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terça-feira, 26 de outubro de 2021

IPCA-15: prévia da inflação fica em 1,20% em outubro e atinge 10,34% em 12 meses

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Foi a maior taxa para o mês em 26 anos. Alta acima do esperado foi puxada pelo aumento de 3,91% da energia elétrica e dos combustíveis (2,03%). Gasolina acumula salto de mais de 40% em 12 meses.
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Por Darlan Alvarenga, g1

Postado em 26 de outubro de 2021 às 12h00m


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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou a alta para 1,20% em outubro, após ter registrado taxa de 1,14% em setembro, mostram os dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Trata-se da maior variação para um mês de outubro desde 1995 (1,34%), e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%)", informou o IBGE.

IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação mensal)   — Foto: Economia G1
IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação mensal) — Foto: Economia G1

A alta foi puxada pelo custo da energia elétrica (3,91%), que representou 0,19 ponto percentual da inflação do mês, e dos combustíveis (2,03%).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, chegou a 10,34%, contra os 10,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O resultado veio pior do que o esperado. As projeções de analistas de 28 consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data apontavam para um avanço de 0,98% em outubro e de 10,1% em 12 meses.

A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. No final de setembro, o Banco Central elevou de 5,8% para 8,5% sua estimativa de inflação para o ano, admitindo oficialmente o estouro da meta.

IPCA - 15: prévia da Inflação oficial acumulada em 12 meses — Foto: Economia G1
IPCA - 15: prévia da Inflação oficial acumulada em 12 meses — Foto: Economia G1

O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. A diferença em relação ao IPCA está no período de coleta e na abrangência geográfica.

O que mais subiu no mês

Houve alta em 8 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados. Veja abaixo o resultado do IPCA-15 para cada um dos grupos:

  • Alimentação e bebidas: 1,38%
  • Habitação: 1,87%
  • Artigos de residência: 0,53%
  • Vestuário: 1,32%
  • Transportes: 2,06%
  • Saúde e cuidados pessoais: -0,01%
  • Despesas pessoais: 0,77%
  • Educação: 0,09%
  • Comunicação: 0,34%

A energia elétrica (3,91%) foi o destaque no grupo Habitação. A alta decorre, em grande medida, da vigência da bandeira tarifária Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, o mais alto entre todas as bandeiras. Em 12 meses, a alta da energia é de 30,78%.

No grupo dos Transportes (2,06%), o maior impacto veio das passagens aéreas, que subiram 34,35% e contribuíram com 0,16 ponto percentual para o resultado do mês.

Todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em outubro. O menor resultado ocorreu em Belém (0,51%). Já a maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%).

Gasolina acumula alta de mais de 40% em 12 meses

A gasolina, componente com o maior peso do IPCA-15, subiu 1,85% em outubro e acumula avanço de 40,44% nos últimos 12 meses.

Os demais combustíveis também apresentaram altas: etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%).

O gás de botijão subiu 3,80%, registrando o 17º mês consecutivo de alta, acumulando alta de 35,18% em 12 meses.

Gasolina e diesel sofrem reajuste nas refinarias a partir desta terça (26)
Gasolina e diesel sofrem reajuste nas refinarias a partir desta terça (26)

Carro usado tem 13ª alta consecutiva

Ainda em transportes, os automóveis novos (1,64%), usados (1,56%) e as motocicletas (1,27%) seguem em alta. No caso dos automóveis usados, trata-se da 13ª alta consecutiva, acumulando 13,21% de variação nos últimos 12 meses

Preço da carne cai e frango fica mais caro

As carnes (-0,31%) tiveram queda de preço, após 16 meses seguidos de alta. Em 12 meses, entretanto, o item acumula avanço de 22,06%.

Entre os alimentos, também houve queda em outubro nos preços da cebola (-2,72%) e do arroz (-1,06%). Do lado das altas, destaque para as frutas (6,41%), tomate (23,15%), batata-inglesa (8,57%), frango em pedaços (5,11%), café moído (4,34%), frango inteiro (4,20%) e queijo (3,94%).

Inflação persistente deve acelerar alta da Selic

Na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda, os analistas do mercado financeiro aumentaram de 8,69% para 8,96% a expectativa para a inflação de 2021.

Na visão do mercado, as manobras para furar do teto dos gastos colocam ainda mais pressão no dólar e no Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decide nesta quarta-feira a nova taxa básica de juros (Selic), atualmente em 6,25% ao ano.

Na média das projeções, a taxa básica da economia deve subir para 7,5% ao ano - uma alta de 1,25 ponto percentual. Mas diversas casas apostam em um aperto monetário ainda maior, de 1,50 ponto percentual.

"A conjunção de inflação persistente com alteração do regime fiscal (fim do teto dos gastos) irá forçar o Copom a subir a SELIC mais fortemente que o esperado", avaliou o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

Economista analisa medidas econômicas do governo e cita efeitos da estagflação entre os mais pobres
Economista analisa medidas econômicas do governo e cita efeitos da estagflação entre os mais pobres

Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,18% para 4,40% a estimativa de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

A piora nas projeções para os indicadores econômicos acontece após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter proposto na semana passada flexibilizar o teto de gastos (mecanismo que limite o aumento da maior parte das despesas à inflação do ano anterior).

O mercado elevou de 8,25% para 8,75% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. E, para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro subiram a expectativa para a taxa Selic de 8,75% para 9,5% ao ano, o que pressupõe novas elevações de juros também no próximo ano.

Risco fiscal se materializou e BC deve aumentar ainda mais a taxa de juros, diz economista
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Brasil cria 313 mil vagas formais em setembro; abertura de postos desacelera em relação a agosto

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Abertura de vagas com carteira assinada teve queda na comparação com agosto deste ano e com setembro de 2020. Entre janeiro e setembro foram criadas 2,5 milhões de postos.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 26 de outubro de 2021 às 10h40m


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A economia brasileira gerou 313.902 empregos com carteira assinada em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (26) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Ao todo, segundo o ministério, o país registrou em setembro 1.780.161 contratações e 1.466.259 demissões.

Apesar de permanecer acima da marca de 300 mil postos formais, a geração de empregos teve desempenho pior do que em agosto deste ano, quando foram abertas 368.091 (dado revisado) e, também, na comparação com setembro do ano passado - foram criados 319.151 empregos com carteira assinada.

Criação de Empregos Formais no Brasil
319.151319.151392.190392.190397.972397.972-112.039-112.039261.197261.197397.694397.694175.628175.628116.059116.059275.703275.703302.261302.261302.402302.402368.091368.091313.902313.902SET/2020OUT/2020NOV/2020DEZ/2020JAN/2021FEV/2021MAR/2021ABR/2021MAI/2021JUN/2021JUL/2021AGO/2021SET/2021-200k-100k0100k200k300k400k500k
Fonte: Ministério do Trabalho

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado.

Setores

Os números do Caged de setembro de 2021 mostram que foram criados empregos formais em todos os setores da economia.

Abertura de vagas por setor da economia
setembro de 2021


Fonte: Caged

Regiões do país

Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas as regiões do país no mês passado.

Emprego em setembro por região

Número de vagas

139.081139.08190.67890.67846.72446.72421.37121.37116.12216.122SudesteNordesteSulCentro-OesteNorte020k40k60k80k100k120k140k160k
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia

Parcial do ano

Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, no acumulado dos nove primeiros meses deste ano foram criadas 2,512 milhões de vagas. De janeiro a setembro do ano passado, foram fechados 558,59 mil empregos com carteira assinada.

Ao final de setembro de 2021, o Brasil tinha saldo de 41,875 milhões de empregos com carteira assinada. Isso representa um aumento na comparação com janeiro deste ano (39,624 milhões de empregos) e, também, com setembro de 2020, quando o saldo estava em 38,684 milhões.

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.795,46 em setembro deste ano, o que representa uma queda real, com os valores sendo corrigidos pelo INPC, de R$ 18,11 em relação a agosto de 2021 (R$ 1.813,57) e, também, na comparação com setembro do ano passado, quando somavam R$ 1.895,46.

Programa de manutenção do emprego

De acordo com o Ministério do Trabalho, o comportamento do emprego formal, neste ano, ainda sofre influência do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, iniciado no ano passado e reeditado em 2021.

Isso porque os empregadores, para obterem os benefícios do programa, têm de manter o emprego do trabalhador por igual período de tempo da suspensão do contrato, ou redução da jornada.

De abril a setembro deste ano, segundo o Ministério do Trabalho, 2,593 milhões de trabalhadores foram beneficiados pelo programa. Foram pagos R$ 6,98 bilhões no período.

Caged X Pnad

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta terça-feira (26), consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui os informais.

Com isso, não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia.

No fim de setembro, o IBGE informou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em julho, mas ainda atinge 14,1 milhões de brasileiros.

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