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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

A Lua chinesa

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Postado às 13h15m
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Em 2013, a China chegou até a Lua, lembra? Depois de mais de 30 anos sem nenhuma missão em solo, o módulo Chang’e-3 pousou no norte do Mare Imbrium (nome em latim para mar das chuvas), uma bacia gigantesca formada por um impacto monstruoso na Lua de fácil observação da Terra. Essa bacia foi sucessivamente coberta por diversas camadas de lava ao longo de milhões de anos e é um local muito promissor de estudos do passado geológico da Lua.

O módulo de pouso da Chang’e-3 pousou em uma planície coberta por basalto próximo a uma cratera de impacto relativamente jovem, convenientemente escavada do regolito para que o simpático jipe lunar Yutu pudesse estuda-la. O regolito lunar é uma mistura de rochas trituradas ao nível de um pó muito fino que gruda em tudo que ele toca. 

Ele é o terror de todas as missões lunares que pousam na superfície pois o regolito rapidamente adere eletrostaticamente aos componentes do módulo de pouso e engripa as partes móveis. Os astronautas da missão Apolo tinham que conviver com esse irritante componente que eram obrigados a carregar grudados nos trajes espaciais e, uma vez dentro dos módulos de pouso, exalava um cheiro de cinzas.
  Chang'e
Além de minar a paciência dos astronautas e engripar as engrenagens, a camada de regolito impede um estudo conciso do solo lunar, pois é uma mistura de materiais depositada por bilhões e bilhões de anos. 

Por esse motivo, foi escolhido o local de pouso da Chang’e-3, por ser uma bacia inundada com lava, a camada de regolito não iria atrapalhar (muito) os estudos do passado geológico da Lua. Para se ter uma ideia, as amostras de solo do local do pouso eram totalmente diferente das amostras trazidas à Terra pelas missões Apolo (EUA) e Luna (URSS).

Pois é, esta semana que passou saiu um artigo na revista Nature assinado por pesquisadores chineses e norte-americanos mostrando resultados surpreendentes a partir dos dados obtidos pelo módulo de pouso, mas também do jipinho Yutu.

A ideia mais aceita para a formação da Lua é um gigantesco impacto da Terra com um objeto do tamanho de Marte que teria lançado ao espaço um corpo de material derretido, ou pelo menos parcialmente derretido que foi esfriando aos poucos, formando uma camada externa, a crosta, o manto interno e um núcleo mais interno. 

Com o tempo as três estruturas foram esfriando, mas o manto voltou a se aquecer (e derreter) devido ao decaimento radioativo dos elementos químicos presentes, o que deu início a um processo de vulcanismo lunar, mais ou menos 500 milhões de anos depois do grande impacto. Adicione a esse fato os sucessivos impactos de cometas e asteroides e, voilà, temos as bacias, os mares e os oceanos que forma as partes escuras da superfície lunar vistas aqui da Terra.

[Só de curiosidade, mares, baías e oceanos nos nomes da topografia lunar vêm de uma época imemorial, quando se acreditava que havia água na Lua.]

As amostras de basalto trazidas pelas missões Apolo e Luna mostraram que o pico da atividade vulcânica na Lua se deu há uns 4 bilhões de anos. Todavia, a análise das amostras da Chang’e-3 e do Yutu mostram que houve atividade mais recentemente, tipo uns 3 bilhões de anos, ou até um pouco menos. A análise mais interessante veio da quantidade de titânio e compostos associados. 

Nas amostras das missões americanas e soviéticas, ou se encontrava baixas quantidades de titânio, ou se encontrava altas taxas desse elemento, nada de quantidades intermediárias. Adivinha o que apareceu nas amostras da missão chinesa? Quantidades intermediárias de titânio e os compostos em que esse elemento aparece, como um mineral chamado ilmenita.

A distribuição variável de titânio indica que o interior da Lua não é tão homogêneo como se pensava e a equipe de pesquisadores sino-americana ainda coça a cabeça para encontrar uma resposta para isso. Muito provavelmente, o intenso bombardeio sofrido pela Lua depois de sua formação deve ter contribuído para impedir que o material se misturasse de forma homogênea.

Outro resultado interessante veio das amostras de solo feita pelo jipe Yutu. Antes do pouso do módulo chinês, análises feitas de imagens obtidas por sondas em órbita da Lua indicavam a presença de olivina, um silicato de magnésio e ferro, bem como de ilmenita. Ocorre que não se espera que um exista em companhia do outro na mesma rocha, pois cada um se forma em tempos diferentes, a olivina se cristaliza antes e a ilmenita depois. 

De acordo com Bradley Jolliff da Universidade de Washington o processo de mistura do material derretido fez com que a olivina se formava enquanto afundava no magma dando tempo da ilmenita se formar em sua superfície.


Os resultados publicados esta semana mostram que nosso conhecimento sobre a Lua ainda está cheio de lacunas. Enquanto haters vão dizer que os astrônomos não sabem de nada, nem mesmo sobre a nossa Lua, eu digo que aí está a oportunidade para se renovar a pesquisa lunar. Missões robóticas e, principalmente, missões tripuladas são necessárias para melhor compreender nosso vizinho mais próximo.

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