## Praias desertas, outras badaladas. Cantos românticos e tradição açoriana. Em  uma semana pela costa de Santa Catarina, descobrimos atrações para os mais  variados perfis ##
De dunas a lagoas, de rios ao mar transparente. Santa Catarina tem bossa para  agradar aos mais distintos perfis. A bordo de seu relevo afortunado propõe  aventuras, caminhos, temas. Que conferimos de perto ao longo de sete dias, em um  percurso de quase 200 quilômetros pelo litoral do Estado, entre Balneário  Camboriú e Praia do Rosa, em Imbituba. 
Bem devagar, para observar todo espetáculo geográfico - áreas preservadas,  praias convidativas, verde exuberante. Sem deixar de lado, é claro, a rica  cultura local. No decorrer de 4 mil anos, povos indígenas, açorianos, alemães,  italianos e tantos outros adotaram a costa catarinense como lar. E teceram uma  história que se reflete hoje em sítios arqueológicos, sotaques, boa gastronomia  e tradições populares.
Você pode optar por descer a costa catarinense de carro, fazendo paradas ao  longo do percurso. Ou desbravar tudo a partir de Florianópolis, que parece  desafiar o conceito de capital. A ideia de densas aglomerações urbanas cai por  terra, ou melhor, pelas bordas das dunas. A cidade é tingida com o verde da mata  atlântica, que se espalha pelos morros bem desenhados e reflete na água do mar.  
* VIAGEM A CONVITE DA SECRETARIA DE ESTADO TURISMO, CULTURA E ESPORTE DE  SANTA CATARINA
1. A melhor infraestrutura
Qual o segredo do balneário que só nesta temporada  recebeu mais de 2 milhões de visitantes? A resposta é um conjunto de atrativos  que agrada tanto a jovens que buscam agito quanto aos turistas que querem  descanso. Balneário Camboriú tem praias badaladas, outras desertas, gente bonita  desfilando pela orla, uma vasta lista de casas noturnas, pousadinhas tranquilas  e muita, muita natureza. 
2. Refúgio de águas calmas
 
 
 
O mar verde justifica o nome da próxima parada:  Costa Esmeralda. Ao todo, 30 praias se espalham por 20 quilômetros entre os  municípios de Porto Belo, Bombinhas e Itapema. Comece o reconhecimento pegando a  íngreme estrada de acesso à praia da Tainha e vá até o Mirante Eco 360º (R$ 2).  Sensacional, a vista faz jus ao nome: de um lado, avistam-se as praias de  Mariscal, a mais extensa, Canto Grande até Quatro Ilhas; de outro, está a baía  de Zimbros. A imagem é a de uma enorme lagoa plácida e sem ondas - a pintura se  completa com casinhas coloridas, numa vista de tirar o fôlego. 
 
3. Lendas e muito verde
 
Reserve um dia para relaxar na Ilha de Porto Belo  (ilhadeportobelo.com.br), um dos pontos mais cobiçados da Costa Esmeralda. A  partir das 8 horas, saem barcos do trapiche dos Pescadores, em Porto Belo, rumo  ao local. Depois de sete minutos de travessia, aporta-se na ilha que há 15 anos  virou um empreendimento de lazer. Na prática, isso significa diversão para todo  gosto: há tirolesa, seis trilhas aquáticas para fazer flutuação ao redor da  ilha, aluguel de caiaques e esqui aquático. Duas praias pequenas compõem o  cenário. Com sorte, você até poderá avistar lontras passeando pelas imediações.  
 
4. Chegada à capital
 
Para desbravar a capital, Florianópolis - ou simplesmente Floripa -, não  basta apenas um dia. O melhor é organizar seu itinerário para não perder o que  há de melhor por lá. Uma sugestão é começar pelo norte da ilha, onde se  concentram as aglomerações imobiliárias, mas sem perder o sabor pitoresco das  paisagens. 
 
Como as pequenas dunas que separam a Praia dos  Ingleses da do Santinho. Nessa última, a natureza faz convites variados: ao  longo das areias claras e duras, costões bem recortados, morros cobertos de mata  atlântica. 
 
5. Delícias ao sul
Mais preservado e rústico, o sul da ilha merece ser  desbravado com calma. No caminho, você vai observar como a paisagem se  transforma: de um lado, o mar; de outro, pastos, vilas de pescadores e uma  natureza verdadeiramente exuberante. Com três quilômetros e meio, a praia do  Campeche é uma das mais extensas. Era lá que costumava pousar o avião do  escritor e aviador Antoine de Saint-Exupéry, conhecido na região como Zé Perri.  Funcionário do correio aéreo, ele fazia escala na capital catarinense durante  suas idas à Argentina por volta dos anos 1930. Sua obra mais famosa, O Pequeno  Príncipe, parece flanar por toda parte: dá nome à avenida principal e a uma  pousada. 
 
6. Cartões-postais
 
 
 
Deixe um dia livre para percorrer os  cartões-postais clássicos de Florianópolis. Você pode começar se perdendo pela  paisagem de dunas da Joaquina. Tire fotos, observe o mar revolto e, se tiver  disposição, encare uma descida na prancha de sandboard, que você aluga ali mesmo  (R$ 20, uma hora). 
 
 
7. Clima de exclusividade 
 
Depois de explorar todos os ângulos de Floripa, que  tal aproveitar os encantos de uma ilha particular, mas aberta ao público? Siga  para Palhoça, ao sul da cidade, para chegar à Ponta do Papagaio. De carro, a  partir da capital, o percurso não leva mais de meia hora. Uma vez na Praia do  Sonho, basta pegar o barco e fazer a travessia de sete minutos até a ilha, onde  fica o refúgio ecológico.