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sábado, 6 de março de 2021

Estromatólitos: como a forma de vida mais antiga conhecida ajudou a tornar a Terra habitável

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Há bilhões de anos, essas colônias de micro-organismos liberaram oxigênio na atmosfera da Terra, permitindo à vida prosperar e evoluir. Hoje, elas ainda resistem na costa da Austrália.
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TOPO
Por Marian McGuinnes, BBC

Postado em 06 de março de 2021 às 19h25m


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Estromatólitos são fósseis vivos e as formas de vida mais antigas do nosso planeta — Foto: Getty Images via BBC
Estromatólitos são fósseis vivos e as formas de vida mais antigas do nosso planeta — Foto: Getty Images via BBC

O teto solar e as janelas estavam abertas. Eu estava dirigindo na Indian Ocean Drive, algumas horas ao norte de Perth rumo ao Lago Thetis, na Costa dos Corais da Austrália.

Como um desenho de Escher, a paisagem se metamorfoseava de plantações agrícolas em matagais com pedras calcárias, acompanhada de moinhos de vento que extraíam água do Aquífero Yarragadee formado durante a era Jurássica.

Havia eucaliptos de troncos brancos e arbustos brotando aos montes, bandos de cacatuas negras alçando voos estridentes e, infelizmente, dezenas de cangurus que haviam sido atropelados.

Uma viagem de carro ao longo da costa do continente mais antigo do planeta não podia deixar de ser repleta de mistérios. Enquanto eu passava por placas verdes e amarelas na estrada alertando para ficar atenta a cangurus, emas e equidnas, havia outra forma de vida rara que eu estava procurando — uma que remonta ao início dos tempos.

Estromatólitos são fósseis vivos e as formas de vida mais antigas em nosso planeta. O nome deriva do grego, stroma, que significa "colchão", e lithos, que quer dizer "pedra". Estromatólito significa literalmente "rocha em camadas".

A existência dessas rochas antigas corresponde a três quartos do caminho de volta às origens do Sistema Solar.

Ao longo da Indian Ocean Drive, na Austrália, arbustos estilo punk brotam aos milhares — Foto: Marrian McGuiness
Ao longo da Indian Ocean Drive, na Austrália, arbustos estilo punk brotam aos milhares — Foto: Marrian McGuiness

Do ponto de vista científico amador, os estromatólitos são estruturas rochosas construídas por colônias de organismos microscópicos fotossintetizantes chamados cianobactérias. À medida que sedimentos se acumulam em águas rasas, as bactérias crescem sobre eles, se vinculando às partículas sedimentares e construindo camadas milimétricas sobre camadas milimétricas até se tornarem montes.

A construção deste império trouxe consigo seu papel mais importante na história da Terra. Eles faziam fotossíntese. Usando o Sol para obter energia, produziam oxigênio, e aumentaram assim o volume de oxigênio na atmosfera do planeta para cerca de 20%, permitindo à vida prosperar e evoluir.

Estromatólitos vivos são encontrados apenas em algumas lagoas salgadas ou baías ao redor do mundo. A Austrália é internacionalmente reconhecida por sua variedade de habitats de estromatólitos, tanto vivos quanto fossilizados.

Fósseis dos primeiros estromatólitos conhecidos, com cerca de 3,5 bilhões de anos, são encontrados perto de Marble Bar, na região de Pilbara.

Como a Terra tem uma idade estimada de 4,5 bilhões de anos, é impressionante perceber que podemos testemunhar como o mundo se parecia no início dos tempos, quando os continentes estavam se formando. Antes das plantas. Antes dos dinossauros. Antes dos seres humanos.

Segui em frente pela Indian Ocean Drive. De vez em quando, em meio ao matagal, eu conseguia ver uma parte da água azul turquesa. Em seguida, fragmentos das dunas de areia brancas da cidade de Lancelin.

Este é um litoral de naufrágios e barracas que vendem lagosta, dos devastadores Roaring Forties (Vendavais da Latitude 40), ventos fortes que açoitam a zona a 40 e 50 graus de latitude a sul do Equador, e dos ventos Fremantle Doctor, conhecidos pelo alívio que trazem em uma tarde escaldante de verão. É uma costa selvagem encantada.

Eu estava quase em Cervantes, a capital da lagosta na costa norte do Parque Nacional de Nambung. Após alguns quilômetros por uma estrada de terra, cheguei ao Lago Thetis, o lar dos estromatólitos.

Há muito para ver perto do Lago Thetis e do Lago Clifton, incluindo o Parque Nacional de Nambung — Foto: Marrian McGuiness
Há muito para ver perto do Lago Thetis e do Lago Clifton, incluindo o Parque Nacional de Nambung — Foto: Marrian McGuiness

O Lago Thetis é pequeno, raso e triangular. Uma trilha de arbustos serpenteava por flores de pétalas azuis e folhas grossas, juncos e salicórnias vermelhas. De vez em quando, os cangurus locais levantavam a cabeça para dar uma conferida na gente.

Foi então que eu os avistei. Havia milhares de estromatólitos quase camuflados sob as ondulações, submersos como tartarugas antigas prendendo a respiração sob a água ligeiramente opaca.

Fiquei de boca aberta. Tirando a área periférica e imaginando o céu laranja metano da atividade vulcânica, é assim que a vida se parecia no início dos tempos.

O Lago Thetis tem pouco mais de 2 metros de profundidade e o dobro da salinidade do mar.

O lago ficou isolado há cerca de 4,8 mil anos, quando o nível do mar caiu durante a última grande era glacial. As áreas costeiras recuaram, e as dunas do litoral retiveram a água no interior, criando o lago. Estima-se que esses doadores de oxigênio pedregosos estejam crescendo há cerca de 3,5 mil anos.

Uma passarela de metal foi construída sobre o lago para que você possa ver os estromatólitos abaixo. Na caminhada de 1,5 km que dá a volta no lago, você pode olhar, mas não tocar, uma vez que muitas dessas relíquias antigas foram danificadas por pessoas que andaram sobre elas.

Mas há uma outra parte da família dos estromatólitos que está presente neste trecho da costa. O progresso evolutivo há cerca de 1 bilhão de anos iniciou um processo de transição lento em que os estromatólitos em camadas foram desaparecendo, à medida que outra variação emergia. Eram seus primos mais novos: os trombólitos.

Cerca de uma hora de carro ao sul de Perth, peguei a Old Coast Road no Parque Nacional de Yalgorup até o Lago Clifton, lar dos maiores trombólitos que vivem em lagos no hemisfério sul.

Estima-se que os trombólitos do Lago Clifton tenham 2 mil anos — Foto: Getty Images via BBC
Estima-se que os trombólitos do Lago Clifton tenham 2 mil anos — Foto: Getty Images via BBC

Quando Brian Cox, o carismático apresentador e professor de física da Universidade de Manchester, no Reino Unido, visitou os trombólitos para sua série de documentários Wonders of the Universe ("Maravilhas do Universo"), sua admiração pelas "estranhas bolhas rochosas nas águas rasas" inspirou muitos turistas a procurar o Lago Clifton para ver "a primeira forma de vida na Terra".

Os trombólitos derivam da mesma raiz da "trombose", que significa "coágulo". Os trombólitos têm aparência coagulada, enquanto os estromatólitos são em camadas.

De acordo com a falecida pesquisadora Linda Moore, da Universidade da Austrália Ocidental, os estromatólitos entraram em declínio no momento em que houve uma explosão de vida marinha mais avançada.

O ecossistema deles foi abalado quando a ameba predadora e outros organismos unicelulares chamados foraminíferos usaram suas extensões semelhantes a dedos para engolfar os estromatólitos, transformando suas estruturas finas de camadas em aglomerados.

Para sobreviver, os estromatólitos precisavam de água altamente salina que restringia outras formas de vida marinha concorrentes, enquanto os trombólitos se adaptaram. Eles sobreviveram e prosperaram em um ambiente menos salgado que o mar, e sua textura coagulada proporcionou um lar onde minúsculos animais poderiam coexistir.

Com uma impressionante ancestralidade linear, estima-se que os trombólitos do Lago Clifton tenham 2 mil anos.

Aqui, também, uma passarela passa sobre o lago, onde logo abaixo, os trombólitos podem ser observados. Olhando cuidadosamente, você pode ver minúsculos fios de oxigênio subindo para a superfície da água.

Os trombólitos podem sobreviver em um ambiente menos salgado que o mar — Foto: Getty Images via BBC
Os trombólitos podem sobreviver em um ambiente menos salgado que o mar — Foto: Getty Images via BBC

Para o povo aborígene Noongar desta região, a história do Tempo dos Sonhos (mitos e crenças mantidas vivas pelos aborígenes australianos há mais de 40 mil anos) conta a origem dos trombólitos. Com a terra seca, os Noongars oraram ao mar para que a água se tornasse potável.

Seu criador deixou o mar na forma da serpente Woggaal Maadjit. Ela passou pelas dunas de areia, criando uma enseada. Botou seus ovos (os trombólitos) e enrolou seu corpo para protegê-los (as dunas de areia protegendo o lago).

Os filhotes de serpente que eclodiram dos ovos esculpiram rios e, quando morreram, abriram túneis no subsolo formando fontes subterrâneas em seu caminho de volta para o Tempo dos Sonhos. Essas fontes forneceram água potável para o povo Noongar.

Do ponto de vista científico, os trombólitos microbianos usam a luz solar para fazer fotossíntese e obter energia e para precipitar o carbonato de cálcio (calcário) das nascentes de água doce que borbulham do aquífero subjacente.

O fluxo de água subterrânea com baixo teor de salinidade e nutrientes e alto teor de alcalinidade é essencial para seu crescimento e sobrevivência; qualquer alteração desafia sua existência.

O Lago Clifton é um ambiente frágil. Em 2009, os trombólitos foram listados como criticamente ameaçados de extinção e agora estão protegidos pela Convenção de Ramsar sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, colocando esta área na mesma categoria que o Parque Nacional Kakadu, Patrimônio Mundial da Humanidade — o maior parque nacional da Austrália, preservando a maior variedade de ecossistemas do continente.

As ações para conservação do Lago Clifton incluem a construção da passarela para evitar que esmaguem os trombólitos; monitoramento da qualidade e níveis da água; proteção da reserva de vegetação nativa que ajuda a filtrar nutrientes e poluentes; monitoramento da saúde da comunidade de trombólitos; e articulação com proprietários de terras agrícolas e urbanas para gerenciar e proteger a qualidade da água.

Eles precisam de proteção. A mudança no clima está afetando a salinidade do lago. A crescente urbanização aumentou o fluxo de nutrientes, causando a proliferação de algas que bloqueiam a luz solar e sufocam os trombólitos.

Em pouco mais de cem anos de alterações induzidas pelo homem no lago, a sobrevivência desses organismos antigos é tênue. Como a serpente do Tempo dos Sonhos, Woggaal Maadjit, cabe a nós protegê-los.

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Por que iceberg do tamanho do Rio de Janeiro que se desprendeu da Antártica anima cientistas?

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Bloco de gelo vinha dando sinais de ruptura há 5 anos; fenômeno é descrito como "espetacular" e não coloca vidas em risco no momento, mas terá que ser monitorado.
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TOPO
Por Jonathan Amos, BBC

Postado em 06 de março de 2021 às 14h15m


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VÍDEO: Iceberg gigante se desprende da Antártica
VÍDEO: Iceberg gigante se desprende da Antártica

Um iceberg gigante de cerca de 1.270 km² (a cidade do Rio de Janeiro tem 1.255 km²) quebrou e se desprendeu da Antártica, gerando euforia na comunidade científica.

Na sexta-feira (26/2), instrumentos na superfície da plataforma de gelo Brunt confirmaram o rompimento.

Esta não é a primeira vez, nem será a última: icebergs periodicamente se desprendem de plataformas de gelo. O último grande pedaço a quebrar na região antártica de Brunt foi no início dos anos 1970.

Além de raro, o fenômeno é descrito por cientistas como "espetacular" porque ocorre naturalmente e não tem relação com mudanças climáticas - estas, sim, uma preocupação global.

Descolamentos como este, ao contrário, indicam uma reorganização da natureza em busca de equilíbrio em áreas geladas e ajudam a ciência a entender o funcionamento de grandes plataformas de gelo.

Fissuras como a denominada North Rift deram pistas de um rompimento — Foto: Avankints
Fissuras como a denominada North Rift deram pistas de um rompimento — Foto: Avankints

Segurança

Não muito longe dali fica a estação Halley, da British Antarctic Survey (BAS), uma instituição do Reino Unido dedicada à pesquisa na região.

A BAS tem um conjunto de aparelhos de GPS na plataforma Brunt que transmite informações sobre a movimentação do gelo para a sede da agência em Cambridge, Inglaterra.

Desde 2017, a estação opera com capacidade reduzida devido ao risco iminente de um desprendimento como esse.

Não havia ninguém na base e não há vidas em risco na área.

Especialistas agora devem analisar imagens de satélite para assistirem ao desprendimento com mais detalhes — por exemplo, verificando se há instabilidades perto da estação Halley.

"Embora a ruptura de grandes pedaços de gelo na Antártica seja completamente normal, rompimentos como o detectado na plataforma Brunt na sexta-feira ainda são bastante raros e emocionantes", disse o professor Adrian Luckman, da Universidade de Swansea, no País de Gales.

O cientista tem acompanhado imagens de satélite de Brunt nas últimas semanas e previu o rompimento.

A estação Halley é conhecida por ser base para pesquisas sobre a camada de ozônio — Foto: BAS/Thomas Barningham
A estação Halley é conhecida por ser base para pesquisas sobre a camada de ozônio — Foto: BAS/Thomas Barningham

"Com três longas fissuras que se desenvolveram ativamente no sistema da plataforma Brunt nos últimos cinco anos, todos prevíamos que algo espetacular iria acontecer", disse Luckman à BBC.

"O tempo dirá se esse descolamento fará com que mais blocos se quebrem nos próximos dias e semanas. Na Universidade de Swansea, estudamos o desenvolvimento de rachaduras na plataforma de gelo e por quealgumas levam a grandes rompimentos, enquanto outras não", diz o cientista.

"Os motivos para isso podem explicar a existência de grandes plataformas de gelo", ele completa.

O novo iceberg, com seus 1.270 km², é grande, mas menor que o iceberg A68, que se desprendeu em julho de 2017 na plataforma de gelo Larsen C.

Descolado em 2017, iceberg A68 tinha quase quatro vezes o tamanho do Rio de Janeiro — Foto: Mario Tama/Getty Images
Descolado em 2017, iceberg A68 tinha quase quatro vezes o tamanho do Rio de Janeiro — Foto: Mario Tama/Getty Images

Mesmo com um quarto do tamanho do A68, esta parte do Brunt precisa ser rastreada pelo risco que pode representar para a navegação no futuro.

O Centro Nacional de Gelo dos Estados Unidos vai batizar o novo iceberg depois de algum tempo.

Por estar no mesmo quadrante Antártico (0-90W) em que o A68 se originou, ele também terá a letra "A" em seu nome — provavelmente se chamará A74.

Imagem aproximada mostra separação entre iceberg e plataforma de Brunt — Foto: Copernicus/Sentine-2/Leeds UNI/Anna Hogg
Imagem aproximada mostra separação entre iceberg e plataforma de Brunt — Foto: Copernicus/Sentine-2/Leeds UNI/Anna Hogg

Mudanças climáticas?

O desprendimento de icebergs de uma plataforma de gelo é um acontecimento muito natural, portanto não é atribuído às mudanças climáticas.

A plataforma "busca" manter seu equilíbrio — e rompimento de icebergs é uma forma de balancear a massa acumulada de neve e a entrada de gelo a partir de glaciares por terra.

Diferente do que acontece em outras áreas geladas, os cientistas não detectaram região de Brunt mudanças climáticas que alterariam significativamente o processo natural descrito acima.

Além disso, estimativas sugerem que o Brunt chegou à sua maior extensão no último século, o que favorece grandes descolamentos como este.

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Cientistas encontram água e compostos orgânicos em asteroide pela primeira vez

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Acredita-se que estes compostos possam ter ajudado no surgimento da vida na Terra. Além disso, estudos anteriores indicavam que asteroides rochosos do tipo S eram secos.
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Por Laís Modelli, G1

Postado em 06 de março de 2021 às 12h25m


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Cientistas identificam, pela primeira vez, água e compostos orgânicos em poeira de asteróide. — Foto: JAXA
Cientistas identificam, pela primeira vez, água e compostos orgânicos em poeira de asteróide. — Foto: JAXA

Um estudo da Royal Holloway, da Universidade de Londres (RHUL), publicado na revista Science Advances, afirma ter encontrado, pela primeira vez, água e compostos orgânicos em um asteroide. A presença dos elementos é importante porque acredita-se que estes compostos podem ter ajudado no surgimento da vida na Terra.

O asteroide em questão é o Itokawa, que viaja próximo ao nosso planeta. A poeira de sua superfície foi coletada pela sonda Hayabusa, da Agência Espacial Japonesa (JAXA), que voltou à Terra em 2010. Segundo os cientistas, o material pode fornecer informações sobre a origem do sistema solar.

Algumas partículas analisadas continham o mineral piroxena, que possui água em sua estrutura cristalina. Já a matéria orgânica se trata de grafite nanocristalino e carbono poliaromático desordenado.

Os pesquisadores afirmam que as substâncias teriam se formado no próprio asteroide, depois de receber elementos de fora e combiná-los em sua superfície por bilhões de anos. Ele teria incorporado a água e os compostos orgânicos da mesma maneira que a Terra fez.

O Itokawa é um asteroide rochoso classificado como corpo celeste do tipo S. O mais provável é que ele integrava um asteroide maior, mas que se fragmentou após ele tenha um impacto, gerando corpos celestes menores. Estudos anteriores afirmavam que meteoritos que se separam dos asteroides do tipo S eram secos, por isso a empolgação dos cientistas com a descoberta de água no corpo celeste.

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