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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Dólar cai e fecha a R$ 5,42, menor valor em quase um ano; Ibovespa recua

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A moeda americana caiu 0,74%, cotada a R$ 5,4206. A bolsa recuou 0,36%, aos 139.051 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 02 de Julho de 2.025 às 11h30m

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EUA: Senado vota proposta de orçamento do governo Trump
EUA: Senado vota proposta de orçamento do governo Trump

O dólar fechou em queda de 0,74% nesta quarta-feira (2), cotado a R$ 5,4206 — menor patamar desde 19 de agosto de 2024 (R$ 5,4114). O Ibovespa recuou 0,36%, aos 139.051 pontos.

▶️ Os investidores aguardam a votação do megapacote de cortes de impostos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela Câmara dos Deputados. Entre muitos pontos, o texto prevê uma ampla redução de tributos e um expressivo aumento nos gastos públicos.

Com ele, a dívida pública dos EUA deve aumentar em US$ 3,3 trilhões na próxima década, agravando a situação fiscal do país e elevando a desconfiança em relação à maior economia do mundo.

▶️ Além disso, o mercado avalia a proximidade do fim do prazo de suspensão do tarifaço. Os EUA têm buscado negociar com seus parceiros econômicos, mas apenas três acordos foram firmados. O terceiro, inclusive, foi anunciado nesta quarta: um acordo com o Vietnã.

▶️ No Brasil, a derrubada do projeto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) segue em foco. O presidente Lula defendeu nesta quarta a judicialização do IOF e negou rivalidade com Congresso. (leia mais abaixo)

A equipe econômica ainda insiste na necessidade da taxação ao IOF para fechar as contas de 2025. Como mostrou o g1, a queda na arrecadação e a resistência do Congresso podem levar a novos cortes no Orçamento.

▶️ Por fim, o mercado também acompanha a divulgação de uma série de indicadores econômicos nacionais e internacionais. Por aqui, o foco ficou com a produção industrial de maio, que recuou pelo segundo mês consecutivo.

No exterior, o relatório ADP, com dados de emprego dos EUA, mostrou fechamento de 33 mil vagas no mês passado, contra expectativa de abertura de 95 mil empregos no setor privado. Isso reforça a perspectiva de que o Federal Reserve possa começar a cortar os juros nos EUA.

Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.

💲Dólar

  • Acumulado da semana: -1,15%;
  • Acumulado do mês: -0,24%;
  • Acumulado do ano: -12,28%.
📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: +1,60%;
  • Acumulado do mês: +0,14%
  • Acumulado do ano: +15,60%.
O 'grande e belo' pacote orçamentário de Trump

O megapacote orçamentário de Trump, que reduz impostos, aumenta a verba contra imigrantes e corta programas sociais, pode ser votado pela Câmara dos Deputados dos EUA nesta quarta-feira (2), após ter sido aprovado pelo Senado do país na véspera.

Até o fechamento dos mercados, a votação ainda não havia acontecido. Intitulado de One Big Beautiful Bill ("Um grande e belo projeto, em tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos:

  • aumento de recursos destinados ao controle da imigração;
  • ampliação dos gastos com as Forças Armadas;
  • cortes em programas sociais — especialmente na área da saúde;
  • criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras;
  • revogação de incentivos à energia limpa implementados pelo democrata Joe Biden.

A proposta prorroga os cortes de impostos implementados em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Em contrapartida, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que garante acesso à saúde para famílias de baixa renda.

Além disso, o projeto pode aumentar significativamente a dívida pública dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país.

Após a aprovação no Senado, o projeto retornará à Câmara dos Deputados. Se for novamente aprovado, seguirá para sanção presidencial. A expectativa é que a votação ocorra já na próxima quarta-feira (2).

Trump deseja sancionar a lei até o feriado da Independência, em 4 de julho. O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou em comunicado que pretende cumprir esse prazo. SAIBA MAIS AQUI.

Tarifaço: contagem regressiva para o fim da trégua

O tarifaço de Trump voltou a ganhar destaque após a estabilização da situação no Oriente Médio. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano está prestes a expirar, e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação.

Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmaram nesta terça que o prazo não será estendido e as tarifas poderão ser restabelecidas após 9 de julho.

Nesta segunda-feira, o Canadá cancelou o imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor. A decisão foi interpretada como uma tentativa de destravar as negociações comerciais, que haviam sido interrompidas por Trump.

Além disso, a União Europeia busca um alívio imediato nas tarifas comerciais para setores estratégicos do bloco como condição para qualquer acordo com os EUA, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters.

  • 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global.

Diante das preocupações com as contas públicas e pelo tarifaço, a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também fica no radar.

Nesta semana, o presidente da instituição, Jerome Powell, voltou a afirmar que a instituição pretende esperar e obter mais informações sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros, ignorando mais uma vez as pressões de Trump por cortes imediatos.

De olho no IOF

O mercado continua com suas atenções voltadas para as contas públicas, especialmente após o Congresso Nacional ter derrubado, na semana passada, o decreto presidencial que alterava as regras e aumentava a cobrança do IOF.

Segundo a equipe econômica, a revogação do decreto do IOF deve resultar em uma perda de arrecadação de R$ 10 bilhões ainda neste ano. Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que a medida pode levar o governo a adotar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento de 2025.

▶️ Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou novamente que o governo precisa do aumento do IOF para equilibrar as contas em 2026.

O ministro também declarou que, para equilibrar as contas públicas, será necessário aprovar a Medida Provisória que aumenta a tributação sobre apostas eletrônicas (bets), criptoativos, fintechs e outros setores, além de cortar aproximadamente R$ 15 bilhões em benefícios fiscais.

Nesta quarta, Haddad minimizou a crise do governo com o Congresso e voltou a refutar o termo "traição" na relação do Executivo com o Legislativo, mas afirmou que não foi o governo que deixou a mesa de negociação sobre o IOF.

O presidente Lula defendeu nesta quarta a decisão do governo de recorrer no STF contra a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso.

"Se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o país. Esse é o problema. Cada macaco no seu galho. Ele legisla, e eu governo", disse o presidente.

Na terça-feira (1º), o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o governo federal decidiu levar a questão ao Supremo. Segundo ele, a derrubada do decreto pelo Congresso violou a separação de Poderes.

Agenda econômica

Por fim, investidores também acompanharam a divulgação de uma série de indicadores econômicos no Brasil e no exterior.

Por aqui, a produção industrial de maio registrou a segunda queda consecutiva, intensificando o ritmo de perda de força em meio aos juros elevados. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor contraiu 0,5% no mês passado em relação a abril. Em comparação a maio do ano passado, houve uma alta de 3,3%.

Já nos Estados Unidos, o setor privado registrou um fechamento de vagas de trabalho em junho, de forma inesperada. Segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP, divulgado nesta quarta-feira, o país perdeu 33 mil postos no mês passado, após um aumento de 29 mil vagas em maio.

Notas de dólar. — Foto: Dado Ruvic/ Reuters
Notas de dólar. — Foto: Dado Ruvic/ Reuters


Com informações da agência de notícias Reuters.

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Onda de calor na Europa já deixa ao menos oito mortos; escolas fecham e Torre Eiffel é interditada

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A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou o fenômeno como um "assassino silencioso", e afirmou que o calor intenso está se tornando mais frequente e severo devido às mudanças climáticas causadas por atividades humanas.
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Por Redação g1

Postado em 02 de Julho de 2.025 às 10h20m

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Onda de calor na Alemanha — Foto: REUTERS/Lisi Niesner
Onda de calor na Alemanha — Foto: REUTERS/Lisi Niesner

Pelo menos oito pessoas já morreram na Europa em decorrência da onda de calor que atinge o continente. As temperaturas extremas provocaram o fechamento de escolas, o cancelamento de atividades ao ar livre e a suspensão da visitação ao topo da Torre Eiffel, em Paris.

A França registrou o mês de junho mais quente desde o início dos registros meteorológicos, em 1900. Em Paris, os termômetros chegaram a 42°C, e nesta terça-feira (2), apesar de uma leve queda, a temperatura ainda se mantinha em 36°C — considerada alta para os padrões locais. Mais de 2,2 mil escolas foram fechadas no país.

Ao menos 300 pessoas foram atendidas com insolação na França, sendo que duas morreram –incluindo uma menina de dez anos. Mortes pelo calor também foram registradas na Turquia e na Itália.

Na Alemanha, as altas temperaturas avançaram para o leste do continente e fizeram os termômetros de Berlim se aproximarem dos 39°C — mais de 15°C acima da média histórica. O país decretou hitzefrei em algumas regiões, medida que libera os alunos de frequentarem as aulas em dias de calor extremo.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou o fenômeno como um "assassino silencioso", e afirmou que o calor intenso está se tornando mais frequente e severo devido às mudanças climáticas causadas por atividades humanas.

"É algo com o qual temos que aprender a conviver", disse Clare Nullis, porta-voz da OMM.

Na Espanha, além do calor extremo — com registros de até 46°C em Huelva — o país enfrenta incêndios florestais. Ao menos duas pessoas morreram em decorrência do fogo em Lérida, na Catalunha. O incênio forçou o confinamento de 14 mil pessoas. Uma criança de dois anos também morreu após ser deixada por horas dentro de um carro estacionado sob o sol, em Tarragona.

Em Portugal, a cidade de Mora bateu o recorde nacional para o mês de junho, com 46,6°C. A região do Alentejo seguia nesta terça-feira (2) com previsão de até 40°C. A população tem enfrentado dificuldades para lidar com o calor intenso.

Estamos passando muito mal, principalmente à noite, relatou Loli López, de 81 anos, moradora de Sevilha, na Espanha.

Autoridades locais ativaram protocolos de emergência em várias cidades. Em Barcelona, medidas incluem distribuição de água para pessoas em situação de rua e envio de alertas por SMS com orientações de proteção.

Espanha vive tempo quente e seco — Foto: REUTERS/Claudia Greco
Espanha vive tempo quente e seco — Foto: REUTERS/Claudia Greco

A chefe da União Europeia para a Transição Energética afirmou que a resposta política à emergência climática ainda é insuficiente. Segundo ela, a covardia política está impedindo avanços significativos no enfrentamento dos efeitos do aquecimento global.

A cientista Samantha Burgess, do observatório Copernicus, destacou que o episódio atual é semelhante às ondas de calor registradas em 2003 e 2022, que provocaram dezenas de milhares de mortes prematuras. Ela alerta que os impactos da onda atual só poderão ser plenamente avaliados nos próximos meses.

Enquanto isso, a recomendação de autoridades e especialistas é manter-se hidratado, evitar exposição direta ao sol e seguir medidas preventivas para reduzir os riscos à saúde — especialmente entre idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.

Incêndios descontrolados devastam pastagens na região de Segarra, na província rural de Lérida, Catalunha — Foto: AP/ Agents Rurals de Catalunya, HO
Incêndios descontrolados devastam pastagens na região de Segarra, na província rural de Lérida, Catalunha — Foto: AP/ Agents Rurals de Catalunya, HO

“Incêndios não são mais como antes”

O incêndio na Catalunha, nesta terça, gerou uma coluna de fumaça que alcançou 14 mil metros de altitude e destruiu 6.500 hectares de plantações de grãos e cereais, além de pelo menos três casas rurais.

Mais de 500 bombeiros atuaram na contenção do fogo, que só foi controlado após uma tempestade ajudar a estabilizar a situação.

Incêndios como esse não são mais como antes. Desde o início ficou claro que estava fora da capacidade de extinção, disse Salvador Illa, presidente regional da Catalunha.

Segundo ele, nem mesmo o dobro ou o triplo do efetivo teria sido suficiente para conter o fogo sem a ajuda da chuva.

A região deve enfrentar novos desafios nos próximos dias, com a previsão de temperaturas próximas dos 39°C nesta quarta-feira (2). Especialistas e autoridades continuam em alerta para os efeitos da onda de calor, que já resultou em recordes históricos de temperatura em diversos países europeus.

Com informações da AP e da AFP.

Europa enfrenta onda de calor com termômetros passando dos 40 °C
Europa enfrenta onda de calor com termômetros passando dos 40 °C

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