior (-5,7%).

Produção industrial mensal — Foto: Economia G1
Produção industrial mensal — Foto: Economia G1

O IBGE revisou os dados da produção industrial de julho, de uma alta de 8,3% para 8,6%, e também de agosto, para um avanço de 3,6%, ante uma taxa de 3,2% divulgada anteriormente.

O resultado de setembro veio acima do esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 2,2% na variação mensal e de 2,2% na base anual.

Alta de 22,3% no 3º trimestre na comparação o 2º trimestre

Na passagem do 2º para o 3º trimestre, a produção industrial apresentou uma alta de 22,3%, recuperando a perda registrada na passagem do 1º para o 2º trimestre, que havia sido de 17,5%.

Já na comparação com o 3º trimestre de 2019, a indústria teve queda de 0,6%, bem abaixo do recuo registrado no 2º trimestre contra o 2º trimestre do ano passado, quando houve um tombo de 19,4%. Essa foi a queda mais elevada, nessa base de comparação, de toda a série histórica atual da pesquisa, destacou o gerente da pesquisa.

Destaques de setembro

Na passagem de agosto para setembro, a produção cresceu em todas as grandes categorias econômicas e em 22 dos 26 ramos pesquisados, com destaque para bens de consumo duráveis, cujos resultados foram puxados pela indústria automobilística.

Produção industrial cresceu em setembro em 22 dos 26 ramos pesquisados — Foto: Divulgação/IBGE
Produção industrial cresceu em setembro em 22 dos 26 ramos pesquisados — Foto: Divulgação/IBGE

Veículos automotores, reboques e carrocerias avançaram 14,1%. Vale destacar que essa atividade acumulou expansão de 1.042,6% em cinco meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda assim se encontra 12,8% abaixo do patamar de fevereiro, afirmou o gerente da pesquisa.

Outros avanços de destaque em setembro foram na produção de máquinas e equipamentos (12,6%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (16,5%) de couro, artigos para viagem e calçados (17,1%).

Por outro lado, houve queda em indústrias extrativas (-3,7%), impressão e reprodução de gravações (-4,0%), produtos diversos (-1,3%) e outros produtos químicos (-0,3%).

A indústria extrativa teve um recuo em setembro, mas vinha de três meses de crescimento na produção. Ou seja, ela interrompe o comportamento positivo, mas não elimina o saldo positivo dos últimos meses. Mesmo considerando a queda em setembro, essa atividade está 5,7% acima do patamar anterior à pandemia, observou Macedo.

Indústria ainda acumula perdas no ano

Todas as quatro grandes categorias econômicas acumulam recuo no ano, com perdas em 20 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 68,4% dos 805 produtos pesquisados.

Na produção de bens de consumo duráveis, a queda é de 26,7% no acumulado em 9 meses. Em bens de capital, o recuo é de 17,9%. Já os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,6%) e de bens intermediários (-3,1%) acumulam taxas negativas menos acentuadas no ano. Na média da indústria, a queda no ano é de 7,2%.

Entre os segmentos, as maiores baixas no acumulado no ano são na produção de impressão e reprodução de gravações (-37,9%), veículos automotores (-37%) e confecção de artigos do vestuário (-31,8%).

Dos 26 ramos, apenas 4 tiveram aumento de produção no acumulado no ano, com destaque para produtos alimentícios (5,4%), produtos derivados do petróleo (4,5%), perfumaria e produtos de limpeza (3,9%) e produtos farmacêuticos (2,1%). Veja quadro abaixo:

Apenas 4 dos 26 ramos pesquisados acumulam alta no ano — Foto: Divulgação/IBGE
Apenas 4 dos 26 ramos pesquisados acumulam alta no ano — Foto: Divulgação/IBGE

Perspectivas

Após o tombo recorde no 2º trimestre, a indústria tem mostrado uma recuperação firme nos últimos meses. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a alta da produção também tem sido acompanhada de mais contratações, de redução da ociosidade do parque industrial e aumento da intenção de investir dos empresários.

Além de renovadas preocupações sobre a evolução da pandemia no mundo e riscos de novas paralisações, o grande contingente de desempregados no país e as incertezas sobre a sustentabilidade das contas públicas e andamento da agenda de reformas no Congresso também são apontadas por analistas como fatores que podem limitar a expansão da indústria e da economia brasileira.

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