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segunda-feira, 5 de julho de 2021

A mulher que deu a volta ao mundo andando

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Em busca de conexões mais profundas, Angela Maxwell partiu em uma caminhada que durou mais de seis anos, foi marcada por muitos percalços e transformou sua vida.
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TOPO
Por Florian Sturm, BBC

Postado em 05 de julho de 2021 às 15h50m


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Angela Maxwell buscou inspiração em outras exploradoras, incluindo Robyn Davidson e Rosie Swale-Pope — Foto: Angela Maxwell via BBC
Angela Maxwell buscou inspiração em outras exploradoras, incluindo Robyn Davidson e Rosie Swale-Pope — Foto: Angela Maxwell via BBC

"Por quê?" É uma pergunta simples, que as pessoas fazem com frequência a Angela Maxwell.

No entanto, até recentemente, a americana tinha dificuldade de apontar o motivo exato que a fez abrir mão de tudo para ir em busca de um grande sonho.

Mas, para Maxwell, é uma pergunta que vale a pena responder. Afinal, ela embarcou em uma jornada que poucas pessoas se atreveriam a enfrentar: em 2013, ela decidiu dar a volta ao mundo — andando e sozinha.

Uma caminhada solo dessa magnitude não era algo que Maxwell havia planejado. Na verdade, ela partiu nesta aventura nove meses depois de ter ouvido uma conversa em seu curso de arte sobre um homem que supostamente havia dado a volta ao mundo andando.

A jornada de Maxwell não nasceu de um momento de perda, derrota ou crise pessoal. Quando ela decidiu embarcar em uma caminhada de longa distância, ela estava na casa dos 30 anos, tinha um negócio de sucesso e estava em um relacionamento.

"Achava que estava feliz", diz ela, "mas fazendo uma retrospectiva, percebi que estava à procura de algo mais... de uma conexão mais profunda com a natureza e as pessoas — vivendo com menos e me conectando com o mundo ao meu redor."

A melhor maneira de descobrir isso, ela imaginou, era dando um passo atrás do outro.

Inspiração

Caminhar minimizaria sua pegada de carbono, além do que o ritmo lento significava que ela poderia mergulhar totalmente na natureza, conhecer pessoas e entender outras culturas de uma forma que é única para andarilhos.

Enquanto se preparava, Maxwell descobriu todo um universo de mulheres exploradoras para encoraja-la. Ela se apaixonou pela escrita e pelo estilo slow travel de Robyn Davidson, que atravessou a Austrália em um camelo.

Ela aprendeu sobre a andarilha Ffyona Campbell; e leu sobre Rosie Swale-Pope, que viajou de carona da Europa ao Nepal, deu a volta ao mundo velejando, cruzou o Chile a cavalo e, aos 59 anos, começou a dar a volta ao mundo correndo.

"Eu li seus livros na esperança de encontrar incentivo — e encontrei —, ao aprender sobre seus desafios e dificuldades, assim como seus triunfos. A história de cada mulher era muito diferente e isso me deu a confiança para tentar minha caminhada", conta Maxwell.

Assim que tomou a decisão de ir, ela vendeu todos os seus pertences e organizou o equipamento necessário. Encheu um carrinho de mão com 50 quilos de equipamento para acampar, comida desidratada, filtro de água de padrão militar e roupas para as quatro estações do ano.

Maxwell deixou Bend, sua cidade natal no Oregon, em 2 de maio de 2014 e partiu para uma aventura tão grande que era provavelmente melhor que não soubesse exatamente o que a esperava ao longo do caminho.

'Ambição, teimosia e paixão'

A americana teve insolação no deserto australiano e pegou dengue no Vietnã — Foto: Angela Maxwell via BBC
A americana teve insolação no deserto australiano e pegou dengue no Vietnã — Foto: Angela Maxwell via BBC

Quando falei com Maxwell pela primeira vez em junho de 2018, ela já estava viajando há quase quatro anos. Tinha caminhado mais de 20 mil quilômetros por 12 países em três continentes.

Curioso, perguntei a ela que tipo de pessoa é preciso ser para dar a volta ao mundo andando. Ela brincou: "Teimosa".

Em seguida, acrescentou: "É provavelmente uma combinação de ambição, um pouco de teimosia e uma pitada de paixão — não pela caminhada como um esporte, mas como autoconhecimento e aventura".

Maxwell contou que, embora ela rapidamente tenha encontrado sua rotina — acordar por volta do nascer do sol, tomar duas xícaras de café instantâneo acompanhadas por uma tigela de mingau de aveia no café da manhã, empacotar tudo, caminhar, armar o acampamento para passar a noite, comer macarrão instantâneo e se aconchegar no saco de dormir — nenhum dia era igual ao outro.

Inicialmente, ela traçou um plano, mas logo percebeu que os desvios faziam parte da aventura. É por isso que, apesar de seguir uma direção geral, ela sempre confiaria em sua intuição sobre onde virar à esquerda ou à direita.

Maxwell sofreria queimaduras do sol e insolação no deserto australiano e pegaria dengue no Vietnã; seria atacada e estuprada por um nômade que invadiu sua tenda na Mongólia; ouviria tiros ao acampar na Turquia; e aprenderia a dormir com um olho e um ouvido bem abertos, para não ficar à mercê da vulnerabilidade do sono profundo.

'Estava decidida a não desistir do meu sonho'

'Não comecei a andar porque era destemida — mas, sim, porque estava apavorada' — Foto: Angela Maxwell via BBC
'Não comecei a andar porque era destemida — mas, sim, porque estava apavorada' — Foto: Angela Maxwell via BBC

Maxwell havia previsto provações de todos os tipos, embora fosse impossível saber quais seriam.

"Mesmo assim", diz ela, "não comecei a andar porque era destemida — mas, sim, porque estava apavorada. Tinha mais medo de não seguir meu coração do que de perder tudo o que possuía e amava."

Lidar com o trauma do abuso sexual acabou se tornado um momento decisivo, no qual Maxwell decidiu continuar caminhando. Embora ela ainda estivesse com medo, as histórias de perseverança e força de outras mulheres a ajudaram a continuar:

"Estava decidida a não deixar que aquilo me obrigasse a desistir do meu sonho e a voltar para casa. Tinha deixado todo o meu mundo para trás, não tinha nada para voltar e compreendia os riscos inerentes à minha jornada."

Maxwell estava caminhando para descobrir o quão forte seu corpo e mente poderiam ser, mesmo diante da violência. Ao longo do caminho, o ritmo lento permitiu que ela fosse atraída — brevemente, mas profundamente — por outras culturas.

Encontros interculturais

O ritmo lento da viagem a estabelecer conexões significativas aonde quer que ela fosse — Foto: Angela Maxwell via BBC
O ritmo lento da viagem a estabelecer conexões significativas aonde quer que ela fosse — Foto: Angela Maxwell via BBC

Ela percorreu pequenos vilarejos à beira-mar ao longo do Mar Tirreno, na Itália, absorvendo a atmosfera vibrante e aceitando convites para conversar, sentar e tomar vinho.

No Vietnã, exausta depois de chegar ao topo da montanha Hai Van Pass, ela foi saudada por uma senhora idosa que a convidou para descansar em sua pequena cabana de madeira no cume durante a noite.

Uma relação de amizade nasceu na fronteira entre a Mongólia e a Rússia, levando a um reencontro anos depois na Suíça. Maxwell até se tornou madrinha da filha de uma mulher que conheceu na Itália.

Independentemente de esses encontros interculturais durarem sete minutos ou sete dias, Maxwell sempre manteve duas coisas em mente. Primeiro, ser uma boa ouvinte para aprender.

"Andar me ensinou que tudo e todos têm uma história para compartilhar, só temos que estar dispostos a ouvir", observa.

Ao longo de sua jornada, ela aprendeu receitas tradicionais de família em um vilarejo italiano, apicultura na Geórgia e tratamento de camelos na Mongólia na histórica Rota da Seda.

Em segundo lugar, Maxwell aprendeu a importância da contribuição. Ela cortou lenha na Nova Zelândia e distribuiu comida para moradores de rua na Itália. Na Sardenha, ela ajudou um fazendeiro italiano a reformar sua casa.

'Desistir nunca foi opção'

Maxwell sempre seguiu sua intuição sobre onde virar à esquerda ou à direita — Foto: Angela Maxwell via BBC
Maxwell sempre seguiu sua intuição sobre onde virar à esquerda ou à direita — Foto: Angela Maxwell via BBC

Na maioria das vezes, no entanto, as histórias de Maxwell foram sua maior contribuição. Ela falou em encontros informais, em escolas e universidades, e até mesmo no palco do TEDx em Edimburgo, na Escócia, compartilhando suas experiências para inspirar outras pessoas.

Ela se tornou uma voz pelo empoderamento feminino, especialmente depois que decidiu continuar caminhando apesar do ataque na Mongólia. "Desistir nunca foi uma opção", diz ela.

Ao longo de sua peregrinação, Maxwell coletou doações para ONGs como a World Pulse e Her Future Coalition, que se dedicam a apoiar meninas e mulheres jovens. No total, ela arrecadou cerca de US$ 30 mil.

Abraçar a curiosidade e a mente aberta, sugere Maxwell, é uma maneira poderosa de "vivenciar mais profundamente o mundo e seus habitantes".

Por seis anos e meio, Maxwell escolheu um estilo de vida de curiosidade, incerteza e extrema vulnerabilidade. E ela fez isso em busca de algo que nunca poderia ter certeza de encontrar: felicidade pessoal e uma conexão mais profunda com o mundo ao seu redor.

Em 16 de dezembro de 2020, a peregrinação de Maxwell chegou ao fim exatamente onde começou: na casa de sua melhor amiga Elyse em Bend.

Assim como ela atendeu ao chamado para começar sua jornada, ela sabia que era a hora certa para encerrá-la. Ela sabia, também, que essa aventura havia se tornado um modo de vida ao qual ela poderia retornar a qualquer momento.

Por enquanto, porém, ela está trabalhando em um livro, planejando futuras viagens e criando maneiras de as mulheres encontrarem, expressarem e incorporarem coragem em suas vidas diárias.

Quer uma caminhada leve ao outro lado do mundo ou só até o fim da rua, Maxwell mostrou o verdadeiro valor de desacelerar, prestar mais atenção e dar mais do que recebemos ao longo do caminho.

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O minúsculo país no Pacífico que pode tornar realidade a temida mineração no fundo do mar

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Nauru, no Pacífico, acionou gatilho na ONU que exige que as regras para a mineração em alto mar sejam definidas nos próximos dois anos.
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TOPO
Por BBC

Postado em 05 de julho de 2021 às 10h05m


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Patania II é um dos protótipos em desenvolvimento para a atividade mineradora no fundo do mar — Foto: GSR via BBC
Patania II é um dos protótipos em desenvolvimento para a atividade mineradora no fundo do mar — Foto: GSR via BBC

A minúscula nação de Nauru, no Pacífico, deu início a uma série de preocupações e críticas ao exigir que as regras para a mineração em alto mar sejam definidas nos próximos dois anos.

Grupos ambientalistas alertam que isso levará a uma corrida destrutiva nos "nódulos" do fundo do mar, ricos em minerais, que são alvo de mineradoras e governos há décadas.

Mas autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) que supervisionam a mineração em alto mar dizem que nenhum empreendimento subaquático pode ter início nos próximos anos.

Então, o que está causando preocupação?

É tudo sobre uma carta que se refere às letras pequenas de um tratado internacional que tem implicações de longo alcance.

Nauru, um Estado insular no Oceano Pacífico, pediu à Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (braço da ONU que supervisiona o fundo do oceano) que acelere a regulamentação que servirá de baliza para a mineração em alto mar.

O governo local ativou uma subcláusula aparentemente obscura na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar que permite que países acionem um "gatilho de dois anos" se acharem que negociações estão indo muito devagar.

Nauru, nação de 12 mil habitantes de 21 quilômetros quadrados que tem parceria com uma empresa de mineração, DeepGreen, argumenta que é "um dever dela para com a comunidade internacional" tomar essa iniciativa de acionar o gatilho a fim de ajudar a se alcançar "segurança regulatória".

O país afirma que tem mais a perder com as mudanças climáticas, por isso quer incentivar o acesso às pequenas rochas conhecidas como nódulos que se encontram no fundo do mar.

Isso porque eles são ricos em cobalto e outros metais valiosos que podem ser úteis para baterias e sistemas de energia renovável na transição que substituirá combustíveis fósseis.

Por que esse debate importa?

Se o braço da ONU não conseguir estabelecer as regras para a mineração em dois anos, ele poderá emitir aprovação provisória a Nauru para seguir com seu projeto — e ninguém sabe o que isso pode representar.

"Isso poderia realmente abrir as comportas", afirma Matthew Gianni, da Deep Sea Conservation Coalition, à BBC.

"Se Nauru e a DeepGreen obtiverem uma licença provisória, qualquer empresa ou Estado nacional pode acionar o gatilho de dois anos também e, então, todo o processo entrará no caos absoluto. As coisas ficaram muito mais complicadas — não seria um processo de negociação coordenado e bem planejado para atingirmos a regulamentação."

O que diz a Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos?

Em entrevista à BBC, o secretário-geral do órgão, Michael Lodge, minimizou as implicações da mudança de Nauru, dizendo que ainda há um longo caminho a ser percorrido antes que qualquer atividade mineradora possa ter início.

Ele disse que o conselho da Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos concordou em 2017 em concluir a regulamentação para mineração no fundo do mar até 2020. Mas um plano que foi descarrilado pela Covid-19.

Se Nauru e sua parceira comercial DeepGreen estiverem prontos para solicitar uma licença de mineração em dois anos, haveria uma série de obstáculos antes que a aprovação pudesse ser dada — incluindo uma avaliação de impacto ambiental e planos para minimizar os danos.

"Mesmo sob os atuais projetos de regulamentação", disse Lodge, "qualquer pedido de exploração provavelmente será um processo demorado, com vários pesos e contrapesos".

Isso levaria pelo menos dois ou três anos, de modo que, na prática, o início de qualquer mineração seria por volta de 2026.

Qual é o futuro da exploração das profundezas do oceano?

Cientistas dizem que estão longe de alcançar uma compreensão completa dos ecossistemas nas planícies abissais. Mas já sabem que são muito mais vibrantes e complexos do que se pensava décadas atrás.

Estima-se que esses nódulos, habitat para inúmeras formas de vida, se formaram ao longo de vários milhões de anos. Dessa forma, qualquer recuperação posterior à mineração será incrivelmente lenta.

Além disso, o que ainda não se sabe é qual será o efeito das plumas de sedimentos que serão agitadas pelas máquinas gigantes de mineração e provavelmente irão se espalhar por longas distâncias debaixo d'água.

Estudar esses aspectos é uma tarefa difícil e lenta, e é improvável que seja totalmente respondida dentro do período de dois anos iniciado por Nauru.

Andrew Friedman, do The Pew Charitable Trusts, está entre os que temem a "aceleração" o processo de aprovação.

"O fundo do mar é um ambiente vasto, inexplorado e biologicamente rico, e a Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos deve investir o tempo e os recursos necessários para garantir que os ecossistemas do fundo do mar sejam protegidos antes que qualquer mineração prossiga."

Uma das regiões na mira de mineradoras e de Nauru é a de Clarion-Clipperton (CCZ, na sigla em inglês), no oceano Pacífico. Ali, a 4 mil metros abaixo da superfície marinha, distância equivalente a cinco vezes o tamanho do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, encontram-se vastos depósitos de nódulos de manganês, pedras ricas em níquel, cobre, cobalto e outros minerais essenciais para a fabricação de equipamentos — de celulares a baterias para carros elétricos e painéis solares.

Ainda que não existam cálculos exatos, estima-se que a CCZ poderia abrigar 27 milhões de toneladas de nódulos, que têm o tamanho de uma bola de beisebol. Não se sabe, entretanto, se essa quantidade toda será acessível.

Michael Johnston, da Nautilus Minerals, calcula que, no ritmo do consumo de hoje, a CCZ terá cobre o suficiente para abastecer o mundo durante os próximos 30 anos.

Por outro lado, biólogos e ambientalistas descobriram que, de alguma maneira, todo o ecossistema da CCZ está conectado aos nódulos.

Algumas espécies de esponjas e anêmonas precisam da superfície dura dos nódulos para viver. Vídeos gravados na CCZ também mostram que nos lugares onde há mais nódulos há uma quantidade maior de peixes, com tamanho e diversidade maiores que espécies em áreas com menos nódulos.
A região de Clarion-Clipperton é rica em nódulos de manganês, que contêm minerais como cobre e níquel — Foto: Nautilus Minerals via BBC
A região de Clarion-Clipperton é rica em nódulos de manganês, que contêm minerais como cobre e níquel — Foto: Nautilus Minerals via BBC

O que vem agora?

Jessica Battle, do World Wide Fund for Nature (WWF), diz que a adoção de uma moratória é fundamental para uma avaliação adequada dos riscos.

"Nós realmente precisamos colocar um freio em tudo isso, em particular até que haja tempo suficiente para a ciência ajudar a tomar uma decisão informada."

Ela está menos preocupada com as perspectivas de uma mineração real começando em dois anos — já que as máquinas de mineração ainda não estão prontas — e mais com o que pode acontecer na pressa para concluir a regulamentação.

"O que vai prevalecer? O princípio da precaução e cuidado com o meio ambiente? Ou os interesses comerciais?"

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