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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Nasa alerta para risco maior de incêndios na Amazônia: '2020 está programado para ser um ano perigoso', diz cientista

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Aumento da temperatura na superfície do Oceano Atlântico faz com que umidade se desloque. Além de aumentar a seca na floresta, mudança pode levar à formação de furacões nos EUA.  
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Por G1  
10/07/2020 11h57 Atualizado há 5 horas
Postado em 10 de julho de 2020 às 17h00m 

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Imagem de satélite da Nasa mostra fumaça de incêndio sobre estados da Amazônia em agosto de 2019 — Foto: NasaImagem de satélite da Nasa mostra fumaça de incêndio sobre estados da Amazônia em agosto de 2019 — Foto: Nasa

O aumento da temperatura na superfície do Oceano Atlântico poderá levar ao maior registro de incêndios na Amazônia, e à formação de furacões nos Estados Unidos. O alerta é de cientistas da Agência Espacial Americana (Nasa) da Universidade da Califórnia.
"2020 está programado para ser um ano perigoso para incêndios na Amazônia", afirmou Doug Morton, chefe do Laboratório de Ciências Biosféricas do Centro de Vôo Espacial Goddard da Nasa em Greenbelt, Maryland.

"A previsão para a temporada de queimadas é consistente com o que vimos em 2005 e 2010, quando as temperaturas quentes da superfície do Oceano Atlântico provocaram uma série de furacões graves e secas recordes no Sul da Amazônia, que culminaram em incêndios florestais", relata.

Aumento de riscos de incêndio na Amazônia, em %
Nasa divulgou dados de 6 dos 9 estados que compõem a Amazônia Legal.
636364648080828282828585AmazonasMaranhãoRondôniaMato GrossoParáAcre020406080100
Rondônia
80
Fonte: Nasa

As águas mais quentes na superfície do Oceano Atlântico na altura do Equador atraem umidade para o norte, retirando-a da Amazônia. O deslocamento desta massa úmida leva à formação de furacões nos EUA e a uma temporada mais seca na floresta, aumentando os riscos de incêndios se propagarem.
"Nossa previsão sazonal de incêndio fornece uma indicação precoce do risco de queimadas para orientar os preparativos em toda a região", disse Morton, observando que a análise é mais precisa três meses antes do pico de queima na Amazônia brasileira, em setembro. "Agora, as estimativas por satélite de incêndios ativos e chuvas serão o melhor guia para o desenrolar da temporada de incêndios de 2020".

A temporada de incêndios na Amazônia deve ser observada com cautela, disse Morton. Os estados brasileiros com o maior risco de incêndio projetado nesta temporada – Pará, Mato Grosso e Rondônia – estavam entre as regiões com maior atividade de desmatamento no ano passado, que registrou o maior número de detecções ativas de incêndio na bacia amazônica desde 2010.
Além disso, a pandemia global do Covid-19 pode aumentar ainda mais as dificuldades logísticas em responder a emergências de incêndio em regiões remotas da Amazônia, disse Morton, já que viagens restritas, ambientes de teletrabalho e prioridades mais altas para orçamento e pessoal significam que o combate a incêndios pode ser mais desafios.

"Você tem uma tempestade perfeita: seca, o recente aumento do desmatamento e novas dificuldades para o combate a incêndios", disse Morton.

As perspectivas de longo prazo para a temporada de incêndios na Amazônia dependem de fatores climáticos e humanos, disse Yang Chen, cientista da Terra da Universidade da Califórnia, Irvine, e co-criador da previsão de temporada de incêndios na Amazônia.
"As mudanças no uso de fogo provocado pela ação humana, especificamente o desmatamento [que gera material combustível para as queimadas], adicionam mais variabilidade ano a ano nos incêndios na Amazônia", disse Chen. "Além disso, é provável que a mudança climática torne toda a região mais seca e mais inflamável – condições que permitiriam que incêndios por desmatamento ou uso agrícola se espalhassem nas florestas amazônicas existentes".


Enquanto isso, a temporada de furacões no Atlântico dos EUA já mostrou sinais de aumento de atividade, com cinco tempestades nomeadas já nos livros, no início da temporada, disse Morton.

No entanto, um conjunto complexo de condições influencia a formação de tempestades tropicais.

Por exemplo, em junho, uma grande nuvem de poeira do Saara flutuou pelo Atlântico, suprimindo temporariamente a formação de tempestades.

Essas circunstâncias destacam a interconectividade e a complexidade do sistema terrestre, pois mudanças rápidas nas condições atmosféricas ou nas temperaturas da superfície do mar influenciarão os padrões de chuva em 2020 e o potencial de impactos sincronizados de furacões e incêndios.

A Administração Nacional Oceanográfica e Atmosférica é responsável pela previsão e monitoramento operacional de furacões nos Estados Unidos. O papel da Nasa como agência de pesquisa é desenvolver novos tipos de recursos observacionais e ferramentas analíticas para aprender sobre os processos fundamentais que impulsionam os furacões e as conexões entre os furacões e a variabilidade regional das chuvas para incorporar dados que capturam esses mecanismos nas previsões.

Morton é co-criador de uma previsão da temporada de incêndios na Amazônia. Agora em seu nono ano, a previsão analisa a relação entre as condições climáticas e as detecções ativas de incêndio dos instrumentos de satélite da Nasa, como o Espectrorradiômetro de Imagem de Resolução Moderada no Terra e no Aqua, para prever a gravidade da estação de incêndio.

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FMI adverte que cortar o gasto público muito rápido pode prejudicar a recuperação

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Fundo alerta sobre obstáculos para impedir um colapso da economia em consequência da pandemia, especialmente se acontecer uma segunda onda de contágios.
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Por France Presse  
10/07/2020 10h26 Atualizado há 3 horas
Postado em 10 de julho de 2020 às 13h30m

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Logo do FMI em Washington, EUA — Foto: Reuters/Yuri GripasLogo do FMI em Washington, EUA — Foto: Reuters/Yuri Gripas

A dívida pública global vai atingir o máximo histórico em 2020 devido aos esforços dos governos para impedir um colapso da economia em consequência da pandemia de coronavírus, mas o FMI adverte que cortar o gasto público muito rápido pode prejudicar a recuperação.

Gita Gopinath, economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), e Vitor Gaspar, diretor do Departamento de Finança Públicas, alertaram que será necessário que os gastos públicos continuem "como apoio e que sejam flexíveis até que uma saída duradoura da crise seja garantida".

Apesar das taxas de juros em um nível mínimo em todo o mundo, a dívida pública atingirá em 2020 um recorde histórico e vai ultrapassar o tamanho da economia global, enquanto o déficit dos Estados deve ser cinco vezes maior do que o que era calculado para o ano antes da pandemia.
A crise de saúde e o confinamento para conter um vírus, para o qual não existe vacina, demandaram uma "imensa resposta fiscal", próxima dos US$ 11 trilhões para ajudar as famílias e impedir a falência de empresas.

"Mas as políticas de resposta contribuíram para que a dívida global alcance o nível máximo na história e supere 100% do PIB global", destacam os especialistas do FMI.
E ambos alertam: "Ainda não estamos fora de perigo".

A instituição multilateral com sede em Washington, que historicamente defende os cortes dos gastos públicos, está em uma posição pouco habitual de pedir aos governos para dar liquidez à economia e, ao mesmo tempo, advertir sobre os obstáculos que restam pelo caminho, especialmente se acontecer uma segunda onda de contágios.

"Embora a trajetória da dívida possa continuar aumentando (...) uma redução da presença fiscal mais cedo do que o justificado representa um risco ainda maior para a recuperação, com custos fiscais mais elevados no futuro", acrescentam os economistas.

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