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sábado, 6 de junho de 2020

Coronavírus: Como Bill Gates virou alvo de teorias da conspiração sobre a pandemia

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A BBC levantou algumas desses teorias da conspiração e ouviu especialistas sobre o que pode estar por trás delas.   
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Por BBC  
06/06/2020 18h44  Atualizado há 3 horas  
Postado em 06 de junho de 2020 às 21h50m  



      Post.N.\9.324  
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Bill Gates — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Bill Gates — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Em 2015, Bill Gates subiu ao palco de uma conferência TED em Vancouver para fazer um alerta terrível.

"Se alguma coisa for capaz de matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, é provável que seja um vírus altamente infeccioso, e não uma guerra", disse ele à plateia.

Suas palavras prescientes ganharam cobertura na época, mas praticamente não foram ouvidas.
Mas agora que estamos vivendo a pandemia de coronavírus, o vídeo dessa palestra já foi visto mais de 64 milhões de vezes, e muitas pessoas parecem mais interessadas no que estaria, segundo elas, por trás dessa palestra do que na palestra em si.

Alguns acreditam que ele está coordenando esforços para despovoar o mundo. Outros o acusam de tornar vacinas obrigatórias, ou mesmo de tentar implantar microchips nas pessoas.

A cara da saúde pública
"Existem inúmeras teorias conspiratórias sobre Bill Gates", disse Rory Smith, do First Draft News, projeto de combate à desinformação. "E não surpreende que ele tenha se tornado alvo, porque ele sempre representou a saúde pública."

As teorias que falsamente ligam Bill Gates ao coronavírus foram mencionadas 1,2 milhão de vezes na televisão ou em redes sociais entre fevereiro e abril, de acordo com um estudo do jornal The New York Times e da empresa de software Zignal Labs.

Grande parte do conteúdo é postada em grupos públicos do Facebook, a partir dos quais ele é compartilhado milhões de vezes.

O First Draft News também descobriu que a plataforma chinesa TikTok está se tornando um novo lar para essas teorias da conspiração.

A equipe da BBC que atua contra a desinformação levantou algumas das mais estranhas. Entre elas, há alegações de que a Fundação Bill e Melinda Gates testou vacinas em crianças na África e na Índia, levando a milhares de mortes e danos irreversíveis. Um post até diz que ele estaria sendo julgado na Índia.

Ele é acusado de lançar uma vacina contra o tétano no Quênia que inclui drogas que provocam aborto.

Um vídeo na página de Facebook da publicação de extrema direita The New American Magazine dá voz à falsa teoria de que ele estaria promovendo o despovoamento do mundo por meio de vacinas e aborto e também liga Gates ao Partido Comunista da China. Esse vídeo foi compartilhado 6.500 vezes e visto 200.000 vezes.

Um vídeo acusando Gates de querer colocar microchips nas pessoas teve quase dois milhões de visualizações no YouTube.
A Fundação Bill e Melinda Gates investiu US $ 300 milhões no combate à covid-19 — Foto: GETTY IMAGES via BBC
A Fundação Bill e Melinda Gates investiu US $ 300 milhões no combate à covid-19 — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Rico e famoso
Mas afinal, como o fundador da Microsoft, que investiu bilhões em assistência médica global por meio da fundação filantrópica que administra com sua esposa Melinda, tornou-se o bicho-papão das pessoas que disseminam teorias da conspiração sobre covid-19?
Joseph Uscinski, cientista político da Universidade de Miami e autor de livros sobre teorias da conspiração, acredita que é simplesmente porque ele é rico e famoso.

"As teorias da conspiração acusam pessoas poderosas de fazerem coisas terríveis", disse ele à BBC. "As teorias são basicamente as mesmas, mudam apenas os nomes. Antes de Bill Gates, eram George Soros e os irmãos Koch, os Rothchilds e os Rockefellers."

A maioria das teorias da conspiração não ganha muito alcance. As que perduram são aquelas que "descrevem grandes vilões e tratam de questões com que as pessoas se preocupam".

"Não deveria surpreender que pessoas ricas e grandes corporações estejam sendo acusadas de conspirar para colocar chips em nossos corpos, porque isso é algo que tememos", disse ele.

"Essa é a munição das teorias da conspiração há muito, muito tempo".
Apesar de essas teorias "não terem nenhuma ligação com a verdade", as pessoas ainda parecem estar caindo nelas.

Mais de um quarto de todos os americanos e 44% daqueles que se identificam com o Partido Republicano acreditam que Bill Gates deseja usar uma vacina da covid-19 para implantar microchips na pele das pessoas, de acordo com levantamento feito pelo site de notícias Yahoo News com a empresa de pequisa YouGov.
Smith diz que muitas vezes existe na teoria um "elemento da verdade" que é "totalmente tirado de contexto".

Por exemplo, a Fundação Bill e Melinda Gates financiou um estudo, realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) no ano passado que analisou a possibilidade de armazenar o histórico de vacinação de um paciente num corante. Ele seria invisível a olho nu e poderia ser colocado sob a pele durante a aplicação de uma vacina.

É difícil averiguar a origem das teorias da conspiração, mas acredita-se que a internet as esteja propagando ainda mais.

"Antes da internet, elas existiam apenas em bolhas dentro de certas comunidades, mas a internet permite que elas passem a ser conhecidas por várias pessoas, então eu acho que hoje há muito mais espaço para integrar as teorias da conspiração do que havia antes da internet", disse Smith.

Ele acrescentou que as teorias da conspiração floresceram durante a pandemia porque as pessoas estão "psicologicamente vulneráveis".
"Essa crise é sem precedentes em tamanho e escopo, e as orientações mudam à medida que novos estudos são publicados. Existem grandes áreas de incerteza e os seres humanos detestam a incerteza", disse ele.

Para lidar com isso, "nos agarramos a qualquer informação para termos algum tipo de sentido e ordem, e é aí que o boato começa. As teorias da conspiração - e principalmente as teorias da conspiração sobre Bill Gates - preenchem esses vazios informacionais".

'Quase dá vontade de rir de vez em quando'
A Fundação Bill e Melinda Gates, que investiu US $ 300 milhões no combate à covid-19, manteve-se otimista com a enxurrada de alegações falsas.

Em comunicado à BBC, disse: "Estamos preocupados com as teorias da conspiração que estão sendo divulgadas on-line e com os danos que elas podem causar à saúde pública. Em um momento como esse, quando o mundo está enfrentando uma crise econômica e de saúde sem precedentes, é lamentável que haja pessoas divulgando informações erradas quando todos nós deveríamos estar procurando maneiras de colaborar e salvar vidas. Agora, uma das melhores coisas que podemos fazer para parar a propagação do covid-19 é espalhar os fatos".

Em uma entrevista à BBC, Bill Gates expressou surpresa por ter se tornado a figura de proa de tais teorias.

"É preocupante que exista tanta loucura. 
Quando desenvolvermos a vacina, desejaremos que 80% da população a tome, mas se as pessoas tiverem ouvido falar que é uma grande conspiração, corremos o risco de não termos pessoas dispostas a tomar a vacina, e isso fará com que a doença continue matando", disse ele.

"Estou meio surpreso que parte disso seja sobre mim. Estamos apenas dando dinheiro, assinando o cheque. Sim, pensamos em proteger as crianças contra doenças, mas não tem nada a ver com chips e esse tipo de coisa. Quase dá vontade de rir de vez em quando."

CORONAVÍRUS

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Brasil registra 40 mil internações por falta de saneamento nos primeiros três meses do ano; gastos chegam a R$ 16 milhões

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Internações ocuparam, em média, 4,2% dos leitos do SUS no primeiro trimestre de 2020. Estudo da ABES destaca que ocupações acontecem durante a pandemia do coronavírus e que podem ser evitadas com mais investimento em serviços de água, esgoto e coleta de lixo. 
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Por Clara Velasco, G1  
05/06/2020 10h00  Atualizado há um dia  
Postado em 06 de junho de 2020 às 16h45m  


      Post.N.\9.323  
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O Brasil teve mais de 40 mil internações causadas por doenças relacionadas a falhas de saneamento básico no primeiro trimestre deste ano, aponta um estudo da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) divulgado nesta sexta-feira (5).

As internações ocuparam, em média, 4,2% dos leitos do SUS no período, por cerca de três dias.

Além disso, elas custaram mais de R$ 16,1 milhões aos cofres públicos. Deste valor, quase a metade (46%) foi despendida apenas no Norte, região que, historicamente, apresenta graves falhas e os piores índices de saneamento básico do país.
Estudo aponta as internações causadas por doenças relacionadas à falta de saneamento no país — Foto: Fernanda Garrafiel/Arte
Estudo aponta as internações causadas por doenças relacionadas à falta de saneamento no país — Foto: Fernanda Garrafiel/Arte

Para contabilizar as internações, o estudo considera as Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) de transmissão feco-oral. São elas: cólera, febres tifóide e paratifóide, shiguelose, amebíase, diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível, entre outras enfermidades infecciosas intestinais.

Segundo a publicação, estas doenças são típicas de ambientes precários, sem saneamento ou com saneamento inadequado.
"Saneamento público é saúde. Ele afeta diretamente a saúde das pessoas. Cidades com índices melhores de saneamento têm incidência menor dessas doenças. Por isso, nós sempre conectamos os dois temas nos nossos estudos", afirma Roberval Tavares de Souza, presidente da ABES.
Souza destaca a importância de analisar a ocupação destes leitos públicos com doenças ligadas ao saneamento inadequado por causa do atual contexto de pandemia que o país vive. "Nós verificamos que, em média, mais de 13 mil leitos foram ocupados por doenças relacionadas ao saneamento neste primeiro trimestre", diz.
"Se a gente tivesse mais saneamento, a gente teria menos doenças e, consequentemente, teria mais leitos disponíveis para atender as pessoas com Covid-19. Então, se a gente tivesse avançado mais no saneamento nos últimos anos, com certeza a gente teria diminuído o número de mortes por Covid no Brasil, pois esses leitos seriam ocupados para salvar essas vidas", afirma Souza.
Acesso a saneamento básico está diretamente relacionado com incidência de doenças na população, aponta ABES. — Foto: Natinho Rodrigues
Acesso a saneamento básico está diretamente relacionado com incidência de doenças na população, aponta ABES. — Foto: Natinho Rodrigues

Segundo ele, essa lógica não faz sentido apenas em um contexto de pandemia, mas em qualquer momento. "A gente não tem pandemia todo ano, mas a gente tem outras doenças que ocupam e demandam o sistema publico de saúde no Brasil. Aí alguém que tem uma doença causada pelo saneamento, que podia ser evitada, disputa leito com uma pessoa com alguma outra doença."

Nesta sexta, a associação divulgou um ranking que analisa como as cidades do país estão avançando rumo à universalização dos serviços. Os números, porém, não são satisfatórios, segundo Souza, pois menos de 100 cidades de mais de 1.800 analisadas estão perto de conseguir atender todos os cidadãos com os serviços de água, esgoto e coleta de lixo.

Também é importante destacar que ainda há quase 35 milhões de brasileiros sem acesso à água tratada e mais de 100 milhões sem coleta de esgoto. Além disso, apenas 46% dos esgotos gerados nos país são tratados.
O estudo da ABES ainda aponta as diferenças regionais nos dados de internação e ocupação de leitos. Mesmo que a média de ocupação de leitos do trimestre tenha sido de 4,2%, há estados em que os sistemas de saúde ficaram bem mais comprometidos.

O Maranhão, por exemplo, se destaca negativamente, com uma ocupação de 17,6% dos leitos do SUS. O estado é seguido pelo Pará, com 11,7%, e Piauí, com 9,6%.

São Paulo, apesar de ter registrado uma quantidade similar à do Pará de internações médias no trimestre, teve o menor percentual de ocupação dos leitos SUS do país por apresentar, sozinho, quase o dobro dos leitos disponíveis dos outros três estados. A média de internações dos três meses do estado foi de 1.042, com 1,7% de ocupação dos leitos.
Paciente com Covid-19 recebe atendimento na UTI do Hospital Municipal de Parelheiros, em São Paulo; cidade teve a menor taxa de ocupação de leitos do SUS para doenças relacionadas ao saneamento básico — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Paciente com Covid-19 recebe atendimento na UTI do Hospital Municipal de Parelheiros, em São Paulo; cidade teve a menor taxa de ocupação de leitos do SUS para doenças relacionadas ao saneamento básico — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O mesmo acontece na comparação entre as capitais. Belém, Fortaleza e São Paulo foram as três capitais com as maiores quantidades de internações médias por DRSAI de transmissão feco-oral no trimestre: 217, 269 e 252, respectivamente.

Contudo, em função do número de leitos SUS disponíveis, o percentual de ocupação de São Paulo coloca as cidades em condições bastante diferentes: enquanto Belém ocupou 7,7% dos leitos com as doenças e Fortaleza ocupou 4,4%, São Paulo ocupou 1,4% com essas internações.

Segundo Souza, estes dados estão diretamente relacionados ao nível do saneamento básico destes estados e destas cidades.

"Belém, Manaus e Macapá são cidades que têm péssimas infraestruturas de saneamento e aí, consequentemente, têm mais pessoas internadas por questões relacionadas a doenças de saneamento", afirma.

Em São Paulo, por exemplo, 99,3% da população têm acesso a abastecimento de água, e 96,3%, a coleta de esgoto. Já em Belém, os índices são bem mais baixos: 70,3% e 13,6%, respectivamente.
A cada 100 litros de água tratada, mais de 38 se perdem em vazamentos, roubos e fraudes
A cada 100 litros de água tratada, mais de 38 se perdem em vazamentos, roubos e fraudes

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Em 3.547 municípios do Brasil, pelo menos 1/4 dos habitantes recebeu o Auxílio Emergencial

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Levantamento considera a base de dados de pagamentos do auxílio emergencial criado durante a pandemia e a mais recente estimativa populacional do IBGE por município. Mais de 53 milhões de brasileiros receberam a primeira parcela.
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Por Gabriela Caesar, G1     
06/06/2020 14h12  Atualizado há uma hora  
Postado em 06 de junho de 2020 às 15h25m  

      Post.N.\9.322  
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Um levantamento feito pelo G1 revela que pelo menos 1/4 dos habitantes de 3.547 dos 5.570 municípios do Brasil recebeu o Auxílio Emergencial criado durante a pandemia do novo coronavírus. A primeira parcela do benefício de R$ 600 (ou R$ 1.200 para mães solteiras) foi paga a 48.720.875 pessoas em abril e 5.198.765 em maio deste ano.

Os dados são resultado de um cruzamento da base de dados de pagamentos do auxílio emergencial, disponível no Portal da Transparência desde quinta-feira (4), e a mais recente estimativa populacional do IBGE por município (de 2019).
(Abaixo, no mapa, clique no zoom ou passe o mouse para saber mais detalhes)
A metade desses municípios com taxas mais altas de beneficiários está localizada no Nordeste (1.780 de 3.547). Ainda nessa região, em sete estados pelo menos 1/3 dos habitantes recebeu o benefício: Piauí (35%), Bahia (34%), Maranhão (34%), Ceará (34%), Paraíba (33%), Sergipe (33%) e Pernambuco (33%).

Já os estados com os menores índices de beneficiários por habitantes são Santa Catarina (16%), Rio Grande do Sul (18%), São Paulo (21%) e Paraná (21%). O Distrito Federal também teve um percentual menor: 19%.

Percentual de habitantes que receberam o auxílio
UFHabitantesBenefíciosPercentual
PI3.273.2271.161.19735%
BA14.873.0645.063.67934%
MA7.075.1812.384.72434%
CE9.132.0783.060.25034%
PB4.018.1271.342.40733%
SE2.298.696758.44433%
PA8.602.8652.836.78933%
PE9.557.0713.136.03333%
AL3.337.3571.065.91432%
RN3.506.8531.102.65831%
AP845.731264.36431%
AC881.935274.54531%
AM4.144.5971.268.42031%
RR605.761183.97430%
TO1.572.866449.54929%
RO1.777.225470.75426%
RJ17.264.9434.304.74725%
MT3.484.466867.63925%
ES4.018.650989.63225%
GO7.018.3541.724.62025%
MS2.778.986658.27624%
MG21.168.7914.954.62923%
PR11.433.9572.421.28021%
SP45.919.0499.419.12821%
DF3.015.268563.19219%
RS11.377.2392.024.85318%
SC7.164.7881.167.67016%
Entre os municípios, o maior percentual de beneficiários foi registrado em Severiano Melo (RN). Há 2.658 benefícios na cidade que tem estimativa de 2.440 habitantes (o número do IBGE é uma estimativa e, por isso, pode haver diferença). As pessoas receberam, em média, R$ 718.

Já em segundo lugar o município com mais beneficiários é Maetinga (BA), onde 2.929 dos 3.161 habitantes receberam o auxílio emergencial. O valor médio do benefício foi de R$ 593.

Em seguida, Campos Verdes (GO) teve o terceiro maior índice: 1.897 dos 2.141 habitantes conseguiram o auxílio emergencial. O benefício foi, em média, de R$ 648.

A base de dados do Portal da Transparência não informa o município nem a unidade federativa quanto a 273 beneficiários do auxílio emergencial.

Veja os 10 municípios com as taxas mais altas:
Percentual de habitantes que receberam o auxílio
MunicípioHabitantesBenefíciosPercentual
Severiano Melo (RN)2.4402.658109%
Maetinga (BA)3.1612.92993%
Campos Verdes (GO)21411.89789%
Amapá (AP)9.1097.93587%
Lajedo do Tabocal (BA)3.7833.29487%
Japurá (AM)2.7552.08276%
Jacareacanga (PA)8.2395.67569%
Junco do Maranhão (MA)3.4322.32168%
Altamira do Paraná (PR)1.9421.22263%
Assis Brasil (AC)7.4174.56562%
A cientista política Marta Arretche, professora do Departamento de Ciência Política da USP e diretora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), afirma que o auxílio emergencial é muito importante durante a pandemia, quando o isolamento social é necessário para evitar a disseminação do novo coronavírus. Para ela, porém, faltava um "ajuste muito mais fino no desenho do programa" ao considerar, por exemplo, também as condições de cada família, como o número de filhos.
"Para muitas pessoas, que tinham renda superior a R$ 600 e ficaram sem renda, esse auxílio é insuficiente, porque ele é 60% do salário mínimo [R$ 1.045 em 2020]. É um valor bem pequeno. De qualquer maneira, seria pior sem ele. É um auxílio necessário e deveria ser mantido enquanto nós tivermos os efeitos econômicos da pandemia em andamento", diz.
A cientista política destaca ainda que essa é uma oportunidade de repensar a estratégia brasileira de transferência de renda. "Temos benefícios pulverizados que poderiam ser repensados em uma estratégia única. Há um debate de uma renda básica, mas, passada a emergência da pandemia, que não sabemos quanto tempo vai durar, seria necessário repensar a estratégia de transferência de renda [Bolsa Família, abono salarial, seguro-desemprego]."

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