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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Importância do Brasil na biodiversidade mundial é maior do que se pensava, dizem cientistas

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País reúne quase um quarto dos peixes de água doce do mundo; em estudo, pesquisadores alertam para perda iminente de espécies dos trópicos, muitas ainda não conhecidas.
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Por BBC 


Quase um quarto de todos os peixes de água doce do mundo - mais precisamente 23% - estão nos rios brasileiros. Assim como 16% das aves do planeta, 12% dos mamíferos e 15% de todas as espécies de animais e plantas.

Esses números estão sendo compilados pela primeira vez por cientistas brasileiros após a publicação do estudo O futuro dos ecossistemas tropicais hiperdiversos, divulgado no final de julho na revista Nature.
"Já imaginávamos que o Brasil tinha essa quantidade de espécies, mas os números exatos estavam espalhados em bases de dados muito diferentes pelo mundo. É uma combinação de dados única", disse à BBC News Brasil a bióloga Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental, que participou do estudo e lidera os esforços para compilar os dados brasileiros.

"A condição do Brasil é muito única, mas, nas discussões políticas, o papel que o país tem na biodiversidade mundial é pouco considerável. Precisamos de um conjunto de políticas muito mais fortes e atuantes para lidar com essa biodiversidade."

O estudo, realizado por um grupo de 17 cientistas, incluindo quatro brasileiros, é a maior revisão de dados sobre a biodiversidade nos trópicos, segundo o biólogo marinho, zoólogo e botânico britânico Jos Barlow, da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, que liderou a pesquisa.

"Sempre soubemos que a região era importante. Mas encontramos números surpreendentes. Mostramos, por exemplo, que 91% de todos os pássaros do mundo passam ao menos parte de suas vidas nos trópicos. Isso é incrível", disse à BBC Brasil.

"Eu também fiquei impressionado com o fato de o Brasil ser responsável por um quarto dos peixes de água doce. Geralmente, esses ecossistemas são ignorados."

Perda acelerada de espécies tropicais
No estudo, a equipe internacional de cientistas alerta para o fato de que a falta de ações de conservação e monitoramento dos ecossistemas tropicais pode causar, em breve, uma perda sem precedentes de espécies - muitas das quais sequer são conhecidas.

Os ecossistemas tropicais - florestas, savanas, lagos e rios e recifes de coral - cobrem 40% do planeta, mas abrigam mais de três quartos (78%) de todas as espécies.

Além disso, desses ecossistemas dependem as vidas de centenas de milhares de pessoas. Os recifes de coral, por exemplo, são responsáveis pela subsistência e pela proteção de mais de 200 milhões, apesar de só cobrirem 0,1% dos oceanos.
Em todos esses locais, dizem os pesquisadores, a flora e a fauna sofrem a "ameaça dupla" das atividades humanas, como o desmatamento e a pesca predatória em excesso, e de ondas cada vez mais frequentes de calor, causadas pela mudança climática.

"A maior parte dos cientistas foca em apenas um bioma. Mas nós mostramos que todos os ecossistemas tropicais estão sofrendo dos mesmos problemas", diz Barlow.

"Quando falamos em mudança climática, falamos muito do seu impacto nas regiões polares, mas isso está devastando os trópicos. E o mundo parece ter dado um passo atrás no que se refere ao compromisso com ações relacionadas ao meio ambiente."

Para Joice Ferreira, da Embrapa, também é preciso considerar que a maior parte dos países tropicais são regiões mais pobres, com menor capacidade de pesquisa.

"Nossa região alimenta todas as outras do mundo com recursos naturais, mas a maior parte das pesquisas sobre os trópicos é liderada por países desenvolvidos", afirma.

"Isso nos coloca numa situação de vulnerabilidade, porque temos uma capacidade menor de resposta às mudanças climáticas. Estamos colocando em risco um número muito grande de espécies."

Dificuldade para catalogar dados no Brasil
Segundo Barlow, um dos principais problemas das regiões tropicais é a falta de investimento na coleta e na catalogação de espécies. Ou seja, sequer sabemos tudo o que está em perigo com o aumento das temperaturas globais.

Atualmente, cerca de 20 mil novas espécies são descobertas no mundo a cada ano. Mas, nesse ritmo, os pesquisadores estimam que seriam necessários pelo menos 300 anos para catalogar toda a biodiversidade do planeta.

"Descrever novas espécies tem que ser um trabalho colaborativo global, com pesquisadores tendo acessos a recursos e espécimes em muitos museus e coleções. Mas tudo isso é dificultado pela burocracia excessiva - algo que o Brasil conhece muito bem", diz o britânico.

Ferreira diz que ainda falta no Brasil um programa "abrangente e integrado de avaliação da biodiversidade". A maior parte das pesquisas, ela afirma, são feitas em locais de fácil acesso - como a beira dos rios e as margens de estradas - e na região Sudeste, onde se concentra a maior parte dos pesquisadores.

"Tentamos aos trancos e barrancos cumprir as metas internacionais, mas é tudo muito grosseiro e genérico. Num país muito menor como o Reino Unido, se conhece a fauna e a flora de cada quilômetro do país", compara.

"Precisamos fazer programas de monitoramento amplo em todos os biomas brasileiros e programas de conservação nos outros biomas, além da Amazônia. Mas o que vemos é justamente o contrário disso, um corte massivo de financiamento para ciência e tecnologia, especialmente nos recursos humanos."

Em 2014, o governo brasileiro criou o Sistema de Informação Sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr), uma espécie de atlas das espécies do país, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC). A iniciativa, no entanto, avança a passos lentos na tarefa de catalogar apenas o que já se sabe sobre a fauna e a flora nativas.

"Nunca chegamos numa amostragem de toda a biodiversidade espacial. O território brasileiro é grande demais, nunca tivemos investimento com regularidade suficiente e os programas de pesquisa nunca se preocuparam em traçar uma estratégia que abrangesse o território todo", disse à BBC News Brasil a bióloga Andrea Nunes, coordenadora de biomas do MCTIC e diretora geral do SiBBr.

O principal obstáculo encontrado pelo sistema é justamente a dificuldade de convencer os pesquisadores a registrarem, uma por uma, todas as espécies que já pesquisaram.

"O Brasil não tem cultura de compartilhamento de dados. Esse problema começa pela própria academia, que usa dados de biodiversidade para a publicação de teses de mestrado, doutorado, e quase joga esses dados fora. Muitos pesquisadores acham que faz parte desse trabalho deles compartilhar esses dados primários", afirma a diretora.

"Além disso, o MCTIC apoiava as instituições de pesquisa pagando bolsistas para estruturar os dados e alimentar o sistema. Há cerca de um ano e meio, não podemos mais oferecer essa ajuda."
Nunes estima que, atualmente, o SiBBr tenha cerca de 15 milhões de espécies em sua base de dados. Mas só nas seis principais coleções do Brasil - ou seja, nas instituições como a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Museu de Zoologia de São Paulo - pode haver até 40 milhões de registros.

"Imagine que essas coleções ainda não foram completamente catalogadas no nosso sistema, e que o Brasil tem mais de 300 coleções do tipo. Ninguém sabe o número total de registros de espécies que temos.
Até por que pode haver muita coisa duplicada", Diz. 
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A mochila high-tech que pode 'coletar do ar' 40 litros de água por hora

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Inspirado em inseto, o besouro-da-namíbia, acadêmico americano apresenta projeto de objeto que colhe partículas de água da atmosfera, mesmo em regiões desérticas, usando nanofibras.
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BBC
Por BBC 

Camelos e homem em trajes típicos contra o deserto sobre duna no Saara marroquino (Foto: TV Globo/Reprodução) 


Em um cenário contemporâneo marcado por aquecimento global e sucessivas crises hídricas, muitos são os cientistas que buscam alternativas para a obtenção de água potável.

E todos são unânimes em um ponto de vista: as soluções, neste quesito, jamais são concorrentes; elas se somam e precisam ser adotadas dentro de parâmetros de consciência ambiental e uso sustentável dos recursos do planeta.

Uma novidade neste campo é a proposta apresentada nesta terça-feira (21) pelo engenheiro mecânico Shing-Chung Josh Wong, professor da Universidade de Akron, nos Estados Unidos. Em um evento promovido pela American Chemical Society, ele demonstrou a viabilidade de uma engenhoca que promete servir para "coletar" partículas de água da atmosfera. Em forma de uma mochila, seria capaz de obter até 40 litros de água limpa e potável por hora, mesmo em ambientes áridos.

"O nosso mecanismo simplesmente miniaturiza o mecanismo natural, já que partículas atmosférica de água no ar são a maior fonte de abastecimento de água fresca no planeta", explicou o cientista à BBC News Brasil. 

"Graças à nanotecnologia, fornecemos uma grande área superficial por unidade de volume, coletando a água eficientemente da atmosfera com o mínimo de energia, sob diferenciais de pressão e temperatura."
Diagrama que mostra como seria a mochila desenvolvida pelos pesquisadores (Foto: Akron University/BBC) 






O modelo desenvolvido pela equipe de Wong, que ainda não saiu do papel, é semelhante a uma mochila. De acordo com o cientista, a inspiração veio de um curioso inseto, o besouro-da-namíbia. O bicho, que habita o hiperárido deserto do país africano que lhe empresta o nome, retira toda a água de que necessita para viver graças a um sistema de absorção de partículas do ar em sua carapaça.

"Tive a ideia quando estava visitando a China, que tem um problema de escassez de água doce. Há investimento em tratamento de águas residuais, mas pensei que era preciso somar esforços em outras frentes", contou o cientista.

Técnica 
Coletar a água do ar não é uma novidade. Milhares de anos atrás, o princípio já era utilizado pelos incas, que coletavam o orvalho das madrugadas nos Andes e o canalizavam para cisternas. Mecanismos semelhantes já eram adotados há pelo menos 2 mil anos em desertos do Oriente Médio.

Hoje em dia, com tecnologia de ponta, há equipamentos que aproveitam a neblina da manhã sobretudo em regiões secas nos Andes e na África.

O avanço do mecanismo proposto por Wong é justamente o que permite eficiência em um equipamento relativamente pequeno: a tecnologia do material. "Usar a nanotecnologia para 'colher' água da atmosfera é algo que ainda está na infância", disse. "Meu objetivo é estimular interesses nesse campo, de modo que a sociedade possa investir mais recursos nessa direção de energia renovável, em vez de usar apenas a tradicional dessalinização ou o tratamento de água de esgoto, cujos trabalhos já foram maximizados."

O pesquisador acredita que, no futuro, um programa semelhante poderia ser uma "solução viável" para locais afetados pela seca, como o Estado americano da Califórnia, a região noroeste da China, diversas regiões africanas, partes da Austrália e do Brasil.

"Acredito que governos ou companhias possam criar algum programa para financiar tal mecanismo", disse Wong, que está em busca de financiamento para transformar o protótipo em um produto consolidado.

"Acredito que governos ou companhias possam criar algum programa para financiar tal mecanismo", disse Wong, que está em busca de financiamento para transformar o protótipo em um produto consolidado.

Nanotecnologia 
O material utilizado por Wong e sua equipe foram os polímeros obtidos a partir de eletroforese. O resultado são fibras que variam de poucas dezenas de nanômetros até um micrometro, ou seja, com entrelaçamento microscópico. Tais polímeros oferecem uma relação superfície-volume incrivelmente alta, muito maior do que as fornecidas pelos destiladores de água que existem no mercado.

Essa mochila coletadora de água, de acordo com os cientistas, funcionaria até em ambientes desérticos - justamente por conta da eficiência desse material, que ainda por cima atrai partículas de água. O consumo de energia também seria baixo. "Com os recentes avanços nas baterias de íons de lítio, penso em um dispositivo menor, do tamanho de uma mochila", comentou.

As nanofibras absorvem a água do ar e a filtram. Para otimizar o fluxo do ar e, assim, tornar a captação mais eficiente, o projeto precia ser alimentado por uma bateria.
O consumo de energia seria baixo, faria uso de "recentes avanços nas baterias de íons de lítio".

Graças aos poros microscópicos, até micróbios são filtrados. O mecanismo obteria, portanto, uma água limpa e livre de poluentes. "E imediatamente potável", garantiu o cientista.
"É a primeira vez que uma coletadora portátil de água será projetada e fabricada por membranas de polímero de eletroforese, com uma abordagem bioinspirada", resumiu. 

Escassez de água
Wong aproveita sua pesquisa para fazer um alerta sobre o problema mundial da escassez de água. Conforme ele ressalta em seu estudo, de toda a água disponível no planeta, apenas 2,5% é doce. E três quartos desse total está em forma de gelo, nos polos Norte e Sul.

"A maior parte dos esforços de pesquisa sobre sustentabilidade da água são direcionados para o abastecimento, a purificação, o tratamento de águas residuais e a dessalinização", enumerou, no estudo. "Pouca atenção ainda é dada para os mecanismos de captação de água a partir de partículas atmosféricas." 
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