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sexta-feira, 9 de abril de 2021

IPCA: inflação oficial acelera em março, chega a 6,10% em 12 meses e supera teto da meta para 2021

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Taxa ficou em 0,93% em março, maior alta para o mês desde 2015. Principais impactos vieram dos aumentos nos preços de combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%).
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira — São Paulo e Rio de Janeiro
09/04/2021 09h00 
Postado em 09 de abril de 2021 às 10h00m


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IPCA de março é o maior para o mês desde 2015
IPCA de março é o maior para o mês desde 2015

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,93% em março, acima da taxa de 0,86% registrada em fevereiro. Com essa aceleração, o indicador acumulado em 12 meses estourou o teto da meta do governo para a inflação no ano, algo que não acontecia há quatro anos. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de 0,93% "é o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando foi registrada inflação de 1,32%", destacou o IBGE.

Os principais impactos na inflação do mês vieram dos aumentos nos preços de combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%).

Inflação foi a maior para um mês de março desde 2015 — Foto: Economia/G1
Inflação foi a maior para um mês de março desde 2015 — Foto: Economia/G1

Salto de 6,10% em 12 meses

No ano, o IPCA acumula alta de 2,05%. Já em 12 meses, a inflação acumula alta de 6,10%, acima dos 5,20% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e a maior para esse intervalo de tempo desde dezembro de 2016, quando ficou em 6,29%.

A taxa em 12 meses ficou pela primeira vez no ano acima do limite superior da meta de inflação estabelecida para este ano – o centro da meta é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

Segundo o IBGE, a última vez que o indicador ultrapassou o teto da meta do Banco Central foi em novembro de 2016, quando ficou em 6,99%. Naquele ano, o teto da meta era de 6,5%.

Indicador da inflação acumulada em 12 meses superou, em março, o teto da meta estabelecida pelo Banco Central — Foto: Economia/G1
Indicador da inflação acumulada em 12 meses superou, em março, o teto da meta estabelecida pelo Banco Central — Foto: Economia/G1

Apesar de estourar o teto da meta para o ano, o IPCA veio abaixo das expectativas. Pesquisa da Reuters apontou que a projeção de analistas era de alta de 1,03% em março, acumulando em 12 meses alta de 6,20%.

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 6 tiveram avanço nos preços em março. Os Transportes tiveram a maior alta (3,81%) e o maior impacto 0,77 ponto percentual (p.p.) no índice do mês. Veja o resultado para cada um deles:

  • Alimentação e bebidas: 0,13%
  • Habitação: 0,81%
  • Artigos de residência: 0,69%
  • Vestuário: 0,29%
  • Transportes: 3,81%
  • Saúde e cuidados pessoais: -0,02%
  • Despesas pessoais: 0,04%
  • Educação: -0,52%
  • Comunicação: -0,07%
Gasolina tem alta de 23% em 12 meses

Segundo o IBGE, a gasolina (11,26%) foi o item que exerceu o maior impacto sobre o índice do mês, respondendo sozinha por 0,60 ponto percentual (p.p.) do IPCA de março, com variações que foram desde 6,32% em São Luís até 14,45% no Rio de Janeiro.

Os preços do etanol (12,59%e do óleo diesel (9,05%também subiram, contribuindo conjuntamente com mais 0,11 p.p. para a taxa de inflação de março.

No acumulado em 12 meses, o etanol tem alta de 25,19%, a gasolina de 23,48% e o diesel de 17,10%.

Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse período, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumento, afirmou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

O segundo maior impacto sobre o IPCA do mês veio do grupo Habitação (0,81%), principalmente devido ao gás de botijão (4,98%), que acumula alta de 20,01% nos últimos 12 meses, e da energia elétrica (0,76%).

Alta nos preços de alimentos desacelera

A boa notícia para o consumidor, segundo o IBGE, é que a inflação do grupo Alimentação e bebidas continuou em desaceleração. Em março, a alta foi de 0,13%, após variações de 1,74% em dezembro, 1,02% em janeiro e de 0,27% em fevereiro. Vale lembrar que, em 2020, os alimentos tiveram alta de 14,09%.

Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, a desaceleração dos preços dos alimentos está relacionada à queda da demanda e pode, inclusive, ter influência da suspensão do auxílio emergencial, que não foi pago nos primeiros meses do ano, que impactou na redução da renda da população.

Mas há, em alguns casos, também uma retenção de consumo. Nesse momento em que a pandemia se agravou e voltaram a ser estabelecidas medidas de restrição à circulação de pessoas e funcionamento do comércio, as pessoas compram menos alimentos perecíveis, dando preferência aos alimentos que podem ser estocados. O fechamento de restaurantes também provoca a redução do consumo desses alimentos, apontou.

Entre os preços que caíram em março, destaque para o tomate (-14,12%), batata-inglesa (-8,81%), arroz (-2,13%) e leite longa vida (-2,27%). Por outro lado, o preço das carnes voltou a subir (0,85%), após alta de 1,72% em fevereiro.

Entre todos os subitens pesquisados pelo IBGE, os preços que mais subiram no acumulado em 12 meses foram os do óleo de soja (81,73%), arroz (63,56%) e do limão (62,29%).

Inflação de serviços sobe bem abaixo do IPCA

Em direção contrária, a inflação de serviços desacelerou para 0,12% em março, após subir 0,55% em fevereiro, evidenciando a recuperação mais lenta do setor, que tem se mostrado o mais impactado pela pandemia de coronavírus e pelas medidas de restrição.

O aluguel de veículo, por exemplo, teve deflação de 14,02%. Também houve queda nos preços de transporte por aplicativo (-3,42%), de pacote turístico (-2,93%), de passagem aérea (-1,96%) e de hospedagem (-1,38%).

Inflação por regiões

No que diz respeito aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas pelo IBGE registraram altas em março. A maior inflação foi verificada em Goiânia (1,46%), enquanto que o menor índice foi observado na região metropolitana do Recife (0,62%).

Apesar da aceleração em março, a inflação se espalhou menos pelos produtos e serviços que compõem o IPCA. O chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e atividades que tiveram aumento de preços, caiu, de 63,4% em fevereiro, para 62,6% no mês passado, segundo cálculos do Valor Data considerando todos os itens da cesta.

Custos da construção sobem 1,45% em março

O IBGE também divulgou que o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), subiu 1,45% em março. No primeiro trimestre do ano, acumulou aumento de 4,84% e, nos últimos 12 meses, teve um salto de 14,46%, com destaque para o acumulado das parcelas dos materiais, que em 12 meses atingiu 24,61%.

INPC sobe 0,86% em março

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para reajustes salariais e benefícios previdenciários, subiu 0,86%, resultado levemente acima do de fevereiro (0,82%) e também o maior índice para um mês de março desde 2015, quando o INPC variou 1,51%. No ano, o indicador acumula alta de 1,96% e, em 12 meses, de 6,94%.

Perspectivas e meta de inflação

"Está claro que há um processo inflacionário de custos no Brasil e não há o que fazer no curto prazo, no entanto o Banco Central está querendo ancorar mais o longo prazo e para isso está jogando contra eventos importantes como a questão fiscal e a alta dos IGPs", avaliou o economista da Necton, André Perfeito.

A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que agora está em 2,75% ao ano.

Os analistas das instituições financeiras projetam uma inflação de 4,81% no ano, acima da meta central do governo, mas abaixo do teto, conforme aponta a última pesquisa Focus do Banco Central. O mercado mantém a expectativa para a taxa Selic em 5% ao ano, o que pressupõe novas altas do juro básico.

"Vemos as pressões de alta ainda em curso, por conta da depreciação cambial e da interrupção da cadeia produtiva", comentou Tatiana Nogueira, economista da XP, que projeta inflação de 4,9% no ano.

Em 2020, a inflação fechou em 4,52%, acima do centro da meta do governo, que era de 4%. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1
Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1


Petrobras eleva preços de venda do gás natural para as distribuidoras
Petrobras eleva preços de venda do gás natural para as distribuidoras

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Príncipe Philip morre aos 99 anos

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Palácio de Buckingham anunciou que o marido de Elizabeth II morreu nesta sexta-feira. A causa ainda não foi informada. Em fevereiro, ele passou por uma cirurgia do coração.
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Por G1

Postado em 09 de abril de 2021 às 09h35m


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Príncipe Philip morre aos 99 anos; veja trajetória do marido da rainha Elizabeth II
Príncipe Philip morre aos 99 anos; veja trajetória do marido da rainha Elizabeth II

O príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, morreu aos 99 anos nesta sexta-feira (9). Ele completaria 100 anos em junho.

A causa exata da morte ainda não foi informada pelo Palácio de Buckingham. Em fevereiro, ele passou mal e foi internado como "medida de precaução". No entanto, o príncipe precisou ser submetido a uma cirurgia cardíaca. Ele recebeu alta depois de um mês.

"É com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anuncia a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo", disse o palácio em um comunicado.

Príncipe Philip — Foto: Leon NEAL / AFP
Príncipe Philip — Foto: Leon NEAL / AFP

O príncipe "faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor", diz a nota. "Novos anúncios serão feitos no devido tempo. A Família Real se une às pessoas ao redor do mundo em luto por sua perda."

O velório será realizado na capela de São Jorge, no Castelo de Windsor. O príncipe também vai ser enterrado nesse castelo, a pedido dele mesmo.

Não será feita uma cerimônia de Estado. Foi pedido ao público para não comparecer, pois há preocupação com a possibilidade de infecções pelo coronavírus.

Seu nome oficial era de Duque de Edimburgo. Ele esteve ao lado do reinado de sua mulher, o mais longo da história do Reino Unido, durante 69 anos. Nesse período, ele construiu uma reputação de ser sério, mas propenso a cometer gafes.

Ele se casou com Elizabeth em 1947 e teve um papel fundamental na modernização da monarquia no período pós-Segunda Guerra Mundial. Por trás das paredes do Palácio de Buckingham, era a única figura chave a quem a rainha podia recorrer e em quem confiar.

Montagem com a imagem do príncipe Philip — Foto: Reprodução
Montagem com a imagem do príncipe Philip — Foto: Reprodução

Em um discurso que marcou seu 50º aniversário de casamento em 1997, Elizabeth fez uma rara homenagem pessoal a Philip: "Ele tem, simplesmente, sido minha força e permanência todos esses anos".

Apesar do protocolo, que o obrigou a estar sempre atrás da rainha e só cumprimentar as pessoas depois dela, em privado ele era considerado o chefe da família.

Philip e a rainha Elizabeth — Foto: Ben Stansall/Reuters
Philip e a rainha Elizabeth — Foto: Ben Stansall/Reuters

Philip não acompanhava sempre Elizabeth II —ele fez mais de 22 mil eventos só. Em agosto de 2017, ele se retirou da vida pública, apesar de, eventualmente, ainda aparecer em compromissos oficiais.

A última aparição foi em julho do ano passado, numa cerimônia militar no castelo de Windsor, o palácio onde ele e a rainha decidiram permanecer durante o período de Covid-19.

O casal teve quatro filhos, o príncipe Charles, a princesa Anne, e os príncipes Andrew e Edward.

O vídeo abaixo, de quando o Príncipe Philip completou 99 anos, conta 5 curiosidades sobre ele.

Veja 5 curiosidades sobre o príncipe Philips
Veja 5 curiosidades sobre o príncipe Philips

A rainha viúva

Com a morte de Philip, há especulações sobre o que a rainha poderá fazer. Os especialistas em questões reais dizem que muito dificilmente ela vai abdicar.

Nos últimos anos, ela diminuiu a quantidade de eventos e passou alguns dos compromissos oficiais ao seu filho Charles e ao seu neto Wiliam.

Ela continua a cumprir as obrigações mais simbólicas da monarquia, como a abertura do Parlamento do Reino Unido.

Alguns dos comentaristas sobre a realeza afirmam que Philip era tido como um líder da família de fato, e que, nos últimos anos, com a saúde deteriorada, ele precisou se abster. Isso explicaria problemas como a crise com o príncipe Harry e sua mulher Meghan, que decidiram desistir de seus papéis reais.

Bisneto da rainha Vitória, nasceu em uma cozinha

O Príncipe Philip da Grécia e da Dinamarca, bisneto da rainha Victoria (como a própria rainha Elizabeth II), nasceu em uma mesa de cozinha na ilha de Corfu, em 10 de junho de 1921.

Pouco mais de um ano depois, em dezembro de 1922, foi retirado da ilha em uma caixa de laranjas com o restante da família em um navio britânico. Na ocasião, o tio dele, o rei Constantino I da Grécia, avô da rainha da Espanha, teve que partir para o exílio.

Nesta foto de arquivo de agosto de 1951, a princesa Elizabeth está com seu marido, o duque de Edimburgo e seus filhos, o príncipe Charles e a princesa Anne, na residência do casal em Londres — Foto: Eddie Worth/AP/Arquivo
Nesta foto de arquivo de agosto de 1951, a princesa Elizabeth está com seu marido, o duque de Edimburgo e seus filhos, o príncipe Charles e a princesa Anne, na residência do casal em Londres — Foto: Eddie Worth/AP/Arquivo

Após uma infância errante e uma longa estadia em um pensionato austero da Escócia, ingressou na Marinha britânica e teve participação ativa na Segunda Guerra Mundial.

Morre Príncipe Philip, marido da Rainha Elizabeth
Morre Príncipe Philip, marido da Rainha Elizabeth

Depois do casamento, em 1947, com a então jovem princesa Elizabeth, Philip Mountbatten foi enviado a Malta, mas a meteórica ascensão militar foi interrompida pela subida ao trono da esposa, em 1952, o que o obrigou a renunciar à carreira.

Príncipe Philip, em foto de agosto de 2017 — Foto: Hannah McKay/Pool via AP/Arquivo
Príncipe Philip, em foto de agosto de 2017 — Foto: Hannah McKay/Pool via AP/Arquivo

"Estando casado com a rainha me parecia que deveria servi-la da melhor maneira possível", disse certa vez numa entrevista à TV.

Espontaneidade inadequada

Montagem mostra o príncipe Philip ainda jovem e já idoso — Foto:  G1
Montagem mostra o príncipe Philip ainda jovem e já idoso — Foto: G1

Desde então, ele desempenhava um papel secundário ao lado da monarca, a qual acompanhava em visitas oficiais. Mesmo assim, sempre foi alvo constante da imprensa devido a comentários espontâneos e, ao mesmo tempo, inadequados - e muitas vezes racistas.

Em 1986, por exemplo, aconselhou estudantes britânicos na China a não permanecerem muito tempo no país se não quisessem terminar com os "olhos rasgados".

Durante uma visita à Austrália em 2002 perguntou a um aborígene se "ainda disparava flechas". Em uma ocasião, um menino disse que gostaria de ser astronauta e o duque respondeu: "Nunca poderá voar, está muito gordo".

A Rainha Elizabeth e o Príncipe Philip, acompanhado pelos meninos pajem, em 2014 — Foto: Yui Mok/Reuters
A Rainha Elizabeth e o Príncipe Philip, acompanhado pelos meninos pajem, em 2014 — Foto: Yui Mok/Reuters

À ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que quase morreu num ataque dos talibãs por defender o direito de educação das meninas, disse que "os pais enviam as crianças para a escola porque não as querem em casa".

Ao ser questionado se gostaria de visitar a União Soviética, respondeu: "Eu gostaria muito de ir à Rússia, mas os bastardos assassinaram metade da minha família" (em referência ao destino dos Romanov).

A um professor de autoescola escocês, o príncipe perguntou: "Como você faz para manter os nativos suficientemente longe da bebida para aprová-los no exame?"

Apesar de tudo, ganhou a simpatia dos britânicos com o trabalho de incentivador de quase 800 organizações.

Casamento sólido

Elizabeth e Philip casaram-se no dia 20 de novembro de 1947. Eles se conheceram em 1939, quando Philip da Grécia tinha 18 anos e a então princesa, 13. A futura rainha, apelidada de "Lilibet", contou mais tarde que sentiu amor à primeira vista pelo louro alto de olhos azuis. Ele, por sua vez, nunca confessou se o sentimento foi recíproco.

Princesa Elizabeth e o Príncipe Philip são fotografados durante baile organizado pela Marinha Real, em de dezembro de 1950 — Foto: AFP
Princesa Elizabeth e o Príncipe Philip são fotografados durante baile organizado pela Marinha Real, em de dezembro de 1950 — Foto: AFP

"É a atração dos opostos: ela é séria, tímida, introvertida; ele, ao contrário, gosta de gente e da vida social, sendo muito divertido. Enfim, se complementam", assinalou Marc Roche, autor da biografia "A última rainha".

Com a prematura morte do rei George VI, Elizabeth subiu ao trono aos 25 anos. Philip tornou-se príncipe consorte, à sombra da esposa; foi até obrigado a mudar o sobrenome, Mountbatten, porque, segundo Winston Churchill, soava muito alemão, numa época de guerra.

Philip Mountbatten, em foto de julho de 1947 — Foto: AP/Arquivo
Philip Mountbatten, em foto de julho de 1947 — Foto: AP/Arquivo

"O príncipe Philip é o único homem em todo o mundo que trata a rainha como um simples ser humano", contou certa vez o ex-secretário privado de Elizabeth II, Lord Charteris. "É o único que se pode permitir. E isso agrada a ela", acrescentou.

A solidez da "associação" que formaram contribuiu, em boa medida, para a estabilidade da monarquia britânica nas últimas seis décadas.

"A rainha e o príncipe formaram uma parceria de trabalho extraordinária, mas seriam felizes?", escreveu Gyles Brandreth no best-seller "Philip e Elizabeth, retrato de um matrimônio".

"A principal lição que aprendemos é que a tolerância é um ingrediente essencial de qualquer casamento feliz", disse Philip em um discurso em 1997.

Segundo ele, a tolerância já é importante quando as coisas vão bem, "mas é absolutamente vital quando as coisas ficam difíceis: pode acreditar em mim que a rainha tem a qualidade da tolerância em abundância".

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