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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Brasil não faz quantidade suficiente de testes para Covid e fica atrás no ranking mundial

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País faz apenas 149 testes a cada mil habitantes; os Estados Unidos, mais de 1,3 mil testes; por lá, teve gente testada mais de uma vez.
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g1.globo.com/jornal-nacional/noticia

Postado em 27 de maio de 2021 às 13h45m


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Brasil não faz quantidade suficiente de testes para Covid e fica atrás no ranking mundial
Brasil não faz quantidade suficiente de testes para Covid e fica atrás no ranking mundial

A testagem em massa é essencial para identificar rapidamente os infectados e evitar a transmissão do coronavírus. O Brasil não faz a quantidade suficiente de exames e está bem atrás no ranking mundial.

Muita gente fecha os olhos na hora do cotonete, mas os resultados dos exames de PCR são cruciais para que cada país enxergue e controle a pandemia. Não é à toa que, em março do ano passado, o diretor-geral da OMS recitou o mantra necessário: Testar, testar e testar.

Mas os números mostram que o Brasil tem feito menos que os outros para ver melhor a realidade da Covid. A plataforma "Nosso Mundo em Dados", ligada à Universidade de Oxford, mostra que 77 países do mundo testam mais do que nós.

Os cinco que mais aumentaram a testagem desde o começo da pandemia são Dinamarca, Luxemburgo, Estados Unidos, Israel e Portugal, mas na frente do Brasil estão ainda países como Bolívia, Peru, Argentina e Equador.

São cerca de 200 países no mundo, o Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia, em termos de mortes, em termos de casos, e todas as medidas que poderiam facilitar o nosso enfrentamento na pandemia, testagem, vacinação, o Brasil está muito mal colocado nesses rankings internacionais, ressaltou Pedro Hallal, epidemiologista da UFPel.

Pedro Hallal chama a atenção para o baixo número de testes em relação à população brasileira. Enquanto Chile e Austrália fazem mais de 700 testes por mil habitantes, Brasil faz apenas 149 testes em cada grupo de mil pessoas.

Nos Estados Unidos, a relação é de mais de 1,3 mil testes por mil pessoas, ou seja, tem gente testada mais de uma vez. Para controlar a segunda onda por lá, 2,3 milhões testes chegaram a ser feitos por dia.

Abrir a janela da testagem e enxergar mesmo os contaminados com poucos ou nenhum sintoma é, segundo os especialistas, uma das formas de reduzir a transmissão e evitar novas ondas da doença. Condições de testar mais, segundo eles, o Brasil tem.

Materiais para exames não faltam mais, segundo o pesquisador Renato Santana, da Universidade Federal de Minas Gerais. Lá, desde o mês passado, já foram feitos mais de 1,5 mil exames de um tipo novo de PCR capaz de identificar também novas variantes.

O que realmente se precisa fazer é aumentar o acesso desses testes a toda população e permitir que não apenas indivíduos doentes ou hospitalizados tenham acessos a esses testes, mas todas as pessoas que também tenham tido um possível contato com o Sars-CoV2 que causa Covid-19, disse Renato Santana.

Essa foi a estratégia de Portugal para brecar a transmissão. Além da vacinação, fez testagem em massa. Foram mais de 1,2 mil testes por mil habitantes, oferecidos para casos suspeitos e seus contatos.

O Brasil não chegou a 32 milhões de testes distribuídos para os estados. O gráfico do Ministério da Saúde mostra que, além da quantidade insuficiente, a distribuição dos testes é irregular e caiu bastante. Foram pouco mais de 6,4 milhões em maio de 2020, e em abril deste ano não chegou a 1,6 milhão.

A gente precisa parar de procurar desculpas e ouvir as recomendações da ciência. E uma das recomendações principais da ciência, desde o começo da pandemia, é testar em larga escala para interromper a transmissão do vírus, disse Pedro Hallal.

O Ministério da Saúde afirmou que vai oferecer até 20 milhões de testes por mês.

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Desemprego sobe para 14,7% no 1º trimestre e atinge recorde de 14,8 milhões de brasileiros

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É a maior taxa e o maior contingente de desocupados já registrado pela série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Número de subutilizados chegou a 33,2 milhões e também atingiu nova máxima. Os chamados 'desalentados', que não são computados no número de desempregados, somaram 6 milhões.
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1

Postado em 27 de maio de 2021 às 10h15m


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Desemprego bate recorde no 1º trimestre
Desemprego bate recorde no 1º trimestre

O desemprego no Brasil atingiu a taxa recorde de 14,7% no 1º trimestre de 2021, em meio aos desafios impostos pela piora da pandemia no país, segundo divulgou nesta quinta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de desempregados também bateu um novo recorde, chegando a 14,8, milhões de pessoas.

"É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012", informou o IBGE.

O resultado representa uma alta de 6,3%, ou de mais 880 mil pessoas na fila por uma vaga de trabalho no país, na comparação com 4º trimestre de 2020. Em 1 ano, 1,956 milhão de pessoas entraram nas estatísticas do desemprego.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego estava em 14,4%, atingindo 14,4 milhões de brasileirosnúmero recorde até então.

Apesar dos novos recordes negativos, o resultado veio dentro do esperado. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 14,7% no trimestre encerrado em março.

"O primeiro trimestre de cada ano, como a gente já viu em outros anos, é um período de aumento da desocupação. Ou seja, não é um movimento específico deste ano, mas um comportamento relativamente esperado para este trimestre do ano. Mas, essa sazonalidade pode estar sendo aumentada pelos efeitos de 2020 sobre o mercado de trabalho", avaliou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Número de desempregados ao final do primeiro trimestre de 2021 é o maior desde 2012 — Foto: Economia/G1
Número de desempregados ao final do primeiro trimestre de 2021 é o maior desde 2012 — Foto: Economia/G1

Desalento atinge recorde

A população desalentada (quem desistiu de procurar uma oportunidade no mercado de trabalho) também atingiu patamar recorde, reunindo 6 milhões de pessoas, crescendo 25,1% ante o mesmo período de 2020. O percentual de desalentados na força de trabalho foi de 5,6%.

Ou seja, a taxa de desemprego só não é ainda maior no país porque muitos brasileiros desistiram de procurar uma ocupação.

Vale destacar que o IBGE considera como desempregado apenas o trabalhador que efetivamente procurou emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.

Somente o setor público e o trabalho familiar registrou aumento no número de ocupados — Foto: Economia/G1
Somente o setor público e o trabalho familiar registrou aumento no número de ocupados — Foto: Economia/G1

Veja outros destaques da pesquisa:

  • Em três meses, número de desempregados aumentou em 880 mil pessoas;
  • População ocupada (85,7 milhões) ficou estável na comparação com o 4º trimestre, mas nível de ocupação recuou para 48,4%, contra 54,5% em igual trimestre do ano anterior. Ou seja, menos da metade das pessoas em idade de trabalhar estão ocupadas;
  • Em 1 ano, houve redução de 6,6 milhões de postos de trabalho no país;
  • Somente a categoria dos trabalhadores por conta própria cresceu (um acréscimo de 565 mil em 3 meses);
  • Número de empregados com carteira de trabalho assinada ficou estável frente ao trimestre anterior, mas caiu 10,7% (menos 3,5 milhões de pessoas) em 1 ano;
  • Número de empregados sem carteira assinada recuou 2,9% em 3 meses (menos 294 mil); Número de empregadores com CNPJ (3,095 milhões) é o menor da série, caindo 13,7% (menos 489 mil pessoas) na comparação anual;
  • Informalidade ficou estável (39,6%), com 34 milhões de pessoas;
  • Desemprego entre as mulheres atingiu recorde de 17,9%, enquanto que entre os homens a taxa foi de 12,2%;
  • Desemprego é mais alto para as pessoas com ensino médio incompleto (24,4%). Para brasileiros com nível superior completo foi de apenas 8,3%;
  • Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de desemprego (31%) foi bem mais alta do que a média nacional (14,7%).
  • Massa de rendimento real ficou estável em R$ 212,5 bilhões ante o trimestre móvel anterior, mas caiu 6,7% na comparação interanual (menos R$ 15,2 bilhões); já o rendimento médio ficou em R$ 2.544, contra R$ 2.566 no 4º trimestre de 2020. 
"Como a gente vinha observando anteriormente, grande parte do avanço da ocupação vinha do crescimento da informalidade, o que não ocorreu neste trimestre. A taxa de informalidade ficou estável na comparação com o 4º trimestre de 2020, o que pode ajudar a explicar a estabilidade da ocupação", destacou a pesquisadora.
Falta trabalho para 33,2 milhões

O contingente de pessoas subutilizadas no país chegou a 33,2 milhões e também atingiu o recorde da série, com aumento de 3,7% (mais 1,2 milhão de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e de 20,2% (mais 5,6 milhões) na comparação anual. Já a taxa de subutilização ficou em 29,7%, contra 28,7% no trimestre anterior. Há 1 ano, estava em 24,4%.

O contingente classificado pelo IBGE como trabalhadores subutilizados reúne, além dos desempregados, os desalentados, aqueles que estão subocupados (trabalham menos de 40 horas semanais), e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.

No 1º trimestre, estavam nessa condição:

  • 14,8 milhões de desempregados: pessoas que não trabalham, mas procuraram empregos nos últimos 30 dias (no 1º trimestre, eram 13,7 milhões);
  • 7 milhões de subocupados: pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais;
  • 11,4 milhões de pessoas que poderiam trabalhar, mas não trabalham (força de trabalho potencial): grupo que inclui 6 milhões de desalentados (que desistiram de procurar emprego) e outras 5,4 milhões que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo, como mulheres que deixam o emprego para cuidar os filhos.
Comércio é setor que mais perdeu vagas

Na análise por grupamento de atividade, o comércio é o que mais perdeu postos de trabalho na comparação com o 1º trimestre de 2020: queda de 9,4%, ou menos 1,6 milhão de pessoas. A única alta foi em Agricultura (4% ou mais 329 mil pessoas). Veja no gráfico abaixo:

Comércio foi o setor com o maior número de fechamento de vagas em 1 ano. — Foto: Economia/G1
Comércio foi o setor com o maior número de fechamento de vagas em 1 ano. — Foto: Economia/G1

Na quarta-feira, o Ministério a Economia divulgou que a economia brasileira gerou 120.935 empregos com carteira assinada em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse foi o menor saldo positivo mensal registrado em 2021.

Economistas avaliam que uma melhora no mercado de trabalho só deverá ser mais visível a partir o segundo semestre, e condicionada ao avanço da vacinação e uma recuperação mais firme do setor de serviços – o que mais emprega no país e o mais afetados pelas medidas de restrição para conter o avanço do coronavírus.

Para Rodolfo Morgato, economista da XP, a população ocupada só deverá retornar aos níveis pré-pandemia ao final de 2022.

"Esperamos que os indicadores de mercado de trabalho acompanhados pela PNAD exibam sinais de melhoria consistente – embora a um ritmo moderado – ao longo dos próximos meses, partindo da premissa (fundamental) de que o processo de reabertura econômica não sofrerá revezes significativos no curto prazo", avaliou.

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Dia da Mata Atlântica: de cambuci a uvaia, conheça 5 frutos em risco de extinção no bioma

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Consumo e preservação dessas frutas esbarra em sua valorização e em desconhecimento das pessoas, diz pesquisadora.
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TOPO
Por Néli Pereira, BBC

Postado em 27 de maio de 2021 às 09h00m


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Cambuci vira símbolo de preservação da Mata Atlântica — Foto: Globo Rural
Cambuci vira símbolo de preservação da Mata Atlântica — Foto: Globo Rural

A Mata Atlântica é a segunda maior floresta em extensão do Brasil, mas também um dos biomas que mais sofrem com o desmatamento. Originalmente, a floresta ocupava 1,3 milhão de quilômetros quadrados — hoje restam apenas 7% da cobertura original, distribuídos em 17 estados.

Sob ameaça constante, provocada principalmente pela exploração descontrolada, o bioma tem diversas frutas nativas em ameaça de extinção.

A BBC News Brasil selecionou cinco dessas frutas que, embora sejam de alta produtividade, correm o risco de desaparecer das matas brasileiras.

Para Ligia Meneghello, Coordenadora de Programas e Conteúdo da Associação Slow Food Brasil, um dos principais empecilhos para o consumo dessas frutas nativas — e sua preservação — é a falta de valorização dos produtos nacionais e a padronização da alimentação.

"A gente acaba comendo banana, maçã, manga, laranja e conhece pouco sobre as nossas frutas, valorizamos mais o que vem de fora em vez dos frutos da nossa terra. Acho que tem um pouco a ver com a colonização da nossa alimentação também", diz.

Ela ainda reforça que isso faz com que muitas pessoas não saibam como consumir esses produtos. "É preciso ensinar como usar e os potenciais gastronômicos de cada uma delas", afirma.

Para Meneghello, há ainda outro obstáculo para as frutas nativas: seu curto período de viabilidade germinativa. "Todos eles são de alta produtividade, mas muitos possuem rápida degradação e isso é um complicador para a comercialização da fruta in natura. Apesar disso, seguem ótimas congeladas e para polpas".

Ela afirma que o consumo desses frutos é essencial para a manutenção do bioma e para evitar sua contínua degradação. "A gente consegue ajudar a fomentar a cadeia alimentar e manter essas espécies existentes quando a gente as conhece, quando olha, prova, se vincula, entende as dinâmicas territoriais e culturais das quais elas fazem parte. Tudo isso contribui para que a gente se engaje em ações de conservação."

Conheça cinco frutos que estão sob ameaça de extinção na Mata Atlântica.

Cambuci

Cambuci: de sabor bastante ácido, o fruto é rico em vitamina C e uma excelente fonte de antioxidantes — Foto: Glenn Makuta via BBC
Cambuci: de sabor bastante ácido, o fruto é rico em vitamina C e uma excelente fonte de antioxidantes — Foto: Glenn Makuta via BBC

Primo da goiaba e da pitanga, o nome do fruto dá uma dica sobre o formato: vem do tupi kamu'si, que significa vaso ou pote de argila, geralmente usado para armazenar água. O fruto, de cor esverdeada, tem o formato de uma vasilha, mas também lembra o de um disco voador.

Quando está no ambiente nativo, serve de alimento para aves, roedores e macacos, mas suas sementes têm tempo curto para serem germinadas, o que dificulta a reprodução dos cambucizeiros e prejudica a manutenção da espécie nas matas.

De sabor bastante ácido, o fruto é rico em vitamina C e uma excelente fonte de antioxidantes. Apesar da acidez, o agricultor Junior Magini, do Recanto Magini, especializado na plantação de frutas nativas, afirma que a fruta tem grande potencial para a gastronomia. "Pode ser usado na cachaça, como geleia, licores, vinagres, compotas e muitos outros fins", afirma.

A região de Paranapiacaba, na Serra do Mar, é conhecida pelas cachaças feitas com cambuci – uma prática que remonta aos tempos coloniais. A fruta também já chegou a batizar um dos bairros da capital paulista pela quantidade de árvores presentes na região do Cambuci. Hoje, poucos exemplares restaram, pois muitas árvores apodreceram ou foram cortadas na cidade, e também nas florestas.

Juçara

Juçara é considerada a "rainha da Mata Atlântica" — Foto: Recanto Magini via BBC
Juçara é considerada a "rainha da Mata Atlântica" — Foto: Recanto Magini via BBC

Espécie chave para o bioma, a palmeira juçara, muito procurada pelos animais, é considerada a "rainha da Mata Atlântica". Apesar disso, a extração ilegal do seu palmito a colocou no rol das espécies em risco de extinção. Isso porque, ao contrário do seu parente açaizeiro, ela é uma planta de tronco único – e portanto, é preciso derrubar a árvore para retirar o palmito.

Mas, assim como o açaí, a juçara também dá um fruto de cor roxa, em formato de coquinho – e sua extração e consumo garantem a manutenção das árvores em pé. Pela semelhança com o fruto amazônico, tanto no formato como no sabor, a fruta da juçara está sendo chamada de "açaí da Mata Atlântica".

Diversos projetos tentam preservar as palmeiras remanescentes e explorar o potencial comercial e gastronômico de seus frutos. Para o agricultor Douglas Bello, do Sitio do Bello, especializado na produção e comercialização de frutas nativas, o uso é parecido com o do açaí. "Pode ser usada em vitaminas, batido, e também como geleia".

Além disso, ele reforça que a juçara também tem os mesmos princípios estimulantes procurados no açaí e é rica em ferro.

Uvaia

Uvaia se transforma em sucos, sorvetes e geleias — Foto: Kenia Bahr via BBC
Uvaia se transforma em sucos, sorvetes e geleias — Foto: Kenia Bahr via BBC

"Fruta ácida" é a tradução do nome "uvaia" em tupi. Da família das Mirtaceas, como muitas outras frutas do bioma, é parente da jabuticaba e da pitanga e é polinizada principalmente por abelhas. Muito perecível, seu transporte deve ser feito com cuidado para que a fruta não estrague.

De sabor intenso, o fruto é bastante suculento, por isso seus principais usos gastronômicos são os sucos, sorvetes e geleias. Pela acidez e textura, também é utilizada em doces, e para compor vinagres, vinhos e kombuchas. Um preparo bem conhecido na região da Serra do Mar é o chamado "uísque tropeiro", que mistura a uvaia com o Cambuci, curtidos em cachaça.

Araçá

Araçá vermelha: além da fruta, a árvore, muito comum nos pomares domésticos da região da Serra do Mar, também é procurada pela madeira e sua casca usada para curtir peles — Foto: Slow Food Brasil via BBC
Araçá vermelha: além da fruta, a árvore, muito comum nos pomares domésticos da região da Serra do Mar, também é procurada pela madeira e sua casca usada para curtir peles — Foto: Slow Food Brasil via BBC

Parente próximo da goiaba, o araçá dá nome a diversas espécies: há o verde, vermelho, amarelos e roxo, todos eles do gênero Psidium. As árvores do araçazeiro podem chegar a até seis metros, dependendo do tipo.

Assim como a goiaba, os frutos possuem muitas sementes, mas são menores, de tamanho semelhante ao das jabuticabas. Rico em vitamina C, os araçás costumam ser agridoces, misturando acidez e doçura.

Além da fruta, a árvore, muito comum nos pomares domésticos da região da Serra do Mar, também é procurada pela madeira e sua casca usada para curtir peles.

Cereja do Rio Grande

Cereja do Rio Grande tem sabor doce e intenso — Foto: Beatriz Bello/ Sítio do Bello via BBC
Cereja do Rio Grande tem sabor doce e intenso — Foto: Beatriz Bello/ Sítio do Bello via BBC

Também conhecida como "falsa cereja" ou "cereja do mar", a fruta é mais oval que a cereja tradicional, mas tem a aparência semelhante, e também é composta de uma semente única e grande. Suas flores, brancas e numerosas, são bastante usadas na indústria de perfumes.

A árvore pode chegar a 10 metros de altura e é procurada para fins ornamentais, pela beleza das flores e dos frutos e também usada em reflorestamentos e recuperação de áreas degradadas pois os frutos atraem muitos pássaros.

Os frutos têm sabor doce e intenso, e têm as cores como a da cereja tradicional, que variam do vermelho intenso ao roxo. Podem ser ingeridas in natura e no preparo de caldas, doces e licores.

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