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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Por que as Cataratas de Victoria, uma das maiores quedas d'água do mundo, estão quase secas

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Os efeitos da seca estão sendo sentidos em toda a África do Sul, afetando as plantações e deixando 45 milhões de pessoas, que precisam de ajuda alimentar.
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 Por BBC  

 Postado em 11 de dezembro de 2019 às 19h45m  
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Fotos mostram a diferença no fluxo de água nas Cataratas de Victoria em janeiro e em dezembro de 2019  — Foto: Reuters
Fotos mostram a diferença no fluxo de água nas Cataratas de Victoria em janeiro e em dezembro de 2019 — Foto: Reuters


As Cataratas de Victoria são consideradas uma das maiores maravilhas naturais do mundo.

A cortina de água, localizada na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbábue, tem 1.708 metros de largura e altura que varia entre 90 e 107 metros. Os nativos da região a batizaram como "Mosi-oa-Tunya" ("a fumaça que troveja").

Cerca de 935 metros cúbicos de água caem na cascata por segundo - ou melhor, caíam, porque as Cataratas Victoria sofrem uma das piores secas nas últimas décadas.

Como consequência, a poderosa queda d'água tornou-se em alguns pontos um simples gotejamento.
Pelo Mundo: Cataratas de Victoria, na Zâmbia, é uma das quedas d'água mais espetaculares
Pelo Mundo: Cataratas de Victoria, na Zâmbia, é uma das quedas d'água mais espetaculares
Embora seja normal que o fluxo diminua significativamente durante a estação seca, o declínio registrado este ano é considerado "sem precedentes" pelas autoridades locais.

"Nos anos anteriores, quando a seca chegava, não acontecia isso. É a primeira vez que a vemos assim", disse à Reuters Dominic Nyambe, artesão que trabalha em Livingstone, uma cidade próxima às cataratas, localizada ao lado da fronteira, na Zâmbia.

"Isso nos afeta, porque os clientes podem ver na internet (que as quedas estão secas) e não recebemos tantos turistas", acrescenta.
Nestas duas imagens, é possível ver o mesmo ponto das quedas das Cataratas de Victoria em janeiro deste ano e agora  — Foto: Reuters
Nestas duas imagens, é possível ver o mesmo ponto das quedas das Cataratas de Victoria em janeiro deste ano e agora — Foto: Reuters

Os efeitos da seca estão sendo sentidos em toda a África do Sul, afetando as plantações e deixando 45 milhões de pessoas precisando de ajuda alimentar.

Além disso, tanto a Zâmbia e o Zimbábue sofrem com cortes de energia, uma vez que grande parte de seu fornecimento vem de usinas hidrelétricas localizadas na barragem de Kariba, localizada no rio Zambeze, logo antes das quedas.

De fato, há partes deste monumento natural nas quais a água não é mais vista, apenas a pedra seca, enquanto em outras há um fluxo bastante baixo.
Mas o que está acontecendo?

Debate climático
Os dados coletados pela Autoridade do Rio Zambeze confirmam que o fluxo de água está no seu menor nível desde 1995 e bem abaixo da média histórica.

Elisha Moyo, principal pesquisadora em Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente do Zimbábue, disse ao jornalista da BBC Stephen Sackur que o fluxo médio das quedas caiu quase pela metade em 2019.

No entanto, as explicações do que acontece variam dependendo da fonte consultada.
Cataratas de Victoria, no Sul da África, enfrentam forte seca em dezembro de 2019 — Foto: Reuters/Mike Hutchings
Cataratas de Victoria, no Sul da África, enfrentam forte seca em dezembro de 2019 — Foto: Reuters/Mike Hutchings

O presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, se referiu a esse fenômeno como um "duro lembrete do que as mudanças climáticas estão fazendo com o nosso meio ambiente".

Apesar disso, o fato de variações sazonais sempre ocorrerem deixa os cientistas um pouco mais cautelosos ao nomear as razões da atual seca.

Harald Kling, hidrólogo especialista no rio Zambeze, destaca que a ciência do clima opera com base em décadas, e não em anos específicos.

"Por isso, às vezes é difícil dizer que isso se deve à mudança climática ,porque as secas sempre ocorreram", disse ele à Reuters.
"Se eles ficarem mais frequentes, então você pode começar a dizer, 'ok, isso pode ser devido à mudança climática'."

Kling alertou que os modelos climáticos já previam que anos de seca ocorreriam com mais frequência na bacia do Zambeze.

"O que é surpreendente é que a seca tenha sido tão frequente", disse ele, observando que a mais recente ocorreu há apenas três anos.
Elisha Moyo, do Ministério do Meio Ambiente do Zimbábue, alertou à BBC que é possível que um dia as Cataratas de Victoria sequem completamente.

"Essa é uma possibilidade real. Se você olhar para os modelos climáticos há apenas duas semanas, foi registrada a queda de 87 metros cúbicos por segundo, quando nessa época do ano deveria ser de cerca de 300 metros cúbicos por segundo."

Assim, "a fumaça que troveja" pode se tornar um murmúrio ou, pior ainda, permanecer em silêncio.

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O que é a Passagem de Drake, complexa zona marítima onde avião militar chileno desapareceu

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Região de cerca de 800km fica no encontro entre os oceanos Atlântico e Pacífico; a grande profundidade de suas águas e seu sistema de circulação atmosférica produzem mudanças climáticas repentinas.
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 Por BBC  

 Postado em 11 de dezembro de 2019 às 17h30m  
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Passagem de Drake é uma região marítima que divide a Antártida da parte sul da América do Sul — Foto: Getty Images/BBCPassagem de Drake é uma região marítima que divide a Antártida da parte sul da América do Sul — Foto: Getty Images/BBC



É uma região onde a temperatura varia entre 0ºC e -25ºC durante todo o ano.
A Passagem de Drake, também chamada de Mar de Drake, é a região marítima que divide a Antártida da parte sul da América do Sul, e também é o epicentro das buscas pelo avião chileno Hércules C-130 que desapareceu na noite da segunda-feira (9) com 38 pessoas a bordo.

"As condições são extremamente difíceis" e "a situação é muito adversa" são alguns dos diagnósticos fornecidos pelas autoridades chilenas desde que o desaparecimento da aeronave foi confirmado.

O diagnóstico foi feito com base nas dificuldades sentidas pelas equipes de busca e salvamento durante a procura pela aeronave.

Além disso, um especialista na região considera a Passagem de Drake como uma das regiões marítimas "mais complicadas do mundo", com enormes dificuldades para navegação e ondas com alturas que variam de seis a dez metros.

"São áreas muito complicadas do sistema. Ali também convergem o Oceano Atlântico e o Pacífico, onde os dois mares estão entrelaçados", disse Nicolás Butorovic, diretor de climatologia da Universidade de Magalhães, ao jornal chileno "El Mercurio".

Magalhães é a Província do sul do Chile onde fica a cidade de Punta Arenas, o local de decolagem do Hércules que perdeu contato às 18:13 de segunda-feira e que aterrissaria na base militar Presidente Eduardo Frei Montalva, na Antártida.

A área
Os ventos, a baixa visibilidade e as fortes correntes da Passagem de Drake são algumas das características da área marítima de cerca de 800 km, onde o Pacífico e o Atlântico se encontram.

Além disso, a grande profundidade de suas águas e seu sistema de circulação atmosférica produzem mudanças de tempo repentinas e muito difíceis de prever, deixando aqueles que a atravessam - navegando ou voando - à mercê desses fenômenos.

"São mudanças bruscas nas condições de temperatura, visibilidade e principalmente do vento, em um período muito curto. É um desafio para a navegação e tráfego aéreo enfrentar essas latitudes. Tanto pilotos quanto comandantes de aeronaves e navios passam por processos de treinamento especial para operar nessas áreas extremas, com processos de adaptação e treinamento muito rígidos", explicou o vice-almirante da Marinha do Chile e atual senador Kenneth Pugh.

Em uma entrevista ao jornal chileno "La Tercera", a autoridade acrescentou que "normalmente nessas latitudes não há cobertura completa e permanente de satélites de comunicações geoestacionárias, por conta das características dessa órbita equatorial".

Pugh disse ainda que essas condições marítimas dificultam o uso de radares e reduzem a probabilidade de detecção de aeronaves.

Diferentes especialistas consultados pela imprensa chilena concordaram que no dia do desaparecimento do Hércules C-130 as ondas podiam atingir até 10 metros de altura com ventos de cerca de 100 km/h.

Essas condições podem significar que a área de buscas tenha de ser ampliada.

Quem foi Francis Drake
Francis Drake foi um navegador e corsário inglês que no final do século 16 que conseguiu atravessar o estreito de Magalhães.
Os historiadores apontam que outras expedições cruzaram as águas do que hoje é conhecido como Passagem de Drake décadas antes da jornada inglesa.

O corsário foi um dos primeiros financiados pela coroa inglesa a atacar as embarcações espanholas que transportavam a riqueza obtida na América para a Europa, algo que ele fez tanto no Peru quanto no Chile.
Francis Drake era corsário inglês que no final do século 16 que conseguiu atravessar o estreito de Magalhães — Foto: Getty Images/BBCFrancis Drake era corsário inglês que no final do século 16 que conseguiu atravessar o estreito de Magalhães — Foto: Getty Images/BBC

Séculos depois, os mais de 800 km da Passagem de Drake são compartilhados pela Argentina e pelo Chile, além de uma parte importante ser considerada águas internacionais.

Hoje, esses dois países, junto com o Uruguai e o Brasil, também compartilham o trabalho de procurar o avião danificado na segunda-feira. A tarefa, como já alertou o ministro da Defesa chileno Alberto Espina, é bastante difícil.

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