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sábado, 1 de setembro de 2018

Mercado já prevê crescimento menor da economia em 2018, próximo de 1%

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PIB avançou 0,2% no 2º trimestre; resultado do 1º trimestre foi revisado de alta de 0,4% para 0,1%. 
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Por Luísa Melo e Marta Cavallini 




PIB do Brasil cresceu 0,2% no 2º trimestre. E eu com isso?
PIB do Brasil cresceu 0,2% no 2º trimestre. E eu com isso?

O crescimento de 0,2% da economia brasileira no 2º trimestre veio em linha com o esperado, mas a revisão para baixo dos números do 1º trimestre surpreendeu e sinaliza que as projeções do mercado para o PIB do ano todo devem ser reduzidas para uma alta em torno de 1%, segundo economistas ouvidos pelo G1. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) baixou de 0,4% para 0,1% o avanço da economia nos três primeiros meses do ano.

A atual estimativa Tendências é de uma alta de 1,7% no PIB do ano, mas pode ser revisada para um patamar abaixo dos 1,47% esperados pelo mercado no último boletim Focus.

"Como derrubou muito no primeiro trimestre, por mais que a economia cresça no terceiro, e é esperada uma alta mais forte por causa do contraponto com a greve, é bem razoável que o mercado revise para baixo, porque a base mudou muito", diz Alessandra Ribeiro, economista da consultoria.

Nas contas dela, se a economia crescer 0,8% no segundo trimestre e 0,5% no quarto trimestre, o avanço no ano fica em torno de 1,2%.

Já o número do segundo trimestre vieram exatamento como esperado pela Tendências. "(Os dados) mostram que a greve dos caminhoneiros realmente deu uma boa quebrada (no ritmo de recuperação da economia). A indústria sofreu bem, especialmente a de transformação, muito por efeito da greve, e os serviços fizeram o contraponto positivo", afirma Alessandra.

"(A greve) foi um tombo muito grande para uma economia que vinha timidamente se recuperando, endossa a professora de MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), Virene Matesco.

Para ela, o resultado do PIB do segundo trimestre também já era esperado. A recuperação está lenta. Estamos vivendo muitas incertezas internas e externas, diz. Por causa disso, ela prevê que o crescimento do ano fique entre 0,9% e 1%.

De acordo com a professora da FGV, apesar do crescimento tímido de 0,2% em relação ao trimestre anterior, que mostra baixa e tímida recuperação, olhando para o mesmo trimestre do ano anterior, sem os efeitos sazonais como a greve dos caminhoneiros, é possível notar uma recuperação – o crescimento foi de 1%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 1,4%. "Ou seja, saímos da recessão, mas nada de grandes comemorações", afirma.
Variação do PIB trimestral brasileiro (Foto: Karina Almeida/Arte G1)Variação do PIB trimestral brasileiro (Foto: Karina Almeida/Arte G1)

Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o elevado grau de incerteza decorrente de desfecho do cenário político tem contaminado as expectativas quanto ao desempenho da economia brasileira desde o primeiro trimestre. Com isso, a entidade revisou sua expectativa de crescimento do PIB para 2018 de 1,6% para 1,3%.

A expectativa foi revista para baixo, segundo a CNC, após a confirmação do fraco desempenho da economia no segundo trimestre e se baseia na percepção de que o atual processo de desvalorização do real deverá somar-se às pressões nos preços das tarifas, contaminando a inflação e, consequentemente, tornando iminente o início de um novo ciclo de aperto monetário.

Embora esse tenha sido o sexto trimestre sem quedas no PIB, a economia apresentou claras dificuldades em acelerar o ritmo de crescimento nos últimos três trimestres. 
Diante do modesto avanço, o nível atual de geração de riqueza gerada no país equivale àquele observado em 2011 e encontra-se 6% abaixo do pico de produção verificado no período pré-recessivo, explica Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da confederação.

Investimento preocupa
Na visão do economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, apesar de prevista, a queda de 1,8% nos investimentos das empresas (Formação Bruta de Capital Fixo) é o movimento que mais preocupa no segundo trimestre.

"Esse é o pior sinal. Porque, obviamente, uma economia que não investe não cresce e, pior, não gera emprego". Ele esperava investimento zero neste ano, mas diz que vai rever a previsão.

"Se o segundo trimestre foi assim, não vejo motivos para que investimento se recupere no terceiro trimestre. Não se vê sinal de decisões relevantes (no terceiro tri), pelo contrário, é um trimestre de revisões", diz. "Vai demorar bastante e para se recuperar e não se sabe bem quanto".
PIB do 2º trimestre de 2018: desempenho pela ótica da demanda (Foto: Juliane Monteiro/G1) 
PIB do 2º trimestre de 2018: desempenho pela ótica da demanda (Foto: Juliane Monteiro/G1)

Retomada lenta

Na avaliação de Alessandra, da Tendências, os dados divulgados nesta sexta reforçam uma retomada lenta e gradual da economia, mas há espaço para uma recuperação mais robusta em 2019.

"No fundo, a gente vê uma economia que cresce muito muito devagar, mas por outro lado a indústria tem osciosidade e estamos com os fundamentos macro em ordem. Apesar da questão fiscal, que precisa ser resolvida, temos o teto de gastos, inflação controlada e juros muito baixos", explica.

Essa tração mais forte depende, de acordo com a economista, da volta da confiança, tanto das famílias para consumir quanto dos empresários para investir. "E sabemos que boa parte disso depende de eleições", pondera. "O problema é que caímos muito (na recessão). Nossa expectativa é de uma uma volta para o nível do PIB de 2014 em 2021, talvez só em 2022."

"(A economia) vai demorar bastante e para se recuperar e não se sabe bem quanto", diz José Francisco, do Fator.
Greve dos caminhoneiros marca economia no segundo trimestre
Greve dos caminhoneiros marca economia no segundo trimestre

Virene Matesco aponta que o desemprego ainda está muito alto e é preciso atenção ao grande índice de pessoas endividadas e inadimplentes. "Mas estamos vagarosamente saindo do atoleiro".

Ela considera significativa a variação nula da agropecuária, que costuma ser o carro-chefe da economia. "Isso é preocupante em termos de inflação para o futuro, teremos pressão grande da agropecuária, e a desvalorização cambial pode contaminar os preços", afirma.

Segundo ela, como o país não terá uma safra de grandes ofertas, com essa variação zero significando plantio igual do ano passado, a oferta de alimentos não deverá ter aquele boom que vivemos no ano passado.
Variação trimestral dos setores do PIB no 2º trimestre de 2018 (Foto: Juliane Monteiro/G1)Variação trimestral dos setores do PIB no 2º trimestre de 2018 (Foto: Juliane Monteiro/G1)

Virene diz que o consumo das famílias, que é o motor da economia do lado da demanda e representa, no destino da produção, quase 64% do PIB, teve uma recuperação muito tímida em comparação com o 1º trimestre, mas em relação ao 2º trimestre do ano anterior e nos últimos 12 meses as variações de 1,7% e 2,3%, respectivamente, são bastante positivas.

"O que confirma uma trajetória positiva, embora tímida, mas esse consumo vem se recuperando aos poucos", diz.

Em relação aos investimentos e a queda da indústria, Virene considera que há ainda um clima de insegurança, que acaba levando incerteza para quem quer investir.

"O investimento é algo que você olha para o amanhã, mas o consumo é o hoje. Você só investe no amanhã se você tiver expectativa positiva com relação ao que você vai ver no amanhã".

Segundo ela, o tombo da indústria, de -0,6%, foi consequência quase direta da greve dos caminhoneiros, mas também há incertezas em meio ao cenário eleitoral e às medidas que serão tomadas pelo próximo governo.

"Tudo isso mostra claramente um compasso de espera. Quando você toma decisão de investimento você compra equipamentos e tem custos. Se não há expectativa mais favorável, você adia essa compra".
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