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domingo, 30 de janeiro de 2022

Os diamantes que dão pistas aos cientistas sobre como é o interior da Terra

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Quando os geólogos olham para um diamante azul, enxergam muito mais do que sua beleza.
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TOPO
Por BBC

Postado em 30 de janeiro de 2022 às 13h50m

Post.- N.\ 10.191

O deslumbrante e quase perfeito Diamante Azul de Okavango foi exposto pela primeira vez no Museu Norte-Americano de História Natural de Nova York, nos Estados Unidos — Foto: Getty Images via BBC
O deslumbrante e quase perfeito Diamante Azul de Okavango foi exposto pela primeira vez no Museu Norte-Americano de História Natural de Nova York, nos Estados Unidos — Foto: Getty Images via BBC

Conhecidos pela raridade, brilho e beleza, os diamantes foram formados há milhões de anos.

Atualmente, eles podem ser uma promessa de amor eterno, uma demonstração de riqueza ou um objeto de desejo. Mas, no passado, eram atribuídas propriedades curativas aos diamantes. Acreditava-se que usá-los dava força e proteção contra todos os inimigos e todos os males — até contra pesadelos.

Na Índia, ele era relacionado às divindades védicas e, posteriormente, hindus. Na tradição budista maaiana, o Sutra do Diamante, datado de 868 d.C., afirma que ele é um material que serve para "atravessar a ilusão mundana para iluminar o que é real e eterno".

Mas talvez os mais poéticos tenham sido os gregos antigos. Para eles, os diamantes eram lágrimas derramadas pelos deuses ou fragmentos de estrelas cadentes.

O que é maravilhoso é que a verdade sobre os diamantes é quase tão extraordinária quanto todas essas crenças.

Diamantes são excepcionais

Os diamantes são compostos pelo mesmo elemento que é a base da própria vida: o carbono.

São o material mais duro que existe e podem suportar pressão suficiente para recriar as condições extremas dos locais onde nasceram. Mas, quando submetidos a uma combinação correta de calor e oxigênio, eles desaparecem, tornando-se apenas uma lufada de dióxido de carbono.

O diamante Hope ("Esperança"), também conhecido como "Le Bijou du Roi" ("A Joia do Rei") ou "Azul Tavernier", é um grande diamante azul escuro de 45,52 quilates — Foto: Getty Images via BBC
O diamante Hope ("Esperança"), também conhecido como "Le Bijou du Roi" ("A Joia do Rei") ou "Azul Tavernier", é um grande diamante azul escuro de 45,52 quilates — Foto: Getty Images via BBC

Os brilhantes se formam naturalmente em poucos lugares da Terra: nas profundezas das áreas cratônicas continentais ou em locais de impacto de meteoritos. E chegam à superfície de forma explosiva, no magma de algumas das erupções mais raras da história - dos poucos vulcões que têm raízes nos pontos mais profundos do planeta.

Nem todos os diamantes são transparentes, nem possuem coloração amarelada ou marrom, como normalmente os imaginamos. Existem também diamantes coloridos, que chamamos de "cor fantasia": os vermelhos, azuis e verdes são mais raros, enquanto os de coloração laranja, violeta, amarelos e verdes amarelados são os mais comuns.

Os diamantes coloridos são chamados de diamantes de "cor fantasia". Alguns, de tão raros, são muito valiosos — Foto: Getty Images via BBC
Os diamantes coloridos são chamados de diamantes de "cor fantasia". Alguns, de tão raros, são muito valiosos — Foto: Getty Images via BBC

Mas, após a sua formação, todos eles têm capacidade própria de abrigar e proteger qualquer mineral contido nas suas estruturas cristalinas. Essa característica fornece aos cientistas uma amostra especial da mineralogia e condições existentes a quilômetros de profundidade, abaixo da superfície do planeta.

Neste sentido, o diamante azul é excepcional.

Os diamantes são profundamente interessantes

Em sua maioria, os diamantes são formados em profundidades de cerca de 150 km abaixo dos continentes. Mas os diamantes azuis nascem em profundidade quatro vezes maior, no manto inferior da Terra.

O Diamante Azul de Okavango é um diamante de "cor fantasia azul escuro" que pesa 20,46 quilates — Foto: Getty Images via BBC
O Diamante Azul de Okavango é um diamante de "cor fantasia azul escuro" que pesa 20,46 quilates — Foto: Getty Images via BBC

Isso foi descoberto somente em 2018, pois essas pedras preciosas "são imensamente caras, o que dificulta o acesso a elas com fins de pesquisa científica", segundo explica o principal autor do estudo que revelou essa característica, o geólogo Evan Smith, do Instituto Gemológico Norte-Americano.

Os brilhantes tendem a ser muito puros e não ter "inclusões" - pequenos pedaços de um material que não é diamante e que estava em local próximo quando o diamante estava se formando. Mas são justamente essas imperfeições que fornecem mais informações aos cientistas.

Já foi possível analisar 46 diamantes azuis com inclusões e determinar sua origem entre 410 e 660 km de profundidade. Várias das amostras chegaram até a demonstrar claras evidências de que se originaram a mais de 660 km abaixo da superfície - ou seja, no manto inferior. Isso os transforma em verdadeiras cápsulas do tempo, que contêm informações quase impossíveis de se encontrar em outros locais.

"Não podemos chegar ao interior da Terra. Os diamantes se formam ali e normalmente encapsulam o que quer que esteja lá embaixo", afirmou à BBC George Harlow, geólogo e curador das Salas de Gemas e Minerais do Museu Norte-Americano de História Natural de Nova York.

"Eles são como nossas sondas espaciais. Às vezes, alguns chegam à superfície da Terra para podermos estudá-los." 
Um enigma envolto em um mistério

Durante a maior parte da história, os diamantes azuis foram um mistério. Não se sabia o porquê da sua bela coloração.

Até que finalmente se descobriu que a cor se devia a traços de boro, um elemento químico metaloide que pode entrar na estrutura da rede cristalina de um diamante durante seu crescimento.

Mas, ao ser solucionado esse mistério, surgiu outro enigma. Se os diamantes azuis se formam no manto da Terra e o boro se concentra na crosta, onde esses diamantes conseguiram o boro? A resposta para essa charada geoquímica nos daria pistas sobre as profundezas do nosso planeta.

A hipótese apresentada pelo grupo de pesquisa liderado por Smith é que o boro veio do leito marinho e foi transportado para o manto da Terra quando uma placa tectônica deslizou para baixo de outra, em um processo conhecido como subducção. Ao ser incorporado a minerais ricos em água, ele pode penetrar profundamente no fundo do mar, até chegar à parte do manto da placa oceânica.

Descobrir traços de boro em diamantes que nascem a essa distância da superfície da Terra indica que os minerais que contêm água viajam muito mais profundamente no manto do que se imaginava, o que sugere a possibilidade de existir um ciclo hidrológico nas grandes profundezas.

Como disse Harlow, os diamantes azuis "não são apenas belos e raros, mas extremamente interessantes. Eles nos ensinam muito sobre o nosso planeta."

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Cientistas australianos encontram objeto na Via Láctea 'diferente de tudo que já foi visto'

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Objeto está a cerca de quatro mil anos-luz da terra e libera uma enorme quantidade de radiação eletromagnética três vezes por hora.
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Por g1

Postado em 30 de janeiro de 2022 às 09h00m

Post.- N.\ 10.190

Esta imagem mostra a Via Láctea vista da Terra. O ícone de estrela marca a localização do objeto desconhecido. — Foto: Dra. Natasha Hurley-Walker (ICRAR/Curtin)
Esta imagem mostra a Via Láctea vista da Terra. O ícone de estrela marca a localização do objeto desconhecido. — Foto: Dra. Natasha Hurley-Walker (ICRAR/Curtin)

Pesquisadores australianos descobriram um estranho objeto giratório na Via Láctea que eles dizem ser diferente de tudo que os astrônomos viram até hoje. O objeto libera uma enorme quantidade de radiação eletromagnética três vezes por hora. Um estudo sobre o assunto foi publicado quarta-feira (26) na revista Nature.

O objeto foi descoberto pelo estudante Tyrone O'Doherty, da Curtin University Honors, em uma região no interior da Austrália Ocidental. Ele usou um telescópio e uma nova técnica que ele desenvolveu.

A astrofísica Natasha Hurley-Walker, que liderou a equipe, explicou que o objeto aparecia e desaparecia ao longo de algumas horas durante as observações.

Foi completamente inesperado. Foi meio assustador para um astrônomo porque não há nada conhecido no céu que faça isso", disse em um comunicado.

O objeto foi observado liberando uma enorme explosão de energia por um minuto inteiro a cada 18 minutos. Objetos que pulsam energia no universo são frequentemente descobertos. Mas os cientistas dizem que algo que "fica ligado" por um minuto é muito incomum.

Ao revisar anos de dados, os pesquisadores conseguiram estabelecer que o objeto está a cerca de quatro mil anos-luz da terra, é incrivelmente brilhante e tem um campo magnético extremamente forte.

Para os cientistas, o objeto pode ser uma estrela de nêutrons ou uma anã branca – núcleos de estrelas em colapso – com um campo magnético ultrapoderoso. A equipe de pesquisa agora está trabalhando para entender o que representa a descoberta.

Mais detecções dirão aos astrônomos se este foi um evento único e raro ou uma vasta nova população que nunca havíamos notado antes, disse Hurley-Walker.

Agência espacial americana anuncia a descoberta de sete planetas fora da via láctea (Arquivo)Agência espacial americana anuncia a descoberta de sete planetas fora da via láctea (Arquivo)
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