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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Bolsa de Xangai cai mais de 8% e pressiona índices asiáticos

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Comportamento negativo veio após divulgação de dados fracos de indústria.
Essa foi a maior baixa desde fevereiro de 2007.

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Da Reuters
27/07/2015 07h32 - Atualizado em 27/07/2015 10h33
Postado às 13h05m

As ações asiáticas fecharam em queda nesta segunda-feira (27) em meio a perdas em Wall Street e preocupações sobre a China, enquanto investidores preparavam-se para a reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que pode dar outro passo em direção à elevação da taxa de juros no país.

Na China, a bolsa de valores de Xangai caiu mais de 8%, com a confiança ainda impactada pela leitura fraca da pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial. Essa foi a maior baixa desde fevereiro de 2007.

O índice PMI preliminar dos diretores de compras para a China, calculado pela empresa financeira Markit, ficou nos 48,2, abaixo do limite dos 50, o que é sinônimo de contração.
Na China, a bolsa de valores de Xangai caiu mais de 8% (Foto: AP)
Na China, a bolsa de valores de Xangai caiu mais de 8% (Foto: AP)

Às 7h06 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 1,67%. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,95%.
No início de julho, as bolsas da Ásia recuaram quase 6%, em meio às incertezas provocadas pelas baixas nos mercados chineses e o fantasma de uma saída da Grécia da Eurozona. O comportamento dos índices gerou "pânico" nos mercados.

Sucessão de problemas
Nos últimos dias, a sucessão de más notícias para o mundo empresarial neutralizam os esforços do governo para relançar a bolsa após sofrer outras quedas espetaculares nas últimas semanas.


Montanha russa até metade de junho, a bolsa de Xangai acumulou uma alta de 150% em doze meses, uma evolução totalmente desconectada da economia real, em desaceleração.

A partir desse momento, as bolsas de Xangai e Shenzhen sofreram uma forte correção, perdendo a primeira 30% em três semanas. O governo reagiu com uma bateria de medidas, como uma linha de liquidez do banco central para estabilizar os mercados, ou a proibição para 100 grandes grupos chineses de vender ações de suas filiais na bolsa.

O pacote surtiu efeito temporariamente. As bolsas voltaram a subir com força nas últimas duas semanas, um movimento que acabou com a publicação de indicadores ruins.

"A alta dessas duas últimas semanas foi muito forte, e o mercado se corrigiu sozinho", comentou Zhang Di, analista da Haitong Securities.

"A isso se soma a preocupação pela forma com que serão retiradas as medidas de apoio do governo", acrescentou.

A queda desta segunda em Xangai atingiu especialmente as empresas de corretagem, como a Industrial Securities e Dongxing Securities, que perderam 10%, o máximo possível em um dia de cotação.

As empresas especializadas em estradas também perderam muito, como a Hubei Chutian Expressway e Shandong Hi-speed, que perderam igualmente 10%.

Outras bolsas
O mercado acionário australiano fechou em alta de 0,4%, mas os papéis de mineração enfrentavam dificuldades com a queda nos preços globais de commodities.


Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,95%, a 20.350 pontos.

Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 3,09%, a 24.351 pontos.

Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 8,48 %, a 3.725 pontos.

Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,35%, a 2.038 pontos.

Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 2,41%, a 8.556 pontos.

Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,17%, a 3.313 pontos.

Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,43%, a 5.589 pontos.

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Previsão do mercado para inflação sobe pela 15ª semana, para 9,23%

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Se confirmada, será a maior taxa desde 2003. 
Houve piora também na previsão para o PIB: mercado vê queda de 1,76%.

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Do G1, em São Paulo
27/07/2015 08h30 - Atualizado em 27/07/2015 08h46
Postado às 10h50m

A piora nas estimativas para a economia brasileira não dá trégua: pela 15ª semana seguida, os economistas das instituições financeiras subiram a previsão para a inflação deste ano, que passou de 9,15% para 9,23%.

Houve piora também na previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB): os analistas agora estimam que a economia sofra uma contração de 1,76% neste ano, ante 1,7% na semana anterior.

PREVISÕES PARA O IPCA 2015
Em %
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Fonte: BC
Os dados são do boletim Focus, que reúne estimativas de mais de cem instituições financeiras, divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central.

Na semana passada, o governo revisou para pior suas estimativas para a economia do país este ano. As previsões, no entanto, seguem mais otimistas que as do mercado: o governo espera que a inflação chegue ao final do ano em 9%, e que o PIB tenha uma retração de 1,49%.

Inflação
Se confirmada a estimativa para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. Já para 2016, a previsão para a inflação ficou estável, em 5,4%.


Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003.

PIB
Se confirmado o resultado de queda de 1,76% no PIB, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%. Para 2016, a estimativa para o PIB também ficou menor: a previsão é de uma alta de apenas 0,2% – na semana anterior, o mercado estimava uma alta de 0,33%. O governo ainda estima uma alta maior, de 0,5%.


PREVISÕES PARA O PIB 2015
Em %
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Fonte: BC

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

No fim de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira registrou queda de 0,2% no primeiro trimestre de 2015, puxada pelo desempenho negativo do setor de serviços e da indústria, bem como pelo recuo do consumo das famílias e dos investimentos.

Taxa de juros
Apesar da alta da inflação, a estimativa para os juros no fim deste ano recuou: o mercado agora estima que a Selic chegue ao final do ano em 14,25% – na semana anterior, a estimativa era que ficasse em 14,5%. Assim, a previsão é que a taxa, hoje em 13,75%, suba mais 0,5 ponto percentual este ano. Para o fim de 2016, a estimativa ficou estável em 12% ao ano.


A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.

Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 subiu para R$ 3,25 por dólar, ante R$ 3,23 no boletim anterior – o que mostra que os analistas acreditam que a moeda norte-americana vai perder força, uma vez que ela fechou a última sexta-feira em R$ 3,347. 


Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio permaneceu em R$ 3,40.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 ficou estável em US$ 6,4 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit avançou de US$ 14 bilhões para US$ 14,89 bilhões.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil passou de US$ 66,25 bilhões para US$ 66,7 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte permaneceu em US$ 65 bilhões pela nona semana.

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Dívida pública sobe 3,5% em junho, para R$ 2,5 trilhões


Em 12 meses, a dívida pública cresceu 17,28%, segundo dados do Tesouro.
Em maio, endividamentos interno e externo somavam R$ 2,49 trilhões.

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Débora Cruz Do G1, em Brasília
27/07/2015 09h34 - Atualizado em 27/07/2015 10h06
Postado às 10h50m
A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, registrou aumento de 3,5% em junho deste ano, para R$ 2,58 trilhões, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (27) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em maio, o endividamento público estava em R$ 2,49 trilhões.

Em 12 meses, a dívida pública cresceu 17,28%, segundo os dados do Tesouro. Em junho de 2014, o estoque da dívida era de R$ 2,2 trilhões.

Os números oficiais mostram que o aumento da dívida em junho deste ano está relacionado com a emissão líquida (o governo emitiu mais dívidas do que pagou) e com a apropriação de juros sobre o estoque do endividamento brasileiro.


DÍVIDA PÚBLICA
Em R$ trilhões
Created with @product.name@ @product.version@2,22,172,162,182,152,22,292,242,322,442,452,492,58em R$ trilhõesjun/14jul/14ago/14set/14out/14nov/14dez/14jan/15fev/15mar/15abr/15mai/15jun/152,12,22,32,42,52,62,7jun/15 em R$ trilhões: 2,58
No mês passado, foram emitidos R$ 66,58 bilhões em papéis da dívida federal, ao mesmo tempo em que foram resgatados (pagos) R$ 2,52 bilhões. Com isso, a emissão líquida somou R$ 64,05 bilhões. Ao mesmo tempo, as despesas com juros totalizaram R$ 23 bilhões.

Interna e externa
Os números do Tesouro mostram que a dívida interna do país cresceu, enquanto a externa se reduziu. A dívida federal interna cresceu 3,81% de maio para junho, atingindo R$ 2,462 trilhões. Já a externa teve queda de 2,34%, para R$ 121,28 bilhões.


A parcela dos títulos com remuneração prefixada passou de 41,92% em maio para 42,52%  em  junho. Já a dos títulos indexados a índice de preços teve redução de 32,85% para 32,62%. Os títulos remunerados por taxa flutuante tiveram participação um pouco menor, passando de 20,21% para 20,15%.

Programação para 2015
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,6 trilhões no fim deste ano – R$ 305 bilhões a mais em relação ao fechamento de 2014.

O Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública, feito pelo Tesouro Nacional, também estabelece um piso de R$ 2,45 trilhões para o débito público no fim deste ano, o que representaria uma alta de R$ 155 bilhões em comparação com dezembro do ano passado.

Em 2015, os vencimentos de títulos públicos previstos somam R$ 571 bilhões, ao mesmo tempo em que os encargos da dívida pública totalizam R$ 63 bilhões. O governo prevê, entretanto, o uso de R$ 147,1 bilhões em recursos orçamentários para pagar os vencimentos neste ano.

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