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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Líder Yanomami diz ter enviado cerca de 60 pedidos de ajuda ao governo Bolsonaro e não obteve resposta

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Em entrevista ao "Estúdio I", da GloboNews, Junior Hekurari denunciou omissão do governo passado e contou a situação crítica que as comunidades da Terra Yanomami estão passando.
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Por g1

Postado em 24 de janeiro de 2023 às 17h35m

 #.*Post. - N.\ 10.650*.#

'Viraram as costas para mim', diz líder Yanomami
'Viraram as costas para mim', diz líder Yanomami

A crise de saúde na Terra Yanomami, em Roraima, a maior do país, começou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que passou quatro anos ignorando os pedidos de ajuda das comunidades indígenas da região. A denúncia foi feita pelo líder indígena Junior Hekurari, presidente do conselho distrital de saúde indígena Yanomami. Em entrevista ao "Estúdio I", da GloboNews, ele afirma que foram enviados mais de 60 pedidos de auxílio ao governo Bolsonaro e todos foram ignorados.

"O povo passou quatro anos sofrendo. O governo atual reconheceu essa tragédia que dura quatro anos. Muita gente, muitas crianças, morreram de malária e de desnutrição. Eu denunciei, pedi apoio ao Ministério da Saúde para ações de intervenção na saúde indígena em Roraima. A gente não recebia resposta do governo."

Hekurari afirma ter documentos pedindo socorro ao governo, ao Ministério da Saúde e até a Bolsonaro quando era presidente. Mas não obteve resposta e, das respostas que recebeu, disseram que era normal. Ele conta que 120 comunidades ficaram sem atendimento de saúde nos quatro anos do governo do ex-presidente.

"Pedimos que ele visitasse a Terra Yanomami para ver a realidade. Ele simplesmente não atendeu as lideranças. Ele foi visitar área de garimpo e conversou com garimpeiros. Ficamos chateados com isso e denunciamos. O governo Bolsonaro nunca ajudou os Yanomami e incentivou o garimpo ilegal na nossa terra. Estávamos morrendo enquanto ele ia a Boa Vista para conversar com garimpeiros."

O líder conta que o governo mandava equipes de profissionais e que ele mesmo os encaminhou aos locais dentro da Terra Yanomami. Segundo ele, viam a situação, não faziam nada e iam embora. "Por isso, foi um governo omisso. A morte é a marca do governo Bolsonaro. Pedimos punição pois crianças morreram. Cobramos a responsabilidade das pessoas que fizeram isso."

Crianças Yanomami resgatadas neste domingo, 22 de janeiro de 2023 — Foto: Weibe Tapeba/Sesai/Divulgação
Crianças Yanomami resgatadas neste domingo, 22 de janeiro de 2023 — Foto: Weibe Tapeba/Sesai/Divulgação

Outra denúncia de Hekurari é que os indígenas estão bebendo água suja e contaminada por conta das atividades de garimpo ilegal. Durante o governo Bolsonaro, ele afirma que o garimpo avançou na terra indígena e que, além de contaminarem a água, mataram mulheres e queimaram uma unidade de saúde das seis existentes. Essas unidades prestam atendimento aos Yanomami, principalmente os que ficam em regiões mais isoladas, de difícil acesso. "Muitas vezes pedimos socorro e não fomos atendidos pelo governo Bolsonaro."

"Hoje, precisamos de tudo. Precisa chegar ajuda de saúde, ainda mais onde não tem saúde. Pedimos também a retirada dos garimpeiros da Terra Yanomami. A presença deles está descontrolada. Não temos água limpa. Precisamos do apoio de todos, da Funai, da Segurança Pública. Sei que vai demorar muito porque o impacto é muito grande. Precisamos de uma força-tarefa para acabar com esse sofrimento do povo."

O líder diz que uma força-tarefa chegou há três dias com médico, Exército e alimentação. Eles estão indo nas comunidades que não têm assistência. Há locais onde só se chega com helicóptero para levar os recursos.

Saúde dos Yanomami

Maior reserva indígena do Brasil, a Terra Yanomami registra nos últimos anos agravamento na saúde dos indígenas, com casos graves de crianças e adultos com desnutrição severa, verminose e malária, em meio ao avanço do garimpo ilegal.

Só em 2022, segundo o governo federal, 99 crianças Yanomami morreram – a maioria por desnutrição, pneumonia e diarreia, que doenças evitáveis. A estimativa é que, ao todo no território, 570 crianças morreram nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro.

Em 2021, o g1 e o Fantástico já tinham registrado cenas inéditas e exclusivas de crianças extremamente magras, com quadros aparentes de desnutrição e de verminose, além de dezenas de indígenas doentes com sintomas de malária em comunidades Yanomami.

Em novembro de 2022, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) realizaram uma operação contra uma fraude na compra de remédios destinados ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y).

De acordo com as investigações, o esquema criminoso deixou pelo menos 10 mil crianças indígenas sem medicamentos. Os alvos da operação são empresários e servidores do Dsei-Y – órgão do Ministério da Saúde responsável pela saúde indígena Yanomami.

Com a visita de Lula a Roraima para tratar sobre a crise sanitária, a dramática situação do povo Yanomami se tornou um dos assuntos mais comentados do país no Twitter. Muitas pessoas, ao verem as imagens das vítimas, chamaram de "barbárie" e "descaso".

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Estudo aponta que núcleo da Terra 'freou' e pode afetar duração dos dias, nível do mar e temperatura global; entenda

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'Paralisação' do núcleo interno da Terra pode gerar uma pequena diminuição na duração de um dia. Sismólogos Yang e Song, da Universidade de Pequim, ficaram surpresos com resultados da pesquisa.
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Por g1

Postado em 24 de janeiro de 2023 às 16h20m

 #.*Post. - N.\ 10.649*.#

O campo magnético é gerado por eletricidade que resulta no movimento de correntes de convecção de ferro fundido no núcleo externo da Terra — Foto: Science Photo Library
O campo magnético é gerado por eletricidade que resulta no movimento de correntes de convecção de ferro fundido no núcleo externo da Terra — Foto: Science Photo Library

O núcleo da Terra parou de girar mais rápido do que o próprio planeta. É o que aponta um estudo feito a partir de dados de terremotos, realizado por Yi Yang e Xiaodong Song, sismólogos da Universidade de Pequim. O artigo científico foi publicado pela revista "Nature Geoscience", e o resultado foi uma surpresa para os próprios autores. A dupla de pesquisadores estuda o fenômeno desde 1995.

Ficamos bastante surpresos, afirmaram Yang e Song na Nature.

  • A 'paralisação' do núcleo interno da Terra pode afetar a forma como o nosso planeta 'funciona'.
  • O artigo publicado na Nature explica que, na verdade, o núcleo costumava girar mais rápido do que a Terra em si e, em algum momento das últimas décadas (possivelmente em 2009), teria passado a acompanhar o movimento natural do planeta.
  • A descoberta implicaria em mudanças nos campos gravitacionais e magnéticos da Terra e poderia ter consequências geofísicas mais amplas, como a alteração na duração de um dia completo em algumas frações de segundo.
  • Isso porque a duração de um dia está diretamente ligada ao movimento de rotação da Terra em torno do próprio eixo (que dura 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 0,9 décimo de segundo).
  • E, caso confirmada, a mudança na forma como o núcleo gira poderia estar impactando no movimento de rotação em si e, consequentemente, na duração de um dia.
  • Outras possíveis alterações seriam em relação ao nível do mar e à temperatura da Terra.

Em entrevista ao jornal espanhol "El País", Song, um dos autores do estudo, explica: Nos últimos anos, os dias estão ficando mais curtos e pode ser que haja relação com esta mudança [na forma como o núcleo gira]".

"A alteração na rotação também pode modificar o campo gravitacional como um todo e causar deformações na superfície, o que alteraria também o nível do mar e, por sua vez, a temperatura global do planeta", continua.

De qualquer forma, os potenciais impactos precisam de mais tempo para serem devidamente avaliados. Só temos que esperar, ponderou John Vidale, sismólogo da Universidade da Carolina do Sul, em entrevista à Nature.

De acordo com a publicação, os resultados da pesquisa podem ajudar ainda a desvendar alguns mistérios, como o papel que o núcleo interno desempenha na manutenção do campo magnético do planeta.

O campo magnético da Terra é gerado em seu núcleo externo — Foto: Agência Espacial Europeia (ESA)
O campo magnético da Terra é gerado em seu núcleo externo — Foto: Agência Espacial Europeia (ESA)

O núcleo do planeta é uma "esfera" de ferro que fica a 5.000 quilômetros de profundidade e tem cerca de 7.000 quilômetros de largura.

Ele é composto por duas camadas: o núcleo interno, que é um centro sólido feito principalmente de ferro; e o núcleo externo, que é uma "casca" composta por ferro líquido e outros elementos.

O núcleo externo separa o núcleo interno, de 2.400 quilômetros de largura, do restante do planeta. Era este isolamento que permitia que o núcleo interno pudesse rodar em um ritmo próprio.

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IPCA-15: prévia da inflação fica em 0,55% em janeiro

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Indicador acelerou na comparação com dezembro pressionado, principalmente, por saúde e cuidados pessoais e alimentação e bebidas.
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Por Daniel Silveira, g1 — Rio de Janeiro

Postado em 24 de janeiro de 2023 às 11h00m

 #.*Post. - N.\ 10.648*.#

Cliente em loja de venda de produtos para beleza e cosméticos; produtos de higiene pessoal foram os que mais pressionaram inflação em janeiro — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica
Cliente em loja de venda de produtos para beleza e cosméticos; produtos de higiene pessoal foram os que mais pressionaram inflação em janeiro — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país – ficou em 0,55% em janeiro, informou nesta terça-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice acelerou em relação a dezembro, quando ficou em 0,52%, já o indicador acumulado em 12 meses desacelerou de 5,90% para 5,87%.

Em 2022, a prévia da inflação de janeiro ficou em 0,58%.

De acordo com o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram aumento na média de preços.

As maiores pressões sobre a alta do indicador em janeiro vieram de Saúde e cuidados pessoais e Alimentação e bebidas, com impacto de 0,14 ponto percentual (p.p.). e 0,12 p.p. respectivamente.

A maior alta , no entanto, partiu do grupo de Comunicação, cujo impacto sobre o índice geral foi de (0,11 p.p.).

Os grupos de Habitação e Transportes, por sua vez, registraram a menor variação.

Veja abaixo a variação dos grupos em janeiro:

  • Habitação: 0,17%
  • Transportes: 0,17%
  • Educação: 0,36%
  • Artigos de residência: 0,38%
  • Vestuário: 0,42%
  • Alimentação e bebidas: 0,55%
  • Despesas pessoais: 0,57%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,10%
  • Comunicação: 2,36%
Higiene pessoal puxa alta de Saúde e cuidados pessoais

De acordo com o IBGE, o grupo Saúde e cuidados pessoais foi um dos que apresentou maior avanço na alta de preços - acelerou de 0,40% em dezembro para 1,10% em janeiro.

A maior pressão partiu do aumento em itens de higiene pessoal, que acelerou de 0,04% para 1,88% no mesmo período. Perfume e produtos para pele tiveram as altas mais expressivas, respectivamente de 4,24% e 3,85%.

Os planos de saúde mantiveram a variação do mês anterior, de 1,21%, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

Cebola e leite mais baratos, batata, tomate e arroz mais caros

No grupo de Alimentação e bebidas, o índice desacelerou de 0,69% para 0,55% na passagem de dezembro para janeiro puxado pelo recuo no preço médio, sobretudo, da cebola (-15,21%) e do leite longa vida (-2,04%).

No lado oposto, houve pressão do reajuste nos preços médios da batata-inglesa (15,99%), do tomate (5,96%), do arroz (3,36%) e das frutas (1,74%).

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,45% para 0,39% no período, enquanto a alimentação no domicílio desacelerou de 0,78% para 0,61%.

Gás e energia mais baratos

Segundo o IBGE, o índice para o grupo Habitação desacelerou, na comparação com dezembro, de 0,40% para 0,17% pressionado, sobretudo, pela queda no preço médio do gás de botijão (-1,32%) e da energia elétrica residencial (-0,16%).

Por outro lado, foi registrado aumento no gás encanado (7,09%), pressionado pelo reajuste de 9% das tarifas no Rio de Janeiro (3,64%) e São Paulo (10,90%).

Outro aumento significativo foi registrado na taxa de água e esgoto (0,75%), decorrente dos reajustes de 14,62% em Belo Horizonte e de 9,51% em Brasília.

Aumento em TV por assinatura, telefonia e internet

O grupo Comunicação foi o que registrou o avanço mais expressivo do indicador, que acelerou de 0,18% para 2,36% em janeiro. A maior pressão sobre essa alta partiu do aumento em tv por assinatura (11,78%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,24%), acesso à internet (2,11%) e aparelho telefônico (1,78%).

Transportes desacelera

Já o índice para o grupo de transportes desacelerou de 0,85% em dezembro para 0,17% em janeiro pressionado, principalmente, pela queda nos preços dos combustíveis (-0,58%).

O IBGE destacou que, à exceção da alta no etanol (0,51%), houve queda nos preços do óleo diesel (-3,08%), da gasolina (-0,59%) e do gás veicular (-0,40%).

O órgão destacou, também, que houve alta do subitem emplacamento e licença (1,61%), que incorporou, pela primeira vez, a fração mensal referente ao IPVA de 2023.

Alta disseminada

Todas as 11 regiões pesquisadas para composição do IPCA-15 tiveram aumento no preço médio dos produtos e serviços analisados. Na maioria, o índice ficou acima do nacional.

As menores variações foram registradas no Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, Goiânia e Brasília - as cinco abaixo do índice nacional.

As demais seis regiões, a variação foi acima da nacional, sendo a maior registrada em Belo Horizonte.

Veja abaixo a variação em cada uma das 11 regiões pesquisadas:

  • Rio de Janeiro (RJ): 0,23%
  • Curitiba (PR): 0,3%
  • Porto Alegre (RS): 0,34%
  • Goiânia (GO): 0,39%
  • Brasília (DF): 0,43%
  • Recife (PE): 0,57%
  • Salvador (BA): 0,6%
  • São Paulo (SP): 0,62%
  • Fortaleza (CE): 0,69%
  • Belém (PA): 0,83%
  • Belo Horizonte (MG): 0,92%
Queda no acumulado em 12 meses

A inflação acumulada em 12 meses registrou ligeira desaceleração na comparação com o registrado em dezembro - caiu de 5,90% para 5,87%.

Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o indicador, Transportes e Habitação registraram deflação no acumulado em 12 meses.

Vestuário, por sua vez, foi o grupo com a maior variação, seguido por alimentação e bebidas e saúde e cuidados pessoais.

Veja abaixo a variação acumulada em 12 meses de cada um dos nove grupos:

  • Transportes: -0,44%
  • Habitação: -0,22%
  • Comunicação: 0,08%
  • Artigos de residência: 7,3%
  • Despesas pessoais: 7,48%
  • Educação: 7,48%
  • Saúde e cuidados pessoais:11,43%
  • Alimentação e bebidas:11,5%
  • Vestuário: 17,16%
Metodologia

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de dezembro de 2022 a 12 de janeiro de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de novembro a 13 de dezembro de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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O achado de cientistas que pode proteger a Terra de asteroides

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Cientistas australianos analisaram material coletado no espaço por sonda japonesa. 'Descobrimos que o Itokawa é como uma almofada espacial gigante e muito difícil de destruir', afirmaram os pesquisadores.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 24 de janeiro de 2023 às 08h015

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Representação artística de um asteroide do tipo do Itokawa. — Foto: Kevin Gill
Representação artística de um asteroide do tipo do Itokawa. — Foto: Kevin Gill

Cientistas australianos que analisaram pequenos pedaços rochosos do asteroide Itokawa fizeram importantes descobertas que afirmam que podem auxiliar os estudos de defesa planetária e de objetos potencialmente perigosos ao nosso planeta.

Os pesquisadores examinaram três estruturas que foram trazidas durante a missão inédita da agência espacial japonesa (Jaxa) que retornou à Terra em junho de 2010 - fragmentos esses menores do que um grão de arroz (veja imagem abaixo).

Esse tamanho diminuto, porém, não foi um empecilho para o grupo de pesquisadores. A análise revelou que o asteroide, que está a 2 milhões de quilômetros da Terra e tem aproximadamente 500 metros de comprimento, é difícil de destruir e resistente a colisões.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas estudaram o impacto de partículas minúsculas que deixaram marcas na superfície dos grãos e assim descobriram que o corpo celeste foi formado nos primórdios do Sistema Solar, há cerca de 4,2 bilhões de anos.

A análise também corrobora a teoria de que o Itokawa surgiu de um objeto muito maior, um bloco maciço de rocha que foi estilhaçado por uma colisão, e então se transformou numa pilha de fragmentos agregados (do inglês, rubble pile).

Esse tempo de sobrevivência tão surpreendentemente longo para um asteroide do tamanho de Itokawa é atribuído à essa natureza de choque absorvente que é característica do material que forma essa pilha de escombros", disse o principal autor do estudo, Fred Jourdan, professor da Escola de Ciências da Terra e Planetárias da Curtin University.

Em resumo, descobrimos que o Itokawa é como uma almofada espacial gigante e muito difícil de destruir".

 Um dos pedaços do Itokawa analisados pelos cientistas. — Foto: Celia Mayers/Curtin UniversityUm dos pedaços do Itokawa analisados pelos cientistas. — Foto: Celia Mayers/Curtin University

Ao contrário dos asteroides monolíticos [aqueles formados por objetos], o Itokawa não é formado por um único pedaço de rocha, mas pertence à família de pilhas de escombros, o que significa que ele é inteiramente feito de pedras e rochas soltas, com quase metade sendo espaço vazio, acrescentou o professor Jourdan.

Com esse achado, os cientistas argumentam que a durabilidade de corpos celestes do tipo pode ser muito maior do que imaginávamos. Isso porque, como a formação do nosso Sistema Solar foi há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, há um grande indicativo de que mais asteroides formados por fragmentos agregados estejam vagando pelo cinturão de asteroides, uma região entre as órbitas de Marte e Júpiter.

"A boa notícia é que também podemos usar essa informação a nosso favor", acrescentou o coautor do estudo, Nick Timms, também da Escola de Ciências da Terra e Planetárias da Curtin.

"Se um asteroide for detectado tarde demais para um impulso cinético, podemos usar uma abordagem mais agressiva, como uma onda de choque de uma explosão nuclear para empurrar esse asteroide de pilha de escombros fora do seu curso, e sem destruí-lo".

(VÍDEO: Entenda o que é um asteroide, como o Itokawa.)

O que é um asteroide?
O que é um asteroide?

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