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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Bilionário ultrapassa 400 km/h na Alemanha e incomoda autoridades

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Radim Passer acelerou seu Bugatti Chiron até atingir 414 km/h. O Partido Verde, influente no país, quer colocar barreira de 130 km/h nas autobahns.
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TOPO
Por RFI

Postado em 31 de janeiro de 2022 às 18h50m

Post.- N.\ 10.193

Foto tirada com longa exposição mostra carros em uma rodovia de Frankfurt, na Alemanha — Foto: Michael Probst/AP
Foto tirada com longa exposição mostra carros em uma rodovia de Frankfurt, na Alemanha — Foto: Michael Probst/AP

O bilionário tcheco Radim Passer gravou um vídeo em que ele acelera seu Bugatti em uma rodovia alemã para testar sua potência. O carro atinge a marca de 414 km/h. Apesar de não ter cometido qualquer infração de trânsito, o caso incomoda as autoridades alemãs, que veem um abuso na prática, e põe em xeque a existência de estradas sem limite de velocidade no país. O Partido Verde, parte da aliança governista, quer colocar barreira de 130 km/h.

Apenas um teste para seu carro de luxo. Aproveitando uma viagem à Alemanha, onde algumas rodovias, chamadas de Autobahn, não têm limite de velocidade, o bilionário tcheco decidiu colocar seu carro esportivo à prova.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Radim Passer aparece acelerando um Bugatti Chiron, um carro conhecido como um dos mais velozes do mundo e que custa cerca de € 3 milhões (R$ 18 milhões).

No vídeo, o bilionário dirige seu carro usando um macacão como o de pilotos de Fórmula-1, mas bem longe dos circuitos protegidos de automobilismo. As imagens, gravadas através do para-brisa dianteiro, mostram o veículo de luxo ultrapassando diversos carros e caminhões que circulam na estrada, até chegar a velocidade de 414 km/h.

A marca é comemorada com gritos e palmas por Radim Passer, que chega a tirar uma das mãos do volante. Em tom de brincadeira, a gravação mostra ao final do vídeo a mensagem escrita na parte traseira do Bugatti para aqueles que são ultrapassados: tenha um bom dia.

A gravação foi feita nas proximidades de Wittenberg, município de 46 mil habitantes entre Leipizig e Berlim. E o teste, segundo Radim Passer, não foi feito com apenas um carro. Ele foi repetido com um Porsche 911 Turbo, uma Lamborghini Aventador e um Bentler Flying Spur. Todos testes filmados.

O vídeo do Bugatti, que já foi visto mais de 8 milhões vezes em todo o mundo, irritou as autoridades alemãs.

No último dia 19, o ministro dos Transportes Volker Wissing criticou o bilionário.Só porque alguns trechos da rodovia não têm limite de velocidade afixado, não significa que você possa correr o quanto quiser", disse o político, segundo a Franceinfo.

A notícia da aventura tem causado revolta na população, devido ao risco imposto aos outros motoristas por uma brincadeira.

Durante a campanha para o governo, o Partido Verde (Die Grünen) chegou a propor a imposição de um limite de velocidade em todas as rodovias do país a 130 km/h por razões ecológicas. A ideia, que a princípio não foi adotada pelo governo de Olaf Scholz, agora pode encontrar um terreno mais propício na opinião pública para sua aprovação, desta vez por razões de segurança.

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Cientistas descem a 8km de profundidade na Fossa do Atacama: 'Outro planeta'

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Após três horas de descida, os oceanógrafos chilenos Osvaldo Ulloa e Rubén Escribano chegaram a um lugar nunca visto pelo ser humano.
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TOPO
Por Ángela Posada-Swafford, BBC — Especial para BBC Mundo

Postado em 31 de janeiro de 2022 às 13h05m

Post.- N.\ 10.192

Osvaldo Ulloa momentos antes da descida — Foto: Nick Verola - Caladan Oceanic (via BBC)
Osvaldo Ulloa momentos antes da descida — Foto: Nick Verola - Caladan Oceanic (via BBC)

Durante anos, os oceanógrafos chilenos Osvaldo Ulloa e Rubén Escribano imaginaram em suas conversas como seria a paisagem "alienígena" da Fossa do Atacama, a fenda impressionante que cai a mais de 8.000 metros de profundidade nas costas do Chile e do Peru, e que nenhum ser humano tinha visto diretamente.

Ulloa e Escribano, diretor e vice-diretor, respectivamente, do Instituto Milênio de Oceanografia da Universidade de Concepción, no Chile, tinham se resignado a estudar a Fossa do Atacama a partir da superfície.

Junto com sua equipe, eles mapearam parte da topografia da Fossa do Atacama pela primeira vez. Em 2018, durante a Expedição Atacamex, eles tiraram algumas fotos, vídeos, e coletaram amostras de água e DNA das estranhas criaturas que habitam o fundo deste submundo.

Chegar a essa profundidade, tecnicamente, é mais ou menos como ir à Lua – sonhar em ser testemunha ocular do seu objeto de estudo nunca tinha sido uma opção… Pelo menos, até agora.

Ambos os cientistas desceram ao local neste ano com a expedição do explorador americano Víctor Vescovo – que em 2019 se tornou a primeira pessoa a visitar os cinco pontos mais profundos dos cinco oceanos, pilotando um submarino especialmente construído para esse propósito.

Ulloa, Escribano e Vescovo são os primeiros seres humanos a descer à Fossa do Atacama.

Cada uma das duas viagens durou um total de dez horas, para as quais os aquanautas literalmente tiveram que se desidratar na noite anterior, levar roupas quentes e fazer um sanduíche.

Em dois mergulhos separados, primeiro Ulloa e depois Escribano embarcaram junto com Vescovo, em uma esfera de titânio muito pequena, coberta por uma espessa camada protetora de espuma sintética.

Apelidado de Limiting Factor (Fator Limitante, em tradução livre), em homenagem aos romances ficcionais de Ian Banks, o submarino é a maravilha tecnológica que rotineiramente abre as portas para a exploração da chamada zona hadal dos oceanos, ou seja, tudo o que existe abaixo de 6.000 metros.

"Esta foi a aventura da minha vida e o auge da minha carreira como pesquisador de ciências marinhas", disse Ulloa, de 60 anos, à BBC Mundo (serviço em espanhol da BBC), minutos depois daquele mergulho e já de volta à "nave-mãe", a embarcação Pressure Drop.

Silêncio e música no fundo do mar

"O interior da esfera é cinza escuro, tem duas cadeiras confortáveis e é forrado com tanques de oxigênio e interruptores para todos os aparelhos eletrônicos. Na parte inferior, há três escotilhas que permitem uma visão do fundo do mar. Fiquei impressionado com a suavidade da travessia e o silêncio, apenas interrompido pelas comunicações com a superfície".

A descida até o ponto mais profundo da Fossa – 8.069 metros, segundo os mapas feitos no dia anterior – levou três horas e meia. Ulloa imaginou que ficaria entediado, mas entre momentos de conversa com Vescovo, acabaram ouvindo música.

Ulloa colocou uma música do cantor e compositor chileno Manuel García em dueto com Mon Laferte e mostrou a Vescovo fotos de seus filhos, que moram na Suécia. Por sua vez, Vescovo escolheu Tequila Sunrise, do grupo The Eagles, e contou-lhe sobre suas motivações para explorar as profundezas. Entre risos, decidiram que quando voltassem teriam tempo de ver um trecho da série espanhola El Cid. E assim foi.

Em algum momento da descida, comeram metade dos sanduíches: de atum para Vescovo e salada de ovos para Ulloa.

Uma vez no fundo, Vescovo manobrou a espaçonave sobre um incrível terreno de vales, cordilheiras e outras formações rochosas que trarão informações importantes sobre a geologia característica desta região do planeta.

"Também ficamos impressionados com o grande número de holotúrias, uma espécie de pepino-do-mar que foi encontrada em outras trincheiras, mas que estava presente em grande abundância aqui", diz Ulloa.

"Mas se há algo que eu, como microbiologista, queria nesta expedição, era encontrar "tapetes" de colônias de micróbios. E é por isso que vê-los com meus próprios olhos foi algo extraordinário, a confirmação pela primeira vez de sua existência na Fossa do Atacama e a mais de 8.000 metros.

'Outro planeta'

Para Rubén Escribano, de 64 anos, a experiência, dois dias depois, foi igualmente intensa.

Como seu interesse é a fauna, Vescovo desceu apenas até 7.330 metros, explorando a vertente leste da Fossa em busca de organismos mais abundantes.

Eles encontraram criaturas inesperadas para tais profundidades, como corais de água fria e uma estrela do mar solitária. Eles também foram capazes de observar animais presentes em maior número do que em qualquer outra Fossa estudada até agora. Incluindo vermes poliquetas, crustáceos anfípodes e outras criaturas hadais, que só agora começaram a ser estudadas.

"Disseram-me que tínhamos que estudar a Fossa, mas não me disseram que tínhamos que ir até lá", brincou Escribano, assim que saiu do submersível e pisou no convés.

"Foi algo mágico, como pousar em outro planeta e ver as estruturas construídas por esses seres. Imaginei que fossem pequenas cidades feitas por vermes e crustáceos que fazem caminhos no sedimento."

A Expedição Atacama Hadal também fez mapas em alta resolução de vários trechos da Fossa do Atacama, que, com 5.900 quilômetros de extensão, é uma das fendas mais longas do oceano profundo. Uma estrutura formidável que nasce onde a placa de Nazca afunda sob a da América do Sul, o que causa os terremotos e tsunamis que atingem essa região.

Os mapas serão fundamentais para determinar o local ideal para instalar os sensores de um futuro projeto para estabelecer o primeiro sistema de observação ancorado no fundo do oceano, um esforço titânico em construção pela comunidade científica chilena.

Estudar como as condições físicas, geoquímicas e biológicas presentes na área mudam ao longo do tempo forneceria a base científica que pode ser usada para eventualmente observar os efeitos das mudanças climáticas em altas profundidades. E para entender melhor os processos que causam grandes terremotos e tsunamis na região.

"Tivemos um acesso único para dar um salto na ciência oceanográfica chilena e estou confiante de que essa conquista inspirará novas gerações", disse Ulloa.

Por sua vez, Vescovo diz estar comprometido com o esforço de continuar mapeando dezenas de milhares de quilômetros quadrados por mês para apoiar a iniciativa GEBCO 2030, que busca concluir o mapeamento de todo o fundo do mar até 2030.

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domingo, 30 de janeiro de 2022

Os diamantes que dão pistas aos cientistas sobre como é o interior da Terra

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Quando os geólogos olham para um diamante azul, enxergam muito mais do que sua beleza.
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TOPO
Por BBC

Postado em 30 de janeiro de 2022 às 13h50m

Post.- N.\ 10.191

O deslumbrante e quase perfeito Diamante Azul de Okavango foi exposto pela primeira vez no Museu Norte-Americano de História Natural de Nova York, nos Estados Unidos — Foto: Getty Images via BBC
O deslumbrante e quase perfeito Diamante Azul de Okavango foi exposto pela primeira vez no Museu Norte-Americano de História Natural de Nova York, nos Estados Unidos — Foto: Getty Images via BBC

Conhecidos pela raridade, brilho e beleza, os diamantes foram formados há milhões de anos.

Atualmente, eles podem ser uma promessa de amor eterno, uma demonstração de riqueza ou um objeto de desejo. Mas, no passado, eram atribuídas propriedades curativas aos diamantes. Acreditava-se que usá-los dava força e proteção contra todos os inimigos e todos os males — até contra pesadelos.

Na Índia, ele era relacionado às divindades védicas e, posteriormente, hindus. Na tradição budista maaiana, o Sutra do Diamante, datado de 868 d.C., afirma que ele é um material que serve para "atravessar a ilusão mundana para iluminar o que é real e eterno".

Mas talvez os mais poéticos tenham sido os gregos antigos. Para eles, os diamantes eram lágrimas derramadas pelos deuses ou fragmentos de estrelas cadentes.

O que é maravilhoso é que a verdade sobre os diamantes é quase tão extraordinária quanto todas essas crenças.

Diamantes são excepcionais

Os diamantes são compostos pelo mesmo elemento que é a base da própria vida: o carbono.

São o material mais duro que existe e podem suportar pressão suficiente para recriar as condições extremas dos locais onde nasceram. Mas, quando submetidos a uma combinação correta de calor e oxigênio, eles desaparecem, tornando-se apenas uma lufada de dióxido de carbono.

O diamante Hope ("Esperança"), também conhecido como "Le Bijou du Roi" ("A Joia do Rei") ou "Azul Tavernier", é um grande diamante azul escuro de 45,52 quilates — Foto: Getty Images via BBC
O diamante Hope ("Esperança"), também conhecido como "Le Bijou du Roi" ("A Joia do Rei") ou "Azul Tavernier", é um grande diamante azul escuro de 45,52 quilates — Foto: Getty Images via BBC

Os brilhantes se formam naturalmente em poucos lugares da Terra: nas profundezas das áreas cratônicas continentais ou em locais de impacto de meteoritos. E chegam à superfície de forma explosiva, no magma de algumas das erupções mais raras da história - dos poucos vulcões que têm raízes nos pontos mais profundos do planeta.

Nem todos os diamantes são transparentes, nem possuem coloração amarelada ou marrom, como normalmente os imaginamos. Existem também diamantes coloridos, que chamamos de "cor fantasia": os vermelhos, azuis e verdes são mais raros, enquanto os de coloração laranja, violeta, amarelos e verdes amarelados são os mais comuns.

Os diamantes coloridos são chamados de diamantes de "cor fantasia". Alguns, de tão raros, são muito valiosos — Foto: Getty Images via BBC
Os diamantes coloridos são chamados de diamantes de "cor fantasia". Alguns, de tão raros, são muito valiosos — Foto: Getty Images via BBC

Mas, após a sua formação, todos eles têm capacidade própria de abrigar e proteger qualquer mineral contido nas suas estruturas cristalinas. Essa característica fornece aos cientistas uma amostra especial da mineralogia e condições existentes a quilômetros de profundidade, abaixo da superfície do planeta.

Neste sentido, o diamante azul é excepcional.

Os diamantes são profundamente interessantes

Em sua maioria, os diamantes são formados em profundidades de cerca de 150 km abaixo dos continentes. Mas os diamantes azuis nascem em profundidade quatro vezes maior, no manto inferior da Terra.

O Diamante Azul de Okavango é um diamante de "cor fantasia azul escuro" que pesa 20,46 quilates — Foto: Getty Images via BBC
O Diamante Azul de Okavango é um diamante de "cor fantasia azul escuro" que pesa 20,46 quilates — Foto: Getty Images via BBC

Isso foi descoberto somente em 2018, pois essas pedras preciosas "são imensamente caras, o que dificulta o acesso a elas com fins de pesquisa científica", segundo explica o principal autor do estudo que revelou essa característica, o geólogo Evan Smith, do Instituto Gemológico Norte-Americano.

Os brilhantes tendem a ser muito puros e não ter "inclusões" - pequenos pedaços de um material que não é diamante e que estava em local próximo quando o diamante estava se formando. Mas são justamente essas imperfeições que fornecem mais informações aos cientistas.

Já foi possível analisar 46 diamantes azuis com inclusões e determinar sua origem entre 410 e 660 km de profundidade. Várias das amostras chegaram até a demonstrar claras evidências de que se originaram a mais de 660 km abaixo da superfície - ou seja, no manto inferior. Isso os transforma em verdadeiras cápsulas do tempo, que contêm informações quase impossíveis de se encontrar em outros locais.

"Não podemos chegar ao interior da Terra. Os diamantes se formam ali e normalmente encapsulam o que quer que esteja lá embaixo", afirmou à BBC George Harlow, geólogo e curador das Salas de Gemas e Minerais do Museu Norte-Americano de História Natural de Nova York.

"Eles são como nossas sondas espaciais. Às vezes, alguns chegam à superfície da Terra para podermos estudá-los." 
Um enigma envolto em um mistério

Durante a maior parte da história, os diamantes azuis foram um mistério. Não se sabia o porquê da sua bela coloração.

Até que finalmente se descobriu que a cor se devia a traços de boro, um elemento químico metaloide que pode entrar na estrutura da rede cristalina de um diamante durante seu crescimento.

Mas, ao ser solucionado esse mistério, surgiu outro enigma. Se os diamantes azuis se formam no manto da Terra e o boro se concentra na crosta, onde esses diamantes conseguiram o boro? A resposta para essa charada geoquímica nos daria pistas sobre as profundezas do nosso planeta.

A hipótese apresentada pelo grupo de pesquisa liderado por Smith é que o boro veio do leito marinho e foi transportado para o manto da Terra quando uma placa tectônica deslizou para baixo de outra, em um processo conhecido como subducção. Ao ser incorporado a minerais ricos em água, ele pode penetrar profundamente no fundo do mar, até chegar à parte do manto da placa oceânica.

Descobrir traços de boro em diamantes que nascem a essa distância da superfície da Terra indica que os minerais que contêm água viajam muito mais profundamente no manto do que se imaginava, o que sugere a possibilidade de existir um ciclo hidrológico nas grandes profundezas.

Como disse Harlow, os diamantes azuis "não são apenas belos e raros, mas extremamente interessantes. Eles nos ensinam muito sobre o nosso planeta."

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Cientistas australianos encontram objeto na Via Láctea 'diferente de tudo que já foi visto'

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Objeto está a cerca de quatro mil anos-luz da terra e libera uma enorme quantidade de radiação eletromagnética três vezes por hora.
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Por g1

Postado em 30 de janeiro de 2022 às 09h00m

Post.- N.\ 10.190

Esta imagem mostra a Via Láctea vista da Terra. O ícone de estrela marca a localização do objeto desconhecido. — Foto: Dra. Natasha Hurley-Walker (ICRAR/Curtin)
Esta imagem mostra a Via Láctea vista da Terra. O ícone de estrela marca a localização do objeto desconhecido. — Foto: Dra. Natasha Hurley-Walker (ICRAR/Curtin)

Pesquisadores australianos descobriram um estranho objeto giratório na Via Láctea que eles dizem ser diferente de tudo que os astrônomos viram até hoje. O objeto libera uma enorme quantidade de radiação eletromagnética três vezes por hora. Um estudo sobre o assunto foi publicado quarta-feira (26) na revista Nature.

O objeto foi descoberto pelo estudante Tyrone O'Doherty, da Curtin University Honors, em uma região no interior da Austrália Ocidental. Ele usou um telescópio e uma nova técnica que ele desenvolveu.

A astrofísica Natasha Hurley-Walker, que liderou a equipe, explicou que o objeto aparecia e desaparecia ao longo de algumas horas durante as observações.

Foi completamente inesperado. Foi meio assustador para um astrônomo porque não há nada conhecido no céu que faça isso", disse em um comunicado.

O objeto foi observado liberando uma enorme explosão de energia por um minuto inteiro a cada 18 minutos. Objetos que pulsam energia no universo são frequentemente descobertos. Mas os cientistas dizem que algo que "fica ligado" por um minuto é muito incomum.

Ao revisar anos de dados, os pesquisadores conseguiram estabelecer que o objeto está a cerca de quatro mil anos-luz da terra, é incrivelmente brilhante e tem um campo magnético extremamente forte.

Para os cientistas, o objeto pode ser uma estrela de nêutrons ou uma anã branca – núcleos de estrelas em colapso – com um campo magnético ultrapoderoso. A equipe de pesquisa agora está trabalhando para entender o que representa a descoberta.

Mais detecções dirão aos astrônomos se este foi um evento único e raro ou uma vasta nova população que nunca havíamos notado antes, disse Hurley-Walker.

Agência espacial americana anuncia a descoberta de sete planetas fora da via láctea (Arquivo)Agência espacial americana anuncia a descoberta de sete planetas fora da via láctea (Arquivo)
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sábado, 29 de janeiro de 2022

Mundo ultrapassa 10 bilhões de vacinas contra Covid aplicadas

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Imunização tem sido impulsionada por China e Índia, os 2 países mais populosos do planeta. Mas desigualdade é gritante: 17 dos 20 países que menos aplicaram doses são da África.
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Por Lucas Sampaio, g1

Postado em 29 de janeiro de 2022 às 09h00m

Post.- N.\ 10.189

Profissional de saúde com máscara do Capitão América vacina menina contra a Covid-19 com a CoronaVac em Jacarta, na Indonésia, em 16 de janeiro de 2022 — Foto: Willy Kurniawan/Reuters
Profissional de saúde com máscara do Capitão América vacina menina contra a Covid-19 com a CoronaVac em Jacarta, na Indonésia, em 16 de janeiro de 2022 — Foto: Willy Kurniawan/Reuters

Puxado pela China e pela Índia, o mundo ultrapassou as 10 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas, apontam dados do "Our World in Data", projeto ligado à Universidade de Oxford.

Os dois países mais populosos do planeta, que concentram cerca de 36% da população mundial, foram responsáveis pela aplicação de 46% de todos os imunizantes administrados até agora.

E os dados mostram como a vacinação é desigual no mundo, sobretudo na África (veja mais abaixo).

Os 10 países com mais doses aplicadas são:

  1. China: 2,99 bilhões de vacinas administradas
  2. Índia: 1,64 bilhão
  3. Estados Unidos: 536 milhões
  4. Brasil: 358 milhões
  5. Indonésia: 309 milhões
  6. Japão: 204 milhões
  7. Vietnã: 179 milhões
  8. Paquistão: 174 milhões
  9. Alemanha: 163 milhões
  10. México: 162 milhões

O mundo tem quase 7,8 bilhões de habitantes, e há mais vacinas contra a Covid-19 aplicadas do que habitantes pois quase todos os imunizantes já disponíveis são aplicados em mais de uma dose (veja mais abaixo).

Além disso, diversos países estão aplicando doses de reforço na população para ampliar a resposta imune das pessoas – que tende a cair ao longo dos meses – e enfrentar novas ondas causadas por novas variantes, como a ômicron.

Vacinação proporcional

Mulher recebe dose da Abdala, uma das vacinas cubanas contra a Covid-19, em um centro de vacinação em Havana, em 23 de junho de 2021 — Foto: Alexandre Meneghini/Reuters
Mulher recebe dose da Abdala, uma das vacinas cubanas contra a Covid-19, em um centro de vacinação em Havana, em 23 de junho de 2021 — Foto: Alexandre Meneghini/Reuters

Os países mais populosos lideram a administração de vacinas contra a Covid-19 em termo absolutos, mas nações com menos habitantes se destacam na vacinação proporcional.

Os 10 países mais populosos do mundo são:

  1. China: 1,44 bilhão de habitantes
  2. Índia: 1,39 bilhão
  3. Estados Unidos: 332 milhões
  4. Indonésia: 276 milhões
  5. Paquistão: 225 milhões
  6. Brasil: 213 milhões
  7. Nigéria: 211 milhões
  8. Bangladesh: 166 milhões
  9. Rússia: 145 milhões
  10. México: 130 milhões

Mas China e Índia, os países mais populosos do mundo (e que mais aplicaram doses), não são os que têm o maior percentual da população imunizada.

Até o momento, os chineses já aplicaram 207 doses a cada 100 habitantes e os indianos, "apenas" 117.

Proporcionalmente à população, os países com mais doses aplicadas são:

  1. Cuba: 299 vacinas aplicadas a cada 100 habitantes
  2. Chile: 241
  3. Emirados Árabes Unidos: 234
  4. Malta: 233
  5. Singapura: 232
  6. Dinamarca: 224
  7. Coreia do Sul: 221
  8. Brunei: 218
  9. Uruguai: 211
  10. Portugal: 208

Cuba lidera a lista pois uma das vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas no país, a Soberana 02, é administrada em três doses. Além disso, o governo já está imunizando crianças a partir de 2 anos.

Menino recebe dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em Roma, na Itália, em 15 de dezembro, dia que marcou o início da vacinação de crianças contra a doença na Europa. — Foto: Andrew Medichini/AP
Menino recebe dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em Roma, na Itália, em 15 de dezembro, dia que marcou o início da vacinação de crianças contra a doença na Europa. — Foto: Andrew Medichini/AP

Vacinação desigual

A vacinação contra a Covid-19 no mundo é, sobretudo, desigual.

Enquanto os países menos desenvolvidos aplicaram apenas 92 milhões de imunizantes (0,14 doses por habitante), os mais desenvolvidos já aplicaram 2,2 bilhões (1,81 doses por habitante), quase 1.200% a mais. Veja na tabela abaixo:

Vacinação desigual

Doses aplicadas População Doses por habitante
Mundo 10 bilhões 7,87 bilhões 1,27
Países de renda média alta 4,5 bilhões 2,51 bilhões 1,79
Países de renda média baixa 3,22 bilhões 3,33 bilhões 0,97
Países de renda alta 2,2 bilhões 1,21 bilhões 1,81
Países de renda baixa 92 milhões 665 milhões 0,14

A vacinação também é bastante desigual quando comparados as regiões. Enquanto as nações africanas aplicaram apenas 0,25 doses por habitante, nas europeias essa proporção chega a 1,59 – 536% a mais. Veja no na tabela abaixo:

Imunização contra Covid por região

Doses aplicadas População Doses por habitante
Mundo 10 bilhões 7,87 bilhões 1,27
Ásia 6,81 bilhões 4,68 bilhões 1,45
Europa 1,19 bilhões 749 milhões 1,59
América do Norte 887 milhões 596 milhões 1,49
América do Sul 704 milhões 434 milhões 1,62
África 348 milhões 1,37 bilhão 0,25
Oceania 62 milhões 43 milhões 1,43

O país que menos aplicou vacinas contra a Covid-19 do mundo é Burundi, nação que faz fronteira com República Democrática do Congo, Ruanda e Tanzânia na África Oriental e tem mais de 12 milhões de habitantes, mas apenas 8,4 mil imunizantes administrados.

São 0,0007 doses aplicadas por habitante em Burundi – a pior vacinação proporcional do planeta. Na sequência vem a vizinha República Democrática do Congo (0,0043).

Segundo o "Our World in Data", 17 dos 20 países que aplicaram menos doses proporcionalmente à sua população são África:

  1. Burundi: 0,0007 vacinas administradas por habitante
  2. República Democrática do Congo: 0,0043
  3. Haiti*: 0,0178
  4. Chade: 0,0222
  5. Iêmen*: 0,0234
  6. Sudão do Sul: 0,0280
  7. Madagascar: 0,0342
  8. Camarões: 0,0376
  9. Tanzânia: 0,0395
  10. Papua Nova Guiné*: 0,05,72
  11. Burkina Faso: 0,0586
  12. Níger: 0,0708
  13. Mali: 0,0792
  14. Sudão: 0,0828
  15. Nigéria: 0,0916
  16. Etiópia: 0,0931
  17. Malaui: 0,0968
  18. Somália: 0,0984
  19. Senegal: 0,1119
  20. Serra Leoa: 0,1135

* Haiti, Iêmen e Papua Nova Guiné são os únicos 3 países da lista que não ficam no continente africano.

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