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Fósseis de um lagerpetídeo, espécie ainda pouco conhecida que possui características semelhantes aos pássaros, foram encontrados em sítio arqueológico em 2010. = =---____------- === ---- -----________::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::________ --------- ==== -----------____---= =
Por Janaína Lopes, G1 RS
05/01/2021 05h30 Atualizado há 09 horas
Postado em 05 de janeiro de 2021 às 14h35m
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Ixalerpeton viveu há mais de 230 milhões de anos e foi encontrado em sítio arqueológico do RS — Foto: Arte/Rodolfo Nogueira
Um animal pré-histórico encontrado em São João do Polêsine, na Região Central do RS, estampou a capa da revista científica Nature, em dezembro. O ixalerpeton polesinensis, como foi batizado o fóssil, viveu há cerca de 230 milhões de anos, e é tema do artigo "Enigmáticos precursores de dinossauros preenchem lacuna até a origem dos Pterosauros".
O animal é objeto de estudo de um grupo internacional de pesquisadores há cerca de dez anos, desde que foi encontrado no sítio Buriol, na cidade gaúcha. O professor e paleontólogo Sérgio Cabreira, da Associação Sul Brasileira de Paleontologia, é um dos autores da descoberta e assina o artigo, junto com especialistas de vários países, como Argentina e Estados Unidos.
Foi a primeira vez que um lagerpetídeo foi encontrado no Brasil, um tipo ainda raro de animal pré-histórico. Esses pequenos animais são os antepassados dos pterossauros, espécie de dinossauros que voavam. E também possuem semelhanças com os antepassados das aves.
Segundo Sérgio Cabreira, o ixalerpeton encontrado tem mais ou menos o mesmo tamanho de um quero-quero. Estava na mesma rocha em que os fósseis do buriolestes schutlzi, um dos precursores dos dinossauros, foram localizados.
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Animal possui características evolutivas semelhantes às dos
pterossauros, dinossauros voadores, e das aves — Foto: Reprodução/Nature
Embora estivesse desarticulado, o fóssil do ixalerpeton estavam completos, diz o professor. "Partes do crânio, as mandíbulas, esqueleto da coluna, dos membros, muitas peças foram encontradas. Isso trouxe novas informações".
Com o material completo, o bom estado dos ossos e tecnologias de estudo, como uma ferramenta que possibilita a realização de imagens internas dos fósseis, foi possível aprofundar os conhecimentos no até então pouco conhecido grupo de animais.
O lagerpetídeo, por exemplo, possui o labirinto ósseo, que fica no ouvido, bastante desenvolvido, o que está ligado à capacidade de voar. O animal encontrado no RS não voava, mas fornece elementos para desvendar as origens dos pássaros.
"[o animal] Tinha um sistema de equilíbrio extremamente complexo, parecido com o sistema de equilíbrio dos pterossauros, que eram animais voadores. E muito parecido com o labirinto das aves", diz o professor.
Também foi possível observar que o lagerpetídeo tinha um metabolismo acelerado, o que é pré-requisito para a atividade do voo, que exige muita energia.
"Essas pré-adaptações são necessárias. Não tem como o animal se lançar ao espaço pra voar sem que previamente ele tenha adquirido condições", afirma.
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Fósseis foram encontrados no sítio arqueológico Buriol, junto com os
ossos do buriolestes, um dos dinossauros mais antigos — Foto: Divulgação
Uma palavra em um livro
O ixalerpeton e buriolestes já foram citados em 113 artigos internacionais sobre paleontologia nos últimos anos, de acordo com o professor Sergio Cabreira. Isso mostra a importância da descoberta.
"Nós brasileiros também estamos participando dessa aventura que é a descoberta da origem desses grupos", afirma.
"Uma das coisas mais difíceis da paleontologia é nós encontrarmos os fósseis que deram origem aos grandes grupos de animais. Por exemplo, o ancestral dos mamíferos, das aves, dos dinossauros", diz.
"Quando surge um grupo novo na natureza, ele surge num momento único. Tu tem uma transformação total, o grupo surge pronto, e diferente do ancestral. O que acontece que os pterossauros é que a origem e o tempo em que eles surgiram era um ponto obscuro dentro da paleontologia de vertebrados", diz.
E mesmo importante, a descoberta não esgota o conhecimento dos animais e do período histórico, e levanta ainda muitas outras dúvidas.
"É uma parte muito pequena que existiu na face na terra. É uma palavra dentro de um livro", ressalta.
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