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quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Sonda alemã de quase 800 kg desaparece do fundo do mar

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O equipamento, que custa cerca de 300 mil euros (quase R$ 1,3 milhão), pesa quase 770 kg e dificilmente poderia ser arrastado por tempestades, marés ou grandes animais, segundo especialistas.
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 Por BBC  

 Postado em 05 de setembro de 2019 às 21h00m  

GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Registro da unidade de energia, uma das duas que compõem equipamento submarino que desapareceu — Foto: FORSCHUNGSTAUCHZENTRUM CAURegistro da unidade de energia, uma das duas que compõem equipamento submarino que desapareceu — Foto: FORSCHUNGSTAUCHZENTRUM CAU

Uma enorme sonda submarina desapareceu do fundo do mar que banha a costa báltica da Alemanha.

O equipamento, que custa cerca de 300 mil euros (quase R$ 1,3 milhão), pesa quase 770 kg e é difícil que tenha sido arrastado por tempestades, marés ou grandes animais, segundo especialistas.

Em uma expedição, mergulhadores encontraram o cabo de abastecimento de energia rompido no local, a 22 metros de profundidade e a 1,8 km da costa.

Há zonas de exclusão na região, onde barcos, mesmo os pesqueiros, são proibidos naquela área da Baía de Eckernförde, a 70km da fronteira dinamarquesa.

Acidente, furto ou sabotagem?
O equipamento alemão, dividido em uma unidade de abastecimento de energia e outra com sensores, ficava em uma dessas áreas proibidas.

Entre as hipóteses estão furto, intempéries, sabotagem ou acidente, no caso de a âncora de algum barco ter arrastado o equipamento até romper o cabo que o conectava à costa.

O "observatório submarino" desaparecido, instalado há três anos, deixou de enviar dados em 21 de agosto. Inicialmente, aventou-se a possibilidade de erro de transmissão, mas uma missão na semana seguinte detectou o desaparecimento.

Os instrumentos alemães estavam medindo a qualidade e outras características da água, incluindo temperatura, salinidade e níveis de concentração de oxigênio, nutrientes, clorofila e metano.

"Os dados que recebemos dali não têm preço. Eles ajudam a pesquisar mudanças no ecossistema do mar Báltico e possíveis medidas para elas", afirma o professor Hermann Bange, chefe da pesquisa oceanográfica da Geomar, um centro científico em Kiel.

A empresa pediu que testemunhas relatem atividades suspeitas na região ou caso encontrem pedaços do aparato na costa. A polícia já foi notificada.
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    O que são as rochas de Charles Darwin, que opõem ambientalistas e projeto de porto no RJ

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    Em 1832 e 1836, o célebre naturalista britânico esteve no Brasil e descreveu as rochas de praia no litoral de Maricá, que podem estar ameaçadas.
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     Por Evanildo da Silveira, BBC  

     Postado em 05 de setembro de 2019 às 12h30m  
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    Darwin esteve no Brasil em 1832 e 1836 e descreveu rochas de praia — Foto: Kátia Leite Mansur/BBCDarwin esteve no Brasil em 1832 e 1836 e descreveu rochas de praia — Foto: Kátia Leite Mansur/BBC

    A história é célebre: entre 1831 e 1836, o então jovem naturalista Charles Darwin – dos 22 aos 27 anos – deu a volta ao mundo a bordo do navio britânico HMS Beagle, realizando coletas e pesquisas de rochas e seres vivos, o que o levou mais tarde a elaborar a teoria da evolução das espécies, que, apesar do nome não é teoria, mas fato.

    O que nem todo mundo sabe é que a viagem passou pelo Brasil entre fevereiro e julho de 1832 e em agosto de 1836. O que ainda menos gente conhece é a descrição geológica que ele fez das chamadas "beachrocks", rochas de praia, no litoral de Maricá, 57 quilômetros ao norte da cidade do Rio de Janeiro, que, segundo um grupo contrário ao projeto, estariam ameaçadas pelo projeto de construção de um porto na região.

    Segundo Kátia Leite Mansur, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que pesquisa essas rochas desde 2008 e integra, junto com outros pesquisadores, ambientalistas e moradores da região, o movimento contra o empreendimento, as primeiras notícias sobre a construção na praia de Jaconé, com investimentos de R$ 5,5 bilhões, surgiram em 2010.

    Ele ocuparia a área marinha adjacente à Ponta Negra até a base da Serra de Jaconé. Primeiro, seria apenas um estaleiro, mas em 2011 foi anunciada construção do Terminal Ponta Negra (TPN) para escoar a produção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobrás, já em construção em Itaboraí, a 60 quilômetros de Maricá.

    A DTA Engenharia, empresa responsável pelo projeto, diz que ele já foi alterado para reduzir o impacto às beachrocks, após uma ação judicial promovida pelo MPRJ, com liminar deferida desde 2015.

    "O processo ainda não foi julgado e, independentemente da discussão na ação quanto à real passagem do naturalista pela parte da praia de Jaconé onde está situado o TPN e a inexistência de estudos de sua autoria sobre eles, o projeto foi alterado, com a exclusão de dois terços das atividades inicialmente licenciadas", explica Juliana Digiorgi, gerente administrativa da empresa.
    "O porto está distante 420 metros do primeiro afloramento, tendo sido feitos estudos, aprovados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidrográficas (INPH) e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que comprovam que eles não serão impactados pelo TPN."
    As beachrocks, termo clássico que em português pode ser traduzido para "rochas de praia" ou, mais recentemente, "praianito", são formadas por sedimentos depositados em uma praia antiga e que se transformaram em uma pedra pela precipitação de carbonato de cálcio entre os grãos. Elas ficam submersas e eventualmente afloram durante ressacas do mar e maré baixa.

    "Assim, elas são o registro de uma antiga linha de praia", explica o geólogo Renato Rodriguez Cabral Ramos, colega de universidade de Kátia e também integrante do movimento contra a instalação do porto.

    Em sua viagem pela então província do Rio de Janeiro, Darwin encontrou as beachrocks na praia de Jaconé, entre Maricá e Saquarema, em 9 de abril de 1832, e as descreveu em sua caderneta de campo. Depois disso, elas ficaram esquecidas por mais de 150 anos.

    "Somente na década de 1990, fragmentos desse tipo de rocha foram identificados pela arqueóloga Lina Kneip, em sambaqui descoberto em Saquarema", diz a geóloga Kátia.

    Patrimônio de Influência Internacional
    Na época, o jovem naturalista tinha tanto interesse por biologia quanto por geologia, neste caso influenciado pelo seu então livro de cabeceira Princípios da Geologia, de Charles Lyell, cujo primeiro dos três volumes havia sido lançado dois anos antes, em 1830 – o segundo saiu em 1832 e o terceiro em 1833.

    "As descrições geológicas efetuadas por Darwin no Rio de Janeiro, e nas demais localidades por ele visitadas, são Patrimônio de Influência Internacional, pois são parte indissociável de sua obra e contribuíram para sua formação científica e elaboração teórica", diz Kátia. "Estas rochas e localidades não são patrimônios de estados ou países, mas da ciência, com relevância mundial."

    Além de históricas, as beachrocks, também conhecidas como arenitos de praia e, na região Nordeste, como arrecifes, têm importância científica. "Elas podem ser utilizadas para indicar antigos níveis do mar, pois as frequentes conchas de moluscos encontradas nelas são datáveis (pelo método do Carbono 14, por exemplo), assim como o carbonato de cálcio que as cimenta entre si", diz Ramos.
    O naturalista descreveu as beachrocks na praia de Jaconé — Foto: Kátia Leite Mansur/BBCO naturalista descreveu as beachrocks na praia de Jaconé — Foto: Kátia Leite Mansur/BBC

    "As conchas de moluscos das beachrocks de Jaconé foram datadas em torno de 8 mil anos e o cimento em 6 mil anos. A rocha de praia de Jaconé, portanto, é uma das mais antigos do Estado do Rio de Janeiro."

    Segundo Kátia, no caso das descritas por Darwin em Maricá, elas são o testemunho de uma antiga praia que existiu na região há cerca de 8 mil anos e indicam um nível do mar 50 cm mais baixo que atual "Isso auxilia no entendimento das variações climáticas nos últimos milhares de anos", explica. "Elas também podem ser utilizadas para entender a ocupação humana pré-histórica da região, pois seus fragmentos foram coletados pelos construtores de sambaquis, primeiros habitantes do litoral."
    As beachrocks têm ainda grande importância ecológica, segundo Kátia, pois criam ambientes propícios para elevada concentração de peixes e desenvolvimento de mexilhões, o que pode ter sido um atrativo para os sambaquieiros no passado como é para os pescadores atuais.
    Agora essa riqueza histórica, geológica e ecológica pode estar em perigo, caso a construção do porto venha de fato a se concretizar. "O projeto se consolidou em dezembro de 2013, quando a empresa construtora submeteu o Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) para licenciamento pelo Inea, do Rio de Janeiro", conta.

    Antes disso, era necessário liberar a área para a construção.
    "Como no Plano Diretor de Maricá a área era protegida, a Câmara dos Vereadores e a Prefeitura, em outubro de 2013, alteraram a categoria de zoneamento para 'Área Especial de Interesse Urbanístico e Econômico, voltada para atividades de logística, portuária e industrial'", explica Kátia. "Só depois disso foi que a empresa apresentou o EIA-Rima. A partir daí, diversas ações se sucederam e produziram uma situação de impasse."

    SOS Jaconé
    Muito dessa situação se deve à luta dos moradores, ambientalistas, surfistas, pescadores e professores locais contra o empreendimento. "Tão logo a notícia da sua possível construção chegou à região, eles iniciaram o movimento 'SOS Jaconé – Porto Não!' e entraram em contato com diversos pesquisadores e instituições para angariar apoio para a proteção da área", lembra Kátia.

    "Inclusive entraram nos Ministérios Públicos Federal e do Rio de Janeiro com uma ação civil pública, porque a mudança no uso da terra na área não havia cumprido os trâmites legais e pela degradação que poderia ocorrer. Nesta época, fizeram contato conosco, que passamos a apoiá-los."

    A ação mais recente na Justiça se deu em julho, quando os dois Ministérios Públicos ajuizaram uma nova Ação Civil Pública junto à 3ª Vara Federal de Niterói, para impedir a consumação dos danos socioambientais do empreendimento. "Ela aponta diversos vícios encontrados em procedimentos administrativos de licenciamento do empreendimento", diz Kátia.
    Rochas podem ser utilizadas para indicar antigos níveis do mar — Foto: Kátia Leite Mansur/BBCRochas podem ser utilizadas para indicar antigos níveis do mar — Foto: Kátia Leite Mansur/BBC

    "Cabe ressaltar que o empreendedor, por conta dos obstáculos que os beachrocks vêm impondo desde o início do projeto, decidiu modificá-lo no ano passado, tornando o mais modesto, diminuindo o investimento e o número de empregos gerados, que passou a ser cerca de 300."

    A BBC News Brasil procurou a prefeitura de Maricá para entender os motivos da construção do porto e sua importância econômica para o município, além do impacto na região – particularmente sobre as beachrocks de Darwin – e a mudança no plano diretor.

    A prefeitura se limitou a enviar, por meio de sua Secretaria de Comunicação, a seguinte nota:
    "Por se tratar de um empreendimento privado, quem responde sobre as questões do Terminal Ponta Negra é a empresa proprietária do projeto, a DTA Engenharia, de São Paulo. A Prefeitura já se manifestou publicamente por diversas vezes em apoio ao projeto – inclusive no âmbito do relatório de impacto ambiental que embasa a licença prévia já concedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) – por considerá-lo uma importante alternativa para o desenvolvimento econômico sustentável não só de Maricá, mas de toda a região."

    A DTA Engenharia, por sua vez, informou que o TPN tem como principal objetivo criar uma infraestrutura para o atendimento da indústria de exploração e produção de petróleo e gás, tanto no armazenamento quanto a movimentação de granéis líquidos.

    "Seu volume de tancagem será de aproximadamente 3,5 milhões de m³ e terá pátio logístico de serviços de apoio", informa Juliana Digeorgi, da DTA.

    "A área total do empreendimento é de 152,32 ha e compreende um aterro hidráulico sobre lâmina d'água, um quebra-mar de proteção e a infraestrutura da retroárea com edifício administrativo."

    De acordo com ela, a previsão é a de sejam criados cerca de 1.700 empregos diretos e indiretos na construção e 4.000 na operação.
    "Todos os impactos relacionados ao TPN são objeto de processo de licenciamento ambiental em trâmite perante o Inea", garante Juliana. "Estamos aguardando a deliberação para a emissão da Licença de Instalação, para que as obras sejam iniciadas."

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    As misteriosas cavernas inundadas na península de Yucatán que podem revelar segredos da civilização maia

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    Mergulhadores e fotógrafos vão explorar as profundezas dos cenotes, formações que os antigos maias viam como portais sagrados, para recriá-las em 3D.
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     Por Sarah Harvey, BBC  

     Postado em 05 de setembro de 2019 às 11h00m  

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    Especialistas em computação gráfica tentarão recriar interior de cenotes em imagens em 3D — Foto: Kent StoneEspecialistas em computação gráfica tentarão recriar interior de cenotes em imagens em 3D — Foto: Kent Stone

    Há cerca de 66 milhões de anos, um asteroide com 15 km de diâmetro se chocou com a península de Yucatán, no México. Acredita-se que ele tenha eliminado quase todos os dinossauros.

    O impacto causou um megatsunami, liquefez bilhões de toneladas de rochas e criou uma cratera com 200 km de extensão na superfície da Terra que a água preencheu, criando milhares de cavernas. Ao longo de milênios, algumas dessas cavernas em rochas calcárias desabaram, enquanto outras erodiram, formando vastas redes de sistemas de cavernas inundadas.

    Conhecidas como cenotes, esses reservatórios subterrâneos de água eram mais do que fontes para povoados da civilização Maia. Acredita-se que eles também fossem portais sagrados através dos quais os maias se comunicassem com os deuses da chuva e da criação. Por isso, os maias constantemente atiravam humanos sacrificados, placas de ouro e tijelas com contas de jade nas profundezas da caverna como oferendas.

    Pensava-se que, por esses buracos, os mortos passassem ao mundo escuro e traiçoeiro de Xibalba, onde humanos e deuses renasciam.
    Hoje, enquanto os cenotes provêm 95% da água potável para boa parte da população local, visitantes de várias partes do mundo vão à Riviera Maia em Yucatán para se banhar e mergulhar nas piscinas naturais. As coberturas que lembram catedrais e as águas ricas em minérios se tornaram algumas das atrações mais populares da região.

    Mesmo assim, há ainda milhares de cenotes escondidos muitos metros abaixo das florestas da região, e cientistas acreditam que esses labirintos submersos podem conter dicas valiosas que ajudem a conectar o passado misterioso dos Maias ao presente.
    Muitos cenotes ficam em áreas remotas de floresta ou em propriedades privadas — Foto: XenotesMuitos cenotes ficam em áreas remotas de floresta ou em propriedades privadas — Foto: Xenotes

    De fato, muitos anos atrás mergulhadores descobriram um dos mais velhos esqueletos humanos já achados nas Américas, que revelou pistas sobre a origem do continente. E, no ano passado, descobriu-se que a caverna onde o esqueleto foi achado era uma pequena parte de uma das mais longas rede de cavernas do mundo: o sistema Sac Atun, com 348 km de comprimento.

    Agora, uma equipe de mergulhadores, fotógrafos, arqueólogos e especialistas em computação gráfica estão se aventurando por dezenas de cenotes inexplorados na Riviera Maia. O objetivo é capturar imagens de seus interiores e transformá-las em imagens em 3D para que outras pessoas possam explorá-las virtualmente de suas casas.

    Conhecida como Wonderland Project, a iniciativa envolve mergulhar com lâmpadas nas cabeças para acessar e documentar alguns dos mais profundos e remotos cenotes que jamais foram abertos ao público. O material será divulgado online para que qualquer pessoa com equipamentos que leem imagens 3D possam visitar as cavernas e descobrir seus mistérios antigos - de fósseis a ossos, passando por artefatos maias preciosos.

    A fotógrafa mexicana Pamela Ocampo é uma das fundadoras da equipe. Ela fez imagens em alta resolução do interior de cenotes e está ensinando ao grupo técnicas de fotografia e edição em condições desafiadoras de iluminação.

    A iniciativa começou como um projeto pessoal do fundador Kent Stone. Instrutor de mergulho numa cidade do Texas sem acesso ao mar, Stone diz que sempre se sentiu um peixe fora d'água. Após servir como militar no Iraque, ele partiu em expedições pelo mundo atrás de aventura.
    Cenotes são uma das principais atrações turísticas da Península de Yucatán, no México — Foto: Wonderland ProjectCenotes são uma das principais atrações turísticas da Península de Yucatán, no México — Foto: Wonderland Project

    "O Wonderland Project é algo que ninguém mais no mundo está fazendo nessa escala", diz Stone ao se sentar com os pés descalços num restaurante à beiramar na ilha de Cozumel, na Riviera Maia.

    Ele diz que os cenotes nos quais eles estão se concentrando não são abertos ao público por estarem em terras privadas, escondidos em áreas florestais remotas ou por só serem acessíveis com técnicas avançadas de mergulho.

    Nos últimos 12 meses, ele tem contatado especialistas locais para localizar cenotes e explicar sua missão aos donos das áreas, garantindo seu acesso às áreas.

    Como mexer em sítios arqueológicos antigos e sagrados é um tema sensível, o projeto só capturará artefatos, fósseis e ossos por meio de imagens, deixando os locais intocados. E para impedir que pessoas pilhem os itens nos cenotes, a localização de cada formação não será divulgada.

    Por ser uma mergulhadora experiente, com mais de cem mergulhos no currículo, fui convidada a ver algumas das descobertas do Wonderland Project. Enquanto nos espremíamos nos trajes com 3 milímetros de espessura em Cozumel, Stone explicou que eles também poderão criar imagens em 3D dos fósseis, artefatos e ossos já achados nos cenotes. Alguns dos ossos pertencem a criaturas que morreram dentro das cavernas, mas o grupo está preparado para encontrar restos mortais de homens jovens que, acredita-se, foram sacrificados como oferendas aos deuses.

    "Alguns dos itens são tão frágeis que qualquer movimento pode destruí-los completamente", diz Stone em nosso caminho para o primeiro cenote.
    Conforme eu o seguia por uma abertura estreita até o cenote e afundávamos por dez metros em águas azuis, compreendi por que esses locais foram reverenciados por tantas gerações. Os tetos são adornados com estalagtites, trepadeiras e raízes, ocasionalmente iluminadas por raios de luz que atravessam as rochas até o mundo subterrâneo.

    Stone sabe o quão privilegiado ele é por poder visitar esses espaços. Há sete anos, ele foi dispensado do Exército dos EUA quando um médico detectou uma malformação em sua vértebra L1. O médico lhe disse que em dez anos ele deveria estar numa cadeira de rodas, mas ele está desafiando o prognóstico - uma das principais motivações para seu desejo de compartilhar as descobertas com todo o mundo via realidade virtual.
    Objetivo do Wonderland Project é fazer com que qualquer pessoa possa nadar e mergulhar em cenotes sem sair de casa, por meio da realidade virtual — Foto: XenotesObjetivo do Wonderland Project é fazer com que qualquer pessoa possa nadar e mergulhar em cenotes sem sair de casa, por meio da realidade virtual — Foto: Xenotes

    "Queria poder mergulhar nessas cavernas, mas sabia que tirar fotos não seria suficiente. Estava pensando em quantas pessoas nunca olharão essas cavernas por dentro por causa de limitações de mobilidade ou outras deficiências. Queria poder recriá-las em 3D para que outras pessoas possam vê-las também."

    Ainda assim, foi só após a perda inesperada de um amigo, Brian Bugge, um militar da Marinha morto ao fotografar uma caverna submersa no Havaí, em 2018, que Stone - já um instrutor de mergulho - passou a se concentrar em cavernas. "Depois que Brian morreu, comecei a mergulhar em cavernas e fiquei com vontade de pegar uma câmera."

    "Viajei para Tulum (em Yucatán) e comecei a fotografar as cavernas, e durante esse processo tive uma longa conversa com meu amigo sobre fazer algo que ninguém mais está fazendo aqui."

    Após receber uma verba da National Geographic e doações de fabricantes de câmeras e softwares, ele lançou o Wonderland Project no início de 2019.

    "Quando eu estive dentro das cavernas, fiquei maravilhada", disse a fotógrafa Pamela Ocampo, que nasceu em Querétaro, no centro do México, mas mora na costa caribenha há dois anos.

    "Esses lugares têm uma atmosfera legal mas pesada para mim, porque os maias costumavam dizer que os cenotes eram portais para o inframundo. Vi outros cenotes antes, mas nenhum como este - e me sinto muito grata por ter estado dentro deles."

    Ocampo tem mostrado à equipe formas de compensar a pouca luz e diminuir as sombras nas profundezas usando um baixo ISO para reduzir a granulação, disparos de 30 segundos para iluminar o local fotografado e aberturas adaptadas a cada locação.

    "Dessa forma, você tem tempo para pintar com a luz, e iluminar todas as partes que as sombras escondem", ela diz. "Estar dentro das cavernas é mágico. Esse projeto abre um novo mundo para nós."

    Stone sabe que a equipe mal arranhou a superfície da exploração dos cenotes, mas já tem recebido pedidos de museus estrangeiros interessados em participar. Ele espera promover tours de realidade virtual em templos e outros lugares icônicos nas casas das pessoas, permitindo que cada um se torne um explorador, independentemente de sua mobilidade.
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