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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Molécula em veneno de cobra inibe o novo coronavírus, aponta pesquisa da Unesp de Araraquara

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Após testes em laboratório, cientistas observaram que a molécula extraída do veneno do réptil inibiu em 75% a capacidade do vírus se multiplicar em células de macaco.
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Por EPTV1

Postado em 25 de agosto de 2021 às 16h15m


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Pesquisadores descobrem que veneno de cobra brasileira pode ajudar no tratamento da Covid
Pesquisadores descobrem que veneno de cobra brasileira pode ajudar no tratamento da Covid

Pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP), identificaram no veneno da cobra brasileira jararacuçu um peptídeo (pedaço de proteína) capaz de conter a reprodução do novo coronavírus.

A descoberta ocorreu após testes realizados em laboratório, nos quais os pesquisadores observaram que a molécula extraída do veneno do réptil inibiu em 75% a capacidade do vírus se multiplicar em células de macaco. Os resultados obtidos no trabalho foram publicados em um artigo na revista científica internacional Molecules.

A eficiência do peptídeo foi testada no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), onde uma amostra do coronavírus está isolada.

Pesquisadores estudaram proteínas do veneno da cobra jararacuçu — Foto: Miguel Nema/Parque Estadual Serra do Mar
Pesquisadores estudaram proteínas do veneno da cobra jararacuçu — Foto: Miguel Nema/Parque Estadual Serra do Mar

Medicamento eficiente

O estudo preliminar apresenta um caminho promissor na busca por medicamentos para tratar pacientes contaminados pela Covid-19.

O grande desafio para a criação de um novo fármaco é garantir que ele seja eficiente contra determinada patologia e, ao mesmo tempo, não gere reações adversas para quem for tomá-lo.

Nos ensaios iniciais realizados durante a pesquisa, os resultados foram animadores, segundo Eduardo Maffud Cilli, professor do IQ e um dos autores do trabalho.

Nós encontramos um peptídeo que não é tóxico para as células, mas que inibe a replicação do vírus. Com isso, se o composto virar um remédio no futuro, o organismo ganharia tempo para agir e criar os anticorpos necessários, já que o vírus estaria com sua velocidade de infecção comprometida e não avançaria no organismo, disse. 
Como o peptídeo atua?
Peptídeo que foi sintetizado no IQ e inibe a replicação do SARS-CoV-2 — Foto: Eduardo Cilli
Peptídeo que foi sintetizado no IQ e inibe a replicação do SARS-CoV-2 — Foto: Eduardo Cilli

O peptídeo encontrado na jararacuçu é uma molécula que interage e bloqueia a PLPro, uma das enzimas do novo coronavírus responsáveis por sua multiplicação nas células.

De acordo com o docente do IQ, esse mecanismo de ação é interessante porque todas as variantes do SARS-CoV-2 possuem a PLPro, então a tendência é de que a molécula do réptil mantenha sua eficácia contra diferentes mutações do vírus.

Embora diversas vacinas tenham sido aprovadas recentemente, a imunização completa da população mundial ainda levará tempo, o que, junto com o surgimento de novas variantes, reforça a importância da procura por tratamentos eficazes.

Veneno da serpente

Pesquisadores observaram que a molécula extraída do veneno de cobra inibiu em 75% a capacidade do vírus se multiplicar em células de macaco — Foto: Paulo Chiari/EPTV
Pesquisadores observaram que a molécula extraída do veneno de cobra inibiu em 75% a capacidade do vírus se multiplicar em células de macaco — Foto: Paulo Chiari/EPTV

A ideia de investigar o potencial do veneno da serpente contra o novo coronavírus surgiu quando, recentemente, cientistas do Instituto de Química da Unesp descobriram que o peptídeo da cobra tinha atividade antibacteriana, o que os motivou a realizar novos testes para avaliar se ele também poderia agir em partículas virais.

Inicialmente, os efeitos não foram tão elevados, mas após algumas pequenas modificações na estrutura química da molécula sintetizada no IQ, sua atividade antiviral começou a aumentar até inibir 75% da capacidade do vírus se multiplicar nas células.

Testes

Resumidamente, o ensaio é feito da seguinte forma: células de macaco cultivadas em laboratório recebem o peptídeo e, após uma hora, o vírus é adicionado na cultura.

Passados dois dias, os pesquisadores avaliam os resultados e, por meio de alguns cálculos, descobrem o quanto o vírus deixou de se reproduzir. Isso é possível porque os estudiosos já sabem previamente qual seria a multiplicação do vírus em condições normais, ou seja, se ele estivesse em contato apenas com as células.

Em uma segunda etapa do estudo, na qual os pesquisadores identificaram um dos mecanismos de ação do peptídeo da cobra, o composto foi testado especificamente contra a enzima PLPro, que foi obtida no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP.

Próximos passos

Nos próximos passos do estudo os pesquisadores irão avaliar a eficiência de diferentes dosagens da molécula — Foto: Paulo Chiari/EPTV
Nos próximos passos do estudo os pesquisadores irão avaliar a eficiência de diferentes dosagens da molécula — Foto: Paulo Chiari/EPTV

Nos próximos passos do estudo os especialistas irão avaliar a eficiência de diferentes dosagens da molécula, bem como se ela pode exercer outras funções na célula, como a de proteção, evitando até mesmo que o vírus a invada.

Após o fim desses testes, o objetivo é que a pesquisa avance para a etapa pré-clínica, em que será estudada a eficácia do peptídeo para tratar animais infectados pelo novo coronavírus.

A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Além do professor Cilli, fizeram parte do estudo pelo IQ os cientistas Paulo Sanches, Natália Bitencourt e Norival Santos Filho. O trabalho contou ainda com a participação de pesquisadores do ICB, IFSC, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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Estudo sul-coreano mostra que casos de delta têm carga viral 300 vezes maior do que cepa original

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A carga mais elevada significa que o vírus se dissemina muito mais facilmente de pessoa para pessoa, aumentando as infecções e hospitalizações.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 25 de agosto de 2021 às 13h45m


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Pessoas infectadas com a delta, variante mais transmissível do novo coronavírus, apresentaram carga viral 300 vezes maior se comparado com os indivíduos infectados com a versão original do vírus nos primeiros dias dos sintomas da Covid-19, revelou um estudo da Coreia do Sul.

O valor da carga viral, entretanto, diminui gradualmente com o tempo - chegando a ser 30 vezes maior depois de quatro dias da infecção e pouco mais de 10 vezes após nove dias - se igualando aos níveis vistos em outras variantes depois de 10 dias, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA) nesta terça-feira (24).

Veja 5 pontos sobre a variante delta
Veja 5 pontos sobre a variante delta

A carga mais elevada significa que o vírus se dissemina muito mais facilmente de pessoa para pessoa, aumentando as infecções e hospitalizações, disse Lee Sang-won, uma autoridade do Ministério da Saúde, em uma coletiva de imprensa.

"Mas isto não significa que a Delta é 300 vezes mais infecciosa... achamos que sua taxa de transmissão é 1,6 vez a da variante Alpha, e cerca de duas vezes a da versão original do vírus", disse Lee.

A variante delta do novo coronavírus foi identificada primeiramente na Índia, e a Alpha no Reino Unido.

Para evitar a disseminação da variante delta, agora a linhagem predominante em todo o mundo, a KDCA pediu às pessoas que façam exames imediatamente quando desenvolverem sintomas da Covid-19 e que evitem encontros pessoais.

A proliferação rápida da delta e as taxas baixas de vacinação pegam grande parte da Ásia de guarda baixa, especialmente em mercados emergentes, enquanto as economias da Europa e da América do Norte se reativam.

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