Total de visualizações de página

quinta-feira, 8 de julho de 2021

O plano da China para lançar foguetes e desviar asteroide que poderia acabar com vida na Terra

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Foguetes Longa Marcha 5 citados no estudo são chave para ambições espaciais de curto prazo da China. Eles são usados para diferentes finalidades: desde carregar módulos de estações espaciais até lançar sondas à Lua e a Marte.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por BBC

Postado em 08 de julho de 2021 às 13h05m


.|      .      Post.- N.\ 9.879       .      |.
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _||| 

Cálculos sobre plano de usar foguetes para desviar asteroide se basearam no corpo celeste Bennu. — Foto: Nasa via BBC
Cálculos sobre plano de usar foguetes para desviar asteroide se basearam no corpo celeste Bennu. — Foto: Nasa via BBC

Como num filme de ficção científica, pesquisadores chineses traçaram um plano de enviar 23 dos maiores foguetes da China para desviar um asteroide enorme, algo que poderia ser crucial caso um corpo celeste entre de fato em rota de colisão com a Terra.

Segundo especialistas do Centro Nacional de Ciências Espaciais do país, simulações matemáticas apontaram que a estratégia de foguetes atingindo simultaneamente um grande asteroide poderia desviá-lo de seu caminho original a uma distância de 1,4 vezes o raio da Terra.

Os cálculos são baseados em um asteroide chamado Bennu, que orbita o Sol e é tão largo quanto o arranha-céus Empire State Building, em Nova York, que tem 381 metros de altura e está entre os 50 maiores edifícios do mundo. O Bennu pertence a uma classe de rochas com potencial para causar danos regionais ou continentais — estima-se que asteroides medindo mais de 1 km poderiam gerar consequências globais.

O estudo em torno do tema, assinado por seis pesquisadores, foi publicado recentemente na revista científica Icarus.

Nele, os cientistas afirmam que "os impactos de asteroides representam uma grande ameaça para toda a vida na Terra" e que a estratégia de lançar algo contra eles é a abordagem mais possível, porém com efeito limitado.

Por isso, eles passaram a calcular o envio de um conjunto de objetos contra eventuais asteroides em rota de colisão com o planeta.

Os foguetes Longa Marcha 5 citados no estudo são a chave para as ambições espaciais de curto prazo da China. Eles são usados para diferentes finalidades: desde carregar módulos de estações espaciais até lançar sondas à Lua e a Marte.

A China lançou com sucesso seis foguetes Longa Marcha 5 desde 2016. Mas o último gerou preocupações de segurança ao redor do mundo, uma vez que pedaços remanescentes dele reentraram na atmosfera em maio sem controle e poderiam atingir uma região habitada, algo que acabou não acontecendo.

Nave espacial da Nasa captura amostra de asteroide em operação histórica
Nave espacial da Nasa captura amostra de asteroide em operação histórica

"A proposta de manter o compartimento superior do foguete de lançamento para uma espaçonave guiadora, criando um grande "impactador cinético' para desviar um asteroide me parece um conceito bastante bom", disse o professor Alan Fitzsimmons, do centro de pesquisa em astrofísica da Queen's University em Belfast, na Irlanda do Norte.

"Ao aumentar a massa que atinge o asteroide, a física simples deve garantir um efeito muito maior", acrescentou Fitzsimmons à agência de notícias Reuters.

Para ele, no entanto, caso essa missão se torne realidade um dia, seriam necessários cálculos bem mais detalhados.

Atualmente, estimativas apontam que há quase 1% de chance de um asteroide de 100 metros de largura atingir a Terra nos próximos 100 anos, afirmou o professor Gareth Collins, da universidade Imperial College London, no Reino Unido.

Lançamento do foguete 5B Longa Marcha, ligado a uma nova estação espacial chinesa; esse tipo de equipamento seria usado no plano hipotético de desviar um corpo celeste. — Foto: China Daily via Reuters/BBC
Lançamento do foguete 5B Longa Marcha, ligado a uma nova estação espacial chinesa; esse tipo de equipamento seria usado no plano hipotético de desviar um corpo celeste. — Foto: China Daily via Reuters/BBC

"Algo em rota de colisão do tamanho de um Bennu é cerca de 10 vezes menos provável."

Para os cientistas, alterar o caminho de um asteroide representa um risco menor do que explodir a rocha com explosivos nucleares, que podem criar fragmentos menores sem alterar seu curso.

O resultado prático de todos esses cálculos e hipóteses deve ser visto em breve. Em algum momento entre o final de 2021 e o início de 2022, os Estados Unidos lançarão uma espaçonave robótica para interceptar dois asteroides relativamente próximos da Terra.

Quando chegar ao destino, um ano depois, a espaçonave da Nasa (agência espacial americana) fará um pouso forçado no menor dos dois corpos rochosos para ver o quanto a trajetória do asteroide muda. Será a primeira tentativa da humanidade de mudar o curso de um corpo celeste.

Com informações da agência de notícias Reuters.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++----- 

IPCA: inflação fica em 0,53% em junho e atinge 8,35% em 12 meses

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Apesar de taxa mensal ter desacelerado, inflação acumulada em 12 meses é a maior desde setembro de 2016. A vilã do mês foi novamente a energia elétrica, com alta de 1,95%.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1

Postado em 08 de julho de 2021 às 10h00m


.|      .      Post.- N.\ 9.878       .      |.
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _||| 

Linhas de transmissão de energia na região de Brasília; a conta de luz teve o maior impacto individual na inflação do mês de junho. — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
Linhas de transmissão de energia na região de Brasília; a conta de luz teve o maior impacto individual na inflação do mês de junho. — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Puxado pela alta da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – ficou em 0,53% em junho, após ter registrado taxa de 0,83% em maio, conforme divulgou nesta quinta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Esse é o maior resultado para o mês desde junho de 2018 (1,26%). Com isso, o indicador acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses", informou o IBGE.

Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses fica ainda mais acima do teto da meta do governo para o ano – o centro da meta é de 3,75% em 2021, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

Segundo o IBGE, a taxa de 8,35% é a maior para o acumulado em 12 meses desde setembro de 2016 (8,48%).

Inflação oficial foi a mais alta para um mês de junho desde 2018 — Foto: Economia/G1
Inflação oficial foi a mais alta para um mês de junho desde 2018 — Foto: Economia/G1

O resultado veio um pouco abaixo das expectativas. A mediana das projeções de 38 instituições ouvidas pelo Valor Data era de alta de 0,59% no mês e de taxa de 8,41% em 12 meses.

IPCA de junho fica em 0,53%; Miriam Leitão comenta
IPCA de junho fica em 0,53%; Miriam Leitão comenta

Veja o resultado para cada um dos grupos pesquisados

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 8 tiveram alta em junho.Veja abaixo:

  • Alimentação e bebidas: 0,43%
  • Habitação: 1,10%
  • Artigos de residência: 1,09%
  • Vestuário: 1,21%
  • Transportes: 0,41%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,51%
  • Despesas pessoais: 0,29%
  • Educação: 0,05%
  • Comunicação: -0,12%
Indicador acumulado em 12 meses até junho é o maior registrado desde setembro de 2016 — Foto: Economia/G1
Indicador acumulado em 12 meses até junho é o maior registrado desde setembro de 2016 — Foto: Economia/G1

Energia elétrica foi novamente a vilã

O maior impacto na inflação de junho veio do grupo habitação (1,10%), principalmente, por causa da energia elétrica (1,95%).

Embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior (5,37%), a conta de luz teve o maior impacto individual no índice do mês, respondendo por 0,09 ponto percentual do IPCA de junho. No acumulado em 12 meses, a alta da energia elétrica residencial é de 14,20%.

A energia continuou subindo muito por conta da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que passou a vigorar em junho e acrescenta R$ 6,243 à conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em maio, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, cujo acréscimo é menor (R$ 4,169)", destacou o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida.

Vale lembrar que em julho, a cobrança extra da tarifa vermelha foi reajustada para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos, o que fará com que a energia elétrica continue pressionando a inflação..

No grupo dos transportes, os combustíveis subiram 0,87% e acumulam alta de 43,92% nos últimos 12 meses.

Mais uma vez, o maior impacto veio da gasolina, que subiu 0,69% em junho, depois de um aumento de 2,87% em maio. Os preços do etanol (2,14%) e do óleo diesel (1,10%) e do gás veicular (0,16%) também registraram alta.

"Essa desaceleração na energia elétrica e nos combustíveis, embora ainda tenham tido variação positiva, contribuíram para uma inflação menor em junho", apontou Almeida.

Apenas 4 das 11 regiões pesquisadas tiveram inflação abaixo da média nacional — Foto: Economia/G1
Apenas 4 das 11 regiões pesquisadas tiveram inflação abaixo da média nacional — Foto: Economia/G1

Carnes sobem pelo 5º mês seguido

No grupo Alimentação e bebidas, a alta de 0,43% ficou próxima à do mês anterior (0,44%). A alimentação no domicílio passou de 0,23% em maio para 0,33% em junho, principalmente por conta das carnes (1,32%), que subiram pelo quinto mês consecutivo e acumulam alta de 38,17% em 12 meses.

No lado das quedas no mês, os destaques foram a batata-inglesa (-15,38%), a cebola (-13,70%), o tomate (-9,35%) e as frutas (-2,69%).

Repercussão e perspectivas

A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está atualmente em 4,25% ao ano.

A expectativa do mercado financeiro para a inflação de 2021 foi elevada na semana passada para 6,07%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Com isso, a projeção dos analistas segue cada vez mais acima do teto do sistema de metas. Se confirmado o resultado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá de redigir uma carta aberta explicando os motivos para o descumprimento da meta.

Já a expectativa para a taxa Selic no fim do ano segue em 6,50%, o que pressupõe que haverá novas altas nos próximos meses.

Para o economista da Necton, André Perfeito, o resultado de junho mostra que em parte alguns componentes da cesta do IPCA estão respondendo à atividade ainda fraca.

"O indicador veio bom e pode tirar certo peso das costas do Banco Central. No entanto a recente desvalorização do real pode jogar no sentido contrário", afirma o economista, que projeta alta de 100 pontos base na próxima reunião do Copom.

Para 2022, o mercado financeiro estima uma inflação de 3,77%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,5% e será oficialmente cumprida se oscilar de 2% a 5%.

INPC desacelera para 0,60% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para reajustes salariais, desacelerou para 0,60% em junho, ficando abaixo do resultado de maio (0,96%). No ano, o indicador acumula alta de 3,95% e, em 12 meses, de 9,22%, acima dos 8,90% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++-----