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terça-feira, 13 de agosto de 2024

Marte tem um oceano 'escondido' de água no estado líquido, sugere novo estudo

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Conclusões são baseadas em medições sísmicas realizadas pela sonda Mars InSight da Nasa. Água estaria localizada entre 11,5 e 20km de profundidade na crosta marciana. Em 2018, evidências de água líquida no planeta já tinham sido apontadas em outra pesquisa.
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Por g1

Postado em 13 de agosto de 2024 às 13h25m

#.* Post. - Nº.\  11.303 *.#

Insight Mars registra a sua primeira 'selfie' no planeta vermelho, em 2018 — Foto: Nasa/JPL-Caltech
Insight Mars registra a sua primeira 'selfie' no planeta vermelho, em 2018 — Foto: Nasa/JPL-Caltech

Cientistas anunciaram nesta segunda-feira (12) que Marte pode conter água em seu subsolo no estado líquido, numa quantidade suficiente para formar um oceano global.

As conclusões são baseadas em medições sísmicas realizadas pela sonda Mars InSight da Nasa, a agência espacial norte-americana, que detectou mais de 1300 tremores marcianos antes de encerrar suas operações há dois anos.

Toda essa água estaria localizada entre 11,5 e 20km de profundidade na crosta marciana. Provavelmente, afirmam os cientistas, a substância teria infiltrado no solo há bilhões de anos, quando o Planeta Vermelho possuía rios, lagos e, possivelmente, oceanos.

A descoberta foi publicada num artigo na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" e representa mais uma evidência de que o planeta possui água num estado do tipo.

Em 2018, evidências de água líquida no planeta já tinham sido apontadas em outra pesquisa. A descoberta então publicada na revista "Science" também foi reforçada em 2020 quando pesquisadores indicaram que o polo sul do planeta tem água em estado líquido, mas uma água salobra abaixo de uma camada de gelo.

Vashan Wright, cientista líder do estudo e pesquisador do Scripps Institution of Oceanography, da Universidade da Califórnia em San Diego, destacou, porém, que mesmo que ainda haja água circulando no interior de Marte, isso não significa necessariamente que há vida no planeta.

Nossos achados indicam que podem existir ambientes que potencialmente seriam habitáveis, afirmou em uma entrevista à agência AP.

Para chegar a essas conclusões, a equipe de Wright combinou modelos computacionais com as medições feitas pela InSight, incluindo a velocidade dos abalos sísmicos, apontando a presença de água subterrânea como a explicação mais provável.

Se a localização da InSight em Elysium Planitia, a segunda região vulcânica mais extensa de Marte próxima ao seu equador, for representativa do restante do planeta, a quantidade de água subterrânea seria suficiente para encher um oceano global com cerca de 1 a 2km de profundidade, ainda segundo Wright.

Marte, o Planeta Vermelho, visto em um mosaico de fotos da Viking Orbiter. — Foto: NASA/JPL-Caltech
Marte, o Planeta Vermelho, visto em um mosaico de fotos da Viking Orbiter. — Foto: NASA/JPL-Caltech

Contudo, para confirmar a presença dessa água e buscar sinais de vida microbiana, cientistas precisam usar equipamentos perfuratrizes e outros aparelhos específicos.

Embora a InSight não esteja mais operacional, os cientistas continuam analisando seus dados coletados entre 2018 e 2022 para obter mais informações sobre o interior do Planeta Vermelho.

Há mais de 3 bilhões de anos, Marte era um planeta úmido, mas acredita-se que tenha perdido sua água superficial à medida que sua atmosfera foi se dissipando, transformando-o no mundo árido e empoeirado que conhecemos hoje.

Os cientistas teorizam que grande parte dessa antiga água escapou para o espaço ou permaneceu enterrada abaixo da sua superfície.

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Pesquisadores mudam nome de mais de 200 espécies de plantas para retirar expressão racista com pena de prisão na África

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Plantas da africanas que tinham "caffra", que é expressão racista com pena de prisão na África. Mudança é a primeira vez que pesquisadores mudam uma nomenclatura por razões políticas e sociais e não científicas.
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Por g1

Postado em 13 de Agosto de 2024 às 09h05m

#.* Post. - Nº.\  11.302 *.#

O nome científico de mais de 200 espécies de plantas foi alterado por fazer referência a um termo racista. Segundo pesquisadores, é a primeira vez que o nome de uma planta é modificado por razões políticas e sociais, e não científicas.

🌿 Os nomes científicos das plantas são usados para identificá-las e, em geral, não são mudados, pois guardam o histórico daquela espécie, que durante centenas de anos foi chamada assim.

No entanto, desta vez, os botânicos decidiram, no Congresso Botânico Internacional que aconteceu em Madri, alterar a palavra "caffra", que acompanhava o nome de plantas vindas da África, para "affra". Os pesquisadores alegaram que a mudança se devia a um "erro de grafia", mas não é bem assim.

  • ➡️Em árabe, a palavra significa "descrente" e, originalmente, era usada para falar de não muçulmanos, até que foi redirecionada para escravos pretos africanos.
  • ➡️No sul da África, é considerada uma calúnia racial extremamente ofensiva, inclusive sob pena de prisão.

Com a mudança, a partir de 2026, a árvore coral da costa, por exemplo, deixará de ser chamada Erythrina caffra e terá o nome modificado para Erythrina affra.

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Mudança divide opiniões

Em geral, os nomes só são alterados se for descoberta alguma inconsistência na pesquisa que determinou a origem da planta, indicando que ela teria vindo de outro local e, portanto, precisaria de outro nome.

Esta é a primeira vez que botânicos decidem alterar um nome não por uma questão científica, mas social. A proposta de mudança de "caffra" foi aprovada com uma votação de 351 a 205.

As espécies que levavam o nome "caffra" não são as únicas que possuem um nome controverso quando analisado sob o contexto social atual. Debates sobre nomes têm se tornado cada vez mais frequentes na ciência.

➡️ Cientistas que estudam insetos abandonaram os nomes comuns "mariposas ciganas" e "formigas ciganas", pois são depreciativos para o povo cigano, por exemplo.

➡️ No reino animal, há ainda espécies que homenageiam pessoas como Adolf Hitler (Rochlingia hitleri, um besouro) e Benito Mussolini (Hypopta mussolinii, uma mariposa). No entanto, nenhum desses nomes foi alterado.

🌿 No caso das plantas, os críticos explicam que a decisão é complexa, pois não afeta apenas uma espécie, mas centenas. Ou seja, seria necessário mudar o nome de centenas de plantas que já possuem um histórico.

Fred Barrie, botânico do Field Museum em Chicago e membro do comitê editorial do Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas, disse ao jornal americano The New York Times diz que a estabilidade é importante na nomenclatura botânica e alerta que mudar milhares de nomes de espécies se tornará "um pesadelo impraticável".

Sergei Mosyakin, presidente da Sociedade Botânica Ucraniana, disse ao Times que há milhares de nomes de espécies de plantas com palavras que são ou podem ser consideradas ofensivas para alguns grupos de pessoas e alerta que a discussão pode ser apenas o começo.

➡️ Para evitar que coisas assim aconteçam no futuro, os cientistas também decidiram criar um comitê de ética para revisar o nome de espécies nomeadas a partir de 2026. O nome é, geralmente, determinado pelo pesquisador que a descobriu, mas agora passa a ser revisado para evitar termos que podem ser ofensivos a um grupo de pessoas.

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