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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

As espécies escondidas nas profundezas do Atlântico que a ciência desconhecia até agora

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Estudo de quase cinco anos no Atlântico profundo revelou novos moluscos, musgos e corais — muitos dos quais são ameaçados pelo impacto das mudanças climáticas nas águas marítimas. 
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TOPO
Por Victoria Gill, BBC  
28/12/2020 19h25 Atualizado há 3 horas
Postado em 28 de dezembro de 2020 às 22h30m


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Epizoanthus martinsae vive em corais negros em profundidades de quase 400 metros — Foto: Atlas via BBC
Epizoanthus martinsae vive em corais negros em profundidades de quase 400 metros — Foto: Atlas via BBC

Um estudo que investigou as profundezas do oceano Atlântico durante quase cinco anos revelou detalhes sem precedentes de 12 espécies até então desconhecidas da ciência.

Trata-se de musgos marinhos, moluscos e corais que não tinham sido descobertos até agora porque o fundo do mar é ainda muito inexplorado, afirmam os cientistas.

Mas os pesquisadores alertam que os animais recém-descobertos já podem estar sob a ameaça das mudanças climáticas, que estão mudando a composição das águas marítimas.

O dióxido de carbono absorvido pelo oceano está tornando-o mais ácido, causando a corrosão dos esqueletos dos corais.

Os cientistas envolvidos no projeto, chamado de Atlas, enfatizaram que "não é tarde demais para proteger essas espécies especiais" e os importantes habitats que elas ocupam.

Corais são como as fundações das cidades nas profundezas, fornecendo abrigo e comida para várias espécies — Foto: Atlas via BBC
Corais são como as fundações das cidades nas profundezas, fornecendo abrigo e comida para várias espécies — Foto: Atlas via BBC

Algumas descobertas importantes da missão no Atlântico:

  • Novas espécies: "Pelo menos" 12 novas espécies de águas profundas. A equipe também encontrou cerca de 35 novos registros de espécies em áreas onde antes eram desconhecidas
  • Mudanças climáticas: o aquecimento dos oceanos, a acidificação e a diminuição da disponibilidade de alimentos irão se combinar para mudar significativamente e reduzir a disponibilidade de habitats adequados para as espécies do fundo do mar até 2100
  • Fontes hidrotermais: os cientistas descobriram um campo destas fontes termais no fundo do mar nos Açores, em Portugal. Os campos hidrotérmicos são áreas importantes de produtividade biológica relativamente alta, que hospedam comunidades complexas no meio do vasto oceano profundo
Cidades das profundezas
A Antropora gemarita se alimenta de partículas de comida suspensas na água — Foto: Atlas via BBC
A Antropora gemarita se alimenta de partículas de comida suspensas na água — Foto: Atlas via BBC

Como observou o professor George Wolff, químico oceânico da Universidade de Liverpool que esteve envolvido no projeto, "ainda podemos dizer que temos mapas melhores da superfície da Lua e de Marte do que do fundo do mar".

"Então, sempre que você vai para o fundo do oceano, você encontra algo novo — não apenas espécies individuais, mas ecossistemas inteiros."

O professor Murray Roberts, da Universidade de Edimburgo — que liderou o projeto Atlas—, disse à BBC News que quase cinco anos de exploração e investigação revelaram alguns "lugares especiais" no oceano e "como eles funcionam".

"Encontramos comunidades inteiras formadas por esponjas ou corais, que formam as cidades do fundo do mar", explicou.

Equipamento de robótica subaquática permitiu a exploração em profundidades que esmagariam mergulhadores humanos — Foto: Atlas via BBC
Equipamento de robótica subaquática permitiu a exploração em profundidades que esmagariam mergulhadores humanos — Foto: Atlas via BBC

"Elas sustentam a vida. Portanto, peixes realmente importantes usam esses locais como áreas de desova. Se essas cidades forem danificadas por usos humanos destrutivos, esses peixes não terão onde se reproduzir e a função de todos esses ecossistemas será perdida para as gerações futuras."

"É como entender que a floresta tropical é um lugar importante para a biodiversidade terrestre. O mesmo vale para o fundo do mar: há lugares importantes que precisam ser protegidos — e, o mais importante, todos estão conectados."

Diminuindo a velocidade das correntes oceânicas

Os pesquisadores realizaram mais de 40 expedições atlânticas para explorar o fundo do oceano em detalhes — Foto: Atlas via BBC
Os pesquisadores realizaram mais de 40 expedições atlânticas para explorar o fundo do oceano em detalhes — Foto: Atlas via BBC

O projeto envolveu pesquisadores de 13 países ao redor do Atlântico — combinando química e física oceânica, além de descoberta biológica, para descobrir como o ambiente do oceano está mudando com o aquecimento mundial e como os humanos exploram mais do fundo do mar para pesca e extração de minerais.

O estudo das correntes oceânicas e dos depósitos de fósseis no fundo do mar revelou que as principais correntes do Atlântico Norte diminuíram drasticamente em resposta às mudanças climáticas.

"As implicações disso são complicadas, mas potencialmente as conexões entre os ecossistemas estão sendo reduzidas", explicou o professor Roberts, porque as correntes oceânicas são as rodovias que ligam diferentes habitats na vastidão do oceano profundo.

Fora de vista

Um briozoário chamado Microporella funbio foi descoberto em um vulcão submarino de lama na costa espanhola — Foto: Atlas via BBC
Um briozoário chamado Microporella funbio foi descoberto em um vulcão submarino de lama na costa espanhola — Foto: Atlas via BBC

"O valor de todo esse conhecimento nos permite entender o que podemos arriscar e perder", disse a professora Claire Armstrong, economista de recursos naturais da Universidade de Tromsø, na Noruega.

"O fundo do oceano pode estar tão longe da vista e da mente que não temos consciência do que estamos fazendo aos seus ambientes e das consequências do que fazemos."

Com uma população global em crescimento, poluição crescente e áreas emergentes de atividade comercial no fundo do mar, incluindo a prospecção para produtos médicos e industrialmente úteis, os cientistas marinhos dizem que é vital preencher as lacunas em nosso conhecimento sobre o oceano.

O oceano não é um recurso infinito, acrescentou o professor Armstrong. "Conservar e saber o que podemos precisar no futuro é muito, muito difícil."

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'Temos que nos preparar para algo que pode ser ainda mais grave no futuro', diz OMS sobre pandemia

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Diretor de emergências da entidade alertou que Covid-19 não é necessariamente a 'grande' pandemia, e que novo coronavírus pode se tornar endêmico.  
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Por G1  
28/12/2020 15h28 Atualizado há uma hora
Postado em 28 de dezembro de 2020 às 16h30m


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Profissionais de saúde coletam amostras em testes PCR em moradores de Colombo, no Sri Lanka, nesta segunda-feira (28). — Foto: Ishara S. Kodikara/AFP
Profissionais de saúde coletam amostras em testes PCR em moradores de Colombo, no Sri Lanka, nesta segunda-feira (28). — Foto: Ishara S. Kodikara/AFP

O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, alertou, nesta segunda-feira (28), que a pandemia de Covid-19 não é, necessariamente, a "grande" pandemia – e que o mundo precisa se preparar para algo que pode ser pior no futuro.

"Essa pandemia foi muito grave. Se espalhou ao redor do mundo extremamente rápido, afetou cada canto do planeta. Mas essa não é necessariamente a "grande" [pandemia]", alertou Ryan durante coletiva de imprensa em Genebra.

"Esse vírus é muito transmissível, mata, e tirou entes queridos de muitas pessoas. Mas a taxa de letalidade é razoavelmente baixa comparada a outras doenças emergentes. Isso é um alerta. O planeta é frágil. Essas ameaças vão continuar", afirmou o diretor.

"Se tem uma coisa que precisamos aprender com essa pandemia, com toda a tragédia e perda, é que precisamos nos organizar. Temos que nos preparar para algo que pode ser ainda mais grave no futuro", alertou Ryan.

No sábado (26), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também alertou que a pandemia de Covid-19 não seria a última que o mundo enfrentaria.

Ryan lembrou, ainda, que é provável que o novo coronavírus (Sars-CoV-2) se torne endêmico – isto é, que nunca venha a desaparecer. Esse alerta já havia sido feito pelo diretor em maio.

O diretor e a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, reforçaram que, mesmo com a chegada de vacinas contra a Covid-19, as medidas de combate ao vírus precisarão ser seguidas por um tempo. Isto porque o objetivo principal das vacinas – ao menos as atuais – é evitar casos graves da doença, e não a transmissão do vírus.

Além disso, ainda deve levar tempo para que se consiga vacinar um número suficiente de pessoas para alcançar a imunidade de rebanho (veja vídeo).

'Imunidade de rebanho': o que é e quais os riscos de deixar a pandemia correr seu curso
'Imunidade de rebanho': o que é e quais os riscos de deixar a pandemia correr seu curso

Conflito na Etiópia

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também falou do conflito da região do Tigray, na Etiópia, seu país natal. Ele foi questionado sobre como havia passado o ano pessoalmente, para além da pandemia.

"Pessoalmente, além da pandemia, 2020 foi muito difícil para mim porque meu país está com problemas. E a guerra devastadora que está acontecendo é, na verdade, na minha região natal, o Tigray, no norte da Etiópia", disse.

"Eu tenho muitos parentes lá, incluindo meu irmão mais novo, e eu não sei onde eles estão. Eu não me comuniquei com eles, porque não há comunicação. Como se a Covid não fosse suficiente, eu tenho essa dor pessoal também. Eu me preocupo com meu país. Carregar tudo isso tem sido difícil", disse.

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2021 vai ser um pouco mais fresco que 2020, mas ainda estará entre os 6 anos mais quentes da história

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O fenômeno climático La Niña no oceano Pacífico fará com que as temperaturas caiam, mas os gases causadores do efeito estufa continuarão sendo o maior fator de influência no clima global, afirmam os pesquisadores do centro de meteorologia do governo do Reino Unido. 
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TOPO
Por BBC  
27/12/2020 15h27 Atualizado há 23 horas
Postado em 28 de dezembro de 2020 às 14h30m


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O fenômeno La Niña já trouxe fortes chuvas para algumas regiões e provavelmente deixará o clima global um pouco mais frio em 2021 — Foto: Getty Images/Reprodução via BBC
O fenômeno La Niña já trouxe fortes chuvas para algumas regiões e provavelmente deixará o clima global um pouco mais frio em 2021 — Foto: Getty Images/Reprodução via BBC

Os pesquisadores do centro de meteorologia do governo do Reino Unido preveem que 2021 será um pouco mais frio que 2020 em todo o mundo, mas ainda será um dos seis anos mais quentes já registrados.

O fenômeno climático La Niña no oceano Pacífico fará com que as temperaturas caiam, mas os gases causadores do efeito estufa continuarão sendo o maior fator de influência no clima global.

Os pesquisadores dizem que o mundo provavelmente ficará cerca de 1°C mais quente do que na era pré-industrial. Será o sétimo ano consecutivo que ficará próximo ou acima desta marca.

De acordo com as projeções do centro de meteorologia britânico, a temperatura da Terra em 2021 provavelmente ficará entre 0,91° C e 1,15º C acima do que eram nos anos 1850-1900, com uma estimativa média de 1,03º C.

O efeito La Niña

O La Niña se desenvolve quando fortes ventos sopram as águas quentes da superfície do Pacífico para longe da América do Sul e em direção às Filipinas.

O resultado disso é que as águas mais frias do fundo do oceano acabam vindo para a superfície do mar e reduzindo as temperaturas ali.

Condições de calor podem levar a secas prolongadas e escassez de água — Foto: Getty Images/Reprodução via BBC
Condições de calor podem levar a secas prolongadas e escassez de água — Foto: Getty Images/Reprodução via BBC

Espera-se que o fenômeno provoque uma queda de 1°C ou 2°C, o que provavelmente será o suficiente para evitar que 2021 tenho um novo recorde de alta temperatura.

Os pesquisadores dizem que o impacto de um evento de resfriamento natural como o La Niña, embora seja importante, é ofuscado pelo aquecimento causado pelos gases do efeito estufa na atmosfera.

"É improvável que a temperatura global para 2021 seja a de um ano recorde devido à influência atual da La Niña, mas será muito mais quente do que outros anos anteriores que tiveram o fenômeno, como 2011 e 2000, devido ao aquecimento global", diz Adam Scaife, chefe de previsão de longo alcance no centro de meteorologia do Reino Unido.

Houve um forte La Niña no ano de 1999-2000, mas as temperaturas globais aumentaram 0,4°C nos anos desde então. Isso de acordo com a estimativa de aquecimento de 0,2ºC por década, atribuída pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) à atividade humana.

"A variabilidade do ciclo La Niña/ l Niño é o segundo fator mais importante na determinação da temperatura da Terra, mas é um fator atenuado pelo efeito do aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera", diz o meteorologista Nick Dunstone, do centro de meteorologia do Reino Unido.

Os anos mais quentes

A instituição britânica diz que sua experiência bem sucedida na previsão de temperaturas anuais anteriores lhe dá confiança nas projeções para o próximo ano.

Um ano atrás, a agência estimou que 2020 seria entre 0,99°C e 1,23°C mais quente do que os níveis pré-industriais. Dados de janeiro a outubro deste ano indicam que a temperatura anual ficará 1,17°C acima da média de 1850-1900.

O ano de 2016 continua sendo o mais quente já registrado, com 2020 disputando o segundo lugar com 2019.

De acordo com uma avaliação provisória da Organização Meteorológica Mundial, os seis anos mais quentes em registros globais desde 1850 ocorreram depois de 2015. O Met Office espera que 2021 supere 2018 e fique em sexto lugar.

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Catástrofes geradas por mudanças climáticas custam cada vez mais caro, diz ONG

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No relatório foram contabilizados apenas os danos cobertos por seguros. A maior parte das perdas econômicas não estava assegurada, segundo a Christian Aid. 
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TOPO
Por RFI  
28/12/2020 11h31 Atualizado há 1 horas
Postado em 28 de dezembro de 2020 às 12h40m


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Casa em chamas na cidade de Vacaville, na Califórnia, em 19 de agosto de 2020 — Foto: Stephen Lam/Reuters
Casa em chamas na cidade de Vacaville, na Califórnia, em 19 de agosto de 2020 — Foto: Stephen Lam/Reuters

As 10 catástrofes naturais mais caras de 2020 geraram prejuízos de quase US$ 150 milhões (cerca de R$ 780 milhões). O valor, superior a 2019, reflete o aumento do impacto da crise climática, segundo a ONG britânica Christian Aid. Os desastres também deixaram 3.500 mortos e 13,5 milhões desabrigados, segundo o relatório anual da organização.

Dos incêndios monumentais na Austrália aos furacões em série no Caribe, o verdadeiro custo das catástrofes climáticas em 2020, reforçadas pelo aquecimento global, é na realidade muito mais elevado. No relatório foram contabilizados apenas os danos cobertos por seguros. A maior parte das perdas econômicas não estava assegurada, segundo a ONG.

Sem surpresa, os países pobres arcaram com o preço mais alto, com apenas 4% das despesas pagas pelas seguradoras, contra 60% nos países ricos. O relatório cita um estudo recente publicado na revista The Lancet.

Moradores removem destroços de suas casas destruídas pela passagem do furacão Iota em Puerto Cabezas, na Nicarágua, no dia 17 de outubro de 2020 — Foto: Oswaldo Rivas/Reuters
Moradores removem destroços de suas casas destruídas pela passagem do furacão Iota em Puerto Cabezas, na Nicarágua, no dia 17 de outubro de 2020 — Foto: Oswaldo Rivas/Reuters

Muitos países atingidos por catástrofes climáticas não têm grande responsabilidade pelo aquecimento global. Um exemplo é a Nicarágua, afetada pelo furacão Iota, o mais forte da temporada no Atlântico, e as Filipinas, atingida por Goni e Vamco.

Catástrofes desse tipo já ocorriam no planeta antes do aumento das mudanças climáticas provocadas pela humanidade, mas o aumento da temperatura em ao menos 1,1º C desde o começo da era industrial aumentou a frequência e os impactos.

Sejam inundações na Ásia, gafanhotos na África ou tempestades na Europa e na América, a mudança climática continua a destruir em 2020, disse Kat Kramer, responsável Clima da Christian Aid.

As cinco catástrofes mais caras de 2020 estavam ligadas principalmente a chuvas das intensas monções ocorridas na Ásia. As inundações de 2020 foram as piores da história de Bangladesh, e deixaram mais de um quarto do país sob as águas, diz Shahjahan Mondal, climatólogo da Universidade de Engenharia e Tecnologia de Bangladesh.

Tempestades e desastres

Desde 1971 não eram registrados cinco ciclones tropicais ativos ao mesmo tempo — Foto: CENTRO NACIONAL DE FURACÕES DOS EUA via BBC
Desde 1971 não eram registrados cinco ciclones tropicais ativos ao mesmo tempo — Foto: CENTRO NACIONAL DE FURACÕES DOS EUA via BBC

Um grande número destes desastres causaram danos de ao menos US$ 5 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões), como o ciclone Amphan no golfo de Bengala, em maio, os incêndios do oeste dos Estados Unidos durante o verão e o outono, ou os da Austrália, em janeiro.

Em 2020, o número de furacões no oceano Atlântico bateu um recorde, com 30 tempestades que provocaram pelo menos 400 mortes e US$ 41 milhões (cerca de R$ 200 milhões) em perdas nos Estados Unidos, na América Central e no Caribe, segundo o representante da ONG.

Entre as perdas mais importantes deste ano, a Christian Aid destaca também duas tempestades que varreram a Europa causando um total de prejuízos de US$ 5,9 bilhões: Ciara, no Reino Unido e na Irlanda em fevereiro, e Alex, na França e Itália em outubro.

O aumento das catástrofes climáticas corresponde a previsões científicas e aos progressos feitos nos últimos anos pela ciência conhecida como de atribuição, que permite avaliar quantas vezes é provável que um evento específico causado pelas mudanças climáticas aconteça.

O acordo de Paris sobre o clima prevê limitar o aquecimento a 2º C, se possível 1,5º C, em relação à era pré-industrial, mas os compromissos de redução de gases do efeito estufa dos Estados ainda são insuficientes para atingir estes objetivos.

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