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sábado, 5 de dezembro de 2020

'Bola de fogo': cápsula com amostra de asteroide lançada na Terra é localizada na Austrália

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Seis anos após ser enviada ao espaço, sonda japonesa Hayabusa-2 faz sua primeira 'entrega'. 
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TOPO
Por Paul Rincon, BBC  
05/12/2020 21h57 Atualizado há 1 horas
Postado em 05 de dezembro de 2020 às 23h00m


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Sonda japonesa retorna à Terra após seis anos no espaço
Sonda japonesa retorna à Terra após seis anos no espaço

O céu da região centro sul da Austrália foi riscado por uma bola de fogo na madrugada de sábado (5) para domingo (horário local).

Uma cápsula lançada pela sonda japonesa Hayabusa-2 contendo material retirado de um asteroide entrou na atmosfera terrestre a uma velocidade de 11km/s, submetendo o escudo térmico que a protegia a uma temperatura em torno de 3000ºC.

Depois de abrir um paraquedas para desacelerar sua trajetória, o artefato de 16 quilos pousou no local previsto — o complexo de Woomera Range, um centro de lançamento de foguetes controlado pela Força Aérea australiana no meio do deserto.

Seis anos após ser enviada ao espaço, sonda japonesa Hayabusa-2 fez sua primeira 'entrega' — Foto: DLR via BBC
Seis anos após ser enviada ao espaço, sonda japonesa Hayabusa-2 fez sua primeira 'entrega' — Foto: DLR via BBC

Pouco depois do pouso, uma equipe em solo embarcou em um helicóptero equipado com um sensor que captava o sinal emitido pela cápsula para fazer a coleta.

Todo o processo foi compartilhado quase em tempo real pela conta da missão Hayabusa-2 no Twitter.

O material passará por uma rápida inspeção local e depois será levado ao Japão, a uma instalação da agência espacial japonesa (Jaxa) na cidade de Sagamihara, para que seja analisado.

A sonda, por sua vez, segue viagem para o próximo destino: o asteroide 1998KY26.

É a primeira vez que uma quantidade significativa de material coletado de um asteroide chega à Terra.

A missão Hayabusa-2 foi lançada ao espaço seis anos atrás. A sonda pousou no asteroide Ryugu em junho de 2018 e investigou o objeto por quase um ano antes de voltar para fazer a "entrega".

Alan Fitzsimmons, da Queen's University Belfast, na Irlanda do Norte, afirma que a amostra vai "revelar muito não apenas sobre a história do Sistema Solar", mas também sobre esses corpos rochosos.

Asteroides são uma espécie de "sobra" de material usado na formação do Sistema Solar. São constituídos de elementos também encontrados em planetas como a Terra, sem, no entanto, terem sido incorporados a eles.

"Ter acesso a amostras de um asteroide como o Ryugu é algo que empolga os profissionais da nossa área. Acreditamos que o Ryugu é formado por rochas muito antigas que vão nos contar um pouco sobre como o Sistema Solar se formou", diz Sara Russell, líder do grupo que pesquisa materiais planetários no Museu de História Natural de Londres.

As análises podem ajudar a esclarecer, por exemplo, como a água e outros ingredientes fundamentais à existência da vida chegaram à Terra.

Por muito tempo, a comunidade científica acreditou que a água havia sido trazida ao planeta por cometas no início do Sistema Solar. Observou-se posteriormente, entretanto, que o perfil químico da água encontrada nesses corpos era frequentemente diferente daquele encontrado na água dos oceanos do planeta, diz Alan Fitzsimmons.

A composição da água em alguns asteroides fora do Sistema Solar, entetanto, mostrou-se muito mais próxima. E Ryugu provavelmente se originou nessa área fria antes de migrar para sua órbita atual, mais próxima da Terra.

"Talvez tenhamos olhado todo esse tempo para os cometas, quando deveríamos ter procurado um pouco mais perto, nesses asteroides primitivos", acrescenta Fitzsimmons.

"Certamente isso é algo que analisaremos cuidadosamente nas amostras do Ryugu."

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Desemprego alto, juros baixos, inflação contida: veja estimativas para os indicadores econômicos em 2021

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Apesar da provável retomada da economia, inflação, desemprego e juros dependem do controle da pandemia e da situação fiscal do país, e não devem sofrer grandes mudanças no início de 2021.  
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Por Patrícia Basilio, G1  
05/12/2020 06h00 Atualizado há 4 horas
Postado em 05 de dezembro de 2020 às 10h10m


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Auxílio Emergencial foi principal motor do crescimento do país em 2020 — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
Auxílio Emergencial foi principal motor do crescimento do país em 2020 — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

As projeções para 2021 indicam uma recuperação da crise econômica. O ano deve começar sem grandes solavancos, mas também com poucas notícias boas.

A estimativa de economistas ouvidos pelo G1 é que, ao menos nos primeiros meses de 2021, os principais indicadores sigam trajetória semelhante à atual: PIB em recuperação, desemprego alto, juros baixos, inflação contida (ainda que em patamar um pouco mais elevado).

Com a expectativa de término dos estímulos financeiros, no entanto, o Brasil vai ter de lidar com grandes desafios em 2021: equilibrar as contas públicas e mitigar os efeitos da crise sanitária, afinal o Auxílio Emergencial concedido a 67 milhões de brasileiros se tornou o principal motor do crescimento do país em 2020.

Entre as urgências, segundo os economistas, estão reduzir a taxa de desemprego — de 14,6% no trimestre encerrado em setembro — e manter a inflação dentro da meta para 2021, de 3,75%, podendo variar de 2,25% a 5,25%.

Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a expectativa é que o PIB do Brasil tenha uma alta de 3,45% em 2021, após acumular uma queda de aproximadamente 4,5% em 2020. No 3º trimestre deste ano, o PIB brasileiro registrou uma alta de 7,7%.

Confira as projeções para os indicadores:

Desemprego

A taxa de desemprego é a relação entre as pessoas que estão procurando emprego e a população economicamente ativa. Com o fim do Auxílio Emergencial, os brasileiros devem voltar a procurar trabalho e a taxa de desemprego deve aumentar, explicou Maílson da Nóbrega, sócio da Tendências Consultoria e ex-ministro da Fazenda do governo José Sarney.

"A taxa [de desemprego] deve ficar em 16%, mas pode chegar a 20% se a crise fiscal do país se agravar, o que seria uma catástrofe para o país e para o governo Bolsonaro", disse o economista.

Sílvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Varga (FGV Ibre), acrescenta também que grande parte dos brasileiros deixou de procurar emprego por conta do chamado desalento (desistência por falta de vagas) e por causa da pandemia — fatores que podem mudar em 2021.

"Se todo mundo estivesse procurando emprego desde fevereiro, a taxa de desemprego seria de 24%", calculou ela. 
Inflação

De acordo com o ex-ministro, as previsões para a inflação deste ano ainda estão sendo revistas, mas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020 deve ficar entre 3,6% e 4%. "Tudo indica que a inflação vai continuar alta no início do ano também. E está concentrada nos alimentos, pelo IPCA, e no atacado, pelo IGPM", explicou.

A escalada nos preços dos alimentos, como arroz, soja e milho, está relacionada ao aumento de demanda causada pelo Auxílio Emergencial, disse Nóbrega.

"Os pobres passaram a comer mais. Não estou preocupado com a inflação de 2021. A não ser que tenhamos um problema fiscal, conseguiremos colocar a inflação dentro da meta de 3,75%", avaliou
Juros

Sílvia, da FGV, acredita que o BC vá manter a taxa de juros em 2% ao ano até o primeiro semestre de 2021, contanto que a inflação de preços básicos deixe de ser repassada à cadeia de produção. Ou seja, contato que a inflação básica não contamine as cadeias produtivas.

"A Selic deve começar a subir a partir do quarto trimestre e pode terminar 2021 por volta de 3% ao ano", acrescentou o Nóbrega, em linha com a última projeção do Boletim Focus.

Câmbio

O risco fiscal, a crise econômica e uma possível nova onda da Covid-19 podem dificultar a valorização do real nos primeiros meses de 2021, analisa Sílvia. Para ela, o dólar deve ficar por volta de R$ 5,40 no ano que vem — mesmo patamar atual.

"Conseguimos terminar o ano com uma crise menor do que a prevista, mas vamos pagar um preço alto com problema fiscal e inflação. Se avançarmos em reformas, o câmbio pode melhorar, mas acredito que esse é um cenário otimista", disse a coordenadora do Boletim Macro.

O ex-ministro, por outro lado, projeta o dólar cotado a R$ 5,25 em 2021, baseado na confiança do mercado nas vacinas contra a Covid-19 e na experiência dos países em lidar com a pandemia.

"No Brasil, o agravamento da pandemia pode forçar medidas mais duras, o que poderia prejudicar o potencial de crescimento do país. No entanto, a forma de lidar com a Covid hoje é mais eficaz do que era em março. Pode ser que o impacto [econômico] não seja tão grande", justificou.

Especialistas apontam os principais problemas para a recuperação econômica
Especialistas apontam os principais problemas para a recuperação econômica

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