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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Impeachment sem 'evidência concreta' traria dano, diz The New York Times

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Jornal norte-americano publicou editorial sobre a crise brasileira.
Para o veículo, Brasil está 'em pedaços', mas há 'firmeza nas instituições'.

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Do G1, em Brasília
17/08/2015 23h43 - Atualizado em 18/08/2015 00h37
Postado às 23h50m

Editorial do jornal norte-americano “The New York Times” divulgado nesta segunda-feira (17) afirma que forçar a saída da presidente Dilma Rousseff do cargo sem “evidência concreta de malfeito traria sérios danos para a democracia” brasileira. 

De acordo com o jornal , não há benefício em troca da mudança e também não há nada que indique que outro líder da mesma ala faria trabalho melhor na economia.

O texto, intitulado “Turbulência crescente do Brasil” (Brazil’s rising turbulence), foi divulgado no site do jornal nesta segunda e deverá ser publicado na edição impressa da publicação nesta terça-feira (17).
O editorial destaca que, até agora, as investigações referentes à Operação Lava Jato não encontraram evidências de ação ilícita da presidente. Além disso, aponta que, mesmo ela sendo responsável pelas políticas e parte do mau gerenciamento que enfraqueceram a economia, isso não significa crime de responsabilidade.

“Forçar a saída da senhora Rousseff do cargo sem qualquer evidência concreta de malfeito traria sério prejuízo para uma democracia que tem ganhado força ao longo de 30 anos, sem nenhum benefício em troca. E não há nada que indique que qualquer líder da mesma ala faria trabalho melhor na economia”, afirma o The New York Times.

O The New York times também  afirma que, apesar de as investigações criarem problemas políticos e terem à tona trazido dúvidas referentes aos sete anos em que Dilma comandou a Petrobras, a presidente "admiravelmente não fez eforços para constranger ou influenciar as investigações". A publicação destaca, ainda, que ela indicou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para novo mandato.

'Firmeza nas instituições'
O editorial considera que “o Brasil está em pedaços” e menciona as atuais crises politica e econômica. O texto cita as denúncias de corrupção na Petrobras, a “revolta no legislativo”, a queda da popularidade de Dilma, os protestos deste domingo (16) e o rebaixamento da nota de  crédito do Brasil pela agência Moody’s na última semana. 


Para o The New York Times, no entanto, existe “firmeza” nas instituições democráticas brasileiras.
“Em meio a toda essa turbulência, é fácil não se dar conta da boa notícia: a firmeza das instituições democráticas brasileiras. 

Nas diligências sobre propina na Petrobras, procuradores federais [...] não têm sido intimidados por alta posição ou poder,  o que representa um golpe na cultura arraigada de imunidade entre governantes e empresários”, diz o texto, que menciona a prisão do ex-dirigentes da Petrobras e do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht. A publicação também diz que outros tem o nome investigado, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O texto termina afirmando que os brasileiros estão vivendo momentos difíceis e frustrantes, e que "as coisas devem piorar antes de melhorar". "A senhora Rousseff também tem mais problemas e críticas pela frente. 


Mas a solução não deve ser minar as instituições democráticas que são, no fim das contas, o que ganrante estabilidade, credibilidade e um governo honesto", conclui o editorial.

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Cinco maneiras pelas quais o El Niño pode alterar o clima do planeta

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Fenômeno em 2015 pode ser o mais forte já registrado, afetando todos os continentes.

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Jaime González Da BBC Mundo em Los Angeles
17/08/2015 20h38 - Atualizado em 17/08/2015 20h38
Postado às 23h30m

A atividade do El Niño vem se fortalecendo nos últimos meses (Foto: NASA via AP)
A atividade do El Niño vem se fortalecendo nos últimos meses (Foto: NASA via AP)

O Estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, vinha atravessando uma das maiores secas de sua história nos últimos quatro anos e a chegada do verão no Hemisfério Norte preocupava as autoridades, já que esta é normalmente uma estação com menos chuvas.
Mas, para surpresa de muitos, o mês de julho foi o mais chuvoso já registrado em muitas partes do sul do Estado, com níveis de umidade altos.

São muitos os especialistas que têm certeza que fenômenos como este estão sendo causados pelo El Niño, que se caracteriza por um aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região equatorial e cuja atividade vem se fortalecendo nos últimos meses.

Existe um consenso cada vez maior entre os cientistas de que o El Niño hoje poderia alcançar ou até superar a dimensão registrada entre 1997 e 1998, que causou inundações e secas do planeta todo.
O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos afirmou até que este pode ser o El Niño mais forte já registrado.

"Os dados que temos indicam que é o El Niño mais forte desde 1997, mas, obviamente, os modelos climáticos só podem prever o que acontecerá nos próximos meses, por isso temos que ser cautelosos", disse à BBC Mundo William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA.

"Para que alcance uma intensidade parecida com o período de 1997-1998, é preciso que ocorram duas coisas. Primeiro, nos próximos meses é preciso haver um abrandamento significativo dos ventos alísios de leste para oeste no Pacífico."

"Se isto acontecer, veremos uma transferência dramática de calor das águas do oeste do Pacífico para as do Pacífico central e oriental. É nestas condições que se podem alterar os padrões de temperatura e precipitações em todo o planeta", disse Patzert, que garante que o fenômeno deste ano tem potencial para ser o "El Niño Godzilla", devido à sua intensidade.

A BBC Mundo pediu para o especialista da Nasa falar sobre alguns dos efeitos que o El Niño pode ter em algumas partes do mundo nos próximos meses, caso sua força seja confirmada.
1 - América do Norte
William Patzert pede cautela, já que os modelos climáticos só podem prever o que acontecerá nos próximos meses (Foto: BBC)
William Patzert pede cautela, já que os modelos
climáticos só podem prever o que acontecerá nos
próximos meses (Foto: BBC)

"O El Niño faz uma corrente em jato subtropical, que habitualmente se encontra no sul do México e América Central, se deslocar para o norte. Isto provoca invernos mais chuvosos do que o de hábito no sul dos Estados Unidos", afirmou.

"Contrastando com isso, a corrente em jato polar, que tem sito muito forte na América do Norte nos dois últimos invernos, enfraquece, por isso são registrados invernos mais suaves no norte dos Estados Unidos e sul do Canadá."

Segundo Patzert, mesmo que o aumento das chuvas possa ser uma boa notícia para o sudoeste dos EUA, devido à seca na região, também poderia causar grandes inundações e deslizamentos.

2 - América do Sul
"Na região que vai desde o norte do Chile até o Equador, nas quais se encontram as áreas mais áridas do planeta, o El Niño causa invernos muito chuvosos."


"Além disso, nesta região, que conta com os maiores navios de pesca comercial do mundo, se a temperatura da água continua mais alta do que o normal há um colapso na pesca, o que pode ter impacto nas economias destes países", explicou o especialista da Nasa.

"No nordeste do Brasil, o El Niño provoca seca enquanto que no sul do Brasil e norte da Argentina, são registradas inundações."

3 - Ásia
De acordo com Patzert, "quando, no Pacífico equatorial, a água quente se move até a América do Sul, em lugares como Filipinas, Indonésia ou Tailândia são registradas secas extremas".


Em alguns destes países, nos quais a agricultura é responsável por uma grande porcentagem do PIB, pode ocorrer um grande aumento no preço dos alimentos, o que acaba afetando o preço das matérias-primas em escala global.

"Ao mesmo tempo, em países como Japão e China, ocorrem invernos mais temperados", acrescentou.

4 - Europa
"Na Europa, nos anos em que o El Niño é forte, ocorreram invernos muito frios no leste do continente e também no oeste da Rússia", disse Patzert.


Segundo o especialista, "um bom exemplo são dois dos Ninõs mais importantes registrados nos últimos dois séculos: o de 1812 e o de 1941".

"Estes foram precisamente os invernos em que as tropas de Napoleão e Hitler foram derrotadas. Por isso gosto de dizer que nenhum Exército os derrotou, foi o El Niño."

5 - Outras regiões da Terra
Patzert explica que, nos anos em que ocorre o El Niño "há uma temporada de furacões mais fraca no Atlântico" já que os ventos que ocorrem não são favoráveis para a criação de sistemas tropicais.


"Ao mesmo tempo, no Pacífico oriental, devido à elevada temperatura da água, é registrada uma temporada de furacões muito ativa, em regiões como a Baixa Califórnia."

"Enquanto que, o sul do continente africano e Madagascar tendem a ser afetados pela seca, e áreas da África subsaariana, que são muito secas, têm mais chuvas."

Por fim, o especialista da Nasa afirma que o El Niño faz com que o norte da Austrália, como no sudeste asiático, se veja afetado pela seca.

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Conheça as revelações da coleção de fitas cassete de Bin Laden

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Gravações foram encontradas em loja de fitas após invasão do Iraque pelos EUA, em 2001.

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Richard Fenton-Smith Da BBC
17/08/2015 11h48 - Atualizado em 17/08/2015 11h48
Postado às 16h40m

 Fitas foram encontradas após invasão americana ao Iraque, em 2001  (Foto: Flagg Miller/BBC) Fitas foram encontradas após invasão americana ao Iraque, em 2001 (Foto: Flagg Miller/BBC)

Após a invasão do Afeganistão por tropas lideradas pelos Estados Unidos em 2001, Osama Bin Laden foi forçado a fugir da cidade de Kandahar, onde morava desde 1997.

Vários prédios foram desocupados de forma apressada, incluindo um, em frente ao Ministério das Relações Exteriores do Talebã, onde figurões da Al-Qaeda costumavam se encontrar. Dentro dele, foram encontradas 1,5 mil fitas cassete.

Entre os objetos encontrados no prédio saqueado estavam as fitas de áudio, que foram vendidas por uma família afegã a uma loja de cassetes. Com o fim do domínio do Talebã, passou a ser possível ganhar dinheiro produzindo música pop, que antes era proibida, e as fitas poderiam ser apagadas e regravadas com as canções de sucesso.

Mas um cinegrafista que trabalhava para a CNN ouviu falar sobre o material e convenceu o dono da loja a devolvê-las, dizendo que poderiam ter algum conteúdo importante. Ele estava certo: elas eram a biblioteca em áudio da Al-Qaeda.

As fitas acabaram chegando ao Projeto de Mídia do Afeganistão no Williams College, no Estado americano de Massachusetts, que pediu a Flagg Miller – especialista em literatura e cultura árabe da Universidade da Califórnia Davis – que fizesse uma imersão na mistura desordenada de sermões, músicas e conversas íntimas gravadas nas fitas. Até hoje, ele é o único a ter ouvido todo o material.
Flagg Miller com as fitas da Al-Qaeda, sobre as quais lançou um livro 10 anos depois (Foto: Flagg Miller/BBC)Flagg Miller com as fitas da Al-Qaeda, sobre as quais lançou um livro 10 anos depois (Foto: Flagg Miller/BBC)

"Foi um sentimento totalmente esmagador", diz Miller ao lembrar do dia em que recebeu duas caixas de fitas empoeiradas em 2003.
"Não dormi por três dias pensando no que seria preciso para que aquilo tudo fizesse sentido."

Mais de uma década depois, Miller escreveu um livro sobre suas descobertas, chamado "The Audacious Ascetic" (O Asceta Audacioso, em tradução literal). As fitas vão do final da década de 1960 a 2001 e mais de 200 pessoas aparecem falando. Entre elas, Osama Bin Laden.

Sua voz aparece nas fitas pela primeira vez em 1987 – na gravação de uma batalha entre mujahideen, como são chamados combatentes árabes-afegãos, e forças soviéticas. 

Bin Laden havia deixado a sua casa na Arábia Saudita, onde fora criado com todo luxo, para fazer o seu nome lutando contra os invasores infieis do Afeganistão.
Inimigo
Material traz discursos, conversas, músicas e outros registros (Foto: Flagg Miller/BBC)Material traz discursos, conversas, músicas e outros registros (Foto: Flagg Miller/BBC)

"Bin Laden queria criar a imagem de militante eficaz – trabalho nada fácil, porque ele era conhecido como um dândi, que usava botas de deserto de marca", diz Miller.
"Mas era muito sofisticado em sua autopropaganda, e as fitas são parte dessa história de construção do mito."

A coleção também traz discursos proferidos por Bin Laden nos final dos anos 1980 e início dos 1990 para públicos na Arábia Saudita e no Iêmen.

"É fascinante como Bin Laden fala sobre as ameaças à Península Árabe – mas quem é o inimigo? Não são os Estados Unidos, como costumamos pensar, ou o Ocidente. São outros muçulmanos", diz Miller.

Apesar de os Estados Unidos terem acabado virando o alvo número um de Bin Laden, quase não há referências ao "inimigo distante" nestes primeiros discursos. Por muitos anos, ele estava muito mais preocupado com o que chamava de "falta de fé" entre muçulmanos que não aderiam à sua rigorosa e literal interpretação do Islã.

"Eles são xiitas em primeiro lugar e acima de tudo. Eles são do partido Baath do Iraque. Eles são comunistas e do partido de Nasser do Egito", explica Miller.
"Bin Laden queria trazer a jihad (guerra santa) para a questão de quem é um verdadeiro muçulmano."

Naqueles tempos pré-internet, fitas cassetes eram o veículo perfeito para proselitismo e propaganda – não surpreende que Bin Laden fosse um fã.

Podiam ser compartilhadas facilmente – copiadas ou passadas mão em mão – e censores prestavam pouca ou nenhuma atenção a elas. Também eram extremamente populares no Oriente Médio e no mundo árabe, onde as pessoas as ouviam com frequência, com amigos, formulando ideias revolucionárias.

Embora sermões e discursos formem o grosso da coleção, também há curiosidades. Entre elas, uma conversa com um gênio – ou Jinni, em árabe – que tomou o corpo de um homem. Falando por meio dele, o gênio afirma que tem conhecimento de tramas políticas, embora afirme-se que Bin Laden não perdia tempo com superstições.

Também há uma gravação de militantes árabes-afegãos – árabes lutando no Afeganistão contra a forças invasoras soviéticas – tomando café da manhã em um campo de treinamento no final dos anos 1980. Esta conversa franca revela o tédio da vida no front. 

A conversa é dominada pelo desejo por boa comida e pelas maravilhas culinárias de "Mr. Hellfire" – um chefe famoso em Meca, conhecido por sobremesas deliciosas.

Também há horas de hinos islâmicos – músicas que narram batalhas e levam mensagem aos aspirantes a Mujahideen (combatentes). Uma ferramenta de recrutamento essencial.
"Para muitos, esse era o caminho para a jihad – através do coração", diz Miller.

"Essas música tem um componente emocional, trazendo para os lares o som do combate sobre o qual muitos liam e viam na TV. Há algo íntimo em ouvi-los em fones de ouvido porque eles de fato tocam a sua imaginação."

E Phil Collins? Algum Rolling Stones ou Fleetwood Mac? Infelizmente não – mas músicas pop orientais aparecem com Gaston Ghrenassia, que costumava se apresentar como Enrico Macias, um judeu argelino que ficou famoso primeiramente na França, antes de alcançar sucesso mundial em 1960 e 1970.

"Acho que essa coleção de músicas francesas revela a extensão das línguas faladas pelos árabes-afegãos em Kandahar e suas muitas experiências no mundo. Muitos haviam morado no Ocidente por longos períodos e pode-se até dizer que haviam levado múltiplas vidas", diz Miller.

"Essas músicas sugerem que alguém, em algum ponto da vida, gostava das músicas deste judeu argelino – e pode ter continuado a gostar, apesar dos ensinamentos que consideravam isso uma heresia."

Gandhi
Outro nome inesperado que aparece nas fitas é Mahatma Gandhi, citado como inspiração por Osama Bin Laden em um discurso de setembro de 1993.


Este também é o primeiro discurso na coleção em que Bin Laden pede que apoiadores ajam contra os EUA boicotando seus produtos.
"Considerem o caso da Grã-Bretanha, um império tão vasto que alguns diziam que o sol nunca se punha."

"Foram obrigados a se retirar de uma de suas maiores colônias quando Gandhi, o hindu, declarou um boicote contra os seus produtos. Temos que fazer a mesma coisa hoje com os EUA."

Bin Laden também encoraja o público a escrever cartas para embaixadas americanas para alertar sobre o papel dos EUA no conflito do Oriente Médio. Até aí, não há menção à violência contra os EUA.

"Isso muda em 1996, dias após ele ser deportado do Sudão", diz Miller.
"Sob pressão dos EUA, ele perde sua cidadania da Arábia Saudita em 1994. Também havia perdido todo o seu dinheiro e estava quase esgotado emocionalmente. Então Bin Laden precisa criar algo desesperadamente para reanimar os seus simpatizantes extremistas, e isso é feito em seus discursos em Tora Bora em 1996."

O discurso nas montanhas de Hindu Kush costuma ser chamado de "declaração de guerra de Bin Laden". Mas, após ouvir o áudio completo dos discursos, Miller diz que isso não é completamente preciso.

"O terço final do discurso tem 15 poemas, e muitas vezes quando este discurso é traduzido a poesia não aparece. Por causa disso, nós não reconhecemos o quanto este discurso não era uma declaração de guerra, como foi descrito pela imprensa na época."

"Ele fala sobre a urgência de dominar os EUA, mas à luz de uma luta muito maior – a luta contra a corrupção saudita."

É apenas em uma das últimas gravações da coleção que há alguma alusão ao 11 de Setembro, a de um casamento do guarda-costas de Osama Bin Laden, Umar, que foi gravado alguns meses antes dos ataques a Nova York e Washington DC.

Violência
"Há muita risada na fita e então Bin Laden aparece, e não há mais alegria. Ele fala sobre como celebrar é importante, mas não deve ofuscar assuntos mais sérios."


Bin Laden faz, então, uma referência nefasta.
"Ela fala explicitamente sobre 'um plano' – sem revelar detalhes – e sobre como estamos próximos de 'ouvir notícias', e ele pede a Deus que 'dê sucesso a nossos irmãos'", diz Miller.

"Entendo que ele se referia aos ataques de 11 de Setembro. Ele está falando especificamente sobre os EUA naquela conjuntura."
É curioso que entre mais de uma década de gravações com Osama Bin Laden, a coisa com a qual ele costuma ser associado com mais frequência – violência terrorista contra o Ocidente – seja pouco mencionada.

"O primeiro inimigo da Al-Qaeda na maioria dessas fitas, na maior parte do tempo, são líderes muçulmanos", diz Miller.
"A presença contínua da Al-Qaeda no Iêmen, seus efeitos no Iraque e a contínua devastação de vidas muçulmanas no mundo muçulmano apenas cofirma o fato de que essa organização, essa ideia, pede muitos caminhos sangrentos."

"Não há nada de inevitável sobre o 11 de Setembro nessas fitas. Foi difícil me lembrar disso trabalhando nelas."

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