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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Viagens à Lua: por que há tantas missões em 2022

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Neste ano, países, empresas e organizações participam da corrida espacial para enviar missões à Lua.
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TOPO
Por BBC

Postado em 17 de janeiro de 2022 às 15h55m

Post.- N.\ 10.176

2022 deve ser um grande ano para a exploração lunar — Foto: Getty Images via BBC
2022 deve ser um grande ano para a exploração lunar — Foto: Getty Images via BBC

O ano de 2022 será marcado por uma série de missões à Lua, após um ano sem um único pouso lunar sequer.

A Nasa, agência espacial americana, vai dar o pontapé inicial em seu programa Artemis e está patrocinando várias outras missões à Lua para levar equipamentos e suprimentos que serão usados ​​por futuros astronautas.

A Índia, Japão, Rússia, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos também vão lançar missões lunares neste ano — e, assim como estes países, várias empresas também vão participar da corrida para chegar ao satélite natural da Terra.

Todos estes serão voos espaciais não tripulados e, em sua maioria, estarão preparando o terreno para uma presença humana sustentável na superfície da Lua em menos de uma década.

Mas este também não é o objetivo final — a criação de uma estação espacial lunar é apenas um passo a caminho de missões tripuladas para o planeta vermelho, Marte.

Zoë Leinhardt, astrofísica da Universidade de Bristol, no Reino Unido, acredita que este ano vai marcar o início de uma nova corrida espacial envolvendo novos países.

Enquanto muitas destas missões visam examinar a própria Lua, outras têm aspirações mais elevadas.

"Algumas missões têm objetivos de longo prazo estabelecidos mais além, e as missões à Lua são tanto uma prova de conceito, quanto uma oportunidade para testar novas tecnologias e colaborações", diz Leinhardt.

Mas, afinal, do que se trata cada missão e qual sua finalidade?

A seguir, o que o ano de 2022 reserva para a Lua:

Missão Artemis-1 e Capstone da Nasa

O ambicioso programa espacial Artemis, da Nasa, visa levar humanos de volta à Lua até 2025.

Em março deste ano, a missão Artemis-1 começará a preparar o terreno para esta meta ambiciosa.

A missão não será tripulada, com exceção de um "Moonikin", que ocupará o assento do comandante da Artemis 1. Trata-se de um manequim realista que recebeu o nome de Arturo Campos, engenheiro que foi fundamental para trazer a Apollo 13 com segurança de volta à Terra.

O papel de Campos será testar o mesmo traje espacial que os astronautas da Artemis vão usar durante o lançamento, entrada e outras etapas dinâmicas de suas missões.

O novo Space Launch System (SLS) da Nasa — o foguete mais poderoso do mundo — lançará a missão e levará a espaçonave Orion ao redor da Lua para testar a segurança do veículo de tripulação.

A Nasa estará observando atentamente os dados do escudo térmico da Orion durante sua reentrada em alta velocidade na Terra, a quase 2.760 graus Celsius.

Ainda neste ano, outro elemento-chave do programa Artemis vai dar um passo importante.

Os cientistas da Nasa estarão observando de perto a espaçonave Orion — Foto: Getty Images via BBC
Os cientistas da Nasa estarão observando de perto a espaçonave Orion — Foto: Getty Images via BBC

A Capstone — sigla em inglês para Experiência de Navegação e Operações Tecnológicas do Sistema de Posicionamento Autônomo Cislunar — é a missão pioneira do programa Artemis.

A Nasa lançará um satélite do tamanho de um forno de micro-ondas ou um CubeStat, a espaçonave da Capstone, também em março de 2022, para testar uma órbita centrada na Lua, girando junto com a mesma enquanto ela orbita a Terra.

O objetivo é garantir a segurança dos astronautas em viagens futuras.

'O objetivo final é Marte'

As informações que serão obtidas com este teste ajudarão a validar modelos operacionais para outro componente chave do programa Artemis — o Gateway.

A Nasa o descreve como "um posto avançado multifuncional orbitando a Lua, que oferece suporte essencial para o retorno humano de longo prazo à superfície lunar".

Se tudo correr como planejado, em 2025, a Artemis-3 deve fazer o primeiro pouso na Lua desde a missão Apollo 17 em 1972.

A missão também está programada para incluir a primeira mulher astronauta e a primeira pessoa negra a pisar na Lua .

Hannah Sargeant, cientista planetária da Universidade da Flórida Central, nos EUA, observa que esse foco na Lua faz parte de uma visão mais ampla.

O Gateway também se destina a ser uma base de apoio para a exploração do espaço profundo.

"Missões robóticas à Lua são um dos primeiros passos nesse roteiro, levando a uma estação espacial lunar, uma base lunar e, finalmente, a missões tripuladas a Marte", diz ela.

Missões da Índia, Japão e Emirados Árabes Unidos

Outros países e empresas também estão de olho na Lua neste ano.

Alguns estarão realizando pesquisas, enquanto outros vão entregar suprimentos e equipamentos.

Dois anos após uma tentativa de pouso fracassada na Lua, a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês) está planejando uma missão de exploração lunar chamada 'Chandrayaan-3'.

Uma espaçonave transportando um robô lunar e um módulo de pouso estacionário será lançada no terceiro trimestre de 2022.

O Japão, por sua vez, tem dois projetos lunares ambiciosos para este ano.

A Jaxa, agência espacial japonesa, planeja lançar um módulo de pouso lunar em abril de 2022.

Chamado SLIM (sigla em inglês para "módulo de pouso inteligente para investigar a Lua"), ele demonstrará técnicas precisas de alunissagem e reconhecerá crateras lunares aplicando tecnologia de sistemas de reconhecimento facial.

O telescópio espacial X-Ray Imagining and Spectroscopy Mission (XRISM) também estará a bordo.

E a empresa espacial japonesa, ispace Inc., também enviará um módulo de pouso para a Lua no segundo semestre de 2022. A missão 1 (M1) faz parte do programa de exploração comercial lunar da Jaxa, 'Hakuto-R', por meio do qual dois robôs exploradores serão implantados.

Um deles é construído pela própria Jaxa — um robô de duas rodas de pequena escala que vai explorar a superfície da Lua.

O outro robô que a empresa japonesa vai implantar é dos Emirados Árabes Unidos, chamado Rashid. É um veículo de quatro rodas encarregado de testar o solo da Lua.

Missão russa Luna 25 e Orbitador lunar da Coreia do Sul

A missão russa Luna 25 pousará no polo sul da Lua — Foto: Getty Images via BBC
A missão russa Luna 25 pousará no polo sul da Lua — Foto: Getty Images via BBC 

A missão lunar da Rússia para 2022 é chamada Luna 25.

Será a primeira missão do país à superfície da Lua em 45 anos — e deve ser a primeira missão a pousar no polo sul do satélite. Esta é a área que a Nasa está considerando para missões lunares tripuladas.

A agência espacial russa, Roscosmos, programou o lançamento para julho de 2022.

O Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia, a agência espacial da Coreia do Sul, lançará o Orbitador Lunar Coreano Pathfinder (KPLO) para a Lua um mês depois, em agosto de 2022.

O KPLO vai estudar a superfície da Lua e ajudará a planejar futuras missões aos polos lunares.

Robôs comerciais da Nasa

As empresas privadas também estão na corrida para a Lua.

Sob um programa da Nasa chamado Commercial Lunar Payload Services (CLPS), as companhias vão competir para fornecer serviços de transporte para a superfície da Lua.

A Intuitive Machines, com sede em Houston, pretende usar um robô lunar de seis patas chamado Nova-C para transportar cargas úteis para a superfície da Lua no início de 2022.

Uma missão posterior será lançada pela Astrobotic Technology, com sede na Pensilvânia, em meados de 2022.

A Peregrine Mission 1, da empresa, levará cargas úteis de pesquisa científica com um módulo de pouso de quatro patas em forma de caixa.

Qual é o objetivo destas missões?

Sargeant diz que muitas delas vão examinar o ambiente lunar, com o objetivo de encontrar maneiras de proteger tripulações e equipamentos de qualquer ameaça, como poeira lunar e vento solar intenso.

As missões também darão aos cientistas a oportunidade de testar os protótipos de equipamentos e experimentos que podem ser usados ​​para gerar recursos como a água.

"Queremos garantir que estas máquinas funcionem antes de enviarmos nossas equipes para lá, que vão depender dos suprimentos preciosos que elas geram", diz Sargeant.

"Por fim, estes suprimentos podem ser usados ​​para produzir o combustível necessário para enviar missões avançadas a Marte."

"A Lua também atua como uma plataforma de testes para tecnologias que gostaríamos de usar um dia no planeta vermelho. Está muito mais perto de casa, a apenas três dias de distância, do que os pelo menos seis meses necessários para chegar a Marte."

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10 homens mais ricos do mundo dobraram patrimônio na pandemia, diz Oxfam

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A Covid-19 deixou bilionários ainda mais ricos, enquanto a pobreza aumentou, segundo relatório da ONG.
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TOPO
Por BBC

Postado em 17 de janeiro de 2022 às 11h35m

Post.- N.\ 10.175

Jeff Bezos, citado na lista dos 10 homens mais ricos do mundo, que inclui Elon Musk e outros — Foto: Getty Images
Jeff Bezos, citado na lista dos 10 homens mais ricos do mundo, que inclui Elon Musk e outros — Foto: Getty Images

A pandemia tornou os bilionários do mundo muito mais ricos e levou mais pessoas a viver na pobreza, de acordo com um novo relatório da organização não-governamental britânica Oxfam.

A queda na renda dos mais pobres do mundo contribuiu para a morte de 21 mil pessoas por dia, afirma o relatório.

No entanto, as dez pessoas mais ricas do mundo mais que dobraram suas fortunas coletivas desde março de 2020, segundo a Oxfam (veja a lista abaixo nesta reportagem).

A Oxfam normalmente divulga um relatório sobre a desigualdade global no início da reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos. O evento reúne milhares de líderes empresariais e políticos, celebridades, ativistas, economistas e jornalistas na estação de esqui suíça para debates, festas e palestras.

No entanto, pelo segundo ano consecutivo, o Fórum de Davos (que estava agendado para esta semana) será realizado apenas online, devido ao surgimento da variante ômicron.

Os temas das discussões desta semana incluem o provável futuro da pandemia, a desigualdade na distribuição das vacinas e a transição energética.

Danny Sriskandarajah, executivo-chefe da Oxfam, disse que a ONG lança o relatório a cada ano para coincidir com Davos, na tentativa de atrair a atenção das elites econômicas, empresariais e políticas.

"Este ano, o que está acontecendo está fora da realidade", disse ele.

"Houve um novo bilionário criado quase todos os dias durante esta pandemia, enquanto 99% da população mundial está pior por causa de lockdowns, menos comércio e menos turismo internacional. Como resultado disso, mais 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza."

"Algo está profundamente errado em nosso sistema econômico", acrescentou.

De acordo com dados da Forbes citados pela instituição, os 10 homens mais ricos do mundo são: Elon Musk, Jeff Bezos, Bernard Arnault e família, Bill Gates, Larry Ellison, Larry Page, Sergey Brin, Mark Zuckerberg, Steve Ballmer e Warren Buffet.

Embora coletivamente a riqueza deles tenha crescido de US$ 700 bilhões para US$ 1,5 trilhão (de R$ 3,8 trilhões para R$ 8,3 trilhões), há uma discrepância grande entre eles, com a fortuna de Musk crescendo mais de 1.000%, enquanto a de Gates subiu "apenas" 30%.

Com base em números divulgados em outros estudos, o relatório faz menções ao Brasil, ao citar como os mais pobres do mundo vivem hoje. O documento diz que:

  • em São Paulo, as pessoas nas áreas mais ricas podem esperar viver 14 anos a mais do que aqueles nas áreas mais pobres;
  • afrodescendentes e indígenas no Brasil, dalits na Índia e nativos americanos, latinos e negros nos EUA enfrentam impactos duradouros desproporcionais da pandemia;
  • no Brasil, negros são 1,5 vezes mais propensos a morrer de covid-19 do que brancos.

Desigualdade aumenta durante a pandemiaDesigualdade aumenta durante a pandemia

Como a Oxfam calcula esses números?

O relatório da Oxfam é baseado em dados da Forbes Billionaires List e do relatório anual Credit Suisse Global Wealth, que compila a distribuição da riqueza global desde 2000.

A pesquisa da Forbes usa o valor dos ativos de um indivíduo, principalmente propriedades e terras, menos dívidas, para determinar o que ele ou ela possui. Os dados excluem salários ou rendimentos.

A metodologia já foi criticada no passado por distorcer determinados dados. Por exemplo, um universitário com grandes dívidas estudantis, mas com alto potencial de ganhos futuros, seria considerado pobre dentro dos critérios utilizados.

O relatório da Oxfam, que também foi baseado em dados do Banco Mundial, disse que falta de acesso à saúde, fome, violência baseada em gênero e colapso climático contribuíram para uma morte a cada quatro segundos.

Ele disse que, por causa da covid, hoje 160 milhões de pessoas a mais vivem com menos de US$ 5,50 (R$ 30) por dia.

O Banco Mundial usa US$ 5,50 por dia como medida de pobreza em países de renda média alta.

O relatório também diz que:

  • A pandemia está forçando os países em desenvolvimento a cortar gastos sociais à medida que as dívidas nacionais aumentam
  • A igualdade de gênero sofreu um retrocesso, com 13 milhões de mulheres a menos no trabalho agora do que em 2019 e mais de 20 milhões de meninas em risco de nunca mais voltar à escola
  • Grupos minoritários étnicos foram os mais atingidos pela covid, incluindo os bengaleses do Reino Unido e a população negra dos EUA

"Mesmo durante uma crise global, nossos sistemas econômicos injustos conseguem oferecer lucros inesperados para os mais ricos, mas falham em proteger os mais pobres", disse Sriskandarajah.

Ele disse que os líderes políticos agora têm uma oportunidade histórica de apoiar estratégias econômicas mais ousadas para "mudar o curso mortal em que estamos".

Isso deve incluir regimes tributários mais progressivos, que impõem taxas mais altas sobre capital e riqueza, com a receita investida em "saúde universal de qualidade e proteção social para todos", disse Sriskandarajah.

A Oxfam também está pedindo que os direitos de propriedade intelectual das vacinas contra covid-19 sejam dispensados para permitir uma produção mais ampla e distribuição mais rápida.

No início deste mês, o presidente do Banco Mundial, David Malpass, expressou suas preocupações com o aumento da desigualdade global, argumentando que o impacto da inflação e as medidas para combatê-la provavelmente causarão mais danos aos países mais pobres.

"As perspectivas para os países mais fracos ainda estão ficando cada vez piores", disse ele.

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