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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Musk, Bezos e Zuckerberg voltam a formar o 'top 3' dos mais ricos do mundo

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O trio desbancou Bernard Arnault, presidente da LVMH, que havia sido o homem mais rico da lista anual de 2024 da revista Forbes. Pódio volta a ser inteiramente composto por bilionários de tecnologia, em meio a dias 'difíceis' para o varejo de luxo.
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Por Bruna Miato, g1

Postado em 15 de agoasto de 2024 às 14h30m

#.* Post. - Nº.\  11.307 *.#

Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg são os mais ricos do mundo — Foto: g1
Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg são os mais ricos do mundo — Foto: g1

O pódio das três pessoas mais ricas do mundo voltou a ser ocupado por empresários que fizeram suas fortunas com empresas da área de tecnologia.

Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, roubou a terceira posição da lista de bilionários em tempo real da revista Forbes do empresário Bernard Arnault, presidente do conglomerado de marcas de luxo francês LVMH.

O "top 3" de homens mais ricos do mundo agora é formado por Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, seguido de Jeff Bezos, cofundador da Amazon, e de Zuckerberg.

Arnault iniciou o ano como líder do ranking de bilionários da Forbes. Em abril, quando a revista divulga a lista anual de mais ricos, ele possuía patrimônio de US$ 233 bilhões. Atualmente, a fortuna do empresário de luxo é estimada em US$ 179,4 bilhões (R$ 981 bilhões).

Há dois meses, uma junção entre derretimento do valor de mercado da LVMH e nova arrancada de ações da Tesla fez com que Musk assumisse novamente a liderança da lista.

Nesta quarta-feira, o empresário acumula uma fortuna estimada em US$ 236,5 bilhões, cerca de R$ 1,3 trilhão. Além da montadora de carros elétricos e da SpaceX, ele é dono do X (antigo Twitter).

Depois de Musk, vêm Jeff Bezos, cofundador da Amazon, com um patrimônio de US$ 189,2 bilhões (R$ 1,03 trilhão), e Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, com US$ 184,6 bilhões (R$ 1 trilhão). (veja a lista completa no fim da reportagem)


Marcas de luxo em baixa

Os últimos meses marcaram um período de baixas para as marcas de luxo europeias, categoria em que se enquadra a LVMH e de onde vêm os bilhões de dólares de Bernard Arnault.

O conglomerado é dono de marcas conhecidas como Louis Vuitton, Dior, Loewe, Fendi e Sephora. Em seu último balanço financeiro, a empresa reportou uma receita quase 1 bilhão de euros abaixo das expectativas de mercado financeiro para o segundo trimestre de 2024: foram 41,7 bilhões de euros, contra 42,5 bilhões esperados.

O lucro por ação distribuído para os acionistas do conglomerado também decepcionou os investidores, com um valor de 14,54 euros por papel, contra 15,55 euros esperados.

"O resultado do conglomerado de marcas de luxo foi impactado pela queda na demanda por itens do tipo na Ásia (menos o Japão), onde as vendas caíram 14% no segundo trimestre", apontam Paulo Gitz e Maria Irene Jordão, analistas de internacional da XP Investimentos.

A diminuição nas vendas na Ásia foi causada, sobretudo, por uma redução no consumo de produtos de luxos por parte dos chineses, um dos maiores públicos do segmento no mundo. A tendência pode ser observada, inclusive, nos resultados de outras companhias concorrentes.

A Kering — dona das marcas Gucci e Yves Saint Laurent —, por exemplo, teve uma queda de 11% na receita no primeiro semestre deste ano, com destaque para o segundo trimestre, quando faturou 4,5 bilhões de euros, contra a expectativa de 4,9 bilhões de euros.

"O resultado foi impactado pelo enfraquecimento da demanda chinesa por itens de luxo, que puxou fortes quedas nas vendas de varejo e atacado das suas principais marcas", destacam os analistas da XP.

Refletindo os números fracos até aqui e "pesando as incertezas sobre a evolução da demanda dos consumidores, a Kering espera uma queda de 30% na sua receita do segundo semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023".

Com esse pessimismo para o setor de luxo, as ações da LVMH já acumulam uma queda de quase 10% em 2024. Do pico das ações neste ano, atingido em 14 de março, até aqui, a queda nos papéis já é de 26%. Mas Arnault se diz "confiante" com os próximos resultados da empresa.

Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023

Tecnologia em alta

Ao mesmo tempo em que as empresas de luxo passam por uma fase mais negativa, o setor de tecnologia vive novos dias de glória, e as ações das principais empresas do setor disparam nas bolsas de valores.

Mark Zuckerberg, por exemplo, que ocupa a terceira posição do ranking atualmente, viu seu patrimônio saltar de cerca de US$ 65 bilhões em 2023 para os quase US$ 185 bilhões de agosto de 2024, segundo a Forbes.

A alta acompanha a valorização expressiva das ações da Meta (dona do Facebook). Os papéis da empresa já acumulam uma alta de mais de 50% neste ano.

O mesmo vale para Jeff Bezos, mesmo que em menor proporção. Enquanto as ações da Amazon já subiram mais de 13% neste ano, o patrimônio do bilionário cresceu de US$ 114 bilhões em 2023 para os quase US$ 190 bilhões de agora.

A valorização dessas empresas acompanha um otimismo com o setor de tecnologia, em meio ao avanço dos estudos e da empolgação com a inteligência artificial. Não à toa, oito das 10 pessoas mais ricas do mundo fizeram fortuna com o setor.

Pelo mesmo motivo, inclusive, Jensen Huang, presidente da Nvidia — empresa de semicondutores que fornece matéria-prima para o avanço da inteligência artificial —, viu seu patrimônio crescer de US$ 21 bilhões no ano passado para mais de US$ 100 bilhões agora.

Os papéis da Nvidia acumulam alta de 145% só em 2024. A empresa chegou a ocupar o posto de empresa mais valiosa do mundo em junho, desbancando a Microsoft e a Apple.

Já a Tesla, de Elon Musk, tem passado por altos e baixos, com o aumento da competitividade e questões regulatórias no mercado de carros elétricos. Ainda assim, seu patrimônio ainda é composto pelo X e pela SpaceX, que o ajudam a continuar com a maior fortuna do mundo na atualidade.

O ranking dos bilionários da Forbes estava configurado da seguinte maneira até esta quarta:

  1. Elon Musk, presidente da Tesla, SpaceX e X, com US$ 236,5 bilhões
  2. Jeff Bezos, cofundador da Amazon, com US$ 189,2 bilhões
  3. Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, com US$ 184,6 bilhões
  4. Bernard Arnault, presidente da LVMH, com US$ 179,4 bilhões
  5. Larry Ellison, cofundador da Oracle, com US$ 167,1 bilhões
  6. Warren Buffett, megainvestidor e fundador da Berkshire Hathaway, com US$ 137,8 bilhões
  7. Larry Page, cofundador do Google, com US$ 133,8 bilhões
  8. Bill Gates, fundador da Microsoft, com US$ 131 bilhões
  9. Sergey Brin, cofundador do Google, com US$ 128,1 bilhões
  10. Steve Ballmer, ex-presidente da Microsoft, com US$ 123,3 bilhões

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Avião que caiu em Vinhedo voou entre 8 e 10 minutos sob gelo severo, aponta satélite; fabricante alerta para risco de perda de sustentação e giro nessa condição

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Laboratório combinou imagens de satélites e radar, associadas às coordenadas geográficas da rota do voo. As 62 pessoas que estavam a bordo morreram no acidente.
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Por Paula Paiva Paulo, g1

Postado em 15 de agosto de 2024 às 10h25m

#.* Post. - Nº.\  11.306 *.#

Laboratório Lapis reconstituiu as condições meteorológicas adversas enfrentadas pelo avião que caiu. — Foto: Lapis/Ufal
Laboratório Lapis reconstituiu as condições meteorológicas adversas enfrentadas pelo avião que caiu. — Foto: Lapis/Ufal

Uma análise de satélite aponta que o avião da Voepass que caiu na última sexta-feira (9) em Vinhedo voou entre oito e dez minutos dentro de uma formação de gelo severo — uma condição climática que o manual da fabricante classifica como de "emergência" e que pode levar a aeronave, um ATR 72-500, a perder sustentação e girar.

As 62 pessoas que estavam a bordo morreram no acidente. As causas do acidente estão sob investigação do Cenipa.

Entenda a condição crítica enfrentada pelo avião:

  • O manual da aeronave diz que "gelo severo indica que a taxa de acumulação é tão rápida que os sistemas de proteção de gelo falham em remover a acumulação de gelo (1 centímetro em menos de 5 minutos)".
  • Ainda de acordo com o manual, "a equipe precisa sair dessa condição imediatamente".
  • A análise do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Ufal, estima que o avião da VoePass tenha ficado de 8 a 10 minutos sob gelo severo. "É um tempo considerável para uma condição extremamente desfavorável", disse o meteorologista Humberto Barbosa.
  • Um laudo ao qual o jornal O Globo teve acesso mostra ainda que o avião esteve com o sistema de degelo inoperante em pelo menos seis ocasiões em três dias de julho de 2023. A empresa diz que o mecanismo funcionava no dia do acidente.
  • A aeronave tem luzes na cabine para alertar a tripulação sobre o impacto do gelo. Quando a exposição ao gelo persiste, o avião perde sustentação; o sinal visível dessa condição é o manche tremer. A saída de pilotos em condição sob gelo é algo treinado em simuladores, disse um instrutor de ATR ao g1.

Quando o gelo severo acumulado nas superfícies de voo, como as asas e o estabilizador horizontal, não é removido pelo sistema antigelo, ele pode "degradar seriamente a performance e controlabilidade da aeronave", diz o manual obtido pelo g1.

A reconstituição do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas, revela que o avião da VoePass enfrentou uma zona meteorológica crítica e atravessou nuvens com temperatura abaixo de -40 °C.

O laboratório combinou imagens de satélites e radar, associadas às coordenadas geográficas da rota do voo. O meteorologista Humberto Barbosa, coordenador do Lapis, disse "ficou assustado" quando olhou as condições meteorológicas do estado de São Paulo no dia 9.

"Naquela rota, o plano de voo ia pegar uma situação crítica, não só pela área de formação de gelo severa, porque você tinha essas condições termodinâmicas, mas também de ventos nessa região que estavam sendo alimentados por outros sistemas".

O estado já estava sob influência de uma frente fria, mas ele percebeu que havia outros componentes impactando as variáveis do local. Barbosa explicou que dois fatores ajudaram a "injetar" ainda mais umidade na região do acidente:

  • Ciclone extratropical: fenômeno se formou sobre o Uruguai e o Rio Grande do Sul na manhã da sexta-feira;
  • Fumaça das queimadas: foi levada pelo Sudeste pelo ar seco da Amazônia, e ficou nos altos níves da atmosfera, em forma de aerossóis, o que deixou a água das nuvens ainda mais fria e líquida.
Laboratório Lapis, da Ufal, reconstituiu as condições meteorológicas adversas enfrentadas pelo avião que caiu — Foto: Lapis/Ufal
Laboratório Lapis, da Ufal, reconstituiu as condições meteorológicas adversas enfrentadas pelo avião que caiu — Foto: Lapis/Ufal

Barbosa explicou que a aeronave enfrentou condições meteorológicas adversas durante todo o trajeto. Ainda no Paraná, o avião vinha sendo empurrado por ventos fortes. Ao chegar ao norte do estado e entrar em São Paulo, a aeronave entrou em uma área de formação de gelo - a parte mais crítica da rota. De acordo com o pesquisador, o avião chegou a enfrentar temperatura abaixo de 40 graus negativos neste trecho.

"Eu extraí todas as informações estimadas com base em satélite, alguns parâmetros de microfísica, para aquele ponto, para aquele horário, para a aeronave que estava ali, o que que a gente tem? Tinha conteúdo de gelo em altos níveis", explica Barbosa.

O pesquisador explica que, nesta temperatura, a água estava líquida, mas por ser muito gelada, se adere rapidamente ao avião. "Numa alta velocidade, esse molhado pode virar sólido porque mexe na aerodinâmica", disse Barbosa.

De acordo com o laboratório, ventos fortes, com velocidade em torno de 53 km/h, também estavam na mesma direção do voo, trazendo ainda mais instabilidade ao avião.

Barbosa destaca ainda que, pelos vídeos gravados pelos moradores, as condições meteorológicas na superfície eram estáveis, enquanto em níveis mais altos da atmosfera os ventos estavam fortes. "E essas diferenças de corrente, vento calmo em superfície e vento muito agitado [em níveis altos] é o que também traz muita turbulência naquela situação e que pode junto com outros fatores de acúmulo de gelo ter colocado ainda mais desafio ao piloto".

Caixa-preta gravou gritos e pergunta do copiloto sobre 'dar potência' à aeronave

O gravador de voz da cabine do avião ATR-72 que caiu em Vinhedo na última sexta-feira (9) registrou conversas do copiloto sobre "dar potência" à aeronave minutos antes da queda, além de gritos na aeronave.

As cerca de duas horas de transcrição foram feitas pelo laboratório de leitura e análise de dados do Centro de Investigação e Prevenção e Acidentes (Cenipa), vinculado à Força Aérea.

Segundo os investigadores, a análise preliminar dos dados indica que o ATR 72-500 perdeu altitude de forma repentina. Além disso, aponta que a análise do áudio da cabine, sozinha, não é capaz de cravar uma causa aparente para a queda.

Jornal Nacional tem acesso, com exclusividade, a informações do gravador de voz do avião da Voepass

A transcrição do áudio da caixa-preta mostra que, ao perceber que o avião estava perdendo sustentação, o copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva perguntou o que estava acontecendo.

Ele disse que era preciso "dar potência" – uma tentativa de estabilizar a aeronave e impedir a queda. Mas isso, infelizmente, não foi possível.

Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo. Neste tempo, segundo os investigadores, o áudio registra que a tripulação tentou reagir.

A gravação é finalizada com gritos e com o estrondo do choque da aeronave contra o chão.

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