Total de visualizações de página

quinta-feira, 30 de março de 2023

BC eleva para 1,2% previsão de alta do PIB em 2023 e vê 83% de chance de estouro da meta de inflação

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


BC elevou sua estimativa de inflação para esse ano de 5% para 5,8%. Informações constam no relatório de inflação do primeiro trimestre deste ano, divulgado pelo Banco Central.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 30 de março de 2023 às 09h30m

 #.*Post. - N.\ 10.741*.#

O Banco Central elevou de 1% para 1,2% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

A informação consta do relatório de inflação do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (30).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

"A revisão moderada reflete, especialmente, surpresas positivas em alguns componentes do setor de serviços no quarto trimestre de 2022, melhora nos prognósticos para a indústria extrativa e os primeiros indicadores do primeiro bimestre de 2023", informou.

Apesar da alta, o resultado para o PIB desse ano estimado pelo BC ainda representa desaceleração em relação ao patamar do ano passado – quando a expansão foi de 2,9%. E também frente ao ano de 2021, que apresentou um crescimento de 5%.

Esses dois resultados de anos anteriores foram medidos em um período de recuperação da atividade econômica em relação à fase crítica da pandemia.

"Tal desaceleração é influenciada pela diminuição do ritmo de crescimento global e pelos impactos cumulativos da política monetária doméstica [alta dos juros para conter a inflação]", avaliou o Banco Central.

Economista Nelson Marconi faz análise sobre o crescimento da economia brasileira em 2023Economista Nelson Marconi faz análise sobre o crescimento da economia brasileira em 2023

Inflação

Para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)o Banco Central elevou sua estimativa para 2023 de 5%, em dezembro do ano passado, para 5,8% em março desse ano.

"Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a subida da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2023, que passou de cerca de 57% [no relatório anterior] para 83% [neste relatório]", diz o BC.

Entenda os impactos da inflação e dos juros na economiaEntenda os impactos da inflação e dos juros na economia

Para 2024, a projeção do BC para o IPCA avançou de 3% para 3,6%A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Já para o ano de 2025, a estimativa de inflação do Banco Central avançou de 2,8% para 3,2%. Para esse ano, a meta de inflação foi mantida em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Terceiro ano seguido de estouro

Se confirmado não atingimento da meta em 2023, esse será o terceiro ano seguido de estouro. Em 2020, a inflação somou mais de 10%, ultrapassando o teto.

As metas de inflação baseiam as decisões do Banco Central sobre a taxa de juros. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central pode reduzir o juro básico da economia.

Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano, maior patamar em mais de seis anos, para conter pressões inflacionárias e tentar trazer a inflação de volta às metas pré-definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Apesar de as metas não terem sido cumpridas nos últimos dois anos, e de a previsão ser de novo estouro em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pressionado o Banco Central a reduzir a taxa básica da economia - com objetivo de estimular a economia e o emprego.

No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PTdefendeu um aumento na meta de inflação, que atualmente é de 3,25% para 2023 e está fixada em 3% para os próximos dois anos.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----

Correntes da Antártida podem entrar em colapso e causar 'desastre' no clima, alertam cientistas

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


O derretimento do gelo pode desencadear uma reação em cadeia desastrosa, alerta um novo estudo australiano.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por BBC

Postado em 30 de março de 2023 às 08h25m

 #.*Post. - N.\ 10.740*.#

 — Foto: NASA via BBC
— Foto: NASA via BBC

O rápido derretimento do gelo na Antártida está causando uma drástica desaceleração nas correntes oceânicas profundas e pode ter um efeito desastroso no clima, alerta um novo relatório produzido por uma equipe de cientistas australianos.

De acordo com o estudo, os fluxos profundos de água que impulsionam as correntes oceânicas podem diminuir em 40% até 2050.

Essas correntes transportam calor vital, oxigênio, carbono e nutrientes ao redor do globo.

Pesquisas anteriores sugerem que uma desaceleração na corrente do Atlântico Norte pode fazer com que a Europa fique mais fria.

O novo estudo, publicado na revista científica Nature, também adverte que a desaceleração pode reduzir a capacidade do oceano de absorver dióxido de carbono da atmosfera.

O relatório descreve como a rede de correntes oceânicas da Terra é impulsionada em parte pelo movimento descendente da água salgada fria e densa em direção ao fundo do mar perto da Antártida.

Mas, à medida que a água doce da calota polar derrete, a água do mar se torna menos salgada e densa, e o movimento descendente diminui.

Essas correntes oceânicas profundas, ou overturning (capotamento), permaneceram relativamente estáveis ​​por milhares de anos nos hemisférios norte e sul, segundo os cientistas, mas agora estão sendo afetadas pelo aquecimento do clima.

"Nosso modelo mostra que, se as emissões globais de carbono continuarem no ritmo atual, o overturning da Antártida vai diminuir em mais de 40% nos próximos 30 anos — e em uma trajetória que parece caminhar para o colapso", afirmou Matthew England, oceanógrafo da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, que liderou o estudo.

"Se os oceanos tivessem pulmões, este seria um deles", acrescentou.

Adele Morrison, que contribuiu para o relatório, explicou que, à medida que a circulação oceânica desacelerou, a água na superfície atingiu rapidamente sua capacidade de absorção de carbono, e não foi substituída por água não saturada de carbono de profundidades maiores.

O Estudo Atlas de 2018 mostrou que o sistema de circulação do Oceano Atlântico estava mais fraco do que havia sido por mais de 1.000 anos — e havia mudado significativamente nos últimos 150.

O documento sugeriu que mudanças na Circulação Meridional de Capotamento do Atlântico (Amoc, na sigla em inglês) poderiam resfriar o oceano e o noroeste da Europa, afetando os ecossistemas nas profundezas do mar.

Uma representação fictícia da interrupção da Amoc foi apresentada no filme sobre desastre climático O Dia Depois de Amanhã (2004).

Mas, de acordo com Morrison, uma desaceleração do overturning no sul teria mais impacto sobre os ecossistemas marinhos e a Antártida em si.

"O overturning traz à tona nutrientes que afundam quando os organismos morrem... para reabastecer de nutrientes o ecossistema global e de pesca", diz ela à BBC.

"A outra grande implicação que poderia ter é um feedback sobre quanto da Antártida vai derreter no futuro. Isso abre caminho para águas mais quentes que podem causar um aumento do derretimento, o que seria um feedback adicional, colocando mais água derretida no oceano e diminuindo ainda mais a velocidade da circulação", acrescenta.

Os cientistas gastaram 35 milhões de horas computacionais ao longo de dois anos para produzir seus modelos, que sugerem que a circulação em águas profundas na Antártida pode ser reduzida ao dobro da taxa de declínio do Atlântico Norte.

"[É] impressionante ver isso acontecer tão rápido", disse o climatologista Alan Mix, da Universidade do Estado do Oregon, nos EUA, coautor da última avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

"Parece que está entrando em ação agora. Isso é manchete de jornal", disse ele à agência de notícias Reuters.

O efeito da água derretida da Antártida sobre as correntes oceânicas ainda não foi levado em consideração nos modelos do IPCC sobre mudanças climáticas, mas será "considerável", de acordo com Matthew England, autor do estudo.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----