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sábado, 13 de janeiro de 2024

Quantos refugiados palestinos há no mundo e onde estão?

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Acredita-se que os palestinos formem uma das maiores populações de refugiados do mundo.
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TOPO
Por Selin Girit

Postado em 14 de janeiro de 2024 às 06h35m

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O deslocamento tem sido parte significativa da história dos palestinos nas últimas décadas. — Foto: Getty Images via BBC
O deslocamento tem sido parte significativa da história dos palestinos nas últimas décadas. — Foto: Getty Images via BBC

Acredita-se que existam mais de 6 milhões de refugiados palestinos, o que faz dessa população um dos maiores grupos de refugiados no mundo.

Eles vivem principalmente nos territórios palestinos e em países vizinhos.

Além disso, segundo as Nações Unidas, quase 1,9 milhão de pessoas foram deslocadas internamente em Gaza após a incursão de Israel no território em outubro.

Embora a diáspora palestina esteja distribuída por todo o mundo, a maioria se instalou no Oriente Médio.

Mas como tantos palestinos deixaram a sua terra ancestral, para que países foram e por quê?

Por que os palestinos são considerados refugiados?

Deslocamentos têm tido um papel significativo na história dos palestinos desde a criação do Estado de Israel.

Em 1947, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, as recém-criadas Nações Unidas aprovaram a resolução 181 — um plano de divisão do que era o então Mandato Britânico da Palestina para o que seriam os Estados árabe e judeu.

A Palestina era governada pelos britânicos desde 1922 e, durante esse período, a imigração judaica para a região cresceu, especialmente por aqueles que fugiam das atrocidades nazistas na Europa.

As tensões entre árabes e judeus também aumentaram.

"Nesta altura, já havia a culpa europeia pelo Holocausto, e eles estavam tentando acomodar o que presumiam ser uma grande imigração judaica europeia para a Palestina", explica a professora Dawn Chatty, do Centro de Estudos de Refugiados da Universidade de Oxford.

Embora os árabes palestinos tenham rejeitado a resolução 181, que atribuía à população judaica menor um território maior, Israel declarou-se independente usando este plano de divisão como base.

Em 1948, cerca de 750 mil palestinos fugiram ou precisaram deixar suas casas. — Foto: Getty Images via BBC
Em 1948, cerca de 750 mil palestinos fugiram ou precisaram deixar suas casas. — Foto: Getty Images via BBC

No conflito de 1948 em torno da criação de Israel, cerca de 750 mil palestinos foram expulsos ou fugiram do que hoje é Israel.

Os palestinos referem-se a esse momento como nakba, que significa "catástrofe" em árabe.

Após o fim da guerra de 1948, Israel recusou-se a permitir que os refugiados voltassem para suas casas.

Posteriormente, Israel tomou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza após a Guerra dos Seis Dias de 1967, e mais de 325 mil palestinos fugiram, principalmente para a Jordânia, segundo as Nações Unidas.

Nos anos seguintes, uma média de 21 mil palestinos por ano foram deslocados de áreas controladas por Israel.

Israel negou as exigências palestinas de regresso dos refugiados como parte de qualquer acordo de paz.

Quantos refugiados palestinos existem no mundo?

Em 1949, foi fundada a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).

A UNRWA define "refugiados palestinos" como "pessoas cujo local de residência normal era a Palestina durante o período de 1 de junho de 1946 a 15 de maio de 1948, e que perderam a casa e os meios de subsistência como resultado do conflito de 1948".

Os descendentes de pessoas que correspondam a esta definição, incluindo crianças adotadas, também são elegíveis para se registrarem como refugiados.

População palestina ao redor do mundo — Foto: BBC
População palestina ao redor do mundo — Foto: BBC

Quando a UNRWA iniciou as suas operações em 1950, respondia às necessidades de cerca de 750 mil refugiados palestinos, afirma a agência.

Hoje, cerca de 5,9 milhões de refugiados palestinos podem ser atendidos pela UNRWA.

Destes, mais de 1,5 milhão de pessoas vivem em 58 campos de refugiados reconhecidos pela UNRWA.

Estes campos estão na Jordânia, Líbano, Síria, Faixa de Gaza e Cisjordânia, incluindo Jerusalém oriental.

Existem também outras áreas fora dos campos reconhecidos onde refugiados palestinos se concentram, como Yarmouk, perto da capital síria, Damasco.

Por que existem campos de refugiados para palestinos em Gaza e na Cisjordânia?

Devido à criação do Estado de Israel, muitos árabes da Palestina que viviam nos territórios designados para o Estado judeu fugiram para o território que deveria ser o Estado árabe, explica a professora Dawn Chatty.

"Eles procuraram asilo em Gaza e na Cisjordânia. Eles se tornaram os refugiados de 1948", diz ela.

Mais de 871 mil refugiados registrados vivem na Cisjordânia — cerca de um quarto deles fica em 19 campos de refugiados, segundo a UNWRA.

Em Gaza, existem cerca de 1,7 milhão de refugiados, e aproximadamente 620 mil deles vivem em oito campos reconhecidos pela UNRWA.

O conflito atual em Gaza forçou muitos palestinos em campos de refugiados a deixarem suas tendas em busca de áreas mais seguras no sul. — Foto: Getty Images via BBC
O conflito atual em Gaza forçou muitos palestinos em campos de refugiados a deixarem suas tendas em busca de áreas mais seguras no sul. — Foto: Getty Images via BBC

Quão grande é a diáspora palestina?

Além dos 3,3 milhões de palestinos que vivem na Cisjordânia e dos 2,3 milhões de palestinos que vivem em Gaza, mais 1,75 milhão de palestinos vivem em Israel — compondo cerca de 20% da população total israelense.

Todos os palestinos fora destes territórios formam uma diáspora mais ampla, que inclui aqueles que partiram antes de 1948 (e por isso não são contabilizados pela ONU), seus descendentes, e também aqueles que deixaram sua terra natal, mas nunca se registraram como refugiados.

De acordo com os últimos números fornecidos pelo Escritório Central Palestino de Estatísticas, cerca de 7,3 milhões de palestinos vivem nesta diáspora global, abrangendo desde o Oriente Médio à América do Sul e Austrália.

No entanto, o órgão apenas contabiliza os palestinos que possuem documentos de identidade ou estão registrados como refugiados — por isso, o tamanho real da população da diáspora pode ser muito maior.

No geral, mais de 6 milhões de palestinos vivem em países árabes, segundo o órgão, com cerca de metade deles vivendo na Jordânia, na fronteira oriental de Israel.

A maioria dos palestinos na Jordânia tem cidadania plena e goza dos mesmos direitos que qualquer outro cidadão.

Estima-se que Líbano, Síria e Egito abriguem mais de 1 milhão de palestinos.

No Líbano, a maioria dos refugiados palestinos vive em campos de refugiados desde 1948 e não tem acesso a direitos civis ou sociais.

Bandeiras palestinas em um campo de refugiados ao sul de Beirute, no Líbano. — Foto: Getty Images via BBC
Bandeiras palestinas em um campo de refugiados ao sul de Beirute, no Líbano. — Foto: Getty Images via BBC

Os palestinos na Síria, por outro lado, gozam de direitos civis iguais aos dos cidadãos sírios. No entanto, após a eclosão da guerra na Síria, muitos palestinos fugiram do país.

"A presença palestina nos países árabes do Golfo surgiu há quase um século", escrevem Youssef Courbage e Hala Nofal no livro Palestinians Worldwide: A Demographic Study ("Palestinos pelo mundo: Um estudo demográfico", em tradução livre).

"A Arábia Saudita e o Kuwait atraíram 90% da força de trabalho palestina no Golfo antes da segunda Guerra do Golfo [em 1990], após a qual [eles] se mudaram principalmente para o Catar e os Emirados Árabes Unidos", afirmam.

A professora Dawn Chatty diz que a razão pela qual os países do Golfo acolheram os refugiados palestinos foi porque precisavam muito de trabalhadores qualificados que pudessem falar inglês e árabe.

Os palestinos estavam bem preparados para isso, devido à educação que receberam nos campos da UNRWA.

Palestinos fora do Oriente Médio

O time de futebol Palestino F.C. foi fundado em 1920 por imigrantes palestinos no Chile. — Foto: Getty Images via BBC
O time de futebol Palestino F.C. foi fundado em 1920 por imigrantes palestinos no Chile. — Foto: Getty Images via BBC

A maior parte da diáspora palestina atualmente fora do Oriente Médio migrou no final do século 19, quando a região estava sob controle do Império Otomano.

A repressão aos primeiros movimentos nacionalistas árabes e a crise econômica levaram à fuga de muitos comerciantes cristãos palestinos para a América do Norte e para a América do Sul em particular.

Seguiram-se outras ondas de migração após a desintegração do Império Otomano e a criação de Israel.

Contudo, é difícil chegar a números precisos para comunidades específicas.

"Nos países latino-americanos, as estimativas do número de palestinos estão envoltas em ambiguidade, devido à sua designação como 'árabes' sob uma categoria abrangent", escrevem Courbage e Nofal.

A comunidade palestina no Chile é estimada em cerca de 500 mil pessoas, tornando-o o país com a maior população palestina fora do Oriente Médio.

Há também um número considerável de palestinos nas Honduras, na Guatemala e no Brasil.

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) afirma existirem por aqui cerca de 60 mil imigrantes e refugiados palestinos, incluindo descendentes.

A migração de palestinos para os Estados Unidos também remonta ao final do século 19, e estima-se que existam cerca de 200 mil palestinos morando no país.

Na Europa, a Alemanha abriga a maior população palestina, seguida pelo Reino Unido, Grécia, França, Dinamarca e Suécia.

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'Múmias extraterrestres' achadas no Peru são, na verdade, bonecos feitos com ossos de animais

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Resultado da investigação forense sobre os objetos encontrados no aeroporto de Lima, em outubro, foi divulgado pelo Ministério da Cultura do Peru nesta sexta-feira (12).
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Por g1

Postado em 13 de janeiro de 2024 às 13h00m

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Ministério da Cultura classificou como fraude a história da suposta origem extraterrestre das múmias de Nazca — Foto: Cris BOURONCLE/AFP
Ministério da Cultura classificou como fraude a história da suposta origem extraterrestre das múmias de Nazca — Foto: Cris BOURONCLE/AFP

Uma investigação forense realizada no Peru constatou que as duas "múmias extraterrestres" que haviam aparecido misteriosamente no aeroporto de Lima em outubro são, na verdade, bonecos feitos com ossos de animais.

"A conclusão disso em termos simples: é uma fraude. Não são extraterrestres, não são uma nova espécie", disse em coletiva de imprensa o arqueólogo Flavio Estrada, do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses do Peru, nesta sexta-feira (12).

As duas estatuetas, de cerca de 60 centímetros, apareceram no correio do aeroporto de Lima em uma caixa de papelão, e foram feitas para parecerem corpos mumificados, vestidos com trajes tradicionais andinos.

Na ocasião, alguns meios de comunicação especularam sobre uma possível origem alienígena.

É uma história totalmente inventada, acrescentou Estrada.

 Arqueólogo peruano Flavio Estrada, membro do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses — Foto: Cris BOURONCLE/AFP
Arqueólogo peruano Flavio Estrada, membro do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses — Foto: Cris BOURONCLE/AFP

Em setembro do ano passado, dois pequenos corpos mumificados com cabeças alongadas e mãos com três dedos foram apresentados em uma audiência no Congresso mexicano (veja o vídeo abaixo), gerando ampla cobertura mediática.

O jornalista mexicano e entusiasta de OVNIs Jaime Maussan afirmou que esses corpos tinham cerca de 1 mil anos e foram recuperados no Peru em 2017, mas não estavam relacionados a nenhuma espécie conhecida.

Posteriormente, segundo a Reuters, a maioria dos especialistas também classificou a apresentação como fraude. Os corpos seriam possivelmente múmias humanas antigas mutiladas combinadas com partes de animais, mas certamente da Terra.

Na conferência de imprensa de Lima, nesta sexta-feira (12), organizada pelo Ministério da Cultura do Peru, os especialistas não afirmaram se as bonecas encontradas no aeroporto estavam relacionadas com os corpos apresentados no México, mas destacaram que os restos mortais no México também não são extraterrestre.

Restos mortais de seres 'não humanos' são apresentados no Congresso do México

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