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terça-feira, 5 de julho de 2022

Como será o wifi do futuro?

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Sistema de conexão sem fio surgiu no mercado em 1997 e permite a comunicação entre dispositivos eletrônicos em uma determinada área para acessar a internet.
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TOPO
Por Analía Llorente, BBC

Postado em 05 de julho de 2022 às 14hh55m

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Wifi surgiu no mercado há 25 anos — Foto: Getty Images via BBC
Wifi surgiu no mercado há 25 anos — Foto: Getty Images via BBC

"Com licença, você pode me dar a senha do wifi?" Se você nunca fez ou se nunca lhe fizeram essa pergunta, é porque você vive literalmente desconectado.

O Wi-Fi, WiFi ou simplesmente wifi surgiu no mercado em 1997. É um sistema de conexão sem fio, dentro de uma determinada área, entre dispositivos eletrônicos, para acessar a internet.

O wifi é baseado no IEEE 802.11, um grupo de protocolos sem fio criado pelo Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos, uma associação mundial dedicada à padronização e desenvolvimento em áreas técnicas.

Ao longo de 25 anos, o wifi teve um impacto profundo na forma como as sociedades se conectam.

"O maior impacto do wifi foi o acesso equitativo à internet. Imagine se o mundo tivesse se desenvolvido apenas com telefones celulares ou satélite. Só os ricos poderiam pagar", explica Sujit Dey, diretor do Centro de Comunicações Sem Fio da Universidade de San Diego (USD), nos Estados Unidos.

O wifi é acessível porque é baseado em um espectro sem licença.

Wifi teve impacto profundo na forma como pessoas se conectam — Foto: Getty Images via BBC
Wifi teve impacto profundo na forma como pessoas se conectam — Foto: Getty Images via BBC

"Isso significa que ninguém o controla, mas também significa que a qualidade do serviço às vezes é ruim. Mas, por ser um espectro sem limites, desde que você tenha as redes a cabo, a parte wifi é gratuita. Isso democratiza o acesso. Sem wifi, milhões e milhões de pessoas não teriam nenhum tipo de acesso à internet", diz Dey.

Mas o wifi também gera um efeito econômico. "São vários bilhões de dólares por ano. É um impacto fenomenal. É enorme o impacto da conectividade na vida das pessoas", diz Dorothy Stanley, da Associação de Padrões do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE SA).

Segundo estimativas da organização sem fins lucrativos Wi-Fi Alliance, que é dona da marca wifi, ao longo de 2022, quase 18 bilhões de dispositivos habilitados estarão em uso.

O valor econômico global do wifi é estimado em US$ 3,3 trilhões (R$ 17,6 trilhões) em 2021. Em 2025, espera-se que esse valor atinja US$ 4,9 trilhões (R$ 26,1 trilhões), segundo um estudo.

O wifi também elevou as exigências por conexões mais eficientes, confiáveis e seguras, em cenários híbridos ou de trabalho remoto, de sistemas complexos de conectividade em casa e nas empresas, e da internet das coisas.

Em um mundo cada vez mais conectado, nos perguntamos: qual será o futuro da conectividade? O que virá depois do wifi?

Conectividade ganhou impulso com a pandemia — Foto: Getty Images via BBC
Conectividade ganhou impulso com a pandemia — Foto: Getty Images via BBC

Evolução

É importante lembrar que, embora o wifi tenha se tornado onipresente no mundo desenvolvido nas últimas duas décadas, ainda existem muitos lugares do planeta sem essa tecnologia e sem acesso à internet.

Por exemplo, estima-se que 244 milhões de pessoas na América Latina (ou um terço da população) não tenham acesso à internet, de acordo com um estudo de 2021 do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Microsoft.

Mas, depois da pandemia de covid-19, a conectividade ganhou impulso, Muitas novidades tecnológicas por parte de governos e organizações ajudaram a levar conectividade a áreas remotas.

"O wifi não é a solução para tudo, mas é uma parte importante da solução geral", diz Stanley.

Pesquisa TIC Domicílios 2021 mostra dados de uso de internet no Brasil — Foto: Arte/g1
Pesquisa TIC Domicílios 2021 mostra dados de uso de internet no Brasil — Foto: Arte/g1

A especialista lista exemplos em áreas remotas da Índia e do Canadá onde foram implementados sistemas mistos de conectividade com satélites, fibra ótica e sem fio. A Cidade do México recebeu em 2021 o Recorde Mundial do Guinness como cidade mais conectada do mundo, com 21,5 mil pontos gratuitos de internet.

Desde o lançamento do wifi, os padrões evoluíram continuamente, melhorando a velocidade, acrescentando novos recursos ou tecnologias e um novo nome de identificação.

O 802.11ax, ou Wi-Fi 6, é a atualização mais recente, lançada em 2021. Esse padrão oferece velocidade ultrarrápida de 9,6 gigabit por segundo (Gbps) e suporta bandas de frequência de 2,4 gigahertz (GHz), 5 GHz e 6 GHz e canais amplos (80, 160 MHz), entre outros recursos.

Mas ele ainda não está amplamente disponível no mercado.

Os engenheiros já estão trabalhando no próximo passo, o 802.11be ou Wi-Fi 7, com recursos aprimorados que prometem ser "um marco importante", de acordo com um relatório do grupo de trabalho de junho de 2022.

Demanda por wifi deve crescer — Foto: Getty Images via BBC
Demanda por wifi deve crescer — Foto: Getty Images via BBC

Tudo parece indicar que não há limites para o wifi.

"Ainda não encontramos [limite], e a projeção é que haverá um crescimento de dez vezes na demanda por fontes wifi nos próximos dez anos", diz Stanley.

"Nosso objetivo é focar em maior alcance, desempenho e continuar a compatibilidade com versões anteriores, porque queremos que as pessoas usem seus dispositivos que já compraram."

Os avanços no wifi não apenas melhoram a velocidade, como também permitem que muitos dispositivos se conectem ao mesmo tempo e mantenham essa velocidade.

"Mais pessoas querem usar vários tipos de dispositivos. Não é apenas o telefone, é o relógio, óculos, etc. Haverá cada vez mais dispositivos conectados. Por isso, o wifi continua se atualizando", diz Dey.

Alternativas ao wifi

Embora o wifi ainda tenha muito espaço para crescer e seja a tecnologia mais estável para conectividade, existem algumas alternativas que podem complementá-lo ou talvez até substituí-lo no futuro.

"O 5G está chegando à maioria dos países da Europa, Estados Unidos e América Latina. O problema é que a maioria das implantações de 5G foi baseada em 4G. Portanto, levará alguns anos para haver uma verdadeira implementação de 5G", diz Sujit Dey.

Até o final de 2026, o 5G deverá responder por cerca de 43% dos pacotes de assinatura na América Latina, de acordo com um estudo da Ericsson. Mas os custos costumam ser mais altos.

"Muitas pessoas em diferentes demografias não conseguem pagar um plano 5G, então o wifi ainda é a alternativa mais barata. Mas, é claro, você não pode tirar o wifi de casa, então, os planos 5G precisarão ser acessíveis", diz Dey.

Existe também a possibilidade de transmissão de dados através da luz.

O Li-Fi, em que a transferência de dados é feita pela luz, é muito mais rápido do que o wifi — Foto: Getty Images via BBC
O Li-Fi, em que a transferência de dados é feita pela luz, é muito mais rápido do que o wifi — Foto: Getty Images via BBC

O professor de Comunicações Móveis Harald Haas, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, cunhou o termo Li-Fi em 2011, uma tecnologia que usa luzes LED para transmitir dados.

O Li-Fi pode fornecer acesso à Internet cem vezes mais rápido que o wifi tradicional, com velocidades de até 1 gigabit por segundo (Gbps).

A desvantagem dos roteadores wifi tradicionais é que vários dispositivos no mesmo espaço podem interferir uns nos outros. Já o Li-Fi pode usar várias luzes em uma residência sem interferência, diz seu criador.

Para Dey, esse tipo de tecnologia é muito eficaz para ambientes internos, mas exige um custo adicional de infraestrutura. Por isso, não é uma alternativa barata.

"Imagine um escritório onde você tem que colocar os refletores certos. Existem algumas vantagens em termos de velocidade e nível de conectividade, mas há as desvantagens de exigir nova infraestrutura em termos gerais", diz.

Um terminal de internet SpaceX Starlink na Ucrânia em maio — Foto: Getty Images via BBC
Um terminal de internet SpaceX Starlink na Ucrânia em maio — Foto: Getty Images via BBC

Existe também a conectividade com satélites. Empresas como a Starlink, do bilionário Elon Musk, oferecem serviço de internet de banda larga via satélite de alta velocidade em locais remotos e rurais por um plano mensal de US$ 110 (R$ 585) com um custo único de equipamentos de US$ 599 (R$ 3,2 mil).

"O Starlink é uma adição inovadora ao nosso portfólio de conectividade. Acho que ela tem o potencial de aumentar a implantação de satélites existentes e tornar essa tecnologia talvez mais acessível e difundida", diz Stanley.

No entanto, a comunicação via satélite tem uma latência alta, isso significa que o atraso é maior que o do wifi ou do celular.

"Para mitigar esse problema, algumas empresas têm satélites de órbita mais baixa e têm menos problemas de atraso. Agora, eles estão tentando integrar satélite e wifi", diz Dey.

"Se essa integração for bem-sucedida nos próximos anos, não serão apenas poucas pessoas que poderão fazer as coisas remotamente. Muito mais pessoas conseguirão também, porque haverá conectividade wifi", diz.

Um balão do Google pode ajudar a levar a internet a lugares remotos — Foto: Getty Images via BBC
Um balão do Google pode ajudar a levar a internet a lugares remotos — Foto: Getty Images via BBC

Dey também destaca o projeto do Google com balões e os de outras empresas com drones.

"Acho que a melhor conexão será por via aérea, porque o custo da infraestrutura é muito menor", afirma.

"Você pode acessar áreas onde não existe fibra ótica, especialmente em países subdesenvolvidos que desejam se tornar mais desenvolvidos."

É claro que existem várias tecnologias que estão sendo testadas e serão usadas no futuro para se conectar.

"Não existe uma tecnologia que abranja tudo. Há tanta demanda por conectividade que precisamos pegar todas as peças, juntar os produtos e trazê-los ao mercado para atender às necessidades das pessoas em todos os lugares", diz Stanley. "Nossa visão para o futuro é que todos estejam conectados."

Para Dey, o cenário da conectividade mudará completamente nos próximos dez a 20 anos, e é por isso que "a conectividade deve ser um direito inato nesta incursão na era moderna. "Não podemos fazer nada de forma construtiva sem conectividade", conclui.

- Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62008999


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Estudo com astronautas revela efeitos das viagens espaciais no corpo humano

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Um ano depois de retornarem à Terra, os astronautas exibiram, em média, 2,1% de redução da densidade mineral óssea na tíbia – um dos ossos da perna – e 1,3% de redução da força óssea.
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TOPO
Por Will Dunham, Reuters

Postado em 05 de julho de 2022 às 10h25m

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O astronauta japonês Akihiko Hoshide é recebido a bordo da nave Crew 1, da SpaceX, ao chegar à Estação Espacial Internacional (ISS) em abril de 2021. — Foto: Nasa TV via Reuters
O astronauta japonês Akihiko Hoshide é recebido a bordo da nave Crew 1, da SpaceX, ao chegar à Estação Espacial Internacional (ISS) em abril de 2021. — Foto: Nasa TV via Reuters

Um estudo sobre a perda óssea em 17 astronautas que voaram a bordo da Estação Espacial Internacional está aumentando a compreensão sobre os efeitos das viagens espaciais no corpo humano e medidas que podem mitigá-las.

A pesquisa acumulou novos dados sobre a perda óssea em astronautas causada pelas condições de microgravidade do espaço e o grau em que a densidade mineral óssea pode ser recuperada na Terra.

O estudo envolveu 14 astronautas do sexo masculino e três do sexo feminino, com idade média de 47 anos, cujas missões variaram de quatro a sete meses no espaço, com uma média de cerca de 5 meses e meio.

Um ano depois de retornarem à Terra, os astronautas exibiram, em média, 2,1% de redução da densidade mineral óssea na tíbia – um dos ossos da perna – e 1,3% de redução da força óssea. Nove não recuperaram a densidade mineral óssea após o voo espacial, apresentando perda permanente.

"Sabemos que os astronautas sofrem perda óssea em voos espaciais de longa duração. A novidade deste estudo é que acompanhamos os astronautas por um ano após sua viagem espacial para entender se e como o osso se recupera", disse Leigh Gabel, professor da Universidade de Calgary, principal autor da pesquisa, que foi publicada nesta semana na revista Scientific Reports.

Os astronautas experimentaram uma perda óssea significativa durante os voos espaciais de seis meses – perda que esperaríamos ver em adultos mais velhos ao longo de duas décadas na Terra, e eles só recuperaram cerca de metade dessa perda após um ano de volta à Terra, disse Gabel.

A perda óssea ocorre porque os ossos que normalmente suportariam peso na Terra não carregam peso no espaço. As agências espaciais precisarão melhorar as medidas de compensação – regimes de exercícios e nutrição – para ajudar a prevenir a perda óssea, disse Gabel.

"Durante o voo espacial, as estruturas ósseas se afinam... Uma vez que o astronauta volta à Terra, as conexões ósseas restantes podem engrossar e fortalecer, mas as que se desconectaram no espaço não podem ser reconstruídas, então a estrutura óssea geral do astronauta muda permanentemente", disse Gabel.

Os astronautas do estudo voaram na estação espacial nos últimos sete anos. O estudo não divulga suas nacionalidades, mas eles eram da agência espacial dos EUA, a Nasa, da Agência Espacial Canadense, da Agência Espacial Europeia e da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão.

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