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quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Fotografia de vida selvagem: foto de bololô de abelhas vence concurso internacional

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Por Fábio Tito, g1

Postado em 12 de outubro de 2022 às 17hh05m

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Abelhas se embolam em uma tentativa de acasalar, na foto vencedora da edição 2022 do concurso internacional de fotografia de vida selvagem — Foto: Karine Aigner/World Photographer of the Year/Divulgação
Abelhas se embolam em uma tentativa de acasalar, na foto vencedora da edição 2022 do concurso internacional de fotografia de vida selvagem — Foto: Karine Aigner/World Photographer of the Year/Divulgação

Uma fotografia que mostra o momento em que diversos zangões se embolam em torno de uma abelha fêmea para tentar acasalar foi a grande vencedora de 2022 no concurso internacional Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano (Wildlife Photographer of the Year), promovido pelo Museu de História Natural de Londres.

A fotógrafa americana Karine Aigner usou uma lente macro para mostrar bem de perto o bololô dos insetos enquanto outros machos se aproximam do frenesi, em um rancho no Texas, EUA. A foto foi a vencedora na categoria Comportamento: Invertebrados, e ainda rendeu a Karine o prêmio principal de Vencedora do Grande Título Adulto 2022.

Entre os demais vencedores e destaques do concurso, há diversas outras cenas incríveis, e até uma participação do Brasil. O fotógrafo Luis Palácios recebeu menção de destaque na galeria do prêmio com uma foto feita na Mata Atlântica (no final da galeria).

Veja abaixo mais fotos da competição:

Foto vencedora na categoria Fotojornalismo do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Brent Stirton/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Foto vencedora na categoria Fotojornalismo do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Brent Stirton/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação

Fotos de pássaros como esse belo mergulho garantiram o prêmio de portfólio de estrela em ascensão do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Mateusz Piesiak/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Fotos de pássaros como esse belo mergulho garantiram o prêmio de portfólio de estrela em ascensão do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Mateusz Piesiak/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


Flamingos no Salar de Uyuni, na Bolívia, garantiram o prêmio de Arte Natural no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Junji Takasago/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Flamingos no Salar de Uyuni, na Bolívia, garantiram o prêmio de Arte Natural no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Junji Takasago/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


A cena de pequenos peixes saltando da boca de uma baleia garantiu o prêmio de Jovem Vencedor do Grande Título 2022 no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Katanyou Wuttichaitanakorn/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
A cena de pequenos peixes saltando da boca de uma baleia garantiu o prêmio de Jovem Vencedor do Grande Título 2022 no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Katanyou Wuttichaitanakorn/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


A dança de acasalamento da ave houbara garantiu o prêmio de Retratos Animais no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: José Juan Hernández Martinez/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
A dança de acasalamento da ave houbara garantiu o prêmio de Retratos Animais no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: José Juan Hernández Martinez/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


A imagem de uma cobra se alimentando de um morcego recém-capturado garantiu o prêmio de Comportamento: Anfíbios e Répteis no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Fernando Constantino Martínez Belmar/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
A imagem de uma cobra se alimentando de um morcego recém-capturado garantiu o prêmio de Comportamento: Anfíbios e Répteis no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Fernando Constantino Martínez Belmar/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


A cena de cogumelos à beira de uma cachoeira garantiu o prêmio de Plantas e Fungi no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Agorastos Papatsanis/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
A cena de cogumelos à beira de uma cachoeira garantiu o prêmio de Plantas e Fungi no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Agorastos Papatsanis/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


Dança reprodutiva de uma estrela-do-mar garantiu o prêmio na categoria Subaquática do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Tony Wu/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Dança reprodutiva de uma estrela-do-mar garantiu o prêmio na categoria Subaquática do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Tony Wu/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


Ursos polares em uma casa abandonada na Rússia garantiram o prêmio de Vida Selvagem Urbana no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Dmitry Kokh/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Ursos polares em uma casa abandonada na Rússia garantiram o prêmio de Vida Selvagem Urbana no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Dmitry Kokh/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


Imagem aérea do contraste de algas que se multiplicaram em um lago por conta da poluição garantiram o prêmio de Áreas Alagadas - The Bigger Picture no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Daniel Núñez/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Imagem aérea do contraste de algas que se multiplicaram em um lago por conta da poluição garantiram o prêmio de Áreas Alagadas - The Bigger Picture no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Daniel Núñez/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


Um urso avistado perto de Quito, no Equador, garantiu o prêmio de Animais em Seus Ambientes no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto:  Daniel Mideros/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Um urso avistado perto de Quito, no Equador, garantiu o prêmio de Animais em Seus Ambientes no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Daniel Mideros/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


A cena de uma carriça colando o ouvido no chão para ouvir barulho de insetos garantiu o prêmio na categoria Comprtamento: Aves no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Nick Kanakis/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
A cena de uma carriça colando o ouvido no chão para ouvir barulho de insetos garantiu o prêmio na categoria Comprtamento: Aves no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Nick Kanakis/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


A cena de um leopardo-das-neves caçando um grupo de íbexes garantiu o prêmio de Comportamento: Mamíferos no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Anand Nambiar/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
A cena de um leopardo-das-neves caçando um grupo de íbexes garantiu o prêmio de Comportamento: Mamíferos no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Anand Nambiar/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


Dança de baleias garantiu o prêmio na categoria Oceanos - The Bigger Picture no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Richard Robinson/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Dança de baleias garantiu o prêmio na categoria Oceanos - The Bigger Picture no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Richard Robinson/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


Ensaio aprofundado sobre a tradição de domesticar pássaros canoros em Cuba rendeu o Prêmio de História Fotojornalística no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Karine Aigner/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Ensaio aprofundado sobre a tradição de domesticar pássaros canoros em Cuba rendeu o Prêmio de História Fotojornalística no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Karine Aigner/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


Primeira e raríssima foto da única espécie de anêmona que vive no gelo já descoberta está entre as imagens que garantiram o Prêmio de Portfólio no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Laurent Ballesta/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Primeira e raríssima foto da única espécie de anêmona que vive no gelo já descoberta está entre as imagens que garantiram o Prêmio de Portfólio no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Laurent Ballesta/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


Um duelo de íbexes garantiu o prêmio na categoria para fotógrafos de até 10 anos de idade no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Ekaterina Bee/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
Um duelo de íbexes garantiu o prêmio na categoria para fotógrafos de até 10 anos de idade no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Ekaterina Bee/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


A cena de uma águia-pescadora sobre um galho seco em meio à neblina garantiu o prêmio na categoria de 11 a 14 anos no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Ismael Domínguez Gutiérrez/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
A cena de uma águia-pescadora sobre um galho seco em meio à neblina garantiu o prêmio na categoria de 11 a 14 anos no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Ismael Domínguez Gutiérrez/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação


A imagem de dois micos-leão-de-cara-dourada de mãos dadas, feita em floresta da Mata Atlântica em Una, na Bahia, garantiu ao brasileiro Luis Palácios uma menção de destaque na galeria do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Luis Palácios/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
A imagem de dois micos-leão-de-cara-dourada de mãos dadas, feita em floresta da Mata Atlântica em Una, na Bahia, garantiu ao brasileiro Luis Palácios uma menção de destaque na galeria do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 — Foto: Luis Palácios/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação

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O Brasil enfrenta uma 'estagflação'? Entenda o termo, o cenário global e os impactos no seu cotidiano

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Banco Mundial manifestou preocupação diante do baixo crescimento e da alta inflação na economia global.
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Por André Catto, g1

Postado em 12 de outubro de 2022 às 08h00m

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Preços de alimentos exibidos em supermercado no Rio de Janeiro. — Foto: REUTERS/Ricardo Moraes
Preços de alimentos exibidos em supermercado no Rio de Janeiro. — Foto: REUTERS/Ricardo Moraes

O Banco Mundial fez, em setembro, um novo alerta sobre a estagflação (entenda abaixo o que é). Segundo o economista-chefe da instituição, Indermit Gill, há uma preocupação real diante do baixo crescimento e da alta inflação na economia global.

"Há seis meses estávamos muito preocupados com uma recuperação lenta e preços muito altos de commodities. E agora acho que estamos muito mais preocupados com uma estagflação generalizada, disse, durante coletiva de imprensa em Washington, em 15 de setembro.

Gill também afirmou que o cenário traz de volta lembranças muito ruins de meados da década de 1970 e das décadas perdidas.

Mas o que é ''estagflação'? Qual sua relação com a década de 1970 e quais os impactos no seu cotidiano?

O que significa ‘estagflação’?

De forma prática, o termo é a junção das palavras estagnação e inflação. Traduz, portanto, um contexto em que a economia de um país está parada, com alto desemprego e menor produção, ao mesmo tempo em que os preços de produtos e serviços estão mais altos – ou subindo.

É uma tempestade perfeita. Um ambiente horrível em que você tem, ao mesmo tempo, inflação alta e uma economia estagnada, resume o professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fábio Gallo.

O termo estagflação foi usado pela primeira vez em meados de 1960. Mas foi na década seguinte que se popularizou no mundo econômico. Era, ainda assim, um conceito totalmente novo – a inflação tinha, até então, uma relação positiva com os dados de emprego e atividade econômica.

A lógica era a seguinte: quanto mais gente trabalhando, maior o consumo e o dinheiro em circulação. Consequentemente, maior produção nas empresas. Isso faria a roda girar e, quanto maior a demanda, maiores os preços.

Trata-se da relação entre inflação e emprego, abordada na chamada Curva de Phillips, teoria do economista neozelandês William Phillips. Segundo a tese, se a inflação está alta, é porque as taxas de emprego também estão altas e a economia caminha bem.

Mas foi principalmente na década de 1970, citada pelo economista-chefe do Banco Mundial, que essa teoria passou a ser fortemente questionada.

Em 1973, ocorre primeiro choque do petróleo, que faz o preço dos combustíveis dispararem. Isso obriga as economias desenvolvidas a adotarem taxas de juros muito mais altas para frear essa inflação, explica o economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, André Galhardo.

"Você tem, então, uma inflação alta, causada pelo aumento do preço dos combustíveis, o que acaba contaminando outras áreas. O aumento das taxas de juros, no entanto, não resolve o problema do petróleo, que mantém os preços lá em cima, continua Galhardo.

O economista destaca outro efeito negativo dentro desse ciclo: os juros altos jogam o nível de atividade econômica para baixo – quanto maior a taxa, mais caro o crédito e menor o incentivo à economia. Havia, portanto, um quadro de inflação alta e atividade econômica baixa.

Isso foi ficando pior ao longo da década de 1970, especialmente com o segundo choque do petróleo, em 1979.

É possível ‘medir’ a estagflação?

Não há um cálculo específico para o termo. Mas dois principais indicadores são utilizados para analisar o cenário: o Produto Interno Bruto (PIB), que mensura a atividade econômica do país, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial, no caso do Brasil.

Normalmente, começamos a falar em estagflação quando a economia emite sinais claros e inequívocos de que está desacelerando. Você observa o PIB brasileiro, por exemplo. Se ele começa a cair e você tem um processo de inflação crônico – subindo de forma crônica, ou parado, mas num nível muito alto – caracteriza-se, então, a estagflação, diz Galhardo.

O Brasil enfrenta um cenário de estagflação?

Para o professor Fábio Gallo, tecnicamente, não. Ele explica que a inflação foi sentida, principalmente, a partir de 2015, ao mesmo tempo em que o país acumulou resultados negativos no PIB. Agora, apesar das quedas recentes no indicador, o saldo deve ser positivo neste ano.

Estamos crescendo consideravelmente, e em um ambiente que permite o combate à inflação. Vamos para o terceiro mês com queda de preços. Então, não estamos num ambiente de estagflação, afirma.

Riscos para 2023

Gallo aponta, no entanto, receios em relação ao ano que vem, ao citar um alerta da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento. Segundo projeção da organização divulgada no início deste mês, a economia brasileira deve desacelerar já em 2022, e o PIB do país deve ter crescimento de apenas 0,6% em 2023.

André Galhardo segue a mesma linha. Segundo o economista, não seria correto dizer que, neste momento, o Brasil passa por uma estagflação.

A economia brasileira não está em um quadro de estagflação justamente porque o PIB tem se comportado positivamente – respondendo a estímulos pontuais do governo, sobretudo em 2022. E a inflação, apesar de elevada, está, neste momento, com tendência de queda, analisa.

Galhardo também alerta para um possível processo de estagflação em 2023, reflexo do alto patamar da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, hoje em 13,75% ao ano.

Podemos ter um ritmo menor de atividade econômica. E não está totalmente descartada a possibilidade de um retorno da inflação por conta da piora da guerra na Ucrânia e novos desajustes na cadeia produtiva, como a estiagem na Europa, diz. Aí, sim, teríamos um quadro de estagflação.

Quais os impactos no seu cotidiano?

Baixa atividade econômica, queda na produção e inflação lá em cima. Além do desaquecimento no mercado de trabalho, causado pela estagnação econômica, os impactos da alta nos preços são sentidos diretamente no bolso do trabalhador.

Particularmente, afeta a cesta básica. A população mais frágil sente muito mais fortemente o aumento de preços, afirma o professor Fábio Gallo.

Portanto, nós sentimos [a estagflação] de forma absoluta. E mais: quando se está em um ambiente de estagflação, além de você estar em um ambiente inflacionário, você corre o risco de perder o emprego e não ter chance de arrumar outro porque está em um momento de recessão, continua. 
Estagflação no mundo

Os Estados Unidos e grande parte da União Europeia estão, hoje, em um quadro de estagflação, segundo o economista André Galhardo. A maioria dos países que integram a zona do euro tem um PIB ainda positivo, mas cada vez menor, diz.

Levantamento realizado pela Análise Econômica Consultoria mostra a relação entre o PIB e a inflação nos países do G7, clube dos países mais ricos do mundo.

No gráfico acima, é possível observar: quanto mais distante a linha do PIB em relação à inflação, mais amplo o cenário de estagflação. As maiores diferenças são vistas nos Estados Unidos, na Alemanha e no Reino Unido. A menor, no Japão.

Galhardo cita os EUA como caso mais simbólico. O PIB do país registrou duas quedas seguidas este ano – de 1,6% no primeiro trimestre e de 0,6% no segundo –, configurando, segundo ele, uma recessão técnica.

Mesmo que venham números positivos até o fim do ano, a expectativa é de que a economia continue em rota de deterioração, porque a taxa de juros tende a subir. E este é o principal elemento que tende a desacelerar a economia norte-americana", diz. Enquanto isso, a inflação do país segue alta, acima dos 8%.

Na Europa, vários países enfrentam situação parecida. A inflação da Alemanha, por exemplo, é a mais alta da série histórica desde que o país passou a integrar a zona do euro.

Galhardo considera a situação dos alemães ainda mais crítica, com tendência de alta na inflação por conta da crise energética que atinge a União Europeia – reflexos, principalmente, da guerra na Ucrânia.

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