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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Brasil retoma liderança do ranking mundial de juros reais

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País estava na segunda posição, mas 'recuperou' o topo com a alta da Selic para 10,75% nesta quarta-feira (2). Ranking leva em consideração os juros praticados em 40 países.
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Por g1

Postado em 03 de fevereiro de 2022 às 14h00m

Post.- N.\ 10.197

Brasil retoma liderança do ranking mundial de juros reais
Brasil retoma liderança do ranking mundial de juros reais

O Brasil é novamente o país com a maior taxa mundial de juros reais, segundo ranking compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.

O país já tinha conquistado a liderança em outubro do ano passado mas, em dezembro, foi ultrapassado pela Turquia – que agora caiu para a 8ª posição.

O topo do ranking nada lisonjeiro foi retomado pelo Brasil após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de elevar a taxa básica de juros do país a 10,75% nesta quarta-feira (2).

Com a nova Selic, os juros reais, ou seja, descontada a inflação (leia mais abaixo), atingiram 6,41% ao ano.

A taxa de juros real é calculada com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses, sendo considerada uma medida melhor para comparação com outros países.

VEJA O RANKING ABAIXO:

Ranking de juros reais — Foto: Economia g1
Ranking de juros reais — Foto: Economia g1

Juros nominais

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira subiu para a terceira posição, atrás apenas de Argentina e Turquia.

Veja abaixo:

  1. Argentina 40,00%
  2. Turquia 14,00%
  3. Brasil 10,50%
  4. Rússia 8,50%
  5. México 5,50%
  6. Chile 5,50%
  7. Índia 5,40%
  8. China 4,35%
  9. África do Sul 4,00%
  10. Colômbia 4,00%
  11. República Checa 3,75%
  12. Indonésia 3,50%
  13. Hungria 2,90%
  14. Polônia 2,25%
  15. Filipinas 2,00%
  16. Malásia 1,75%
  17. Coreia do Sul 1,25%
  18. Taiwan 1,13%
  19. Canadá 0,25%
  20. Hong Kong 0,86%
  21. Nova Zelândia 0,75%
  22. Tailândia 0,42%
  23. Cingapura 0,31%
  24. Estados Unidos 0,25%
  25. Reino Unido 0,25%
  26. Austrália 0,10%
  27. Israel 0,10%
  28. Alemanha 0,00%
  29. Áustria 0,00%
  30. Bélgica 0,00%
  31. Espanha 0,00%
  32. França 0,00%
  33. Grécia 0,00%
  34. Holanda 0,00%
  35. Itália 0,00%
  36. Portugal 0,00%
  37. Suécia 0,00%
  38. Japão -0,10%
  39. Dinamarca -0,60%
  40. Suíça -0,75%
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Fóssil de crânio de pterossauro originário da Bacia do Araripe, no Ceará, é devolvido ao Brasil por museu da Bélgica

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Fóssil estava sob os cuidados, em caráter provisório, do Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica (IRSN). Ele agora vai ser direcionado ao Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro.
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Por G1 CE

Postado em 03 de fevereiro de 2022 às 11h15m

Post.- N.\ 10.196

Crânio de pterossauro da mesma família que o devolvido pela Bélgica ao Brasil, conforme pesquisadores. — Foto: Divulgação/Urca
Crânio de pterossauro da mesma família que o devolvido pela Bélgica ao Brasil, conforme pesquisadores. — Foto: Divulgação/Urca

O fóssil de um crânio da espécie Pteurosauria originário da Bacia do Araripe, no Ceará, foi repatriado da Bélgica para o Brasil na última segunda-feira (31). A peça paleontológica estava no acervo do Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica.

De acordo com o coordenador do Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), Álamo Saraiva, o crânio é de um tapejarídeo, um pterossauro que viveu na Bacia do Araripe entre 220 e 116 milhões de nos atrás.

"Esse fóssil que estava na Real Academia de Ciência da Bélgica talvez tenha saído do Brasil nos anos 1990. É um fóssil muito importante, é um crânio completo de um tapejarídeo, ou seja, de um pterossauro que viveu aqui na Bacia do Araripe aproximadamente entre 220 a 116 milhões de anos passados. Esse material é importante pelo estado de preservação em que ele se encontra", explica.

Embora tenha origem cearense, o fóssil repatriado vai ficar no Rio de Janeiro, sob os cuidados do Museu de Ciências da Terra.

"Fico feliz em saber que ele volta para o Brasil e, ao mesmo tempo, um pouco de constrangimento por saber que ele não vem para o local de origem dele, que é a Bacia do Araripe, onde tem o Geopark Araripe, onde tem o Museu de Paleontologia. Lembrando que essas peças nos trazem dividendo no sentido de ficarem expostas em museus, atraindo turistas ao passo que em outro museu poderia ficar dentro de uma gaveta", diz.

Álamo Saraiva deu detalhes do animal cujo fóssil se tornou patrimônio paleontológico brasileiro. "Esse pterossauro é um tapejarídeo, ou seja aqueles que tinham uma crista grande, talvez bem colorida no alto da cabeça. Eles não possuíam dentes e dessa forma ele tem muitos representantes aqui da mesma família, contudo com uma preservação especial. Acreditamos que ele tivesse cerca de 4 a 5 metros de envergadura de asa. Deveria ser um ser muito elegante quando estava em voo", revela.

Em nota, o governo brasileiro agradeceu à Bélgica, e em especial ao Instituto Real de Ciências Naturais, pela cooperação para retorno do fóssil ao Brasil. A recuperação do fóssil foi coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Bruxelas e do Serviço Geológico Brasileiro.

Fósseis extraídos ilegalmente do Ceará são vendidos por até US$ 150 mil cada no exteriorFósseis extraídos ilegalmente do Ceará são vendidos por até US$ 150 mil cada no exterior

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Centro da Terra está esfriando mais rápido: quais podem ser as consequências?

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Entre o núcleo e o manto da Terra ocorrem reações que determinam as dinâmicas do planeta. Uma nova pesquisa questiona o que se sabia sobre esses fenômenos.
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TOPO
Por BBC

Postado em 03 de fevereiro de 2022 às 10h05m

Post.- N.\ 10.195

Entre o núcleo e o manto da Terra ocorrem reações que determinam as dinâmicas do planeta — Foto: Getty Images via BBC
Entre o núcleo e o manto da Terra ocorrem reações que determinam as dinâmicas do planeta — Foto: Getty Images via BBC

O interior do planeta Terra tem um núcleo que permaneceu quente por mais de 4,5 bilhões de anos, mas que lenta e inevitavelmente está esfriando.

O núcleo da Terra é chave para a vida. Se um dia ele se apagar, o planeta se converterá numa gigantesca rocha fria e inerte. Agora uma pesquisa recente calculou que esse esfriamento está ocorrendo mais rápido do que se pensava.

Esse esfriamento ocorre em escalas de milhares de milhões de anos, portanto, por mais rápido que ocorra, nenhum de nós estará vivo para ver como seria essa morte fria do planeta.

Os especialistas, no entanto, concordam que investigar esses processos naturais é chave para compreender melhor a evolução da Terra e os fenômenos que afetam a vida no planeta.

Mas em que consiste esse esfriamento e como descobriram que ele está ocorrendo mais rapidamente do que se pensava? 
O interior da Terra

O núcleo da Terra fica a quase 3.000 km de profundidade da crosta terrestre, com um raio de 3.500 km. As temperaturas do núcleo podem flutuar entre 4.400° C e 6.000° C, temperaturas simulares às do Sol.

O núcleo interno é uma esfera sólida, composta majoritariamente de ferro. O núcleo externo é formado por um líquido maleável, composto de ferro e níquel. É no núcleo externo que se forma o campo magnético da Terra, que protege o planeta dos perigosos ventos solares. A colossal quantidade de energia térmica que emana do interior do planeta coloca em marcha fenômenos como as placas tectônicas e a atividade vulcânica.

Além disso, nas fronteiras do núcleo ocorre um processo que foi crucial para o novo estudo: a convecção do manto terrestre, que se refere à transferência de calor do núcleo até o manto.

A fronteira do núcleo

Os cientistas não sabem exatamente quanto tempo levará para a Terra esfriar até o ponto em que os fenômenos naturais que impulsionam o núcleo parem de ocorrer ou que o campo magnético desapareça, por exemplo.

Uma equipe do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETH) e da Carnegie Institution for Science, nos Estados Unidos, acredita que a chave para desvendar esse mistério está nos minerais que transportam calor do núcleo para o manto.

Esta região fronteiriça é constituída principalmente por um mineral chamado bridgmanita, que tem uma estrutura cristalina e só pode existir sob grande pressão, a partir de cerca de 700 km de profundidade.

Não existe tecnologia para escavar e estudar minerais nessa profundidade, então o professor da ETH Motohiko Murakami projetou um experimento para simular essas condições em laboratório.

Pressão e temperatura

Murakami e seus colegas desenvolveram um método para medir a quantidade de calor que a bridgmanita pode conduzir. O que eles fizeram foi fabricar um diamante bridgmanita a partir dos elementos que compõem esse mineral.

Eles então inseriram o cristal em um dispositivo que simula a pressão e a temperatura que prevalecem no interior da Terra. Dentro do dispositivo, eles dispararam pulsos de feixes de laser que irradiaram e aqueceram o mineral, em um processo conhecido como "medição de absorção óptica".

Dessa forma, eles puderam ver como o mineral reagia em diferentes pressões e temperaturas. "Esse sistema de medição nos permitiu mostrar que a condutividade térmica da bridgmanita é cerca de 1,5 vezes maior do que se supunha anteriormente", diz Murakami em comunicado.

Segundo o pesquisador, isso indica que o fluxo de calor do núcleo para o manto também é maior do que se pensava anteriormente.

O resultado do experimento sugere que quanto mais rápido o calor é transferido do núcleo para o manto, mais rápido o calor é perdido do núcleo, o que acelera o resfriamento da Terra.

Alem disso, os autores acreditam que esse esfriamento mudaria a composição dos minerais do manto.

Quando a bridgmanita esfria, ela se transforma em outro mineral chamado pós-perovskita.

A pós-perovskita conduz o calor com muito mais eficiência do que a bridgmanita, então, à medida que a bridgmanita no limite do manto se converte em pós-perovskita, a Terra esfria ainda mais rapidamente, dizem os pesquisadores.

Destinados a morrer?

Esse resfriamento mais rápido pode ter várias consequências, observam os autores do estudo. Por um lado, pode fazer com que as placas tectônicas, que são mantidas em movimento pelo fluxo do manto, desacelerem mais rápido do que o esperado.

"Nossos resultados podem nos dar uma nova perspectiva sobre a evolução da dinâmica da Terra", explica Murakami.

Murakami, no entanto, adverte que, neste momento, eles não podem estimar quanto tempo levará para esse resfriamento interromper a atividade no manto.

Para isso, eles precisam entender melhor a dinâmica do manto e as reações dos elementos que o compõem.

"Este estudo oferece uma nova visão do principal processo geológico que afeta planetas rochosos (como a Terra): a velocidade com que eles esfriam", disse à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, Paul Byrne, professor de Ciências Planetárias e da Terra da Washington University em Saint Louis, Estados Unidos, que não esteve envolvido na pesquisa.

"Marte, Mercúrio e a Lua esfriaram tanto nos últimos 4,5 bilhões de anos que, geologicamente falando, são essencialmente inertes."

Portanto, diferentemente da Terra, Marte, Mercúrio e a Lua não possuem placas tectônicas, explica o especialista. "É esse o destino que aguarda nosso mundo?" Byrne se pergunta.

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