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domingo, 17 de maio de 2020

Cinco potenciais crises internacionais para além da pandemia de coronavírus

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Controle de armas nucleares, Brexit, disputas por territórios e mudanças climáticas — esses temas não esperam e, com a covid-19, podem inclusive se tornar ainda mais desafiadores.
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 Por Jonathan Marcus, BBC  

 Postado em 17 de maio de 2020 às 17h45m  


      Post.N.\9.282  
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Mulher no Irã; perspectiva é de piora na relação do país com os EUA, sobretudo pelo tema do armamento nuclear — Foto: Getty Images via BBC
Mulher no Irã; perspectiva é de piora na relação do país com os EUA, sobretudo pelo tema do armamento nuclear — Foto: Getty Images via BBC

No meio de uma pandemia que virou o mundo de cabeça para baixo, há muitas outras coisas relevantes acontecendo no planeta das quais é difícil dar conta.

Mesmo os conflitos internacionais — existentes ou potenciais — mais sérios podem ficar mais de lado neste momento. Em alguns casos, a crise global na saúde pode inclusive agravar a situação.

Por exemplo, alguns governos estão se aproveitando do foco no coronavírus para tocar ambições de longa data.
São situações que, como o vírus, também têm potencial para afetar o mundo todo.

Aqui, apresentamos cinco destas situações para as quais talvez seja prudente voltar a nossa atenção nos próximos meses:

1. Tratado da Guerra Fria prestes a expirar
O novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas — que limita os arsenais nucleares de longo alcance com os quais os Estados Unidos e a Rússia trocam ameaças — expira no início de fevereiro do próximo ano, e o prazo para renová-lo está se esgotando.
Dos grandes acordos de controle de armas herdados da Guerra Fria, este é o último sobrevivente.

Sem ele, há temores reais de que a ausência de restrições e a falta de transparência decorrentes levem a uma nova corrida armamentista nuclear.
O desenvolvimento de mísseis hipersônicos ultrarrápidos torna a corrida armamentista um risco maior.

A Rússia parece pronta para renovar o acordo, o que poderia ser um procedimento simples. Mas o governo do presidente americano Donald Trump parece determinado a abandoná-lo, a menos que seu escopo seja ampliado e inclua a China.

No entanto, Pequim não está interessada em aderir ao tratado. De qualquer forma, é tarde demais para escrever um novo documento.
Portanto, a menos que haja uma mudança de opinião tardia em Washington ou um novo governo após as eleições de novembro nos EUA, o Tratado de Redução de Armas Estratégicas pode se tornar história.
O presidente Hassan Rouhani inspeciona tecnologia nuclear; tudo indica que o Irã está avançando com seus projetos nessa área — Foto: AFP via BBC
O presidente Hassan Rouhani inspeciona tecnologia nuclear; tudo indica que o Irã está avançando com seus projetos nessa área — Foto: AFP via BBC

2. Controle de atividades nucleares do Irã
Considerando os últimos episódios, os próximos capítulos da disputa entre Estados Unidos e Irã referente a atividades nucleares devem ser preocupantes.

Atualmente, existe um amplo embargo das Nações Unidas que impede os países de vender vários tipos de armas para Teerã, mas ele expirará em 18 de outubro.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, já alertou que, se os EUA conseguirem cumprir o plano de renovar o embargo, "as consequências serão sérias".

Em outras frentes, Trump pressiona por mais sanções econômicas contra o Irã, em mais um sinal hostil contra Teerã desde que ele anunciou em 2018 a retirada de Washington do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), um acordo internacional de controle do programa nuclear iraniano.

O Irã, por sua vez, violou muitos dos termos do acordo, mas não necessariamente de forma irreversível.
Agora, o governo Trump parece indicar que o Irã deve se ater ao acordo que Washington abandonou ou enfrentar sanções.

E não se trata apenas de um conflito entre EUA e Irã, pois a pauta também tem gerado conflitos entre Washington e países europeus.
Tropas israelenses jogam gás lacrimogêneo sobre palestinos protestando contra assentamentos; conflito pode ser acirrado se Benjamin Netanyahu seguir com suas promessas de campanha — Foto: Reuters via BBC
Tropas israelenses jogam gás lacrimogêneo sobre palestinos protestando contra assentamentos; conflito pode ser acirrado se Benjamin Netanyahu seguir com suas promessas de campanha — Foto: Reuters via BBC

3. Planos de Israel sobre territórios na Cisjordânia
A longa disputa eleitoral em Israel chegou ao fim e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu permanecerá no cargo, pelo menos por um período, graças a um acordo com um dos principais partidos da oposição para formação de governo.

Apesar da dor de cabeça com acusações de corrupção, que tramitam na Justiça, Netanyahu conseguiu se manter no poder em parte por defender uma agenda nacionalista que inclui o plano de anexar áreas da Cisjordânia ocupadas por Israel.

Este avanço pode acabar de uma vez por todas com a possibilidade do que é conhecida como "solução de dois Estados", uma tentativa de conciliação entre Israel e Palestina.

Palestinos e governos europeus já pedem cautela com a situação e, como sempre, a posição do governo Trump será crucial. Ele dará sinal verde aos planos de Israel para estes territórios ou se posicionará aconselhando Netanyahu a não seguir com isto?

Parece que as ações do presidente americano endossando a anexação das Colinas de Golã por Israel e mudando a embaixada dos EUA para Jerusalém encorajaram Netanyahu. Por outro lado, são os EUA que estão conseguindo negociar um acordo de paz entre as partes.

A posição atual dos EUA é ambígua, com sugestões de que condicionarão seu apoio à anexação de áreas da Cisjordânia a Israel concordar em negociar o reconhecimento do Estado palestino.

Alguns analistas acreditam que, depois de usar a questão da anexação para mobilizar o apoio nacionalista na campanha eleitoral, Netanyahu pode encontrar uma maneira de recuar.

Uma coisa é certa: há mais um período complicado vindo à frente.

4. Brexit: o elefante ainda está na sala
Após anos de negociações para o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, não é que quase nos esquecemos dele?
Mas o tempo está passando: o período de transição até a saída termina em 31 de dezembro.

As discussões sobre os termos do relacionamento "pós-divórcio" entre as partes começaram apenas provisoriamente e não há sinais de que o primeiro-ministro Boris Johnson esteja disposto a considerar uma prorrogação ou adiamento do período de transição.
Período para transição do Brexit termina em 31 de dezembro — Foto: PA Media via BBC
Período para transição do Brexit termina em 31 de dezembro — Foto: PA Media via BBC

No entanto, a pandemia mudou todo o contexto ao redor do Brexit, em particular precipitando uma recessão econômica da qual o Reino Unido pode levar anos para se recuperar. Assim, parece haver pouco apetite em Londres para reviver o antigo debate.

E embora a resposta inicial da União Europeia à pandemia do coronavírus não tenha colocado o bloco sob uma luz particularmente favorável, ela, em certa medida, foi favorecida por respostas integradas. E o tratamento da crise no Reino Unido também não foi um grande exemplo.

A saída do Reino Unido da UE pressionará os dois lados. Talvez o contexto atual produza uma abordagem mais consensual para planejar seu futuro relacionamento.

5. Mudanças climáticas: o problema maior
A resposta global à pandemia é, de certo modo, um experimento teste da capacidade da comunidade internacional de enfrentar o maior e mais complexo para o planeta: as mudanças climáticas.

Em termos de cooperação, a resposta à covid-19 até agora mostrou um quadro muito variado. Impasses e problemas que sempre rondaram o tema ambiental provavelmente persistirão, e o cenário pós-pandemia possivelmente os complicará bastante.

E uma coisa é ter a perspectiva de uma agenda de discussões sobre as mudanças climáticas — a conferência sobre o tema na ONU, a ser realizada em Glasgow, Reino Unido, deve ficar para o ano que vem, após a data original de novembro deste ano ter sido adiada.

Mas perguntas antigas foram catalisadas pela pandemia: haverá um renovado senso de urgência e propósito da pauta ambiental, ou diante de outras prioridades o progresso nesta questão complexa pode ser adiado mais uma vez?

Video:
EUA deixam de condenar os assentamentos de Israel na Cisjordânia
EUA deixam de condenar os assentamentos de Israel na Cisjordânia


O futuro do Brexit
O futuro do Brexit

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Laboratório cede direitos para 127 países receberem antiviral em teste contra o novo coronavírus

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Empresa Gilead permite que outros cinco laboratórios fabriquem o Remdesivir, medicamento que obteve bons resultados em teste clínico. 
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 Por G1    
 15/05/2020 14h04  Atualizado há 2 dias  
 Postado em 17 de maio de 2020 às 12h20m  

      Post.N.\9.281  
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Medicamento Remdesivir produzido em laboratório nos EUA — Foto: Gilead Sciences via AP
Medicamento Remdesivir produzido em laboratório nos EUA — Foto: Gilead Sciences via AP

A empresa farmacêutica Gilead anunciou nesta semana que firmou acordo com cinco outras companhias para fabricar e distribuir o medicamento Remdesivir em 127 países. O antiviral é uma das substâncias testadas para o tratamento da Covid-19, e apresentou resultados clínicos positivos em ensaios recentes. O remédio não está à venda.

Esses 127 países são quase todos pobres, em desenvolvimento ou com problemas de acesso à saúde pública, diz um comunicado da empresa. Na América do Sul, somente Guiana e Suriname foram incluídas na lista — o Brasil ficou de fora.
Pelo acordo, os laboratórios receberão da Gilead a transferência de tecnologia dos processos de fabricação do Remdesivir para que o medicamento seja produzido em maior escala.
As empresas também poderão definir os preços, e a licença vale até a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o fim da emergência pública internacional de Covid-19 ou até que apareça outro medicamento mais eficaz ou uma vacina contra o novo coronavírus.

O que é o Remdesivir?

Especialista fala sobre remédio experimental contra coronavírus aprovado pelos EUA
Especialista fala sobre remédio experimental contra coronavírus aprovado pelos EUA


O Remdesivir é um remédio que age evitando a síntese do RNA (material genético) do vírus nas células, disse ao G1 em março o professor Marcelo Burattini, especialista em medicina tropical da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Saiba mais no VÍDEO acima.

A farmacêutica americana Gilead detém a patente de uso do Remdesivir. Seus testes clínicos começaram em 2015 para um série de vírus, entre eles a malária e a influenza.
Laboratório da empresa Gilead produz antiviral Remdesivir — Foto: Gilead Sciences via AP
Laboratório da empresa Gilead produz antiviral Remdesivir — Foto: Gilead Sciences via AP

Em estudo com 1.036 pacientes de Covid-19, parte recebeu o Remdesivir e, outra parte, um placebo. Aqueles que receberam a substância tiveram o tempo de recuperação reduzido em 31%. O medicamento, portanto, não é uma cura para doença.
Aqueles que tomaram o medicamento puderam deixar o hospital em 11 dias, enquanto, em média, o grupo que tomou um placebo em 15 dias.
Há duas semanas, a agência de Administração de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês) aprovou, em caráter emergencial, o uso do Remdesivir nos Estados Unidos.

CORONAVÍRUS


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América Latina e Caribe passam de meio milhão de casos de coronavírus confirmados

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Brasil é o país mais afetado, com quase metade das infecções na região.   
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 Por France Presse  

 Postado em 17 de maio de 2020 às 11h40m  

      Post.N.\9.280  
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Trabalhadores municipais higienizam casas de migrantes haitianos em bairro de baixa renda em Santiago, no Chile, no sábado (16)  — Foto: Martin Bernetti / AFP
1 de 1 Trabalhadores municipais higienizam casas de migrantes haitianos em bairro de baixa renda em Santiago, no Chile, no sábado (16) — Foto: Martin Bernetti / AFP

A América Latina e o Caribe passaram de 500 mil de casos confirmados de Covid-19 neste domingo (17). A doença provocada pelo novo coronavírus já matou 28.463 pessoas na região, segundo balanço da agência France Presse feito com dados oficiais.

No total, a região somou 501.563 casos até as 3h (horário de Brasília). O Brasil é o país mais afetado, com quase metade das infecções na região.

As autoridades brasileiras registraram quase 15 mil novos casos e 816 mortes no sábado (16), elevando o número total para 233.142 infectados e 15.633 óbitos.

O segundo país com mais casos é o Peru, que registrou 88.541 casos e 2.523 mortes. O México é o terceiro país da região com mais casos, 47.144, mas o segundo com mais mortes por COVID-19, 5.045.

O Chile registra 41.428 infectados e 421 mortos. No sábado, uma "megaquarentena" foi imposta, após o forte aumento de casos e mortes nas últimas 24 horas.
No Equador, são 32.723 casos de contágio e 2.688 óbitos.
Os outros países com maior número de casos são Colômbia, com 14.939 e 562 mortes, República Dominicana (11.739 e 424), Panamá (9.449 e 269) e Argentina (7.792 e 363).
O número de diagnosticados reflete, porém, apenas parte do número real de contaminações. Muitos países testam apenas casos graves.

Em todo mundo, mais de 4,6 milhões de pessoas foram infectadas com o novo coronavírus, que apareceu na China no final de 2019. Destas, mais de 309 mil morreram da doença, e mais de 1,6 milhão se recuperaram.

CORONAVÍRUS


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