Total de visualizações de página

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Produção industrial cai 0,1% em novembro, aponta IBGE

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Entre agosto e novembro, setor registrou quatro taxas negativas e apenas uma positiva.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por g1 — Rio de Janeiro

Postado em 05 de janeiro de 2023 às 11h05m

 #.*Post. - N.\ 10.620*.#

Indústria têxtil foi um dos segmento que pressionou queda do setor em novembro — Foto: Divulgação
Indústria têxtil foi um dos segmento que pressionou queda do setor em novembro — Foto: Divulgação

A produção industrial brasileira teve queda de 0,1% na passagem de outubro para novembro, apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (5) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado negativo veio depois de uma alta de 0,3% em outubro, que interrompeu dois meses consecutivos de taxas negativas e que acumularam queda de 1,3%.

Com esses resultados, o setor ainda se encontra 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,5% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Na comparação com novembro de 2021, houve crescimento de 0,9%.

Em novembro a média móvel trimestral ficou em -0,2%, após também recuar em outubro (-0,4%), setembro (-0,3%) e agosto (-0,2%).

Já na comparação com novembro de 2021, a indústria cresceu 0,9%, quarta taxa positiva consecutiva nesta base de comparação. No ano de 2022, o setor acumula redução de 0,6% e, em 12 meses, queda de 1,0%.

Nos últimos seis meses, foram quatro resultados negativos, do total de cinco que tivemos até agora para 2022. Isso mostra o setor girando em torno de um mesmo patamar, mas com um viés negativo, já que a média móvel trimestral está em queda pelo quarto mês seguido e mostra uma trajetória descente muito clara, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.

Macedo destacou que no começo de 2022, com as medidas de incremento de renda e impulsionamento do setor implementadas pelo governo, houve ganho de ritmo da indústria nacional, que registrou quatro taxas positivas seguidas.

A recuperação, no entanto, foi pontual. Posteriormente, ainda tendo como pano de fundo inflação alta, especialmente de alimentos, elevado número de trabalhadores fora do mercado de trabalho, precarização dos postos de trabalho e uma massa de rendimentos que avançou muito pouco, o setor industrial voltou a mostrar perda de ritmo, ponderou o pesquisador.


Apesar da queda, crescimento disseminado

Macedo destacou que, em novembro, diferentemente do cenário dos meses anteriores, houve um predomínio de atividades no campo positivo – foram 15, do total de 26 –, apesar do indicador geral estar no campo negativo.

Entre as atividades, as maiores influências negativas para o resultado do mês, frente ao mês anterior, vieram das indústrias extrativas (-1,5%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%).

O setor extrativo volta ao campo negativo após dois meses em alta, puxado pela área de petróleo. Já os equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos mostram o segundo mês seguido de queda, após dois meses seguidos de crescimento. Essa perda tem relação com a produção de eletrodomésticos da linha marrom, especialmente os televisores", enfatizou o pesquisador, citando a sazonalidade da Copa do Mundo.

Outras contribuições negativas vieram dos ramos de produtos têxteis (-5,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,8%), de produtos de metal (-1,5%) e de produtos de minerais não metálicos (-1,2%).

Alimentos e veículos com alta

Entre as 15 atividades com expansão na produção, produtos alimentícios (3,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%), bebidas (10,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%) tiveram as principais influências.

O setor de produtos alimentícios tem o segundo mês seguido de crescimento, após dois meses de queda. Nesse mês, o avanço está relacionado à maior produção vinda do processamento da cana-de-açúcar, sendo o açúcar o principal item que puxou o avanço do mês, explica Macedo.

O setor de veículos mostra uma compensação das perdas dos dois meses anteriores. Segundo Macedo, havia uma queda acumulada em setembro e outubro de -6,8%, e agora avança 4,4% como fator de compensação. O principal destaque foi o setor de autopeças.

Já o crescimento de dois dígitos do setor de bebidas pode ter relação com o atendimento de fim de ano, explicou o gerente, uma vez que os dois principais grupos dentro do setor, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, tiveram crescimento. Macedo ressalta, no entanto, que essa atividade vinha com perdas importantes nos dois meses anteriores.

Os derivados do petróleo e biocombustíveis cresceram pelo segundo mês seguido e intensificaram o crescimento do mês anterior. Nesse resultado, tem um pouco do crescimento dos derivados do petróleo, mas muito do avanço vem do maior processamento da safra de cana-de-açúcar, aqui nessa atividade com o álcool impulsionando o resultado, destaca Macedo.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++-----