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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Conflito entre Israel e Palestina: Como funciona o Domo de Ferro, poderoso escudo antimíssil israelense

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Especialistas questionam a utilidade do sistema no longo prazo do conflito palestino-israelense.
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TOPO
Por BBC

Postado em 13 de maio de 2021 às 19h35m


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Domo de Ferro: o que é e como funciona o escudo antimíssil de Israel
Domo de Ferro: o que é e como funciona o escudo antimíssil de Israel

O fogo cruzado entre forças israelenses e palestinas continua a se intensificar e as Nações Unidas temem uma "guerra em grande escala".

Desde segunda-feira (10), membros palestinos do Hamas lançaram mais de 1.000 mísseis contra Israel, a maioria contra a cidade de Tel Aviv e seus arredores. Em resposta, as forças israelenses realizaram bombardeios letais em Gaza, deixando dezenas de mortos.

Mas Israel conta com um escudo poderoso para se proteger dos foguetes lançados por militantes do Hamas a partir da Faixa de Gaza: o chamado Domo de Ferro.

Conforme o exército israelense, dos cerca de 1.050 mísseis e morteiros disparados, 850 foram interceptados por este sistema antimísseis.

Diversas imagens e vídeos comprovam a capacidade do sistema, mostrando como ele destrói diversos mísseis no ar simultaneamente e impede que caiam em áreas civis.
Os ataques balísticos das últimas horas revelaram mais uma vez o poder da Cúpula de Ferro de Israel — Foto: Getty Images/BBC
Os ataques balísticos das últimas horas revelaram mais uma vez o poder da Cúpula de Ferro de Israel — Foto: Getty Images/BBC

No entanto, como qualquer outro sistema de defesa, o Domo de Ferro não é infalível, e especialistas alertam que outras organizações com maior poder de fogo podem botar à prova sua eficácia.

Como funciona o Domo de Ferro

Também conhecido como Cúpula de Ferro, o escudo é parte de um amplo sistema de defesa aérea que opera em Israel.

Nos últimos anos, o poderosa Domo de Ferro protegeu os centros urbanos israelenses de mísseis lançados pelo Hamas — Foto: Getty Images/BBC
Nos últimos anos, o poderosa Domo de Ferro protegeu os centros urbanos israelenses de mísseis lançados pelo Hamas — Foto: Getty Images/BBC

Seu objetivo é proteger o país de mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro, foguetes e outras ameaças aéreas.

O sistema foi projetado pela companhia Rafael Advanced Defense System LTD, uma empresa privada com laços estreitos com as forças armadas israelenses, que constrói sistemas de defesa aérea, marítima e terrestre.

O projeto também contou com financiamento superior a US$ 200 milhões (R$ 1,06 bilhão) dos Estados Unidos.

O fabricante afirma que trata-se do sistema antimíssil mais amplamente utilizado no mundo e que é eficaz em mais de 90% dos casos.

As baterias são feitas de mísseis interceptores, radares e sistemas de comando que analisam onde os foguetes inimigos podem pousar.

A tecnologia de radar diferencia entre mísseis que podem atingir áreas urbanas e aqueles que devem errar o alvo. O sistema então decide quais devem ser interceptados.

Os interceptores são lançados verticalmente a partir de unidades móveis ou estacionárias. Eles então detonam os mísseis no ar.
Na terça à noite, os mísseis interceptados pela Cúpula de Ferro puderam ser vistos no céu israelense — Foto: Getty Images/BBC
Na terça à noite, os mísseis interceptados pela Cúpula de Ferro puderam ser vistos no céu israelense — Foto: Getty Images/BBC

Com que finalidade o sistema foi instalado?

O Domo de Ferro tem sua origem no conflito de 2006 entre Israel e o Hezbollah, grupo islâmico libanês.

À época, o Hezbollah lançou milhares de foguetes contra Israel, matando dezenas de pessoas e causando grandes estragos.

No entanto, os esforços israelenses para desenvolver um escudo antimísseis têm mais de três décadas e são parte relevante da colaboração militar entre Israel e os Estados Unidos.

Em 1986, Israel assinou um contrato com os EUA para pesquisar sistemas antibalísticos, como parte de um projeto da Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI, na sigla em inglês) do governo Ronald Reagan.

Cinco anos depois deste acordo, os líderes israelenses aceleraram os esforços para desenvolver o sistema, quando o então presidente iraquiano Saddam Hussein ordenou o lançamento de mísseis Scud contra Israel durante a Primeira Guerra do Golfo.

No início de 2010, o Domo de Ferro já havia passado com sucesso pelos testes realizados pelo exército israelense.

Em abril de 2011, o sistema foi testado em combate pela primeira vez, quando derrubou um míssil lançado contra a cidade de Beer Sheva, no sul do país.
Unidades móveis e estáticas identificam mísseis que podem cair em áreas urbanas e derrubá-los no ar — Foto: Getty Images/BBC
Unidades móveis e estáticas identificam mísseis que podem cair em áreas urbanas e derrubá-los no ar — Foto: Getty Images/BBC

Deficiências

Desde segunda-feira, em várias cidades israelenses - como Tel Aviv, Ashkelon, Modi'in e Beer Sheva — soam os alarmes que alertam sobre mísseis lançados a partir de Gaza

Militantes palestinos têm tentado saturar o poderoso sistema de defesa israelense, avaliam especialistas.

Anna Ahronheim, correspondente de defesa e segurança do jornal israelense "The Jerusalem Post", disse à BBC que foi "assustador ouvir centenas de interceptações e mísseis" caindo nas proximidades.

Israel afirma que tem como alvos locais de lançamento de foguetes, edifícios, residências e escritórios usados ​​pelo Hamas, que por sua vez diz estar indignado com o "ataque do inimigo a torres residenciais".

O Domo de Ferro teria derrubado entre 85% e 90% dos mísseis lançados pelo Hamas.

No entanto, de acordo com Yonah Jeremy Bob, analista de inteligência do "Jerusalem Post", o sistema pode ser eficiente contra ataques do Hamas, mas poderia ter mais dificuldades com organizações como o Hezbollah, capaz de lançar mais mísseis em menos tempo.

Críticas

Não há nenhuma dúvida de que o sistema tem protegido os israelenses de diversos ataques letais na última década. No entanto, há críticas quanto à sua utilidade a longo prazo.
Alguns especialistas questionam a utilidade da Cúpula de Ferro a longo prazo no conflito palestino-israelense — Foto: Getty Images/BBC
Alguns especialistas questionam a utilidade da Cúpula de Ferro a longo prazo no conflito palestino-israelense — Foto: Getty Images/BBC

Especialistas como Yoav Fromer, cientista político da Universidade de Tel Aviv, argumentam que o escudo tecnológico é um recurso de curto prazo, dentro de um conflito muito mais profundo.

"Muitos anos depois, ainda estamos presos no mesmo ciclo de violência sem fim. O notável sucesso do Domo de Ferro contribuiu, irônica e inadvertidamente, para o fracasso das políticas externas que criaram essa escalada de violência", disse Fromer à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

"O fato de o governo israelense ter fracassado em desenvolver uma estratégia consistente para neutralizar a ameaça do Hamas pode ser considerado, ao menos indiretamente, como um resultado de o Domo de Ferro nos prover uma proteção considerada 'suficiente'", acrescenta o especialista.

Fromer acredita que a defesa oferecida pelo sistema contribuiu para que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu nunca sofresse pressão suficiente da opinião pública para criar políticas que resolvessem efetivamente a ameaça a partir da Faixa de Gaza.

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Desemprego no Brasil da pandemia: doutor em engenharia espacial vende doces

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Número de subutilizados com ensino superior cresceu 43% entre 2019 e 2020.
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TOPO
Por BBC

Postado em 13 de maio de 2021 às 12h40m


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Número de subutilizados com ensino superior cresceu 43% entre 2019 e 2020 — Foto: GETTY IMAGES/STEVE PREZANT
Número de subutilizados com ensino superior cresceu 43% entre 2019 e 2020 — Foto: GETTY IMAGES/STEVE PREZANT

"Tenho só uma palavra para definir o que eu sinto: frustração. Estudar, estudar, tentar e não conseguir nada. Você se sente como um incapaz."

A afirmação é de Maycol Vargas, de 33 anos e graduado em engenharia aeronáutica, com mestrado e doutorado em engenharia e tecnologia espaciais, na área de combustão e propulsão, pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Depois de defender sua tese no início de 2020, o morador de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, se viu desempregado com doutorado.

"Mandei currículo até para auxiliar de serviços gerais, mas está difícil. Montei um negócio próprio e estou fazendo doces, porque eu estava sem nenhuma renda. Isso me rende uns R$ 400, R$ 500 por mês, no máximo. Um profissional da minha área normalmente ganha na faixa de R$ 13 mil a R$ 15 mil."

Maycol é um dos milhões de profissionais brasileiros qualificados e subutilizados em meio à pandemia do coronavírus.

Entre o quarto trimestre de 2019 e igual período de 2020, o número de trabalhadores com ensino superior subutilizados passou de 2,5 milhões para 3,5 milhões, um aumento de 43%.

Na população em geral, considerando todos os níveis de qualificação, os subutilizados passaram de 26,1 milhões a 32 milhões nesse mesmo intervalo, crescimento de 23%.

A subutilização da força de trabalho é um indicador mais amplo do que a desocupação.

Além dos desempregados, a subutilização também inclui aqueles que estão trabalhando menos horas do que gostariam; que desistiram de procurar emprego (os chamados desalentados); ou que gostariam de trabalhar, mas por algum motivo - como ter que cuidar dos filhos que estão fora da escola ou de idosos, por exemplo - não estavam disponíveis.

"A taxa de desemprego é uma medida super importante, mas ela deixa de fora todas essas pessoas que também estão numa situação de insatisfação com a situação de trabalho delas", explica Ana Tereza Pires, pesquisadora da consultoria IDados e autora do levantamento, elaborado a partir de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

"A subutilização é um retrato mais amplo do mercado de trabalho e dessa ineficiência em alocar todo mundo que tem potencial de trabalhar dentro da força de trabalho", acrescenta a economista.

"Especialmente nessa época de pandemia, essa é uma medida muito importante, porque muita gente desistiu de procurar trabalho ou estava procurando emprego, mas ficou indisponível para trabalhar, como no caso das mães. Então esse indicador dá conta de um contingente maior de brasileiros num momento de crise."
Taxa de desocupação dos trabalhadores com ensino superior passou de 5,6% para 6,9% entre o quarto trimestre de 2019 e igual período de 2020 — Foto: RUNSTUDIO/GETTY IMAGES
Taxa de desocupação dos trabalhadores com ensino superior passou de 5,6% para 6,9% entre o quarto trimestre de 2019 e igual período de 2020 — Foto: RUNSTUDIO/GETTY IMAGES

O desemprego para quem tem ensino superior

A taxa de desocupação entre os trabalhadores com ensino superior é historicamente mais baixa do que a dos trabalhadores em geral. Entre o quarto trimestre de 2019 e igual período de 2020, ela passou de 5,6% para 6,9%, aumento de 1,3 ponto percentual.

Nesse mesmo intervalo, a taxa de desemprego para a população em geral subiu de 11% para 13,9%, um aumento de 2,9 ponto percentual.

A diferença histórica no nível de desocupação entre os mais e os menos qualificado se explica pela parcela ainda relativamente pequena de pessoas com ensino superior no país. Segundo o IBGE, no quarto trimestre de 2020, apenas 16,5% da população brasileira em idade de trabalhar havia concluído o nível superior.

Como esse profissionais mais qualificados são relativamente escassos no país, em geral, eles têm mais facilidade de encontrar uma vaga no mercado de trabalho.

"Olhando a taxa de desemprego entre o final de 2019 e o final de 2020, ela cresceu muito no mercado de trabalho como um todo. Para quem tem ensino superior, houve um crescimento, mas não muito elevado", observa a pesquisadora do IDados.

"Isso poderia levar a crer que os trabalhadores com ensino superior não foram muito afetados pela crise decorrente da pandemia. Mas, quando olhamos para a subutilização, fica claro que as pessoas com ensino superior estão bastante representadas."
Desemprego atinge recorde de 14,4 milhões de brasileiros no trimestre terminado em fevereiro
Desemprego atinge recorde de 14,4 milhões de brasileiros no trimestre terminado em fevereiro

Por que a subutilização aumentou entre os mais qualificados

A economista avalia que os mais instruídos foram menos afetados pelo desemprego na pandemia devido à maior possibilidade desses trabalhadores de fazerem home office.

Segundo dados da pesquisa Pnad Covid-19 referentes a novembro de 2020 (o último dado disponível, posto que a pesquisa foi descontinuada pelo IBGE), dos 7,3 milhões de pessoas que estavam trabalhando de forma remota naquele mês, 76% tinham ensino superior completou ou pós-graduação.

Estudo aponta que 76% dos trabalhadores em home office completaram o ensino superior
Estudo aponta que 76% dos trabalhadores em home office completaram o ensino superior

"Muitos dos trabalhadores com ensino superior que saíram da força de trabalho não foram para o desemprego, foram direto para a inatividade. Não foram procurar emprego, seja por terem uma situação econômica melhor e poderem esperar uma melhora do mercado, ou por terem que cuidar da casa e dos filhos, no caso das mulheres."

O IBGE só considera como "desempregado" quem efetivamente procurou emprego no período recente.

Das três categorias de subutilização dos trabalhadores com ensino superior analisadas pela pesquisadora, o número de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas cresceu 13%; o número de desocupados aumentou 33%; e o contingente de pessoas na chamada força de trabalho potencial (que inclui os desalentados e os indisponíveis) mais do que dobrou, com um avanço de 138% entre o fim de 2019 e o de 2020.
Marianna Rodrigues Martelo, de 27 anos, se formou em odontologia em dezembro de 2020, mas ainda não conseguiu emprego na área — Foto: Arquivo pessoal
Marianna Rodrigues Martelo, de 27 anos, se formou em odontologia em dezembro de 2020, mas ainda não conseguiu emprego na área — Foto: Arquivo pessoal

O drama dos recém-formados

Um grupo importante desses trabalhadores subutilizados com ensino superior são os recém-formados.

Historicamente no Brasil, o desemprego sempre foi maior para a população mais jovem, de todos os níveis de instrução. Isso porque o mercado costuma exigir uma experiência que esses trabalhadores não têm.

"Muitos dos que acabaram de se formar podem ter optado por não sair para procurar emprego agora, porque sabem que a dificuldade é muito grande. Então eles acabam entrando nessa força de trabalho potencial", explica Pires.

Marianna Rodrigues Marcelo, de 27 anos, tem vivido na pele essa realidade. A moradora de Guarulhos (SP) se formou na faculdade de odontologia em dezembro de 2020, mas ainda não conseguiu encontrar um emprego na área.

"Já devo ter mandado pelo menos 100 currículos, só hoje mandei uns 20", conta Marianna.

"A maioria das vagas pede experiência e que se tenha pelo menos um ou dois anos de formado. Isso complica, porque eu sou recém-formada", afirma. "A pandemia também pode estar dificultando, porque diminuiu a oferta de vagas, já que a economia não está girando corretamente." 
Os empregadores que estão trabalhando menos do que gostariam

Um outro grupo relevante de pessoas qualificadas e subutilizadas na pandemia são os empregadores que estão trabalhando menos do que gostariam, devido às restrições ao funcionamento de empresas, particularmente no setor de serviços.
Renata Dornelles da Cruz (centro) e suas sócias Priscilla e Cassiana Alves da Silva, donas do salão de beleza Africaníssimas, em São Leopoldo (RS): na pandemia, Renata tem dedicado apenas duas manhãs por semana ao negócio — Foto: Arquivo pessoal
Renata Dornelles da Cruz (centro) e suas sócias Priscilla e Cassiana Alves da Silva, donas do salão de beleza Africaníssimas, em São Leopoldo (RS): na pandemia, Renata tem dedicado apenas duas manhãs por semana ao negócio — Foto: Arquivo pessoal

"Há um número muito alto entre os subutilizados qualificados na pandemia de pessoas que são chefes de família e homens e mulheres brancos, que geralmente não ficam fora da força de trabalho e agora passaram a ficar", observa Pires, do iDados.

"Então isso pode estar relacionado a esses pequenos empresários que acabaram fechando ou dando um tempo nos seus negócios até a coisa melhorar ou cujas empresas não estão produzindo tanto quanto poderiam."

Conforme o levantamento, 41% dos trabalhadores qualificados e subutilizados eram chefes de família no quarto trimestre de 2020 e 58% eram brancos.

A empresária Renata Dornelles da Cruz, de 38 anos e moradora de São Leopoldo (RS), não é branca, mas é um exemplo desses pequenos empresários que estão trabalhando menos do que gostariam na pandemia. São os chamados subutilizados por insuficiência de horas trabalhadas.

Formada em turismo e jornalismo, com especialização em Moda, Criatividade e Inovação pelo Senac, Renata é proprietária, ao lado de duas sócias, do salão de beleza especializado em cabelo afro Africaníssimas.

Com a queda de movimento devido às restrições impostas pelo coronavírus e sem conseguir renegociar o aluguel, em março deste ano, as sócias tiveram de devolver o espaço que ocupavam numa galeria na região central de São Leopoldo e instalaram o salão num imóvel próprio no bairro mais afastado de Cohab Feitoria.

"Antes eu ia ao salão todo dia. No ano passado, passei a ir no máximo duas vezes por semana e ficar só meio turno, para deixar mais espaço para as clientes e porque moro com meus pais que são grupo de risco", conta Renata, que cuida do marketing, das redes sociais e da gestão financeira da empresa.

"Esse ano, com a mudança de endereço, estou totalmente em modo remoto. Como não tem mais tantos clientes, não tenho mais tanto conteúdo para produzir. Antes eu trabalhava com as tarefas do salão todos os dias, de segunda a sábado, quando não domingo. Agora, resolvo tudo em duas manhãs", relata, quanto à redução das suas horas de trabalho. 
Os efeitos para a economia como um todo

Apesar de as histórias de desemprego e subutilização entre os mais qualificados serem menos dramáticas do que entre os menos qualificados, que em geral são a população de baixa renda, a perda de rendimentos entre os mais escolarizados tem efeito sobre a economia como um todo.

Isso porque são esses trabalhadores que recebem a maior parcela da massa de rendimentos do país - a massa de rendimentos é a soma de todos os salários. Com isso, eles também são responsáveis pela maior parte do consumo, movimentando a economia.

"Quem tem ensino superior no Brasil não é a maioria, mas sem dúvida é quem concentra a maior quantidade de renda e quem mais acaba demandando produtos e serviços", explica a pesquisadora do IDados.

"Por exemplo, o serviço de empregada doméstica e serviços não essenciais como salão de beleza e restaurantes, são muito mais demandados por pessoas com ensino superior e maior nível de renda. Então esses serviços acabam sendo afetados", diz Pires.

Segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) publicado ao fim de abril, entre o quarto trimestre de 2019 e igual período de 2020, o contingente de trabalhadores domésticos do Brasil diminuiu de 6,4 milhões para 4,9 milhões, o que representa 1,5 milhão de pessoas a menos prestando esse tipo de serviço.

"Todo o cenário econômico nesse momento está condicionado ao combate à pandemia e à estratégia de vacinação", avalia a economista.

"Se tivermos uma campanha de vacinação efetiva, os mais qualificados vão voltar a trabalhar como antes, já que eles no geral são mais demandados. Mas é difícil traçar um cenários quando as estratégias de vacinação estão tão incipientes", conclui.

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Peixe das profundezas do oceano é encontrado em praia na Califórnia

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Peixe-futebol do Pacífico costuma viver a mais de 900 metros de profundidade e raramente chega intacto a uma praia. Fêmea usa estrutura que possui na frente da cabeça e emite luminosidade para atrair presas na escuridão.
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Por G1

Postado em 13 de maio de 2021 às 09h15m


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Peixe das profundezas é encontrado nos Estados Unidos
Peixe das profundezas é encontrado nos Estados Unidos

Um peixe que vive apenas em águas profundas do oceano foi encontrado em uma praia de Orange County, na Califórnia, na segunda-feira (10).

Peixe-futebol do Pacífico encontrado em praia de Orange County, na Califórnia — Foto: Reprodução/Facebook/Crystal Cove State Park
Peixe-futebol do Pacífico encontrado em praia de Orange County, na Califórnia — Foto: Reprodução/Facebook/Crystal Cove State Park

A região onde o peixe apareceu faz parte de uma área de proteção do Parque Estadual Crystal Cove, que explicou em seu perfil em uma rede social que é muito raro que eles apareçam em praias, já que vivem abaixo de 900 metros de profundeza, e mais ainda que cheguem à margem ainda intactos.

Peixe-futebol do Pacífico encontrado em praia de Orange County, na Califórnia — Foto: Reprodução/Facebook/Crystal Cove State Park
Peixe-futebol do Pacífico encontrado em praia de Orange County, na Califórnia — Foto: Reprodução/Facebook/Crystal Cove State Park

O animal encontrado era uma fêmea de peixe-futebol do Pacífico, que pode chegar a até 60 centímetros de comprimento, segundo comunicado do parque. Já o macho dessa mesma espécie costuma ser muito menor: tem menos de 3 centímetros e age como uma espécie de parasita, cuja única função é auxiliar a fêmea a se reproduzir, segundo os especialistas.

(CORREÇÃO: O G1 errou ao informar, quando publicou esta reportagem, que a fêmea da espécie do peixe encontrado na Califórnia pode chegar a 7 metros e o macho a 30 centímetros de comprimento. Na verdade, de acordo com as informações do Parque Crystal Cove, a fêmea chega a aproximadamente 60 centímetros e o macho a menos de 3 centímetros. A informação foi corrigida às 11h20 desta quinta-feira, 13).

O peixe-futebol do Pacífico pertence à ordem dos Lophiiformes, peixes ósseos que possuem em sua maioria uma estrutura na frente da cabeça que emite luminosidade para atrair presas na escuridão da profundeza dos oceanos onde vivem.

Peixe-futebol do Pacífico encontrado em praia de Orange County, na Califórnia — Foto: Reprodução/Facebook/Crystal Cove State Park
Peixe-futebol do Pacífico encontrado em praia de Orange County, na Califórnia — Foto: Reprodução/Facebook/Crystal Cove State Park

Seus dentes são afiados e pontiagudos como cacos de vidro e sua boca é capaz de sugar e engolir presas do tamanho de seu próprio corpo, segundo a publicação do parque estadual.

Um peixe do tipo aparece na animação Procurando Nemo, quando Merlin e sua amiga Dory são atraídos por uma pequena luz, na verdade parte da cabeça de um predador.

‘Peixes monstruosos’: veja casos de animais enormes ou de formas assustadoras encontrados
‘Peixes monstruosos’: veja casos de animais enormes ou de formas assustadoras encontrados

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