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segunda-feira, 18 de julho de 2022

Esqueleto raro da Batalha de Waterloo é descoberto na Bélgica

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Ossada foi encontrada em sítio arqueológico de hospital de campanha do conflito que marcou o fim do reinado de Napoleão Bonaparte na França, em 1815.
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Por g1

Postado em 18 de julho de 2022 às 19h45m

 #.*Post. - N.\ 10.397*.#

Esqueleto completo tem mais de 200 anos — Foto: Chris van Houts
Esqueleto completo tem mais de 200 anos — Foto: Chris van Houts

Arqueólogos e voluntários do projeto Waterloo Uncovered encontraram o esqueleto completo de um soldado que lutou na Batalha de Waterloo, em 1815, na Bélgica. A descoberta, anunciada na quarta-feira (13), é um tanto rara e foi feita durante escavações em um hospital de campanha da época, situado no vilarejo de Mont-Saint-Jean, a cerca de 20 quilômetros de Bruxelas.

De acordo com os pesquisadores, o achado jazia entre caixas de munição, lixo hospitalar e ossos de pernas e braços de combatentes que tiveram os membros amputados na ocasião. Para Véronique Moulaert, funcionária da Agência de Patrimônio da região, encontrar todos estes artefatos em um mesmo lugar evidencia o estado de emergência em que o hospital estava.

Crânio do esqueleto descoberto em sítio arqueológico da Batalha de Waterloo — Foto: Chris van Houts
Crânio do esqueleto descoberto em sítio arqueológico da Batalha de Waterloo — Foto: Chris van Houts

"Soldados mortos, membros amputados e mais tinham que ser varridos para valas próximas e rapidamente enterrados em uma tentativa desesperada de conter a propagação de doenças ao redor do hospital", afirmou Moulaert, em declaração à imprensa.

Restos destroçados do osso da perna de um soldado que lutou no conflito — Foto: Chris van Houts
Restos destroçados do osso da perna de um soldado que lutou no conflito — Foto: Chris van Houts

Os restos mortais de vários cavalos também foram encontrados no sítio arqueológico e isso, para os estudiosos, ressalta a brutalidade do conflito. "Sou arqueólogo de campos de batalha há 20 anos e nunca vi nada parecido", afirmou Tony Pollard, um dos diretores arqueológicos do projeto e diretor do Centro de Arqueologia de Campos de Batalha da Universidade de Glasgow, Escócia.

Esqueleto de cavalo encontrado no sítio arqueológico da Batalha de Waterloo — Foto: Chris van Houts
Esqueleto de cavalo encontrado no sítio arqueológico da Batalha de Waterloo — Foto: Chris van Houts

A Batalha de Waterloo marcou o fim do governo de Cem Dias de Napoleão Bonaparte, que abdicou do trono da França após a derrota para os britânicos e prussianos. Estima-se que mais de 20 mil combatentes tenham morrido em apenas um dia de conflito, mas o paradeiro de grande parte desses corpos permanece desconhecido.

Os cientistas do Waterloo Uncovered, que trabalham na região desde 2015, acreditam que muitos cadáveres foram queimados em piras ou empilhados em valas comuns. Outra hipótese da equipe é que boa parte dos corpos foram removidos das sepulturas e enviados para o Reino Unido para terem seus ossos transformados em fertilizantes e comercializados.

Dentes humanos encontrados durante as escavações em Mont-Saint-Jean — Foto: Chris van Houts
Dentes humanos encontrados durante as escavações em Mont-Saint-Jean — Foto: Chris van Houts

A equipe espera realizar um levantamento geofísico em larga escala da região ainda este ano. O objetivo da análise é identificar anomalias na paisagem que potencialmente indiquem a existência de valas comuns, objetos metálicos ou estruturas perdidas.

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'Polícia dos buracos negros' descobre primeiro buraco negro estelar 'adormecido' fora da Via Láctea

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Embora previstos por teoria, fenômenos do tipo são bastante difíceis de serem detectados. 'Conseguimos identificar uma agulha num palheiro', afirmou um astrônomo do projeto.
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Por g1

Postado em 18 de julho de 2022 às 15h15m

 #.*Post. - N.\ 10.396*.#

Representação artística mostra como seria o buraco negro. Escala da imagem não representa a realidade. A estrela azul ao centro é cerca de 200 000 vezes maior que o buraco negro. — Foto: ESO/L. Calçada
Representação artística mostra como seria o buraco negro. Escala da imagem não representa a realidade. A estrela azul ao centro é cerca de 200 000 vezes maior que o buraco negro. — Foto: ESO/L. Calçada

A lista de fenômenos espaciais cresceu com a primeira detecção de um buraco negro de massa estelar adormecido, orbitando outra estrela, ainda longe o suficiente para não engolir sua companheira.

Este novo tipo de buraco negro, embora há muito tempo previsto por teoria (mas muito difícil de se detectar, pois está bem escondido) foi encontrado após seis anos de observação com o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu Austral (ESO, na sigla em inglês) no Chile, de acordo com um estudo publicado na revista científica Nature Astronomy nesta segunda-feira (18).

"Encontramos uma agulha no palheiro", comentou o principal autor do estudo, Tomer Shenar, em um comunicado.

Durante três anos, vários candidatos ao título de "buraco negro adormecido" se apresentaram, mas nenhum até agora havia sido aceito por essa equipe internacional de astrônomos, batizada pela ESO de "polícia dos buracos negros".

O vencedor, com uma dúzia de vezes a massa do Sol, está na Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã perto da Via Láctea. É como a segunda perna de um sistema binário de duas estrelas girando em torno uma da outra, uma das quais, morta, tornou-se um buraco negro e a outra ainda está viva.

O que é um buraco negro?

O que é um buraco negro?

Buracos negros de massa estelar - incomparavelmente menores que seus irmãos supermassivos - são estrelas massivas (entre 5 e 50 vezes a massa do Sol) no final de suas vidas, que estão colapsando sobre si mesmas.

Esses objetos são tão densos e sua força de gravidade tão poderosa que nem mesmo a luz pode escapar: são, portanto, por definição, invisíveis. Os cientistas podem, porém, observar a matéria que circula em volta, antes de ser engolida... exceto quando o buraco negro "dorme", de dieta.

Nos sistemas binários já observados, a estrela que se tornou um buraco negro está perto o suficiente de sua estrela companheira para "roubar" sua matéria ("o que os cientistas chamam de acreção"), explica à agência de notícias AFP Hugues Sana, da Universidade de Louvain (KU Leuven), na Bélgica, um dos autores do estudo.

A Nebulosa da Tarântula, a 160.000 anos-luz de distância da Terra, uma das estruturas da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea. — Foto: ESO
A Nebulosa da Tarântula, a 160.000 anos-luz de distância da Terra, uma das estruturas da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea. — Foto: ESO

'Casal de dançarinos'

Esta matéria, uma vez capturada, emite raios-X, que podem ser detectados. Mas aqui, o buraco negro não emite nenhum, e por uma boa razão: "A estrela viva (cerca de 25 vezes a massa do Sol) está longe o suficiente para não ser engolida. Ela permanece, por enquanto, em equilíbrio nesta órbita", com duração de 14 dias, continua o astrônomo.

Um equilíbrio que não vai durar, segundo ele. "A estrela viva crescerá e, neste momento, parte de sua superfície será engolida pelo buraco negro", que emitirá raios-X e, portanto, sairá de seu estado adormecido.

Mas como saber que tal objeto existe? "Imagine um casal de dançarinos de mãos dadas, que você observa no escuro. Um vestido preto, o outro um traje luminoso: você só vê a dança do segundo, mas sabe que ele tem um parceiro de dança, graças ao estudo do movimento", explica Hugues Sana.

Na astronomia, assim como Júpiter e o Sol giram em torno um do outro, podemos medir as respectivas massas de um sistema binário observando esses movimentos.

Para ter certeza de que o objeto fantasma era de fato um buraco negro, os pesquisadores procederam por eliminação, descartando vários cenários, como o de uma estrela perdendo seu envelope.

"A única explicação razoável é que se trata de um buraco negro, porque nenhuma outra estrela consegue reproduzir esses dados observacionais", resume o pesquisador.

De acordo com modelos recentes, cerca de 2% das estrelas massivas em nossa galáxia provavelmente têm um buraco negro ao seu redor, ou cerca de 100 milhões, de acordo com Hugues Sana.

"No momento, conhecemos apenas dez deles, todos detectados graças às suas emissões de raios-X, então estamos perdendo alguns!"

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