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terça-feira, 13 de abril de 2021

Inflação pesou menos para os mais pobres em março, mostra Ipea

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Em 12 meses, porém, faixas de renda de R$ 900 a R$ 2,4 mil, são – de longe – as mais penalizadas
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TOPO
Por Valor Online

Postado em 13 de abril de 2021 às 16h00m


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A inflação se acelerou para todas as faixas de renda em março, devido aos aumentos nos preços dos combustíveis, informou nesta terça-feira (13) o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).

As famílias de renda média (entre R$ 4,12 e R$ 8,25 mil) e média alta (R$ 8,25 e R$ 16,5 mil) foram as mais afetadas: a variação dos preços para esses dois grupos passou de 0,98% e 0,97% para 1,09% e 1,08%, respectivamente. Já as famílias de renda muito baixa e baixa apresentaram menor incremento inflacionário, com altas de 0,71% e 0,85%, respectivamente, em suas cestas de produtos e serviços.

Inflação por faixa de renda - março/2021 — Foto: Economia G1
Inflação por faixa de renda - março/2021 — Foto: Economia G1

No acumulado em 12 meses, porém, o Ipea mostra que essas faixas de renda mais baixa, entre R$ 900 e R$ 2,4 mil, ainda são de longe as mais penalizadas pela alta dos preços. Nessa base de comparação, a inflação aumenta conforme a renda, sendo de 4,67% para os mais ricos e de 7,24% para os mais pobres.

Inflação por faixa de renda - 12 meses até março/2021 — Foto: Economia G1
Inflação por faixa de renda - 12 meses até março/2021 — Foto: Economia G1

Nos primeiros três meses deste ano, entretanto, há um início de reversão dessa disparidade, com a inflação acumulada chegando a 2,29% para os mais ricos e 1,60% para os mais pobres. A previsão do Ipea é que, ao longo de 2021, prevaleça o equilíbrio para a inflação sobre diferentes faixas de renda.

Alimentos X combustíveis

"Isso é efeito dos aumentos da gasolina e desaceleração na alta dos alimentos, o que diminui a pressão sobre [a cesta dos] mais pobres e aumenta a pressão sobre os mais ricos", diz a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Lameiras. Ela lembra que isso já havia acontecido em fevereiro, quando também houve reajuste de mensalidade escolar, o que pesa mais sobre famílias abastadas.

Segundo Lameiras, a tendência de convergência das inflações para ricos e pobres para o restante do ano se deve a uma previsão de desaceleração nas altas de preços de alimentos – que têm maior peso no consumo das famílias de renda baixa –, ao aumento de preços administrados represados em 2020 e também à inflação dos serviços. Esta última deve subir com o progresso da vacinação e a consequente normalização do comércio e circulação de pessoas.

Em março, assim como em fevereiro, o segmento que mais contribuiu para a alta inflacionária de todas as faixas de renda em março foi o de transportes, impactado principalmente pelo aumento do preço dos combustíveis (11,2%), mais consumido pelas famílias de maior renda. Para as famílias da faixa mais baixa, pesaram os reajustes de 0,11% dos preços de ônibus urbano e de 1,84% dos trens.

Embora tenham convivido com inflação relativamente maior no primeiro trimestre, as famílias mais ricas contaram com algum alívio inflacionário relacionado a transportes devido à queda de 2,0% do preço das passagens aéreas e a redução de 3,4% nos preços praticados em aplicativos de transporte, dois ramos por elas mais utilizados.

Além dos transportes, o grupo habitação também contribui para a alta de preços sentida pelas famílias mais pobres, sobretudo por conta do aumento do botijão de gás (5,0%), dos artigos de limpeza (1,1%) e da energia elétrica (0,76%).

Para as famílias mais ricas, o segundo grupo com maior pressão inflacionária foi o de alimentos e bebidas, impulsionado pelo reajuste de 0,89% da alimentação fora do domicílio. Em março de 2021, a aceleração da inflação só não foi maior devido ao desempenho dos alimentos em domicílio, que registrou a primeira deflação (-0,17%) desde outubro de 2019.

Quando comparadas com o mesmo período de 2020, diz o Ipea, todas as faixas de renda viram aceleração da inflação. As famílias mais ricas foram as que registraram as maiores altas inflacionárias entre os dois períodos, com o índice saltando de menos 0,20% para 1,0%, ou seja, 1,2 ponto percentual. Entre os mais pobres, essa alta foi de 0,46 ponto, de 0,25% para 0,71%.

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Brasil é única grande economia em desaceleração em 2021, aponta OCDE

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Na contramão da tendência global, indicadores compostos do país tiveram queda de 0,32% em março.
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Por G1
13/04/2021 11h27 
Postado em 13 de abril de 2021 às 12h45m


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O Brasil é a única grande economia com desaceleração do crescimento neste começo de ano, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De acordo com os indicadores antecedentes da ODE, a atividade econômica continua a se fortalecer na maioria das principais economias, com exceção do Brasil.

Na contramão da tendência global, o índice composto de indicadores antecedentes (Composite leading indicators–CLIs), caiu 0,32% no Brasil em março, na comparação com fevereiro – único recuo entre as maiores economias monitoradas pela OCDE. No grupo das 7 maiores economias, houve alta de 0,24%.

Indicadores compostos avançados a OCDE — Foto: Economia G1
Indicadores compostos avançados a OCDE — Foto: Economia G1

Entre as principais economias emergentes, os indicadores para a Índia, Rússia e o setor manufatureiro da China continuam a se expandir em um ritmo constante em março, "mas no Brasil o CLI aponta para uma desaceleração do crescimento", destacou a OCDE.

Na China, a alta foi de 0,36%. Já na Índia e na Rússia, os avanços foram de 0,29% e 0,26%, respectivamente.

O indicador da OCDE tem como objetivo tentar antecipar pontos de virada na atividade econômica em relação à tendência.

Nos Estados Unidos, o indicador mostra que o ritmo de crescimento continua a crescer, impulsionando a expansão da confiança do consumidor. "No Japão, Canadá e na área do euro como um todo, especialmente na Alemanha e na Itália, os CLIs apontam agora para um aumento constante. Na França, e agora no Reino Unido, os CLIs sinalizam um crescimento estável", destacou a OCDE, no relatório.

A OCDE ressaltou ainda que os indicadores devem ser interpretados com cuidado, uma vez que as medidas de restrição para conter o avanço da Covid-10 e o progresso das campanhas de vacinação poderão gerar flutuações maiores do que o normal nos componentes. "A magnitude do CLI deve ser considerada como uma indicação da força do sinal e não como uma medida do grau de crescimento da atividade econômica", destacou.

Analistas do mercado financeiro projetam uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no 1º trimestre, em meio ao agravamento da pandemia, novas medidas restritivas e aumento das preocupações com as contas públicas do país.

Pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda, mostrou piora nos principais indicadores. A projeção do mercado para a inflação de 2021 subiu de 4,81% para 4,85%. A expectativa dos analistas para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) no ano caiu de 3,17% para 3,08%. Já a estimativa para a taxa básica de juros ao final do ano subiu de 5% ao ano para 5,25% ao ano.



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