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quarta-feira, 18 de maio de 2022

A explicação científica para a misteriosa 'porta' vista em foto de Marte

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Registro enviado pela sonda Curiosity levantou questões sobre aspecto de formação rochosa no planeta vermelho. Do que se trata?
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TOPO
Por BBC

Postado em 18 de maio de 2022 às 20h55m

 #.*Post. - N.\ 10.328*.#

Registro enviado pela sonda Curiosity levantou questões sobre aspecto de formação rochosa no planeta vermelho — Foto: Nasa
Registro enviado pela sonda Curiosity levantou questões sobre aspecto de formação rochosa no planeta vermelho — Foto: Nasa

A foto de uma formação geológica em Marte viralizou nas redes sociais, suscitando comentários apreensivos e teorias mirabolantes sobre seu aspecto.

Muitos usuários viram nela uma "porta", enquanto outros se aventuraram em suposições sobre se uma civilização extraterrestre poderia criar uma "passagem" no planeta vermelho.

Mas o que é mostrado na foto tirada pelo robô Curiosity, que envia informações sobre Marte desde que pousou ali em 2012, tem uma explicação mais lógica.

Segundo a Nasa, a agência espacial americana, trata-se de uma questão de perspectiva.

A origem e sua explicação

Em 7 de maio, a Nasa publicou uma nova fotografia do solo de Marte que a câmera Mast do robô Curiosity registrou.

A agência espacial americana identificou a imagem como parte da série "Sol 3466" que foi publicada em vários fotogramas no site do Programa de Exploração de Marte.

Desde a publicação, alguns usuários começaram a teorizar sobre sua forma e sua aparência de "porta" ou "passagem".

Mas essa imagem em particular é apenas uma parte de uma série que, vista em toda a sua composição, muda a perspectiva de sua dimensão e forma.

"É uma foto muito, muito, muito ampliada de uma pequena rachadura em uma rocha", explicou a Nasa à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

Na imagem a seguir você pode ver a composição que forma toda a série de imagens 3466 e quão pequena é a fissura naquela rocha da cratera Jezero, que o robô Curiosity explorou nas últimas semanas.

Composição que forma toda a série de imagens 3466 em rocha da cratera Jezero — Foto: Nasa
Composição que forma toda a série de imagens 3466 em rocha da cratera Jezero — Foto: Nasa

Cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato destacaram o quão pequena é a rachadura, com cerca de 30 cm de largura por 45 cm de comprimento.

"Existem rachaduras lineares em todo este afloramento, e este é um lugar onde várias rachaduras lineares se cruzam", explicou a NASA.

Uma rachadura 'curiosa'

Vários especialistas avaliaram o registro nos últimos dias.

Neil Hodgson, um geólogo britânico que estudou as formas de relevo marcianas, diz que, embora seja uma "imagem curiosa", não é misteriosa.

"Em suma, parece-me uma erosão natural", disse ele ao site especializado Live Science.

Os estratos, ou seja, as camadas rochosas que podem ser vistas em imagens como esta, são leitos de lodo e areia.

"Eles foram depositados há cerca de 4 bilhões de anos em condições sedimentares, possivelmente em um rio ou em uma duna levada pelo vento", disse Hodgson.

As fraturas do solo podem formar tais rachaduras naturalmente. Neste caso, uma rachadura vertical cruza com os estratos ou camadas para formar tais fendas.

Robô Perseverance da NASA coleta amostras de rocha do solo de MarteRobô Perseverance da NASA coleta amostras de rocha do solo de Marte

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'Estamos cada vez mais próximos de uma catástrofe climática', diz António Guterres sobre novo relatório da ONU

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Documento da Organização Mundial Meteorológica foi divulgado nesta quarta (18) aponta 'incapacidade humana em combater problemas climáticos'. Além disso, reafirma aumento do nível do mar e derretimento das camadas de gelo.
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Por g1

Postado em 18 de maio de 2022 às 08h45m

 #.*Post. - N.\ 10.327*.#

Secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial durante apresentação do relatório que aponta recorde de temperatura dos mares, em Genebra, em 18 de maio de 2022 — Foto: Reuters
Secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial durante apresentação do relatório que aponta recorde de temperatura dos mares, em Genebra, em 18 de maio de 2022 — Foto: Reuters

A Organização Mundial Meteorológica (OMM) divulgou nesta quarta-feira (18) uma nova edição do relatório "Estado do Clima", que confirma que os últimos sete anos tem sido os mais quentes já registrados no planeta.

Em análise do documento, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o "sistema energético global está quebrado" e, com isso, que estamos "cada vez mais próximos de uma catástrofe climática".

Além disso, Guterres disse que o "Estado do Clima" mostra a "triste repetição do fracasso humano em combater os problemas climáticos" com "recordes alarmantes" atingidos em 2021 em várias frentes: aumento do nível do mar, aquecimento dos oceanos, concentração de gases de efeito estufa e acidificação dos oceanos.

O secretário-geral aponta que os combustíveis fósseis são um caminho sem saída e ressalta, ainda, que a guerra na Ucrânia e seus efeitos sobre o preço da energia é um outro aviso para que o mundo "acorde" para as mudanças climáticas.

Dados sobre oceanos

Em um dos pontos de destaque apresentados pela OMM, os cientistas relatam que os oceanos do planeta inteiro chegaram em 2021 ao maior nível de temperatura e acidez já registrados na história da humanidade.

O documento também reafirma - como já dito em outros relatórios climáticos - que há um aumento do nível do mar por conta do derretimento contínuo de camadas de gelo.

"Nosso clima está mudando diante de nossos olhos. O calor retido pelos gases de efeito estufa induzidos pela humanidade aquecerá o planeta por muitas gerações", declarou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. 
Mais carbono na atmosfera

A organização identificou que os níveis de dióxido de carbono e metano na atmosfera ultrapassaram em 2021 o recorde anterior.

Na média, apontou o relatório, a temperatura mundial em 2021 foi 1.11ºC mais alta que na era pré-industrial, que líderes e organizações mundiais usam como referência. Pelos principais estudos atuais, caso o mundo alcance a média de 1.5ºC acima da era pré-industrial, os efeitos do aquecimento global se tornam drásticos e eminentes.

A temperatura registrada em 2021 tenha sido ligeiramente mais baixa que a de 2020, o que o estudo relaciona com o esfriamento do Pacífico causado pelo fenômeno La Niña. Ainda assim, o ano passado entrou na lista dos sete anos mais quentes já registrados pela humanidade.

As mudanças já são visíveis em todos os continentes, e o relatório cita como exemplo ondas de calor extremas, incêndios florestais e enchentes registradas ao longo do ano passado.

E as consequências também já chegaram aos cofres públicos, que tiveram prejuízo de ao menos US$ 100 bilhões (cerca de R$ 494 bilhões) por conta de episódios causados pela mudança climática apenas em 2021. 
Maior acidez em 26 mil anos

O aumento da temperatura fez com que os oceanos alcançassem a maior acidez dos últimos 26 mil anos do planeta, apontou o estudo. O aumento ocorre por conta da reação produzida pelo mar por conta da maior presença de dióxido de carbono na atmosfera.

Como consequência do aumento das temperaturas, o nível do mar aumentou 4,5 centímetros em 2021, concluiu a OMM.

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