Total de visualizações de página

quarta-feira, 10 de março de 2021

Brasil bate 2 mil mortes em 24 horas: veja quais países têm a mesma marca e o que ela significa

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


EUA chegaram a bater 4,4 mil mortes em 24 horas em janeiro. Reino Unido, Alemanha e Itália não bateram a marca trágica, mas tiveram proporção alta em relação ao total da população.
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por G1

Postado em 10 de março de 2021 às 09h15m


|       .      Post.- N.\ 9.715       .      |
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _||

O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (10) a marca de 2 mil mortes por Covid-19 registradas em 24 horas: 2.349 vidas perdidas.

Alguém tem noção do que significa isso? É uma calamidade. A gente se acostumou a ver as pessoas morrendo? É só número? Não, são pessoas - Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações

No mundo, de acordo com o painel Our World in Data, da Universidade de Oxford, apenas outros quatro países também registraram o mesmo número absoluto, mas em contextos distintos.

O caso mais emblemático é dos EUA. Assim como no Brasil, a curva da pandemia também apresentou altas consistentes, revelando que os picos de mortes têm relação direta com o impacto do novo coronavírus em países populosos que não conseguiram frear a transmissão da Covid durante longos períodos.

Já no caso dos outros três países (Índia, México e Argentina), que também bateram as 2 mil mortes registradas em 24 horas, o pico mostra o acúmulo de casos notificados em apenas um dia.

Os Estados Unidos são o país que mais vezes ultrapassou 2 mil casos notificados. O comportamento da curva de mortes no país mostra que esse patamar se manteve por longos períodos e foi além: o país chegou até mesmo a ultrapassar 4 mil mortes em 24 horas (4.083 mortes em 8 de janeiro, chegando a 4.465 no dia 12).

Além dos EUA, o painel Our World in Data ainda acrescenta na lista:

  • Índia - 2.003 mortes em 16 de junho
  • México - 3.050 em 5 fevereiro de 2021
  • Argentina - 3.351 1º de outubro de 2020

Entretanto, como mostram o gráfico, esse países viram o número explodir após a divulgação de dados represados que acabaram sendo divulgados em um só dia.

Mortes por Covid registradas por dia no México, na índia e na Argentina — Foto: Our World in Data/Divulgação
Mortes por Covid registradas por dia no México, na índia e na Argentina — Foto: Our World in Data/Divulgação

Pico x proporção da população

Os números absolutos de mortes por dia não traduzem o impacto proporcional da pandemia em cada país de acordo com sua população total. E também não dão conta de explicar disparidades regionais, como analisam os especialistas.

Países que não tiveram mais de 2 mil mortes aparecem mais impactados quando a conta leva em consideração o total de mortes em relação ao número de habitantes, ainda de acordo com o painel Our World in Data.

  • Reino Unido 26,9 mortes por milhão em 20 de janeiro de 2021, com 1.826 mortes registradas em 24 horas
  • Alemanha - 20,7 mortes por milhão em 19 de janeiro de 2021, com 1.734 mortes registradas em 24 horas
  • Itália - 16,42 mortes por milhão em 3 de dezembro de 2020, com 993 mortes registradas em 24 horas
  • Estados Unidos - 13,49 mortes por milhão em 12 de janeiro 2021, com 4.465 mortes registradas em 24 horas
  • Brasil - 11,05 mortes por milhão em 10 de março de 2021, com 2349 mortes registradas em 24 horas
  • Índia 1,44 morte por milhão em 16 de junho de 2020, com 2.003 mortes registradas em 24 horas
  • México - 23,66 mortes por milhão em 5 fevereiro de 2021, com 3.050 mortes registradas em 24 horas
  • Argentina - 74,14 mortes por milhão em 1º de outubro de 2020, com 3.351 mortes registradas em 24 horas

A médica Isabella Ballalai aponta que não há motivo para celebrar o fato de o Brasil ter uma proporção de mortes por milhão inferior a do Reino Unido. E alerta que as projeções para o futuro são muito duras para o Brasil.

"O Reino Unido viveu a sua pior fase com a sua nova variante. O Brasil está só começando com a nova variante, a gente está só vendo o início do que pode ser. Pode parecer que morre menos (pacientes da Covid) no Brasil do que no Reino Unido. Mas qual foi a proporção no Amazonas, e no Rio Grande do Sul?" - Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm

"E todos esses estados que estão vivendo a bandeira preta, bandeira roxa, dependendo de como classifica. E a gente só vê crescer. A gente tem em curto prazo uma catástrofe nacional", alerta Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a mutação presente na variante brasileira está na maioria dos casos em seis de oito estados analisados. Segundo dados do Ministério da Saúde contabilizados até 20 de fevereiro, ao menos 4 estados brasileiros já tinham identificado a circulação da variante britânica (a chamada B.1.1.7, que cientistas já afirmam que pode ser, em média, 64% mais letal).


------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

Com 1.954 vidas perdidas em 24h, Brasil ultrapassa EUA em mortes diárias por Covid-19

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Na terça-feira (9), Estados Unidos registraram 1.947 mortes. Brasil vive pior momento desde o início da pandemia.
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por Carolina Dantas e Lara Pinheiro, G1

Postado em 10 de março de 2021 às 11h00m


|       .      Post.- N.\ 9.714       .      |
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _||

Brasil volta a ser o país com a maior média de mortes por Covid-19 do mundo
Brasil volta a ser o país com a maior média de mortes por Covid-19 do mundo

O Brasil ultrapassou, na terça-feira (9), os Estados Unidos em número de mortes registradas em 24h por causa da Covid-19. De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, 1.954 brasileiros morreram por Covid-19 em apenas um dia. Entre os americanos, foram 1.947 mortes, segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford.

Não é a primeira vez em que o Brasil passa os EUA em número de óbitos. Isso vem acontecendo nos últimos 5 dias (veja gráfico abaixo).

Mortes em 24h por Covid-19: Brasil e EUA

8188181.7261.7261.8401.8401.7861.7861.7601.7601.4981.4981.0541.0541.1141.1141.9541.9541.5191.5191.9271.9272.4682.4681.9141.914671671719719BrasilEUA01/0302/0303/0304/0305/0306/0307/0308/0309/0350010001500200025003000

01/03
EUA: 1.519
Fonte: Consórcio de veículos de imprensa (Brasil) e Our World in Data (EUA)

Estados Unidos e Brasil são os dois países que mais registraram mortes por Covid no mundo desde o início da pandemia. Os EUA acumularam 527.699 mortes; o Brasil perdeu 268.568 vidas para a Covid-19 até a noite de terça. Só em março, já são 13.550 mortes registradas em solo brasileiro.

Enquanto os americanos estão em um processo de vacinação em massa, entretanto, os brasileiros passam pelo pior momento da pandemia e com apenas 4,1% da população tendo recebido ao menos uma dose de vacina. Nos Estados Unidos, foram administradas 90,2 milhões de doses segundo o Our World in Data.

Coveiros abrem novas covas para vítimas da Covid-19 em cemitério de São Paulo no dia 9 de março. — Foto: Carla Carniel/Reuters
Coveiros abrem novas covas para vítimas da Covid-19 em cemitério de São Paulo no dia 9 de março. — Foto: Carla Carniel/Reuters

O epidemiologista Airton Stein, professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), avaliou que a pandemia foi pior sentida nos países com mais desigualdade, como o Brasil, mesmo que fossem ricos – caso dos EUA.

"É uma situação muito complexa, mas isso ficou mais exposto nos países onde tem falta de estrutura de bem-estar social – não apenas sistema de saúde, mas de apoio para aquelas populações vulneráveis e, principalmente, com um número muito grande de vulneráveis", disse.

"Tanto que a gente está vendo que a epidemia causou um dano muito grande em países ricos como os EUA, onde tem muita iniquidade. A epidemia deixou mais em evidência essa interação social com a saúde. As pessoas estão mais expostas a circularem por terem trabalhos em que precisam circular e, também, por não terem acesso a serviços de saúde adequados", afirmou Stein.

Mortes por milhão

O Brasil tem cerca de 1.263 mortes por Covid-19 para cada milhão de habitantes; nos Estados Unidos, esse número é de 1.594 por milhão. Quando considerada a proporção de mortes/milhão registradas nas últimas 24h, entretanto, o Brasil ultrapassa os EUA: enquanto aqui foram registradas 9,28 mortes/milhão de habitantes, nos Estados Unidos esse índice foi de 5,88.

Em entrevista ao G1, especialistas avaliaram, no ano passado, que a medida de mortes/milhão de habitantes não é a ideal para comparar cenários na pandemia. Isso porque, ao fazer essa comparação, são deixadas de lado informações importantes como o estágio da pandemia, o tamanho da população, o perfil etário e o nível de testagem.

San Marino, por exemplo, aparece com o maior número de mortes/milhão do mundo no Our World in Data (2.268), mas o país só teve, ao todo, 77 mortes pela Covid-19. A população san-marinense é de 33,8 mil pessoas.

Veja, abaixo, o número de mortes/milhão por Covid-19 nos 10 países com as maiores populações do mundo:

  1. Estados Unidos: 1.594 mortes/milhão (pop. de 331 milhões)
  2. México: 1.487 mortes/milhão (pop. de 128,9 milhões)
  3. Brasil: 1.263 mortes/milhão (pop. de 210 milhões)
  4. Rússia: 605 mortes/milhão (pop. de 145,9 milhões)
  5. Indonésia: 138 mortes/milhão (pop. de 273,5 milhões)
  6. Índia: 114,5 mortes/milhão (pop. de 1,38 bilhão)
  7. Paquistão: 60,3 mortes/milhão (pop. de 220,8 milhões)
  8. Bangladesh: 51,5 mortes/milhão (pop. de 164,7 milhões)
  9. Nigéria: 9,64 mortes/milhão (pop. de 206,1 milhões)
  10. China: 3,36 mortes/milhão (pop. de 1,44 bilhão)

Outros 10 países, todos europeus e com populações menores, registraram número de mortes/milhão de habitantes maiores do que as de Estados Unidos, México e Brasil. No Reino Unido, por exemplo, são cerca de 1.842 mortes/milhão de habitantes; a população total do país é de aproximadamente 67 milhões de pessoas.

Veja, abaixo, a lista:

  1. San Marino: 2.268 mortes/milhão (pop. de 33,8 mil)
  2. República Tcheca: 2.068 mortes/milhão (pop. de 10,7 milhões)
  3. Bélgica: 1.926 mortes/milhão (pop. de 11,6 milhões)
  4. Eslovênia: 1.878 mortes/milhão (pop. de 2 milhões)
  5. Reino Unido: 1.842 mortes/milhão (pop. de 67 milhões)
  6. Montenegro: 1.738 mortes/milhão (pop. de 628 mil)
  7. Hungria: 1.671 mortes/milhão (pop. de 9,6 milhões)
  8. Itália: 1.661 mortes/milhão (pop. de 60,4 milhões)
  9. Bósnia e Herzegovina: 1.629 mortes/milhão (pop. de 3,3 milhões)
  10. Portugal: 1.627 mortes/milhão (pop. de 10,2 milhões)
Declarações do presidente

Um dia após o Brasil bater o primeiro recorde de março em mortes diárias em um dia, o presidente Jair Bolsonaro disse que "criaram pânico" sobre a pandemia. Na véspera, o país havia perdido 1.726 vidas para a Covid-19.

Dois dias depois, o presidente declarou, sobre as restrições adotadas para combater a pandemia: "chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?"

O presidente também chamou de "idiota" quem pedia a compra de mais vacinas para o país: "Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para vender no mundo".

Fevereiro amargo

Coveiro caminha em meio a lápides de vítimas da Covid-19 no cemitério Parque Tarumã, em Manaus, em 25 de fevereiro. — Foto: Bruno Kelly/Reuters
Coveiro caminha em meio a lápides de vítimas da Covid-19 no cemitério Parque Tarumã, em Manaus, em 25 de fevereiro. — Foto: Bruno Kelly/Reuters

O Brasil acumulou, em fevereiro, o segundo maior número de mortes em apenas um mês na pandemia: 30.484 óbitos devido à Covid-19. Julho, até agora, é o mês com mais mortes pelo coronavírus, com 32.912 vidas – uma diferença de menos de 2 mil pessoas entre cada mês.

As previsões para o mês de março não são as melhores. A pneumologista Margareth Dalcomo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) disse nesta terça-feira que este mês deverá ser o março mais triste de nossas vidas. Com o ritmo acelerado de transmissão, a previsão é de que o Brasil atinja 300 mil mortos no final do mês ou no início de abril.

VÍDEO: Veja ocupação dos leitos de UTI estado a estado desde julho
VÍDEO: Veja ocupação dos leitos de UTI estado a estado desde julho


Novas restrições estaduais

Ruas vazias em São Paulo no dia 6 de março em meio às restrições contra a Covid-19. — Foto: Carla Carniel/Reuters
Ruas vazias em São Paulo no dia 6 de março em meio às restrições contra a Covid-19. — Foto: Carla Carniel/Reuters

Sem uma política centralizada pelo governo federal, os secretários de saúde dos estados enviaram uma carta com sugestões de medidas urgentes contra o iminente colapso das redes pública e privada de saúde diante do aumento dos casos de Covid-19. As restrições propostas incluíam toque de recolher nacional e fechamento de escolas, bares e praias.

Desde então, vários estados vêm decretando restrições para o combate à pandemia. O Amapá determinou, na terça-feira (9), um toque de recolher a partir das 21h. Também fica proibido o consumo de bebida alcoólica em espaços públicos e dentro de estabelecimentos.

VÍDEO: o que já sabemos sobre a variante brasileira do coronavírus
VÍDEO: o que já sabemos sobre a variante brasileira do coronavírus

No Pará, o toque de recolher às 21h passa a valer a partir desta quarta. Academias e cinemas não podem funcionar por sete dias.

A Bahia anunciou, na semana passada, um toque de recolher até 31 de março. Já o governo de São Paulo deve anunciar restrições mais rígidas nesta quarta.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------