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Documento que analisa níveis de desenvolvimento humano nos países da América Latina e do Caribe alerta para o peso da pandemia em retrocessos na região.===+===.=.=.= =---____--------- ---------____------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------______--------- ----------____---.=.=.=.= +====
Por G1
22/06/2021 13h23
Postado em 22 de junho de 2021 às 16h25m
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Morro da Previdência, primeira favela do Brasil, e o Cristo Redentor ao fundo — Foto: Marcos Serra Lima/G1
A desigualdade e o baixo crescimento econômico colocaram o Brasil e outros países da América Latina e do Caribe em uma "armadilha do desenvolvimento", segundo um relatório divulgado nesta terça-feira (22) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O documento, que analisa os níveis regionais de desenvolvimento humano, acende um alerta para o papel que a pandemia da Covid-19 pode tomar em retrocessos na região.
Segundo o programa da ONU, para sair desta "armadilha", é preciso investir em melhores políticas sociais, aumentar os esforços para reduzir a concentração de renda e de poder e combater a violência.
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O "Regional Human Development Report 2021" aponta que as crises – sanitária, econômica e social – da pandemia atingiram mais fortemente uma população que já era excluída.
"Embora a redução generalizada da desigualdade de renda no início de 2000 deva ser comemorada, essa tendência estagnou na década de 2010", descrevem os pesquisadores.
O estudo destaca esforços de sindicatos na Argentina e Uruguai, e o aumento do salário mínimo no Brasil como propulsores regionais, mas que "apesar do progresso" a região é a segunda mais desigual do mundo – atrás apenas do continente africano (veja a evolução no gráfico abaixo).
Além da renda familiar, o levantamento destaca outras formas de desigualdade ainda presentes na região – e que prejudicam o desenvolvimento da região.
A estrutura machista, que dificulta o acesso de mulheres ao mercado de trabalho – ou que exigem uma dupla jornada da trabalhadora, também em casa – é apontada como uma das principais dificuldades da região./i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/4/3/Z2jZV9QDqPNcm5Q5Xr4A/ap21026651110597.jpg)
Curandeiras usam máscaras em estande de venda de ervas medicinais em mercado de rua em La Paz, na Bolívia, em foto de 26 de janeiro — Foto: AP Photo/Juan Karita
A discriminação contra a população LGBT+ também faz com que muitos abandonem seus estudos precocemente isso quando não se tornam vítimas de violência. Minorias étnicas também são constantemente excluídas e têm acesso dificultado a serviços básicos como saúde e educação.
"Essas desigualdades completam o quadro da desigualdade na região", diz o relatório. "Elas contribuem para a desigualdade de renda, baixa produtividade e baixo crescimento econômico."
"Sociedades desiguais desperdiçam o talento de uma porção relevante da população. Se exclui uma parcela do capital humano para o mercado de trabalho, se condenam alguns grupos a uma menor acumulação de capital", escrevem os pesquisadores.
Concentração de renda
Entre os países latino-americanos, Chile, México e Brasil têm a maior concentração de renda: os 10% mais ricos de cada país são responsáveis por cerca de 57% da renda nacional.
A concentração de renda nesses países "é persistentemente alta" e tem aumentado ao longo dos anos, registra o documento da ONU.
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Por outro lado, países como Uruguai, Argentina e Equador mostraram os níveis mais baixos de concentração de renda na região entre os anos 2000 e 2019 (embora ainda se mantenham altos em termos absolutos).
Desempenho econômico
Ao avaliar o desempenho econômico dos países da América Latina e Carie, o relatório aponta para a alta volatilidade e uma "performance medíocre".
"A instabilidade se mantém mesmo com projeções que usam médias de sete anos para evitar flutuações", diz a pesquisa. "O crescimento médio dos países costuma oscilar entre 0% e 3% ao ano."
O Pnud também afirma que o "fator total de produtividade" (TFP, da sigla em inglês) em países da região é próximo do zero – e em alguns casos até negativo –, o que afeta o crescimento a longo prazo.

