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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Cientistas descobrem cratera semelhante à formada por colisão de asteroide que dizimou dinossauros

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Cratera Nadir, na costa da Guiné, pode ter alguma ligação com cratera de Chicxulub — gerada pelo impacto de um asteroide há 66 milhões de anos.
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TOPO
Por BBC

Postado em 18 de agosto de 2022 às 11h10m

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Cratera Nadir pode ter alguma ligação com cratera de Chicxulub, gerada pelo impacto de um asteroide há 66 milhões de anos — Foto: BBC/GETTY IMAGES
Cratera Nadir pode ter alguma ligação com cratera de Chicxulub, gerada pelo impacto de um asteroide há 66 milhões de anos — Foto: BBC/GETTY IMAGES

A descoberta de uma cratera no oeste da África levanta novas questões sobre o que ocorreu no fatídico dia em que um asteroide colidiu com o que é hoje o golfo do México, há 66 milhões de anos, levando à extinção dos dinossauros e à formação da famosa cratera de Chicxulub.

Recentemente revelada por cientistas, a cratera Nadir tem cerca de 8,5 km de diâmetro, fica a 400 km da costa da Guiné e a 300 metros abaixo do mar. Sua idade estimada é parecida com à da cratera de Chicxulub, o que traz a possibilidade de que elas estejam, de alguma forma, relacionadas — por exemplo, ambas poderiam ter se formado após o impacto de fragmentos de um mesmo asteroide.

Provavelmente, a cratera Nadir foi formada pela colisão de um asteroide que tinha pouco menos de 0,5 km de diâmetro, enquanto o que criou a cratera de Chicxulub tinha estimados 12 km de diâmetro.

O asteroide que caiu na região do golfo do México desencadeou poderosos tremores de terra, tsunamis e uma tempestade de fogo. Tanto material empoeirado chegou ao céu que a Terra entrou em um esfriamento profundo. Os dinossauros não sobreviveram ao choque climático.

Já o asteroide que pode ter gerado a cratera Nadir não era tão grande e nem causou estragos nessas dimensões, mas também teve seu impacto. Informações sobre a cratera encontrada na costa da Guiné foram publicadas por pesquisadores nesta quarta-feira (17/8) na revista científica Science Advances. Apesar de apresentaram evidências de que um asteroide foi responsável pela formação, uma segunda possibilidade é que a cratera seja resultado de atividades vulcânicas no passado.

"Nossas simulações sugerem que esta cratera foi causada pela colisão de um asteroide de 400m de largura", explica Veronica Bray, da Universidade do Arizona, EUA, uma das autoras da publicação.

"Isso teria gerado um tsunami com mais de um quilômetro de altura, bem como um terremoto de magnitude 6,5 ou mais."

"A energia liberada teria sido aproximadamente 1.000 vezes maior do que o observado na erupção e no tsunami de janeiro de 2022 em Tonga".

A cratera recém-revelada foi identificada por Uisdean Nicholson, da Universidade Heriot-Watt, no Reino Unido, enquanto ele analisava dados de pesquisas sísmicas. Esse tipo de análise, frequentemente realizada por empresas de mineração, óleo e gás, documenta as diferentes camadas de rochas e sedimentos subterrâneos a quilômetros de profundidade.

Ilustração da cratera de Chicxulub, logo após sua formação — Foto: GETTY IMAGES/BBC
Ilustração da cratera de Chicxulub, logo após sua formação — Foto: GETTY IMAGES/BBC

A equipe de cientistas é cautelosa ao vincular as crateras de Chicxulub e Nadir. Com base na análise de fósseis encontrados próximos à cratera Nadir, esta teria uma idade muito semelhante à de Chicxulub, mas para confirmar isso, é preciso retirar e analisar rochas da própria cratera. Esse tipo de estudo também confirmaria se de fato a cratera Nadir foi causada por um asteroide.

A ideia de que a Terra pode ter sido atingida por um conjunto de grandes rochas espaciais no passado não é nova. Alguns já especularam que o impacto que criou a cratera Boltysh, na Ucrânia, também pode estar relacionado de alguma forma ao evento que gerou o Chicxulub. Suas idades não são muito diferentes. O professor Sean Gulick, um dos líderes de um projeto recente de perfuração da cratera de Chicxulub, comenta esses parentescos.

"Um primo muito menor, ou uma irmã, não necessariamente acrescentam ao que sabemos sobre a extinção dos dinossauros, mas contribuem para nossa compreensão do evento astronômico que ocorreu no Chicxulub", diz Gulick, pesquisador da Universidade do Texas em Austin (EUA) à BBC News.

"Foi o desmembramento de um corpo celeste cujos vários fragmentos atingiram a Terra ao longo do tempo? O Chicxulub era um asteroide duplo em que um objeto menor orbitava um maior? Essas são questões interessantes a serem investigadas, porque saber que o Chicxulub pode ter sido acompanhado por uma segunda formação de cratera muda um pouco a história sobre como (a cratera de) Chicxulub surgiu."

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62589453

(VÍDEO: Imagens de drone mostram parque de dinossauros abandonado na Turquia.)

Imagens de drone mostram parque de dinossauros abandonado na TurquiaImagens de drone mostram parque de dinossauros abandonado na Turquia

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Tigre-da-tasmânia: por que cientistas querem 'ressuscitar' marsupial extinto

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A equipe por trás do projeto afirma que a tecnologia para 'desextinção' já existe, mas outros especialistas são céticos.
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TOPO
Por BBC

Postado em 18 de agosto de 2022 às 08h10m

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Um tigre-da-Tasmânia fotografado no zoológico de Hobart, na Austrália, em algum momento do passado — Foto: Getty Images via BBC
Um tigre-da-Tasmânia fotografado no zoológico de Hobart, na Austrália, em algum momento do passado — Foto: Getty Images via BBC

Pesquisadores da Austrália e dos EUA estão embarcando em um projeto multimilionário para trazer de volta o extinto tilacino (Thylacinus cynocephalus), também conhecido como tigre-da-tasmânia ou lobo-da-tasmânia.

O último exemplar conhecido da espécie deste marsupial carnívoro morreu na década de 1930.

A equipe por trás do projeto afirma que ele pode ser recriado usando células-tronco e tecnologia de edição de genes — e o primeiro tilacino poderia ser reintroduzido na natureza em 10 anos.

Outros especialistas são céticos, no entanto, e sugerem que a desextinção é apenas ficção científica.

O tilacino ganhou o apelido de tigre-da-Tasmânia pelas listras nas costas — mas, na verdade, era um marsupial, o tipo de mamífero australiano que cria seus filhotes em uma bolsa.

O grupo de cientistas australianos e americanos planeja pegar células-tronco de uma espécie marsupial viva com DNA semelhante e, em seguida, usar a tecnologia de edição de genes para "trazer de volta" a espécie extinta — ou algo bem próximo a ela.

Representaria uma conquista notável para os pesquisadores que estão tentando fazer isso, e exigiria uma série de avanços científicos.

"Agora acredito que em 10 anos poderemos ter nosso primeiro filhote de tilacino vivo desde que foram caçados até a extinção há cerca de um século", diz o professor Andrew Pask, que lidera a pesquisa na Universidade de Melbourne, na Austrália.

A população de tigres-da-Tasmânia diminuiu quando os humanos chegaram à Austrália há dezenas de milhares de anos, e novamente quando os dingos — uma espécie de cão selvagem — apareceram.

No final, o marsupial só vagava livremente na ilha da Tasmânia e acabou sendo caçado até a extinção.

O último tigre-da-Tasmânia em cativeiro morreu em 1936 no Zoológico de Hobart, na Austrália.

Se os cientistas conseguirem reviver o animal, será o primeiro evento de "desextinção" da história, mas muitos especialistas de fora do projeto duvidam da ciência por trás disso.

"A desextinção é uma ciência de conto de fadas", afirmou Jeremy Austin, professor associado do Australian Centre for Ancient DNA, ao jornal Sydney Morning Herald.

Segundo ele, o projeto é "mais sobre a atenção da mídia para os cientistas e menos sobre fazer ciência séria".

A ideia de trazer de volta o tigre-da-Tasmânia existe há mais de 20 anos.

Em 1999, o Museu Australiano começou a levar adiante um projeto para clonar o animal, e várias tentativas foram feitas com periodicidade desde então para extrair ou reconstruir DNA viável de amostras.

Este último projeto é uma parceria entre cientistas da Universidade de Melbourne e da empresa Colossal, com sede no Texas, nos EUA.

A empresa americana ganhou as manchetes no ano passado com seus planos de usar tecnologia semelhante de edição de genes para trazer o mamute-lanoso de volta à vida — um feito tecnológico ainda a ser realizado.

Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62574142Austrália

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