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terça-feira, 1 de março de 2011

'Diante de tanto fundamentalismo, o mundo precisa de conciliação', diz FHC

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Em palestra, em Brasília, ex-presidente fala da experiência brasileira e da posição privilegiada do País para influenciar na paz mundial
28 de fevereiro de 2011 | 20h 04


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## - João Domingos, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acredita que o Brasil, por ser um País que cultua a tolerância e a aceitação das adversidades, que optou por não ter armas nucleares, e que conta até mesmo com um forte sincretismo religioso, tem posição privilegiada para influenciar na paz mundial no futuro.

“Diferentemente de muitos outros países, aqui todos podem ser e não ser ao mesmo tempo, podem professar vários credos religiosos”, disse o ex-presidente durante palestra sobre “O Brasil no panorama internacional”, proferida na sede do Tribunal Regional Federal, nesta segunda-feira, 28. “O mundo de hoje, de tanto fundamentalismo, precisa de conciliação”, disse Fernando Henrique Cardoso.

Por isso, segundo ele, o Brasil tem possibilidade de marcar forte presença global, por ser capaz de negociar. “Nós não temos problema de fronteira com ninguém. Nós podemos nos dar a esse luxo, de mesmo sendo do tamanho que somos, não usar nada disso para esmagar os outros”.

Fernando Henrique disse que hoje os grandes complicadores mundiais são as questões da água, da poluição e do terror atômico. O Brasil tem 12% da água potável do mundo, uma matriz energética baseada na hidreletricidade e no etanol, e sabe conviver pacificamente com os contrários.

Somando tudo isso, tendo por base a cultura da tolerância, é possível criar uma força tão forte quanto a militar, disse o ex-presidente. Por isso, Fernando Henrique disse que o Brasil se enquadra no “soft power” (poder suave), a teoria usada pela primeira vez pelo professor da Univerisade Harvard Joseph Hye, que em 2004 escreveu o livro Soft Power: The Means to Success in World Politics (Soft Power: Os Meios para o Sucesso na Política Mundial).

Em resumo, em vez de usar a força para dominar os outros, ou comprá-los, a ideia é levá-los a aderir a uma política de tolerância, necessária para a paz mundial e o futuro do planeta. Como o Brasil é um País que goza de credibilidade internacional nessa área, ele poderá ter condições de influenciar outras Nações, disse o ex-presidente.
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